Você não gosta de mim, mas seu funcionário gosta
por Reginaldo Lopes
Dilma Rousseff recebeu um mimo de um funcionário do restaurante A Favorita, em Belo Horizonte. No prato de sua sobremesa estava escrito: “Sempre nossa Presidenta”. O dono do estabelecimento, então, manifestou-se com uma grosseria supostamente incompatível com o público educado de seu restaurante. Fernando Areco Motta afirmou que isso aconteceu porque ele não estava no país e que aquilo não refletia a “opinião do restaurante”.
Passou recibo. Ali estava o funcionário “desautorizado” de um lado e o patrão intolerante que acha que pode tolir as opiniões políticas de seus funcionários de outro. Lembra a canção “Jorge Maravilha” de Chico Buarque que dizia no refrão: “Você não gosta de mim, mas sua filha gosta”.
Nas máscaras modernas da verdadeira escravidão que ainda existe no Brasil, nas palavras do professor Jessé de Souza, o ódio ao pobre, e a quem o representa, ainda são estimulados. A mesma elite responsável pelo complexo de vira-latas manipula a classe média a pensar politicamente como a Casa Grande. Perdemos todos, ao dinamitarmos pontes que nos levariam a um verdadeiro e necessário progresso.
Esse imenso contingente faz pender a qualquer um dos lados a luta política e, não por acaso, é uma parcela de que a elite não abre mão de perder. Por ter relativo acesso a um padrão de consumo atribuído à felicidade, parte da classe média passa a acreditar ser da elite.
Porém, apoiar politicamente a elite burguesa não faz da classe média integrante dela, mesmo que se deixe embriagar pelos paliativos oferecidos. São apenas pílulas dessa nobreza. Bastam as crises virem, e essa parcela ser afetada, para todos perceberem que o Brasil continua para poucos.
Essa falta de visão estratégica dos donos do poder faz o Brasil pagar preços altos. A elite do atraso, excludente por própria natureza, é atrasada, sobretudo, intelectualmente. Um país para poucos não garante, por exemplo, a segurança de ninguém.
Devido à ignorância e ao preconceito, não souberam reconhecer em Lula, e no projeto que representa, um conciliador, um desenvolvimentista que quer justiça social e fazer girar a economia do Brasil. Para o bem de todos.
Estamos em um país desigual que pode voltar ao mapa da fome. Temos um presidente imoral, sem voto e um desemprego que aumenta, enquanto a criminalidade ganha cada vez mais soldados. O processo de desindustrialização não para e investimentos públicos como saúde, educação e infraestrutura estão sendo congelados… e, mesmo assim, o que indigna a elite do atraso é uma homenagem à Dilma em um prato de sobremesa.
Reginaldo Lopes é economista e o deputado federal mais votado de Minas Gerais. É pré-candidato à reeleição em 2018 para o quinto mandato na Câmara dos Deputados.
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aos coxinhas eu garanto
sua missão de destruir o país foi bem sucedida!
Imbecilidade…
Como esses golpistas gostam de ser otários. Esse senhor deve estar satisfeitíssimo com o aumento exorbitante do gás que aquece as panelas-( do tal restaurante e da sua residência)- que com certeza ele bateu. Uma vez panaca, sempre panaca.
O olho do dono engorda o gado
É o que dizem os comerciantes.
Quando o próprio dono tem mau olhado, o seu gado morre.
Se um comerciante acha ruim ver um cliente ser bem atendido dentro de seu estabelecimento ele está na rota certa para o fracasso.
Novo point progressista gourmet de BH
“Sempre nossa presidenta!”
O restaurante devia se tornar o point dos progressistas de BH, todos a pedir “a sobremesa da Dilma”, ou ” volta, querida”. E com direito a selfie com @ funcionári@ de muito bom gosto pra encher as redes sociais de amor e gratidão. E pra lembrar que comer bem e ser bem atendid@, como cliente ou cidadã/o, sem luxo mas com dignidade, é direito de tod@s. E que por essa heresia, digo, ambrosia política ser uma das preocupações e compromissos da presidenta eleita pelo voto popular, Dilma, é que gente como o dono do restaurante ajudou a dar o golpe pra manter o povo sob rédeas curtas e indigestas.
Viva o povo brasileiro!
“Sempre nossa presidenta!”, sempre uma pedra nos sapatos furados dos golpistas que se alimentam de bile e arrogância, hahahaha.
Sampa/SP, 26/07/2018 – 01:36 (alterado às 01:48).
Há uma confusão nas críticas
Há uma confusão nas críticas que estão sendo feitas ao dono do restaurante.
Em nenhum momento ele quis tolher as opiniões políticas de seus funcionários. A questão é se se essas opiniões podem ser feitas em nome do restaurante.
Sim, porque o prato servido é do restaurante, e não do funcionário. As primeiras notícias sobre a homenagem não citavam o funcionário, mas sim o restaurante.
O funcionário foi contratado pra fazer uma refeição de acordo com as especificações do restaurante. Se ele as modifica pra expressar uma opinião política, ele que está extrapolando suas funções e usando o restaurante inteiro pra citar uma opinião específica dele.
Confusão
Há uma meia verdade no seu comentário. Sim, o funcionário foi contratado pra fazer o que lhe mandam, mas o dono do restaurante foi descortês, se impôs ao funcionário, desautorizando-o, diminuindo a sua autonomia de pensamento e enquanto pessoa. Como bem disse a filósofa Marilena Chauí, ” A classe média é fascista, violenta e igorante”. Acredita ser dona dos meios de produção, como um verdadeiro bruguês, mas na verdade é manipulada pelo “Deus” mercado.
meia verdade,
é uma mentira completa.
Dilma nunca divulgou o nome da espelunca gourmet
quem o fez foi o imbecil do dono ao postar um video totalmente descabido, preconceituoso e canalha.
Eu não gosto de você nem do meu funcionário que gosta de você
Dilma, segui il tuo corso e deixa esse cão sarnento latir à vontade.