PT, PSDB e a carta traduzida

Na repercussão da entrevista do Ministro José Eduardo Cardozo, a Folha publica:
 
 
“Durante uma entrevista coletiva realizada em Brasília, Cardozo mostrou as duas versões de uma carta que foi entregue à Polícia Federal. De acordo com tucanos, uma delas seria uma tradução com enxertos colocados por petistas para indicar a participação do PSDB no esquema de cartel.”
 
 
No entanto, diferente do que diz o parágrafo, o ministro não apenas “mostrou as duas versões de uma carta”, mas defendeu que se tratam de dois documentos distintos e colocou um assessor à disposição dos jornalistas para, após a coletiva, mostrar as diferenças entre as cartas.
 
 
Eu não tenho a menor esperança de que um do grandes veículos de comunicação gaste seu tempo tentando apresentar as tais diferenças. Contudo, na hora das perguntas uma jornalista (que não sei quem é) levantou uma bola óbvia para se questionar o argumento de José Aníbal & Cia, mas que muito provavelmente será negligenciada, o que mostra o compromisso de parte do jornalismo.
 
 
A jornalista questiona o ministro porque, embora ele defenda que sejam documentos distintos, o índice do documento entregue à PF e que contém as cartas refere-se a elas como sendo uma original e sua tradução do português para o inglês.  A posição de ataque do PSDB baseia-se na hipótese de que foi feita uma tradução do inglês para o português, na qual se incluiu nomes de políticos tucanos.
 
 
Ora, se tradução foi no sentido inverso, como consta no documento, então ela suprimiu o nome de políticos, o que os beneficia e pinta um quadro completamente diverso.
Redação

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