Acusado de agredir senador do PSOL, Bolsonaro irá responder por quebra de decoro

 Jornal GGN – Os parlamentares do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) no Congresso Nacional protocolaram na terça-feira (24), no Conselho de Ética da Câmara, uma representação por quebra de decoro parlamentar contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). Segundo o partido, Bolsonaro agrediu fisicamente o senador Randolfe Rodrigues (AP), que integrava uma comitiva para visitar a antiga sede do DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna), atual 1° Batalhão de Polícia do Exército, no Rio de Janeiro (RJ), na manhã de segunda-feira (23).

O senador Randolfe Rodrigues afirmou que levou um soco no estômago do deputado Jair Bolsonaro. A agressão aconteceu na frente do prédio do Batalhão de Polícia, pouco antes do início da visita, da qual participavam membros da Subcomissão da Verdade, Memória e Justiça do Senado Federal e da Câmara dos Deputados. Segundo o PSOL, Bolsonaro não fazia parte de nenhuma das subcomissões, não justificando, portanto, sua presença. Quando tentou entrar no prédio, foi rechaçado pelas pessoas que fariam a visita. Foi quando iniciou a provocação entre os integrantes da comitiva e a agressão a Randolfe Rodrigues.

 “Ele tentou obstruir os trabalhos de missão oficial do Senado e da Câmara. E o seu comportamento é intolerável. É um comportamento de um filhote da ditadura, de um filhote de uma página da história do Brasil que tem que ser virada”, afirmou o senador do PSOL.

Já o deputado Chico Alencar (RJ), considerou que Bolsonaro desrespeitou o Código de Ética em relação aos deveres de um parlamentar. “O Congresso é um espaço de dissenso, mas o problema é a forma como ele manifesta essa posição de discordância, cheio de ofensas e preconceito”.

Jean Wyllys (RJ) lembrou de outros fatos agressivos protagonizados por Bolsonaro, afirmando que a imunidade parlamentar deve proteger as ideias e não atos de agressão como esse. “O deputado Bolsonaro nos coloca em uma encruzilhada porque repete essas agressões com a certeza de que não será punido”.

O presidente nacional do PSOL, Ivan Valente, disse que as agressões de um deputado como Bolsonaro não podem persistir, exigindo punição. “Ele já agrediu vários parlamentares das duas Casas, de diferentes formas, em diferentes episódios. Agora é esta agressão física contra um senador da República. Isto não pode ser tolerado”, afirmou.

O presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, Ricardo Izar (PSD-SP), se comprometeu a definir o relator do processo já na reunião marcada para esta quarta-feira (25). As deputadas Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Luiza Erundina (PSB-SP) também estavam presentes na entrega da representação. Elas foram testemunhas do fato no Rio de Janeiro.

Com informações do portal do PSOL

 

Redação

5 Comentários

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  1. que não se acovardem!

    eu acho dificil para esse congresso que salvou um deputado condenado cassar o Bolsonaro!!!  pois mais que covardes os parlamentares são de pessima cepa moral!

  2. Não vai dar em nada! O

    Não vai dar em nada! O Bolsonaro já quebrou o decoro parlamentar, e feriu a ética, dezena de vezes, foi denunciado, e seus crimes foram solenemente ignorados. Vai chegar a hora em que ele vai matar um colega parlamentar no plenário, e mesmo assim ficará impune.

  3. A verdade

    Comissão da verdade! De que verdade estão a falar? Todos conhecem a verdade dos militares. Agora esse pessoal apresenta a verdade deles. Só há uma verdade. Até agora já apresentaram-me duas. Qual é a verdade? Acho que a verdade ainda vai demorar a aparecer, pois o que temos são versões particularizadas da vida em um período da nossa história. Isso que estão apresentando por aí, parece mais um revanchismo. Naquela época os militares nos livraram do comunismo, ultimamente nos entregaram a ele e eles, os comunistas, nos puseram ladeira abaixo, já ultrapassamos a Argentina, estamos lado a lado com a Venezuela e descendo rapidamente em direção a Cubanização total. Seguindo o caminho que estamos trilhando, logo logo cregaremos lá. Um país onde se comemora ter mais de 25 % da população vivendo de esmola, leia-se voto garantido, não pode estar indo bem. Deviam comemorar é a saída das pessoas da fase de esmola, entrando na vida produtiva, gerando o próprio sustento e riquezas, mas não é o que se vê, infelismente.

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