Vídeo: Witzel manda polícia em casa para intimidar Luis Nassif

"Peço desculpa ao governador Wilson Witzel se ele se sentiu ofendido, mas tem um jeito simples de resolver essa situação: é ele deixar de ser genocida", diz Nassif

Jornal GGN – Incomodado por ter sido taxado de “genocida”, o governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel enviou uma intimação por meio da Polícia Civil de São Paulo ao jornalista Luis Nassif.

Na quinta (7), Nassif, editor-chefe do GGN, recebeu em sua porta dois agentes da 3ª Delegacia de Investigações Interestaduais, um deles ostentando uma arma na cintura. Eles entregaram a carta que indicava um dia na próxima semana para que o jornalista seja ouvido a respeito das críticas a Witzel.

Em vídeo sobre a intimação, Nassif explicou que o conceito de genocida se encaixa perfeitamente em Witzel: é genocida o sujeito responsável pela proliferação de mortes indistintamente.

“Peço desculpa ao governador Wilson Witzel se ele se sentiu ofendido, mas tem um jeito simples de resolver essa situação: é ele deixar de ser genocida”, diz Nassif.

Para Nassif, Witzel estimula a polícia a matar indiscriminadamente, com sua política de “atirar na cabecinha”. Foi alertado por especialistas em segurança sobre o erro em insistir nessa política e ignorou os conselhos. Acredita que suas operações em locais abertos só vai atingir marginais, sendo que mesmo que isso fosse verdade, não seria legal, pois não temos pena de morte no Brasil.

Certo é que, entre as vítimas da política genocida, há até crianças, como a menina Ágatha, que foi assassinada aos 8 anos dentro do carro da família, depois que a polícia abriu fogo numa rua movimentada, revoltando a população local.

Na visão do editor-chefe do GGN, Witzel será responsabilizado em tribunal internacional, por crimes contra a humanidade, da mesma forma que ocorreu com Pinochet. Esse tipo de crime é imprescritível, e não há questão de soberania nacional que possa impedir o julgamento.

“Continuamos na trincheira dos direitos fundamentais e do direito à vida, e repetindo uma coisa que é de uma obviedade avassaladora: Witzel é um genocida”, finaliza Nassif.

Redação

45 Comentários

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  1. Há algo mais que você poderia ter sido, Luis Nassif.

    A imprensa é livre, proibida qualquer tipo de censura.

    O art. 85, da CF/88 prescreve que:

    “art. 85 São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:

    III – o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;

    Norma semelhante existe na Constituição do Rio de Janeiro:

    Art. 146. São crimes de responsabilidade os atos do Governador do Estado que atentarem contra a Constituição da República, a do Estado e, especialmente, contra:

    III – o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;

    Como jornalista e cidadão você tem o direito de emitir opinião sobre a conduta de Wilson Witzel. Se ele não gostou de ser chamado de genocida ele pode fazer duas coisas: 1- parar de incentivar genocídio (o que você disse); 2- ajuizar ação de indenização por dano moral. Ao utilizar a polícia para censurar suas opiniões políticas ele cometeu crime de responsabilidade, o que em tese permite a revogação do mandato dele através de um processo de Impeachment.

    1. Quero manifestar minha indignação pelo ato de violência cometido contra Luis Nassif e apresentar minha solidariedade a ele e sua família.
      atenciosamente Lucia Cunha Frota

  2. PARABÉNS !!!!PARABÉNS NASSIF!!!!!!
    É DE CIDADÃOS VALENTES,COMPROMETIDOS QUE PRECISAMOS.
    ELE É UM GENOCIDA,VC ESTÁ COM TODA A RAZÃO.
    AGRAVADO PELA SUA CONDIÇÃO DE COMANDANTE DAS FORÇAS DE SEGURANÇA ,É IMPENSÁVEL QUE UM —GENOCIDA—COMO ESTE SUJEITO POSSA SEGUIR ENFRENTE COM SUA POLÍTICA CRIMINOSA.

