Jornal GGN – O crescimento de 1,1% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro 2010 não só mostrou o baixo crescimento do país, mas também uma queda na produtividade da economia — o que dificulta a retomada consistente da atividade.
Estudo elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), com base nos dados do IBGE, mostra que a produtividade do trabalhador brasileiro caiu 1% em 2019. E essa queda foi sentida, sobretudo, no setor de serviços, que sustentou o PIB no ano passado.
A queda da produtividade foi puxada pelo setor de serviços, que responde por 75,8% do PIB nacional. O setor cresceu 1,3% no ano passado, mas teve perda de 1,3% da produtividade. Além dos serviços, houve queda de 0,7% na produtividade da indústria, puxada pelo subsetor de transformação, em 2019. Já a agropecuária teve alta de 1,4%.
Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, o pesquisador do FGV/Ibre Paulo Peruchetti explica que a produtividade mede o valor adicionado que cada trabalhador consegue produzir, e o trabalhador tem gerado pouco valor adicionado para a economia, o que compromete o avanço econômico.
Para o pesquisador, o avanço da informalidade está por trás de boa parte do desempenho da produtividade. “O trabalhador formal é quatro vezes mais produtivo que o do setor informal. E o que temos observado recentemente é que a recuperação do emprego está sendo puxada pela informalidade”, disse, ressaltando que a maior parte desses profissionais não tem acesso a tecnologias que melhorariam a produção.
Além disso, no setor formal, boa parte dos investimentos está sendo adiada por conta das incertezas sobre a economia e a política brasileiras.
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É um “número mágico”. Colocam um percentual mínimo, para não assustar a galera… O buraco é muito mais embaixo…