Presidente do STF defende “grande pacto entre os três Poderes”

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
 
Jornal GGN – Durante a abertura do ano legislativo, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, mostrou que quer manter uma harmonia junto ao Congresso, que será liderado pelo nome de confiança do governo, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e também junto ao Planalto de Jair Bolsonaro.
 
Apesar de um diálogo junto ao novos representantes políticos já ter sido defendido por Toffoli ainda no ano passado, após o resultado da eleição presidencial, um movimento do ministro foi visto com receio por parte dos congressistas do governo.
 
É que Toffoli foi o responsável por impedir a aprovação de uma votação aberta para a Presidência do Senado. Por outro lado, a vitória de Alcolumbre foi conquistada após o empenho do ministro da Casa Civil de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni (DEM).
 
E foi pensando neste alinhamento que o presidente eleito do Senado discursou para a plateia de parlamentares e políticos na tarde desta segunda-feira (04). Na ocasião, Alcolumbre defendeu que os presidentes dos três Poderes, Judiciário, Congresso e Planalto, “precisam estar sintonizados na mesma frequência”.
 
De maneira não tão prevista, Toffoli respondeu em mesmo tom, e concordou com a criação de “um grande pacto entre os três Poderes da República”.
 
“Desde que tomei posse no STF, antes do primeiro turno das eleições, venho propondo a celebração de um novo e grande pacto entre os poderes, de modo a contribuir para o avanço de reformas fundamentais”, afirmou.
 
E que, segundo o ministro, “envolva reformas fundamentais, como a previdenciária e a fiscal e tributária, e compreenda, necessariamente, uma repactuação federativa, evitando que estados e municípios cheguem a um quadro insustentável de inadimplência”, seguiu o ministro, em tom menos no campo da Justiça e mais na política.
 
“É necessário que o País retome caminho do desenvolvimento e o equilíbrio fiscal, volte a crescer, gere empregos e recobre a confiança de investidores e empreendedores”, completou.
 
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

18 Comentários

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  1. Esse ai o maior erro do Lula.
    Esse ai o maior erro do Lula. E foi um erro 100% do Lula. Depois de se tornar protegido do maior inimigo de Lula na corte, agora resolve dar nova guinada e acocorar no colo do novos poderosos. Ele esta sempre correndo em direcao a quem tem poder. Falou como um politico do PSL e nao como ministro de suprema corte.

  2. Quem manda nessa budega somos nós!
    Ele deveria terminar, ou começar assim:
    “Não tem voto, não tem determinação do povo nem nada”
    “Isso aqui é uma olgarguia nossa, que fica abaixo da oligarquia burguesa e obedece só a ela e ao grande capital”
    “O povo tem que ser escravo”
    “Viva o Brasil”
    Seria muito mais coerente.

  3. Trocadilho infame

    Presidente do STF e o “grande pacto entre os três poderes”

    Reescrevendo

    Presidente do STF é o grande  paquito entre os poderes.

     

    O bom  paquito de ontem é o homem generoso e bem sucedido de hoje

    http://static1.purepeople.com.br/articles/7/60/70/7/@/833532-no-final-da-entrevista-xuxa-colocou-a-675x0-2.jpg

     

    Ao ingrato  paquito de hoje, faltaram mais  sonhos de infância

    » Ministro Dias Toffoli conhece processo de implantação de ...

     

     

  4. Sobretudo….

    Em se tratando Toffoli, a “unanimidade nacional”,  que conseguiu ser detestado pela esquerda e pela direita , acho que o pacto seria mais de salvação “nacional” do fiofo do do supracitado……tipo um “agreement to save my ass”…..

  5. Primeiro um golpe, depois uma eleição farsesca, afinal um pacto

    Ações penais circenses de provas tênues, golpes juridico-parlamentares-midiáticos, protestos sequestrados pela mídia, pedidos de intervenções militares “constitucionais, não-vai-ter-copas, patrocínios exteriores velados, lava-jatos seletivas, STF atacando a constitução, juízes políticos, polícia com lado, relhos, tiros em ônibus, ataques de tratores, coerções e prisões hollywoodianas, assassinatos, fake-news, eleições, eleição manipulada…

    Todo tipo de put@ri@, agora que tem a faca o queijo e o relho na mão, um “pacto”…

    Entre os 3 poderes, bem aparelhados e o poder de direito, o povo, de fora deste “pacto”, junto com qualquer oposição

    Aí mansamente consolida-se a piora da piora.