  3. Minha inteira solidariedade a Luis Nassif,o mais brilhante jornalista de sua geração.O que dizer desse escroque que governa o Rio?Além de genocida,estúpido,bucéfalo,acima de tudo burro.Como se intimida um jornalista desta forma?Policiais de São Paulo(provalvelmente subornados),a serviço do Governador do Rio de Janeiro? Por óbvio Nassif tomará as providências que o caso requer.Enquanto isso,com a palavra o Governador de São Paulo,João Dória,senão vai ficar parecendo um intercâmbio do você mata lá que eu mato cá.

  4. Caro Nassif, voçe foi intimado porque fez a afirmação ou porque vem publicando a afirmação em seu Blog? Se é porque voçe publica, nada tenho a ver com isso. Mas se é porque voçe afirma, aí tenho tudo a ver porque concordo. Nesse caso, fico aguardando a intimação!

  5. O Witzel não é genocida, é um $erial Killer. Vou tentar explicar porque ele não é genocida.

    Conforme dispõe o art. 1º da Lei nº 2.889/956, quem, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso, como tal: (Vide Lei nº 7.960, de 1989)

    a) matar membros do grupo;

    b) causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo;

    c) submeter intencionalmente o grupo a condições de existência capazes de ocasionar-lhe a destruição física total ou parcial;

    d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo;

    e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo;

    Será punido:

    Com as penas do art. 121, § 2º, do Código Penal, no caso da letra a;

    Com as penas do art. 129, § 2º, no caso da letra b;

    Com as penas do art. 270, no caso da letra c;

    Com as penas do art. 125, no caso da letra d;

    Com as penas do art. 148, no caso da letra

    Como o Witzel não assassina pessoas de um grupo nacional, religioso, étnico ou racial, mas pessoas da classe despossuída, ele não é um genocida, é um serial killer

  6. Toda minha solidariedade ao grande jornalista, já compartilhei nós grupos de ZAP dos anistiados políticos dos Correios e Plenária Paulista de Anistia.

  7. A imagem mais terrível que sintetiza o hades político hoje é Witzel no helicóptero,alvejando a população, uma imitação de Apocalipse Now. Witzel quis imitar aquela cena antológica, feita pelo excepcional Robert Duvall. Witzel é um canastrão sinistro, um Robert DuMal.

  8. Primeiro, queremos manifestar a nossa solidariedade ao grande e corajoso jornalista Luis Nassif que sempre pautou a sua vida profissional pela seriedade, probidade, responsabilidade e com extremo profissionalismo. Graças ao Nassif e outros jornalistas com o mesmo perfil é que podemos acreditar, ainda, que o Brasil pode sair dessa treva em foi colocado. Não tenho a menor dúvida de que a história reconhecerá o valioso trabalho de Luis Nassif e de todos os respeitáveis, incansáveis e destemidos jornalistas dos chamados “Blog sujos”, que tiveram e têm um papel fundamental na defesa da democracia e do Estado Democrático de Direito. Obrigado pela luta. Estaremos sempre juntos…!

  9. Nassif : Faço minha suas palavras. Trata-se de um fascista e genocida. Está na hora de enfrentá-los onde estes fascistas. Pode mandar polícia na minha casa.

  10. Em função de vários critérios universalmente reconhecidos como inaceitáveis pelos tribunais internacionais sobre direitos humanos, podemos considerar sim que Witzel é um genocida…
    é genocídio prometer, incentivar e causar intencionalmente a morte de pessoas

  11. Por certo a mensagem que enviei em absoluta primeira mão,continha excessos,o que me obriga comedimento e brevidade nas palavras.Envio a Luis Nassif e família,minha mais completa admiração e solidariedade.Nassif saberá tomar as medidas e ou providências que o caso requer.Por enquanto,com a palavra o Governador de São Paulo,João Dória Junior.

