
Por ano, o Brasil investe apenas 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em projetos de inovação para a indústria. As razões são diversas, especialmente a falta de capital de empresas e alto risco de perder o capital empregado.
“Empresas não pegam dinheiro emprestado para fazer inovação, elas pegam para a produção”, comenta o José Guimarães, ex-diretor presidente da Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e convidado do programa Nova Economia desta quinta-feira (27).
Assista o programa na íntegra:
A proposta da Embrapii é oferecer um modelo de desenvolvimento de projetos de inovação para a indústria que ofereça confiança e estrutura para as empresas parceiras, para mitigar o risco natural de processos de pesquisa.
“As empresas ganharam confiança. Não se trata de a empresa buscar um pesquisador excelente em determinada área, mas que sozinho não tem regras, ele vai assinar o contrato, não tem dois ou três estudantes, não tem os equipamentos todos”, explica Guimarães.
Outro ganho da Embrapii é a capitalização dos centros de pesquisa. Enquanto as empresas parceiras ficam com 50% dos lucros, à Embrapii cabe 33% e as universidades recebem 17% do montante, valor bastante superior ao que receberia de investimento em pesquisas e patentes acadêmicas.
Crescimento expressivo
Criada em 2013, a Embrapii em apenas oito anos passou 13 para dois mil projetos, que no último ano renderam R$ 2,8 bilhões.
Atualmente, a organização tem 1.600 empresas parceiras, das quais 40% são empresas de porte grande e multinacionais, 16% são médias empresas e o restante é comporto por pequenas e micro empresas e startups.
“O grande desafio agora é puxar para dentro do projeto mais micro e pequenas empresas”, continua Guimarães.
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