Rui Daher
Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor
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A direita feriu de morte o Brasil e a esquerda discute como matá-lo, por Rui Daher

A direita feriu de morte o Brasil e a esquerda discute como matá-lo

por Rui Daher

Se morte é, pouco interessa em que regime ela se dará. Democracia ou ditadura tanto faz. Importa que restará o 1% rico, inculto, nas franjas da barbárie, mas donos de posses em qualquer lugar onde se compre cidadania. Países estáveis e hegemônicos ou paraísos fiscais.

O território nacional, nos presenteado por lusitanos, será esquartejado sob bandeiras piratas estrangeiras dedicadas a esgotar nossos bens primários, frutos de nossas condições de relevo, minerais, clima e potenciais hídricos e eólicos.

As gentes, aos 99% restantes, caberá perambularem em diversas regiões, esperando que as Organizações Marinho, agora sim globais, os convençam do “ser feliz”. Nunca perceberão que foram, como tantos Severino de Maria, enterrados em covas-rasas e dali criarão as novas gerações.

Penso nisso, depois de rodar 1.300 quilômetros no estado de São Paulo, o mais rico da Federação de Corporações, governado, há décadas, sem qualquer sinal de corrupção.

A isso, juntam-se os comentários relacionados aos textos mais recentes do BRD, desde as compreensões claras, lúcidas e jocosas, até as lições políticas mais chatas. Aceito de tudo, até respondo, depois, me sinto um babaca. Poucos agem assim. Já li que escrevo alcoolizado, sob efeito de drogas, criancices e sou um saudosista da esquerda. Isto, até pode ser, quanto ao resto, embora tenha até tomado pitos editores, nada se justifica.

Mas aonde você quer chegar, ouço a voz enrolada de Ariano Suassuna me perguntando lá do céu?

Respondo: primeiro, em minha cama, mestre; depois, na inutilidade de discutirmos personagens e atos, repetidos ad nauseam nas folhas e telas cotidianas, que não percebem ser apenas repetidoras da TV Globo, sem qualquer novidade forjada em seus próprios ventres. Aí incluo os blogs progressistas.

Que me desculpem. Se assim não é, assim parece. Diante do perrengue financeiro pós-governos do PT, quem pagar escreve e nada recebe. Ego? Que seja, tudo bem, se assim ficam felizes e conseguirmos com seus textos retornamos à democracia, parabenizo-os.

Só que não. Falta um grande pedaço da resistência, que transformou sociedades ao longo de séculos, e pouco, hoje em dia, está presente no Brasil. Deixa-se a carga para MST, MTST, UNE, e menos massificantes.

Onde os cientistas, intelectuais, professores, escritores, músicos, artistas plásticos, jornalistas renomados que poderiam abandonar a sujeira das linhas editoriais seguidas por seus patrões, empresários pequenos e médios que reconheçam, na FIESP e similares, serem mais desvalorizados do que cocô de cavalo de bandido? Felizes?

Creio que não. Por onde ando, até cerca de dois anos atrás, só ouvia manifestações anti-PT, unanimidade em relação ao impeachment de Dilma, PT e Lula corruptos, Moro, Aécio, Serra, Gilmar, heróis. Sabendo minhas posições, amigavelmente, tratavam de me cutucar.

Não mais. Felizmente, as conversas viraram para moelas de frangos, bodes assados, arroz de carreteiro e aguardentes, até chegarem na Curupira, no Fogo de Santelmo, Saci-Pererê, Cuca, Boi Bumbá, outros, que eles nunca nos tirarão.

Gente importante aí, que eu não tenho voz para além de seis leitores, tratem de resgatar nossa cultura e seus praticantes e adjuvantes do amor, para impedir a morte do Brasil.

– Darcy Ribeiro, Iemanjá me chama à cama. Vou ou continuo?

– Mentiroso. Pode parar. Acabei de vê-la entrando num motel, “O Céu da Liberdade”, acompanhada do Tarso de Castro. Põe no BBB e pega no sono.

             

 

Rui Daher

Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor

35 Comentários

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  1. AUTOCRÍTICA É O CARALHO, MORRA A REALIDADE NACIONAL!

    Eu simplesmente não aguento também mais essa conversa segundo a qual urge a esquerda fazer autocrítica acerca de seus descaminhos, como se ela tivesse sido A responsável pelo Golpe de Estado.

