Não se preocupem, a Arena e o MDB irão nos livrar do Bolsonaro, por Rogério Maestri

Em várias situações estamos sendo conduzidos a escolher entre os representantes do mal maior e o mal menor.

Não se preocupem, a Arena e o MDB irão nos livrar do Bolsonaro

por Rogério Maestri

Muitas pessoas estão preocupadas em votar nos males menores porque tem medo dos mal maior, mas eu quero tranquilizar a todos que a Arena e o MDB, os partidos da ditadura virão ao socorro dos “democratas” e dos “progressistas” e nos livrarão do mal maior, ou seja, de Bolsonaro, também conhecido como o espantalho.

Nem precisam se preocupar como isso será feito, ou através das nossas “invioláveis”, mais modernas e mais confiáveis urnas eletrônicas do mundo, ou através do lento trabalho da nossa imparcial imprensa, ou ainda ao nosso confiável sistema de justiça ou por outro processo democrático se achará a solução.

Em várias situações estamos sendo conduzidos a escolher entre os representantes do mal maior e o mal menor. Essa escolha é feita mesmo se sabendo que quem tirou os nossos direitos trabalhistas, a aposentadoria, a estabilidade nos empregos e estão vendendo as riquezas que conquistamos a duras perdas foram os representantes do mal menor, pois o mal menor que de tão incompetente que é nem conseguiu levar adiante as reformas que transfere o dinheiro de quem trabalha para quem tem o mérito de ganhar sem a necessidade de trabalhar.

O único tributo que o mal maior nos fará é desmoralizar as forças armadas, aumentando seus soldos e privilégios e diminuindo o que não tem serventia para a nação, ou seja, armamentos que que protegeriam as nossas fronteiras contra invasores externos. Ou seja, generais de bolso cheio não precisam se preocupar com a arte de guerrear, se tiverem algum problema externo chamam seus grandes irmãos do norte e ele nos acudirão com armas bem mais numerosas e bem mais modernas do que as nossas. Esqueçam de submarinos nucleares, caças de 4.5 geração pois o importante e colocar oficiais de alta patente nos cargos que lhes duplicam o salário e desmoralizam as forças armadas perante a população. O que precisamos mesmo são polícias militares completamente armadas e numerosas com amplo treinamento de “matar bandidos”, mas para isso o “mal menor” já serve.

Durmam tranquilos, em breve teremos o grande favor de votarmos num mal menor para que possamos continuar a ser explorados e diminuída cada vez menos o nível de nossa vida daqueles, mas pudermos frente a um computador ou celular, ler, falar ou escrever como fomos bravos em eliminar o maior espantalho da história do Brasil.

Redação

5 Comentários

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  1. Maestri, como tu, questiono a confiabilidade das urnas, nosso sistema eleitoral e nossa república. Porém, infelizmente, chegamos ao ponto de devermos escolher – sim, por estas plagas, o voto AINDA É UM DEVER – entre civis (não policiais e não militares), não juízes e não religiosos (o Estado não é laico??). Lamento: até que busquemos mudanças estruturais, “é o que tem pra hoje”.

  2. A questão, Maestri, é que o mal menor, ao frustrar a população acaba por revoltá-la. E ela expressa sua revolta votando e, pior, militando no neofascismo (o mal maior), já que a revolta à esquerda anda bloqueada: por conta dos evangélicos que tomaram a periferia da esquerda e por conta da própria esquerda, que se tornou gerente da crise capitalista, não oferecendo esperanças que não sejam migalhas tipo bolsa família e empregos precários.

    Então, mantido este ritmo, o mal maior (fascismo) sempre ressurgirá, apesar de todo poderio econômico e político do mal menor (neoliberais).

  3. Dirceu, eu tive o cuidado em procurar não qualificar o mal, simplesmente porque acho que são exatamente vinhos não da mesma pipa, mas da mesma videira, um ano mais ácido porém em maior quantidade.
    O que procurei chamar a atenção que são duas armas do mesmo atirador, uma para atirar a distância e outra a queima-roupa, mas a mão que escolhe a arma e puxa o gatilho é sempre a mesma.

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