    Quer dizer, mens pra eles, né?

     

  6. O grande pacto já está aí.

    O grande pacto já está aí. “Todos contra os direitos do povo e pelo bem dos empresários”. Com STF e tudo, é a consolidação do golpe.

  7. Acabou a sopa sempre tomada

    Acabou a sopa sempre tomada fria com o Renan…

    Agora se o STF não cantar conforme os bolsominions vai ter cartão vermelho…

    É bom tirar as fotos deste STF agora, por que ele será humilhado e muito provavelmente perderá essa composição…

  8. Só existe um pacto com a

    Só existe um pacto com a libertação do Lula… Quem quer investir em um país onde o seu maior líder tá preso injustamente… É hora do poder judiciário pensar no Brasil e se libertar daqueles que agem com ódio e preconceito… libertem o Lula e o Brasil terá um pacto de paz e respeito perante o mundo…

  9. Adesão

    O pior presidente do STF talvez de todos os tempos está a propor esse neologismo: adesão do Supremo ao desrespeito às leis e à própria Constituição = grande pacto nacional.

  10. A lixeira que se tornou um país, ou será o contrário?
    Vemos cada vez mais claro que as leis não possuem mais significado no país, agora o sinismo toma conta de todos os envolvidos, que tipo de nação nos tornaremos, a sinica ou a que desreipeita a tudo e a todos, pois está aí o grupo da nova direita que se apossou do poder.

  11. Redenção eterna

    Toffoli vai passar o resto de seus dias buscando maneiras de se redimir de seus pecados em relação a Lula. A magna questão da preservação da identidade pessoal com o decurso do tempo ainda é bastante obscura (embora supostamente desejável para o eu atual). Mas o  caso da posição de Toffoli para evitar a soltura de Lula, assim como de Carmem Lúcia, não devia ser assim tão complexa e intrigante. O senso comum sabe que, fora certas aberrações,, a gratidão deve prevalecer. Toffoli, como Carmem, eram nulidades ao serem escolhidos por Lula. Não eram juízes de carreira e nada devem à Toga contra seu benfeitor.

    Em relação ao ‘pacto’, parece que seu delírio se exacerbou. Qual a contribuição do STF? Facilitar (ou agravar) o quê? O presidente pode comprometer a Corte com ações e omissões de motivações inconfessáveis, de origem heterônoma? Se provocado (a oposição ainda não morreu de todo), o STF pode inaugurar novo sistema de ‘engavetamento’ e procrastinações sem fim? O que quer o ‘pacto’ afinal, se não se trata de mero flatus vocis (flatulência retórica) para engabelar os trouxas? 

    Parece que mergulhamos num pesadelo lampedusiano. Mehor chamar o Lewandowski.

     

  12. Toffoli mais uma vez é Toffoli

    Um certo professor da USP, o tratava como mediocre, quando o acusava de Petista. Talvez agora já o ache brilhante. Mas Toffoli é um sobrevivente. Um tipo que defendia direitos trabalhistas, no governo do PT, depois defendia Gilmar Mendes quando era um neófito no Supremo, e agora chegou ao “poder”. Deslumbrado com o poder,  vai agora pontificar. Vai dizer como devem agir todos os membros do STF. Como ele disse, quer um STF sem protagonismo, para que apenas ele seja o protagonista.

    E com Toffoli, Alcolumbre, Maia e Jair,  farão um pacto. Não quero nem imaginar que pacto poderá sair deste grupo. Mas são estes que ai chegaram graças a nossa  elite política.  Em todos eles eu vejo as digitais das nossas raposas felpudas da política.

  13. Pacto

    Como outros já falaram: “com Supremo,com tudo”.

    O pacto gravado no telefone do Machado (naquele periodo de impeachment da Dilma) nunca foi tão real. O Tóffoli acaba de liberar Temer de inúmeros problemas ao transferir as demandas contra este para a “Justiça Eleitoral”. Elites servindo à mão que as alimenta.

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