    Catzos, não foi! Por mais que tenha se associado aos canalhas de sempre; por mais que tenha se acanalhado no processo; por mais hesitações, tibiezas e enganos quanto aos rumos para o país, a esquerda, e nesse caso específico, na verdade, não a esquerda, mas o Partido dos Trabalhadores, cuja classificação enquanto esquerda, de fato, é bastante discutível, por fim, por mais “autocrítica” que o PT faça, e que os partidos aliados ao PT de corte mais à esquerda façam, o Golpe de Estado é se inteira responsabilidade daqueles que, cientes da impossibilidade de vencer eleições, conseguiram compor, depois de mais uma década, uma frente Legislativa capaz de depor uma presidente eleita, contando para isso com todo apoio do Judiciário, da Mídia, e de uma classe média ressentida, que sempre se julgou como integrante da classe alta, mas que, a partir dos governos do PT, viu avançarem, cursos universitários à frente, as classes mais baixas, os negros, os mestiços, os despossuídos, humilhados e ofendidos de toda ordem.

    Autocrítica, sim, mas vamos à História:

    Tenho 56 anos; passei por todos os desgovernos militares, depois por Collor, Sarney, Itamar, Fernando Henrique, Lula e Dilma.

    Jamais vivi período de melhores expectativas políticas, econômicas, existenciais, do que a partir do primeiro governo Lula. Antes, as perspectivas se limitavam dentro da conhecida metáfora dos voos de galinha: Plano Cruzado, agora vai; Plano Real, agora vai. E nunca ia. Porque nunca se forjou plano algum para se ir a algum lugar senão se manter a submissão voluntária às forças econômicas colonizadoras, imperialistas, dominantes. Jamais.

    O Plano Real foi o último engodo, e desde então mantenho meu único parecer sobre ele: criado não só para eliminar a inflação (o que fez pautado nos arrochos se sempre: fiscal – com brutal aumento de impostos; monetário – com supressão de créditos no mercado, e salarial – com o achatamento salarial, a partir do salário mínimo. Em paralelo, o entreguismo de quase sempre (à exceção da época de Vargas, um tanto da época de Juscelino, e, pasmem, dos próprios desgovernos impostos pelo Golpe de 64 à frente), com privatizações e redução do estado à custa da ausência da prestação dos serviços públicos essenciais, constitucionalmente postos e, claro, à revelia dos mesmos direitos do cidadão insertos na mesma Carta Magna de 88, escrita quanto, às classes dominantes, pôs-se um Congresso composto com quadros capazes de redigir a lei fundamental sem privilegiar excessivamente os velhos donos do poder, testas-de-ferro do poder econômico imperialista mundial.

    Mais uma vez com a mídia trabalhando a favor de seus próprios interesses, irmanados com os integrantes das classes dominantes, Fernando Henrique se reelegeu em primeiro turno e, medida óbvia, acabou com a fantasia de dólar paritário (que, aliás, era uma ponta-de-lança para quebrar a indústria nacional através da importação indiscriminada, favorecida pela cotação irreal), enriquecendo assim os amigos mais próximos, e colocando sobre os ombros dos cidadãos o peso esmagador da dívida pública. E o país, por três vezes, recorreu ao Fundo Monetário Internacional, com o que parou de gerir sua própria política econômica, legando a Lula uma Terra Arrasada, aos risos, pois julgavam que ninguém seria capaz de desmontar as armadilhas que eles deixaram, incapacitando a gestão pública, deixando o país sujeito aos piores desmandos do capitalismo financeiro internacional, e seus sabujos em território brasileiro.

    Eleito Lula, sabíamos que ele poderia cumprir com, no máximo, uns 30% do que prometera em campanha. O Congresso, como sempre, composto com maioria de forças reacionárias, representava um entrave direto. E o Judiciário, como sempre, estava lá para garantir os velhos privilégios de classe, à revelia da nação, cuja razão é seu povo.

    Lula veio no registro “Paz e Amor”. Conciliatório, dava uma no prego, outro na ferradura. Não fugiu ao fisiologismo, pois isso inviabilizaria por completo qualquer ação de governo. Sim, comprou deputados e senadores, comprou juízes. Afinal, é assim que se governa em todos os países do mundo, desde que se firmou essa balela de Democracia Representativa: governos de coalizão compostos a partir de favorecimentos, alguns menos, alguns mais ilícitos, uns poucos lícitos.

    Porém, e principalmente, o governo Lula, paulatinamente, foi desmontando o tripé que garantia a imobilidade e servilismo do país: os arrochos monetário, fiscal e salarial.

    Aqui repito meu velho exemplo pessoal: ao fim do governo Fernando Henrique, rumando à falência, planejamos (eu e meus sócios) uma fuga para a frente, isto é, comprar, através de financiamento (pois não possuíamos capital para tanto) uma máquina industrial que nos permitiria avançar para mais segmentos de mercado. Obviamente, não conseguimos o financiamento, pois esse não existia. Vários bancos, entre estatais e privados, só o fariam fundados em garantias que representavam cerca de quatro vezes o valor da própria máquina. Não tínhamos nada para oferecer, e fomos nos aguentando.

    Após a eleição de Lula, nada fizemos, mas fomos surpreendidos com a visita de um gerente de investimentos do Banco do Brasil, a nos oferecer o financiamento, sem nenhuma garantia além da própria máquina, para sua compra. Disse-nos candidamente o porque da mudança de critérios: “A política mudou”.

    Pois bem, vejam esse caso multiplicado com dezenas, centenas de milhares de vezes. Isso significou: empresas investindo (inclusive em novas tecnologias), empregando, depois vendendo, para em seguida investir mais, contratar mais, vender mais, uma vez que, com o aumento do índice de emprego, aumentou a massa salarial, e mais gente passou a consumir, além do que os reajustes salariais acima da inflação foram recuperando paulatinamente o poder de compra do trabalhador. Chegamos, assim, ao círculo virtuoso do desenvolvimento, sempre negado pelas velhas estruturas de poder, desinteressadas no desenvolvimento do país e de por fim à miserabilidade de seu povo.

    Em paralelo a isso, não privatizações, mas construção de escolas técnicas e universidades, aumento de fundos para educação básica e de segundo grau através do FUNDEB. Os programas de Luz, Habitação Popular, Mais Médicos… e tudo o que seria de conhecimento público e notório, se notória não fosse (apesar de não tão pública assim, pelas razões que se seguirão) a condição da mídia enquanto oposição (apesar do que um dia disse José Dirceu, da Globo ser “o nosso canal de comunicação” – e como deve estar arrependido por tê-lo dito!) a qualquer governo à feição de esquerda, a começar pelo federal, de maneira a sonegar toda e qualquer informação que pudesse produzir conhecimento do quanto mudou o país, e do quanto se poderia fazer caso os representantes das velhas classes dominantes fossem postos em seu devido lugar – no lixo da história.

    Isso atiçou, também, a fúria dos velhos privilegiados e seus sabujos, insatisfeitos em ter que partilhar de seu mundo com os pobres em aeroportos, hotéis (ficou célebre o muxoxo e uma nulidade social que afirmou não ter mais graça ir à Paris, por risco de lá encontrar o porteiro de seu prédio…), restaurantes, universidades públicas (e também privadas, graças ao FIES), e ver essa camada de cidadãos avançar, concorrer com eles em concursos públicos e na própria iniciativa privada.

    O Golpe começou, como todos sabem, na verdade, lá atrás, com o chamado “escândalo do mensalão”, o “maior da república em todos os tempos”, na verdade o velho toma-lá-dá-cá da política mundial. Isso constrangeu o primeiro governo Lula a avançar menos do que ele poderia, sempre sujeito à mídia e ao Judiciário. Mas, ainda assim, avançamos, criando musculatura também para as velhas raposas da política brasileira, fundadas nos abusos de empresas públicas, cargos políticos, ministérios à porteira fechada…

    Não se cogitou muito, na época, falar da Petrobras, por uma razão simples: levantar esse bueiro revelaria todo o mau-cheiro oriundo de um passado bem próximo, a se estender até à fundação mesmo da empresa.

    O ambiente de negócios, vale dizer mais uma vez, não abre mão dos processos de corrupção. Eles são inerentes ao capitalismo, são apenas o lubrificante das relações de dinheiro e poderes, porque não dizer, das relações sociais. Desde a cervejinha do guarda até a polpuda comissão do senador, passando pelas generosas contribuições ao Judiciário, favores especiais a executivos em funções importantes (também comissionamentos, mas ainda fornecimento de favores de todo gênero, desde a compra de um belo apartamento em um balneário, a favores sexuais prestados por profissionais do ramo). Assim são as coisas no universo do empreendimento, do empresariado. Quem não sabe está muito mal informado, e quem sabe mas finge e é hipócrita, ciente que pode lucrar mais com a corrupção denunciando, justamente, a corrupção alheia.

    Foi isso que passou a fazer a mídia, associada aos velhos interesses, para minar paulatinamente o governo, e permitir seu suave desembarque ao poder do Estado, com a principal finalidade de auferir mais e mais comissionamentos indevidos, as propinas, e enfraquecer em definitivo o aparelho estatal, pondo-o em definitivo à sujeição dos ditames do chamado “mercado”, isto é, as grandes corporações financeiras, industriais e do agronegócio.

    Infelizmente, para eles, escândalos e mais escândalos criados para minar a popularidade dos governos capitaneados pelo Partido dos Trabalhadores, resultaram em tiros n’água. Lula se reelegeu, depois Dilma foi eleita e também reeleita, e após a reeleição de Dilma Aécio prometeu, junto com seus comparsas políticos, sabotar o executivo no campo Legislativo, até impossibilitar o seguimento das ações do governo, pondo-o a serviço de seus interesses.

    Fizeram mais: com o auxílio nada luxuoso do velho PMDB, há muito associado aos governos do PT por mero fisiologismo, vislumbraram a possibilidade de um golpe institucional, com amplo apoio da mídia e do Judiciário, para, enfim, como disse um célebre senador canalha, “estancar a sangria”. Com um falso pretexto, apenas porque tinham os votos necessários, e o dinheiro para compra-los, é claro, avançaram no processo de deposição da presidente, contando também com os manifestoches de camisa da CBF só para dar um verniz de “apoio popular” ao que fariam com ou sem apoio popular, à maneira que fazem hoje, com um governo sem qualquer legitimidade, contrariando parecer do próprio usurpador que, diante dos baixos índices de popularidade de Dilma, dizia ser impossível assim governar. Está provado o contrário: para governar em uma democracia sem povo, basta chegar ao poder, e nele se encastelar à revelia da nação, fixado apenas nos interesses externos sobre o país, e na sabujice da classe dominante local, ampliada por uma classe média que acha fazer parte do mesmo grupo, embora esteja, agora, a pastar tanto quanto os demais brasileiros.

    Diante do que, qual autocrítica a fazer? Não ter rompido com a cadeia do fisiologismo parlamentar? Vamos lá, provem como é possível viabilizar isso. Construir um partido de massas sem financiamento de empresas que, obviamente, quererão contrapartidas? Provem como é possível viabilizar isso. Fazer um cabo de guerra com os interesses do capitalismo financeiro internacional e vencê-lo contando com a sustentação de um povo constituído enquanto nação? Ah, não me façam rir de nervoso!

    Estamos, agora, sim, diante da realidade da luta de classes, e com poucas (ou nenhuma) chances de vencê-la. No seio da democracia isso não dará: mesmo que haja uma vitória de um candidato mais à esquerda nas próximas eleições, seguirão os mesmos constrangimentos à sua ação pelas matrizes acima já citadas (Legislativo, Judiciário e Mídia manietados aos interesses econômicos internacionais). E não adianta dizer que a esquerda “não soube construir a consciência de classe entre os menos favorecidos”, como se isso fosse possível em um ambiente de poder em que não há espaço para o contraditório, como é provado sistematicamente pela mídia nativa, em que fatos que não lhes interessam simplesmente não são divulgados e, quando são, há todo um trabalho de desconstrução que prescinde de qualquer debate. Além disso, o Judiciário também conspira contra os fatos, impondo decisões absurdas, colocando na cadeia ladrões de galinha e deixando à vontade o trânsito de helicópteros cheios repletos de cocaína, apartamentos com sacos contendo dezenas de milhões de reais, contas milionárias na Suíça que, no dizer de um mau caráter togado curitibano, “pelo menos não estão no Brasil comprando eleições” (o que escancara a finalidade das ações judiciais presentes: de um lado, aprisionar lideranças políticas; de outro, fechar a torneira dos financiamentos de campanhas para o espectro político da esquerda – nisso, recente parecer do TSE corrobora, dizendo que ricos podem gastar à vontade em suas campanhas, os demais, terão que fazê-lo sob limites e vigilância estrita do juiz eleitoral).

    O Brasil joga um jogo de cartas marcadas, viciadas, e nas mãos exclusivas, há séculos, de uma classe dominante desinteressada pelos destinos do país, centrada em sua própria condição de classe e poder, ciente de que, na hipótese remota de um desastre qualquer (revolução popular? Ah ah ah, faz-me rir!), poderá seguir rumo à Miami, o paraíso dos endinheirados brasileiros de baixo extrato cultural (isto é, 99% deles, como exemplifica Eike Batista, cujo destino está ligado à delação de Lula, mas cuja prisão veio para demonstrar que, no rol dos novos-ricos brasileiros, ele representa uma figura non grata, por ter se misturado excessivamente – na verdade muito pouco o fez, pois nutre preconceitos de classe e raça, como todos os golpistas – com a canalha).