  12. Colega Luis Nassif,
    Manifestamos o nosso repúdio ao ato de intimidação praticado pelo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que resultou na intimação judicial recebida por você ontem (7/nov./2019).
    Qualquer cidadão – não só os jornalistas – têm o direito garantido pela Constituição de se manifestar. Ninguém pode ser punido por se expressar criticamente, dentro da civilidade que a legislação procura preservar.
    Mas, quando se trata de um jornalista, do jornalismo e da imprensa, criticar desmandos e atitudes que firam o direito à vida, como é o caso em questão, é mais do que isso, é um dever profissional.
    Estamos solidários com você. Conte conosco no que precisar.
    Associação Profissão Jornalista-APJor,
    São Paulo, 8 de novembro de 2019.

  13. Parabéns, Nassif! O genocida Witzel não conseguirá nada com intimidações RIDÍCULAS como essa.
    Você é como aço: enverga mas não quebra. Estamos com você!!

  14. Toda a nossa solidariedade a este que é o mais competente jornalista deste pais e o qual acompanhamos com orgulho faz mais de uma década e por isso sabemos da sua árdua luta para que este país se firme como nação civilizada

  15. Valeu, Nassif, minhas congratulações pelo democrata e grande jornalista que você é. Wilson Witzel (PSC-RJ) – vinculado a esta legenda fascistóide de aluguel, grupelho de aproveitadores bolsonaristas, PSC do fascista pastor Everaldo (outro tipo repugnante e repulsivo, apologista da ditadura militar) – é um genocida. “Herr” Witzel nada fica a dever às imorais ações contra a vida humana, às abomináveis truculências dos nazistas.

  16. A política genocída, é reafirmada em artigo de Safatle hoje na Folha. Vale a pena ler:

    O AI-5 já foi decretado

    A Polícia Civil do Rio de Janeiro pediu recentemente o arquivamento do inquérito contra os policiais responsáveis pelo massacre no morro do Fallet, ocorrido no começo deste ano.

    Na ocasião, policiais militares trucidaram 15 pessoas, colocando 13 delas em uma casa, na qual foram torturadas durante mais de três horas para, ao final, serem mortas a faca. Os moradores ouviram aterrorizados pessoas gritando desesperadamente: “Não me matem”. Depois de mortos, os corpos foram empacotados em sacos pretos e jogados em uma camionete enquanto policiais fortemente armados posavam em cima dos cadáveres, como se estivessem a tirar fotos de um safári na África.

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    O escritor e professor da USP Vladimir Safatle – Eduardo Knapp – 20.fev.19/Folhapress
    A Comissão Arns de Direitos Humanos, da qual faço parte, enviou alguns de seus membros para ouvir os moradores, juntamente com a Defensoria Pública. Todos foram precisos em descrever o estado de terror e vulnerabilidade ao qual a comunidade sentiu-se submetida.

    No entanto, o inquérito apontou, como não poderia deixar de ser, “legítima defesa”. A polícia alega que respondeu à troca de tiros. Deve ter sido realmente uma luta singular. Enquanto os assassinados respondiam com tiros, os policiais jogavam facas. Não será a primeira vez que a polícia brasileira, com suas explicações inacreditáveis, tratará o povo como um bando de néscios.

    Este caso é apenas um exemplo emblemático entre tantos outros que explicitam a natureza genocida do Estado brasileiro. Ele é a expressão de que o AI-5 já foi decretado no Brasil. A única questão diz respeito onde ele impera e qual a sua extensão. O Estado brasileiro já explicita sua natureza fora da lei, sua lógica de exceção e de extermínio contra populações pobres e negras. Basta apenas saber quando ela também será aplicada nos bairros nobres. A depender do desejo de Bolsonaro 3º, virá o mais rápido possível.

    Uma das maiores ilusões do Brasil diz respeito a estarmos atualmente em meio a uma democracia sob risco. Nada mais incorreto. Não é possível que algo que nunca existiu esteja em risco. A indiferença em relação ao destino de casos como o do morro do Fallet apenas explicita o fato de acharmos normal que não exista nada parecido com “democracia” para parcelas amplamente majoritárias da população. Mas será assim que o novo AI-5 paulatinamente se instalará entre todos nós: primeiro nas margens, depois no centro.

