O massacre dos idosos na Bélgica, por Rogério Maestri

A Bélgica segundo o Wordometers ocupa o desonroso título de primeiro lugar em mortes pelo Covid-19 no MUNDO

Foto BBC

O massacre dos idosos na Bélgica

por Rogério Maestri

Como muitos já sabem a Anistia Internacional publicou um relatório denunciando a mortandade nas casas de repouso na Bélgica. A Bélgica segundo o Wordometers ocupa o desonroso título de primeiro lugar em mortes pelo Covid-19 no MUNDO, no dia de hoje (1,26/mil habitantes), esse número e a posição no ranking de mortes é surpreendente para um país que tem uma renda per capita de US$47.519, que comparado com o Brasil (US$8,920), significa que por habitante a Bélgica é 5,3 vezes mais rica que nosso país.

Só essa posição desonrosa no ranking internacional de mortos por habitantes já seria um escândalo, entretanto tem mais. As estatísticas mostram que 61,3% das mortes com o Covid-19 ocorreram em casas de repouso de idosos, pois segundo a Anistia Internacional estes nem foram transferidos para hospitais, segundo Philippe Hensmans, diretor da Amnistia Internacional Bélgica, “Os resultados da nossa investigação permitem-nos afirmar que (as casas de repouso) e os seus residentes foram abandonados pelas nossas autoridades até que esta tragédia fosse publicamente denunciada e o pior da primeira fase da pandemia tivesse passado”.

Mas se fosse só a pandemia já seria um horror, entretanto as declarações de Vincent Fredericq, secretário-geral da federação de lares de idosos foram ainda mais longe, pois ele declarou a Anistia Internacional que cuidados médicos em geral foram deixados para trás: “Todos ficaram impressionados com as imagens dos hospitais italianos e espanhóis. Essas situações tiveram um grande impacto sobre nossos tomadores de decisão federais, que disseram desde o início que era absolutamente necessário evitar a sobrecarga da terapia intensiva. Os lares de idosos foram relegados para segunda linha e residentes e funcionários foram as vítimas.”.

Mas o show de horrores não termina aí, pois segundo a declaração da esposa de um dos moradores dessas casas que por “medidas higiênicas” foi impedida de visitar seu esposo declarou: “Era muito difícil para o meu marido comer sozinho. Com o tempo, ele perdeu peso. Quando perguntei à equipe sobre isso, um profissional de saúde me disse: Não podemos alimentar todo mundo todos os dias.” Em resumo, deixaram alguns passando fome.

Em vários países da Europa, como na Suécia, os parentes quando se deram conta de problemas que estavam surgindo, levaram seus velhinhos para casa e esses se morreram, pelo menos morreram próximo aos seus familiares.

Redação

4 Comentários

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  1. A Bélgica aplicou o que já tinha feito no Congo Belga, quando este era sua colônia. Genocídio de milhões, afinal pros belgas “os negros não eram gente como a gente”. Usaram o mesmo princípio, só que desta vez contra os idosos, cada vez mais vistos como um fardo inútil pra sociedade ir bem.

  2. Os excelentes comentários poderiam até se agregados ao texto complementando-o e enriquecendo-o. Para o primeiro mundo parece que os velhos são um fardo que insistem em não morrer, talvez a inveja de muitos da situação econômica desses países deve ser repensada, pois o dinheiro entrou pela porta e a humanidade saiu pela janela, pois os que são jovens e produtivos em pouco tempo serão velhos.

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