    Então, queridos requerentes de autocrítica, digam como roubar dos ladrões suas cartas roubadas. De resto, não me encham mais o saco!

    1. Devia postar este texto

      Devia postar este texto publicamente!Das melhors discrições da história recente do País que tive oportunidade de ler!Fica a sugestão para o próprio blog disponibilizar para compartilhamento!

       

        1. ÁLVARO E NALDO,

          JÁ NEM SEI MAIS A QUE TEXTO, DE QUEM SE REFEREM, SE IRONIA OU ELOGIO. DE QUALQUER FORMA, OBRIGADO E ABRAÇO. (VOLTEI ÀS MAIÚSCULAS – SÓ COM A MÃO DIREITA -, POIS A DOR NA ESQUERDA ESTAVA DEMAIS). TALVEZ SINA DA ESQUERDA

      1. Se for o meu, público já é, se for o outro, também…

        Também não sei se você está a falar do texto do Rui ou do meu; se for o meu, público já é, se for o do Rui, também… Sendo o meu, você pode copiá-lo e  distribuí-lo da maneira que quiser, sem se preocupar sequer em creditar. Se não, fala com o Rui.

    2. Marcos, no dia que unzinho de um direitista fizer uma …….

      Marcos, no dia que unzinho de um direitista fizer uma autocrítica, que cobrem autocrítica da esquerda, só precisa um, pois a direita não faz autocríticas, abandona o passado e se “moderniza”. Adoto parte da estratégia, não abandono o passado, mas me “modernizo”.

    3. Desmistificação

      Sabe qual a melhor contribuição do seu comentário neste post?

      A balela, a falsa ideia de que a maioria dos micros, pequenos e médios empresários se sentem burgueses, donos dos seu próprios narizes, que se acham agora da elite etc. etc. e etc.

      Não sei de onde você é, mas acho que essa assertiva se aplica a todo o Brasil, embora em São Paulo possa até ser verdade.

      O problema é que São Paulo é São Paulo. Um povo racista, metido a besta e conservador. Seu povo considera que o resto do país são constituídos só de vagabundos e que a maioria da classe política dessas regiões é que são os corruptos e ladrões.

      Sabemos que isso não é verdade, muito pelo contrário, pois onde tem mais dinheiro, teoricamente rouba-se mais.

      Essas minha afirmações, é bom que eu diga, trata-se de uma pessoa nascida criada e ainda vivendo no estado de S.Paulo.

      Desmistifica também outra afirmação de que o PT não soube politizar as massas.

      Aqui eu coloco a seguinte questão: no norte e nordeste o PT politizou as massas?

      No entanto, sem precisar respoder a essa pergunta, são as regiões onde Lula e PT são mais votados.

      É por conta do assistencialismo?

      Pode até ser, mas como se desvincula os benefícios das políticas socias para os mais vulneráveis?

      Para poder trazer, de uma maneira mais rápida, a um certo nível de equilíbrio de rendas, mesmo que ainda insuficientes, qual outra fórmula, sem ser esta.

      Mas aqui no sul e sudeste essas diferenças são menos acentuadas, de maneira geral, e muito menos nos setores de empreendedores, como disse no início, do micros, pequenos e médios empresários.

      A exemplo do Marcos, conheço empreenderores que reconhecem as políticas de incentivos nos governos Lula/Dilma.

      Em São Paulo, por incrível que pareça, com a pretensa condição de mais informados e politizados, é que são os mais fáceis de serem manipulados.

      Finalizando, digo: não venham com essa história desenvolvida por “intelectuais” e dando mídias para as suas teses e que  são absovidas pelas pessoais, ditas mais inteligentes, informadas e politizadas.

      Eu, a exemplo do Marcos não caio nessa esparrela.

      1. FRANCISCO,

        HÁ 72 ANOS SOU DE SÃO PAULO. SE EM OUTROS TEXTOS FALO MUITO DE OUTRAS REGIÕES DO PAÍS, É POR VIVER DA AGRICULTURA, DESDE 1975, O QUE ME FEZ E FAZ CONHECER TODO O PAÍS E PODER DESMISTIFICAR, ASSIM COMO LOUVAR MUITA COISA QUE ACONTECEU NOS PERÍODOS POR VOCÊ CITADOS. 

        HÁ 5 ANOS É O QUE FAÇO NO NASSIF E EM CARTACAPITAL. MINHA OBRIGAÇÃO COM A BRASILIDADE, COMO ESCREVEU SOBRE OUTRO TEXTO, OTÁVIO DE BARROS.

        ABRAÇOS

    4. autocritica….

      Tinhamos uma República Liberal e Democrática, com voto livre e facultativo. Isto foi derrubado por um golpe de Caudilho Ditador, de Quartéis Militares,  que se apoiou nas facções de esquerda, para se manter no Poder durante anos. O tal ‘Pai dos Pobres’ foi ungindo a esta condição, mesmo bombardeando SP e assassinando Estudantes Paulistas desarmados, que exigiam Leis e Constituição. Deveriam ser a tal Oligarquia Paulista. Esta República Liberal tinha defeitos, a serem ajustados, no começo do século passado? Vejam como eram governados os outros países. Em especial , as atuais Potências Industrializadas? A esquerda levou o monopólio dos Sindicatos, principalmente nas funções do Estado e no Ensino Público,  as Organizações Estudantis, Eleição Obrigatória, Contribuição Sindical Obrigatória,…Não nos livramos destes cabrestos em quase 1 século. Somos o úinico país com representação global com Eleições Obrigatórias. Excrecência que Progressistas criaram e da qual não abrem mão. O Brasil não é o País do Fatalismo. O Brasil é resultado da suas escolhas. O apoio incansável a um Ditador (existem Ditadores e Ditadores. Uma coisa é uma coisa, outra…), 40 anos de Redemocracia. 30 anos de Constituição Cidadã. Governos ininterruptos de Forças de Esquerda, que foram exiladas e retornaram a partir de 1979. E que se formaram dentro do país a partir desta data, com apoio  do Sindicalismo, da CUT gerando o PT. Movimentos de Trabalhadores, UNE, outras forças desta ideologia é que criarão uma nova realidade? De onde sairam os Governos ininterruptos que se revesaram neste país pelos últimos 40 anos? Quem produziu este feudo, esta farsa que é o atual Poder Judiciário? De onde é Serra? E Paulo Renato? E Sérgio Motta? E Gianotti? E FHC? Lula, Brizola, Saturnino Braga, Benedita da Silva,… Maia e Cabral do RJ. Vieram de onde? Campos, Arraes, Waldir Pires, Jackson Wagner, Marta, Covas, Montoro, Suplicy, Dirceu, Marina, Dutra, Collares, Plinio de Arruda Sampaio, Erundina, Darcy Ribeiro? Neves, o morto, não era o novo D. Sebastião Tupiniquim? Um país inteiro não correu atrás do caixão? Deixou o neto e o restante da Família, para lembrarmos o que foi perdido. Este Brasil de 2018 é consequência de mais um Golpe de 1 ano atrás? É brincadeira? De Temer, Lacaio e Capitão do Mato da OAB, capanga de 1.a linha de todos Governos Progressistas? Sarney, Jucá, Barbalho, Coelhos, Bezerras,…? Em qual Governo Progressisita, estes ‘Cangaceiros’ não tiveram patente de General? Nossas discussões não desembarcarão do Fatalismo? (P.S. O Brasil deveria ter um Ministério apenas para Repentes, Emboladas e Desafios. Esta foi nota 1000)abs.    

      1. É e não é

        Caro Rui,

        Realmente achei que o texto que havia publicado, primeiramente no meu Facebook, poderia servir como comentário ao seu, então, certo, copiei e colei. Posteriormente, foi publicado, sim, como artigo, no DCM. Esse aqui é e não é um peido de desculpas; afinal, não deixou de ser uma forma de dialogismo.

        Ainda assim agradeço a ironia…

  2. PODIA TER MAIS CLAREZA, OBJETIVIDADE….PAPO FURADO HEIN!

    FALOU, FALOU E NÃO DISSE NADA DE OBJETIVO………MAS PODERIA TER MAIS CLAREZA.    POR EXEMPLO, QUE HISTÓRIA É ESSA DE DIZER QUE A ESQUERDA VAI MATAR.?…QUE HISTÓRIA É ESSA DE MIL E NÃO SEI QUANTOS KMS RODADOS EM SÃO PAULO E SEM SINAL DE CORRUPÇÃO?     ARTIGOS AQUI PUBLICADOS PRECISAM TER COMEÇO, MEIO E FIM COM CERTA CLAREZA. MAS O TEXTO AÍ É BEM CONFUSO HEIN!

  3. As táticas dos jornalões se reproduzem em alguns articulistas.

    Colocar uma manchete provocadora em que se afirma peremptoriamente determinado ponto e depois no texto não se mostra de forma clara como parte da manchete é coberta no texto, é uma prática da péssima, mas safada, imprensa para que os incautos caiam nesta.

     

    Realmente reduzir a discussão que havia em torno dos governos da era Lula como uma tentativa de assassinato de uma cultura popular (acho que é isto, pois também no texto não é explícito) está ficando uma marca do nosso amigo RUI DAHER.

     

    Comecei a notar esta tática no dúbio título que misturava Trotsky com terrorismo e outras “otras coisitas más “, porém achei que era, segundo o próprio autor produto de uma deterioração etílica de sua massa cinzenta, porém como não bebo e só fumo coisas que são vendidas em lojas do ramo, começo notar que pode-se deixar passar uma (apesar de na verdade nem esta uma, deixei passar! Mas quando se repete fica evidente.

     

    Vejamos então como fica a estratégia: Afirma-se na manchete que a destruição do Brasil passa pela ação da direita em conjunto com a esquerda. No lugar de mostrar os detratores do governo Lula a esquerda, mostrando claramente o espírito pequeno burguês dos mesmos e de suas organizações dos mais diversos tipos, contorna-se uma explicação clara, pois ela levará a conclusão que há uma esquerda não pequeno burguesa que não fez parte do coro.

     

    Ora, coloquei com outras palavras a mesma crítica a esta esquerda caviar que parece para quem lê pela terceira vez o texto com cuidado onde estariam os responsáveis pela segunda parte da manchete, aqueles que querem matar o Brasil. Porém qual a diferença? Simples, dei nome aos bois (poderia se necessário fazer uma lista, mas como ainda mantenho a mobilidade dos meus metacarpos e falanges, não me acostumo falar pelas costas) ou simplesmente deixei mais simples para se constatar que na realidade esquerda pequeno burguesa é um contrassenso.

     

    O grande problema, não só do texto como da visão de quase todas as pessoas progressistas e mal informadas, é que além de sofrerem as manobras diversionistas dos quinta colunas, não tem uma noção clara de quem são os aliados e quem parecem ser os aliados, e não é com textos dúbios e “engraçadinhos”, com estrutura de artigo de jornalões que se chega a alguma coisa, ou se diz que preto é preto e branco é branco,

     

    1. Caro Maestri,

      Depois de ler seu comentário estava prestes a responder-lhe seguindo sua didática, ponto 1, ponto 2, ponto 3 … ponto n. Desisti ao voltar ao primeiro parágrafo e cair-me a ficha de ser agredido, comparado a canalhas e injustiçado em meus propósitos.Daí em diante, não poderíamos mais nos tratar de “caros”. Lembra?

      “Colocar uma manchete provocadora em que se afirma peremptoriamente determinado ponto e depois no texto não se mostra de forma clara como parte da manchete é coberta no texto, é uma prática da péssima, mas safada, imprensa para que os incautos caiam nesta”.

      Seguinte:

      1. A direita feriu de morte o Brasil (feriu, não?);

      2. E a esquerda discute como matá-lo.

      Explico a você e apóstolos:

      Se alguém está ferido e outro alguém não cuida, ele morre.

       

      1. Pô que novidade para min, as manchetes devem ter explicação, ou

        Caro Rui.

        Realmente agora o meu nível de entendimento não chega aos pés das maravilhas construídas por sábios senhores, não sabia que uma nova novidade deve ser introduzida tanto no jornalismo dos profissionais, como nas tentativas que amadores como nós tentamos construir nos blogs da vida, a explicação da estrutura da manchete!

        Agora ficou claríssimo para mim, a manchete pode estar descolada do texto, ou simplesmente ser outro texto, merecendo desta feita rigorosa análise.

        Ou seja, quando se escreve, “e a esquerda discute como matá-lo” isto implica que estando o paciente (adotando a notação jurídica) está estrebuchando pelos doze tiros que levou pelas costas da direita (direita mata geralmente pelas costas), e a testemunha, no caso a esquerda, que ficou atônita com toda o ruído dos doze tiros tem que ser criminalizada por não ter um diploma de paramédico político e conseguir estancar as doze feridas e evitar a morte do paciente?

        Está bem Rui, vou te deixar em “pax”, pois afinal o contorcionismo que tivesse que fazer para reclamar contra a minha crítica, foi algo que além de operoso e dificultoso deve ter sido doloroso para as articulações.

  4. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra

    Concordo plenamente com relação às qualidades do governo Lula, isso não é possível negar. É óbvio, também, que Lula e o PT teriam que se mover dentro das “condições de contorno” que encontraram e que são definidas por condicionantes sociais, políticos, econômicos, históricos, etc. etc. Agora, daí a concluir-se que falar em necessidade de autocrítica é um absurdo, uma heresia… é acreditar que nada de incorreto foi feito. Pensar assim seria igualar política a uma religião.

    1. Lâmpada,

      como não poderia deixar de ser, seu comentário nos iluminou. Aqui estou desde que blog, online, GGN, amigos do no FB, como um cara de esquerda, nome e RG revelados, endereço fixo, lulista, petista, mas nem sempre aprovando tudo. E essa caterva vem encher meu saco … Abraços 

  5. Não devo ter entendido o texto…..

    Lendo os comentarios tenho a impressão que Sr.Daher passou 14 paragrafos dizedo que”A ESQUERDA E O PT TEM QUE FAZER AUTOCRITICA”…………..Eu na minha leitura singela e despretenciosa num reparei nisso não,vosmicês……….ne parece um texto do Rui…..algo ironico/comico, algo amargo e desiludido, algo que faz apelo a imaginação,algo critico, evidentemente……..mas dai a essa reação dos comentarios….Ou eu não entendi o texto, ou ……………….(neste caso especifico, podem preencher o pontilhado…; ).

    De todas as maneiras, resolvi ter a pretensāo de aconselhar o nobre “genitor da missiva”………

    A proxima vez, escreva uma receita de bolo, assim ninguem reclama da “clareza”…………mas seja preciso nas quantidades….duas colheres de açucar, são exatamente/precisamente/rigorosamente/, duas colheres de açucar…..não duas e meia…..

    PS:Ne pergunto se os comentarios não tem algo a ver com a segunda parte do titulo…..o tal “esquerda discute como matá-lo”…….

    1. Jackson,

      sim, vancê entendeu perfeitamente o texto e, mais uma vez, sim, a segunda parte do título mexeu com quem não se deve mexer. Se, vez ou outra, você leu alguns capítulos do Dominó, pode imaginar o que Stálin encheu o saco de meu Conselho Consultivo com repetidos telefonemas da Estação Iinferno para o Céu.

      abraços.

    1. Jackson,

      Lula é um político aliancista, somente assim pôde trazer tempos de vacas gordas ao País. Sabe que isso não mudará e nunca haverá uma hegemonia de esquerda; o futuro responderá essa polêmica. Abraços

  6. Boas verdades

    Relevando a evidente falta de revisão e tentando entender as figuras de linguagem no texto do Rui Daher, penso que ele falou umas boas verdades.

    É inútil continuar falando de direita e esquerda no Brasil sem considerar a desigualdade social e econômica aqui existente. Jamais haverá democracia com esse nível de desigualdade socialÉ claríssimo o risco que o Brasil corre hoje de desintegração do seu território, nós não temos defesa militar para nada, só para fichar o povo e dar porrada nele.Os blogs progressistas estão replicando mesmo muitas notícias da grande mídia e falando dos mesmos personagens, o que pode de fato ser de uma grande inutilidade.A falta de um “grande pedaço da resistência” a que ele se refere me parece ser a classe média, a que teve praticamente todos os seus lideres e intelectuais mortos ou afastados no pós 64.No final ele fala das culturas, que de fato “eles” nunca nos tirarão.

    É necessário refletir sobre o que diz o Daher.

    Não se pode mais tentar resolver o Brasil apenas pela política e economia, ou pela direita ou pela esquerda

    Temos que encontrar saberes mais profundos, os saberes das culturas, juntar as classes médias com o povo, e botar o 1% pra correr.

    1. Carlos,

      Este “Dominó de Botequim, poderia parar por aqui e usar seu comentário como resposta a todos os demais. Bastaria refletirem e veriam que a confusão não está em mim, mas no Brasil. Isto, no entanto, revelaria preguiça, embora a tenha muita de rebater bobagens com uma só mão. Até dessa menção reclamaram. Tente escrever com uma só mão, para ver o saco que é. Nestas 4 linhas para você.levei 5 minutos. Valeram. Abraços.

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