    Após ameaçar com um “novo AI-5” caso a população saísse às ruas e mostrasse sua indignação, como ocorreu no Chile, no Equador, no Haiti, na Argélia e no Líbano, Bolsonaro 3º foi dormir tranquilamente, sabendo que nada realmente aconteceria contra si. Dias antes, seu pai já tinha praticado crimes de obstrução de Justiça, ameaçado de suspender a concessão de um canal de televisão que divulgara uma informação que lhe comprometia e coletado provas que poderiam incriminá-lo sem que nada, absolutamente nada ocorresse. Como se fosse o caso de mostrar a todos que o poder estava claramente fora da lei, em uma posição soberana absoluta.

    Ou seja, nunca na nossa história ficou tão clara a marcha inexorável em direção à explicitação de uma situação ditatorial. Não é difícil juntar os pontos. As ruas no mundo inteiro queimam porque populações se levantam contra as mesmas políticas que o sr. Paulo Guedes e sua plateia de financistas estão a aplicar no Brasil. Imaginar que essa espoliação continuará sem que o Brasil também entre em convulsão é confundir esse país com uma fazenda de gado.

    Como os que nos governam não fazem esse erro primário, eles ao mesmo tempo impuseram sua agenda econômica e fortaleceram seu aparato estatal genocida. A mesma mão que apresentou a “reforma” da Previdência (eufemismo para a sua simples extinção) também escreveu o pacote Sergio Moro de extermínio.

    As duas mãos juntas aplaudem a submissão da população pobre a um regime de terror que elas preparam para todos. Só que isso nunca foi capaz de parar absolutamente nada.

  17. Toda a minha solidariedade, querido Nassif, a quem respeito e admiro pelo jornalismo de excelente qualidade que leio diariamente neste blog. Chegará o dia, sim, em que esse Witzel enfrentará a JUSTIÇA – aqui ou na Corte de Haia (o Tribunal Penal Internacional) – por conta das mortes registradas cotidiana e indiscriminadamente no Rio de Janeiro depois que assumiu o poder. A JUSTIÇA pode tardar, mas não falha, como costumam dizer as avós.

  18. toda solidariedade a Luis Nassif.

    p.s.: a matança continua, na guerra contra os pobres e negros no Rio de Janeiro. na Barreira do Vasco pedreiro é assassinado com tiro na cabecinha pela PM, seguindo a política do genocídio sob o comando do governador Witzel.
    .

  19. Boa tarde! se cada um de nós fizermos a justiça com as próprias mãos tenho certeza que o apocalipse já chegou!, precisamos preparar com inteligência a nossa Política de segurança pública!

  20. Eu já tenho uma posição mais radical.
    Se genocídio e crimes contra a humanidade são considerados internacionalmente como imprescritíveis e estão além da soberania de qualquer país, não é preciso esperar até que “um dia” o Brasil volte a essa tal “normalidade democrática”, se é que isso já existiu no Brasil.
    Para mim a competência do Tribunal Penal Internacional nessa questão deveria ser exercida agora, desde já. Eles deveriam mandar para cá algumas tropas, fortemente armadas, para invadir e prender toda essa corja terrorista de farda (Witzel, milicianos, toda a família Bolsonazi, incluindo o próprio “presidente”, além dos generais e demais militares golpistas do governo, e qualquer civil que se atrevesse a ficar na frente tentando impedir), e levá-los direto para o Tribunal Internacional de Direitos Humanos.
    Deveria se fazer algo semelhante ao que aconteceu no “Julgamento de Nuremberg” ao final da II Guerra Mundial, condenando-os à pena de morte. Eu pessoalmente sempre fui contra a pena de morte, mas ultimamente tenho revisto a minha posição e reconheço que esse é um dos pouquíssimos casos em que ela se justificaria. E não haveria risco de acontecer o famigerado “erro judiciário”, ou seja, nenhum inocente seria sacrificado.

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