Preço dos combustíveis impulsiona prévia da inflação oficial

IPCA-15 ficou em 0,30% no mês de julho, afetado pela alta de 1,11% no grupo Transportes; Vestuário e Alimentação registram queda

Jornal GGN – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,30% no mês de julho, bem acima do resultado de 0,02% registrado em junho, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Com o resultado, o IPCA-15 acumula alta de 0,67% e, nos últimos 12 meses, a variação acumulada foi de 2,13%, acima dos 1,92% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2019, a taxa foi de 0,09%.

O destaque do período ficou com o grupo Transportes, que teve alta de 1,11% no período e exerceu o principal impacto sobre o indicador. O avanço foi puxado pela alta da gasolina (4,47%), que interrompeu quatro meses consecutivos de queda.

Os preços de outros combustíveis também subiram no período: o etanol subiu 4,92%; o óleo diesel, 2,50% e o gás veicular, 0,01%. No geral, a alta dos combustíveis chegou a 4,40%. Dentro do grupo Transportes, também houve aumento nas tarifas de metrô (2%). Por outro lado, o transporte por aplicativo (-11,98%) e as passagens aéreas (-4,16%) ficaram mais baratos.

Já os custos em casa (Habitação) ficaram mais altos (0,50%) por conta do aumento das tarifas de energia elétrica (1,03%) em seis regiões metropolitanas, variando de 0,28% em Porto Alegre até 5,15% em Fortaleza. Além disso, a taxa de água e esgoto subiu 0,13%. Porém, o gás encanado caiu 0,08%.

O grupo Vestuário apresentou o menor resultado (-0,91%) e o impacto negativo mais intenso (-0,04 ponto percentual) em julho. Tanto as roupas femininas (-1,32%) quanto as masculinas (-1,18%) e as infantis (-0,59%) e, ainda, os calçados e acessórios (-0,88%) tiveram queda.

O grupo Alimentação e bebidas apresentou queda de -0,13% em julho, interrompendo quatro meses de altas. A alimentação no domicílio caiu 0,20%, influenciada pela redução nos preços de alguns tubérculos, raízes e legumes (-15,76%), como o tomate (-22,75%), a batata-inglesa (-20,70%), a cenoura (-18,60%) e a cebola (-7,09%).

Além disso, o frango inteiro (-1,22%) e o ovo de galinha (-1,82%) registraram quedas mais intensas na comparação com junho (-0,67% e -0,68%, respectivamente). No lado das altas, os destaques foram o leite longa vida (3,61%), o arroz (2,58%) e as carnes (2,20%).

A alimentação fora do domicílio (0,03%) desacelerou em relação ao resultado de junho (0,26%). Enquanto o lanche passou de 0,82% para 0,20%, a refeição ficou praticamente estável, passando de 0,00% em junho para alta de 0,02% no IPCA-15 de julho.

 

Leia Também
Brasil deve investir mais e melhor na saúde, diz diretor da OCDE
Coluna Econômica: as discussões bizantinas em torno da reforma fiscal
Reforma Tributária de Guedes fará pobre pagar mais imposto do que rico
Por um programa de garantia de empregos no Brasil
Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador