Com articulação de Cunha, bloco de nanicos pautará Temer

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Bloco terá maior cacife para levar as reivindicações do grupo ao presidente em exercício Temer
 
Jornal GGN – Um novo bloco na Câmara dos Deputados foi criado com a união de partidos nanicos e do chamado centrão. Ao todo, eles formam 225 parlamentares na Casa Legislativa e incluem 13 partidos: PP, PR, PSD, PRB, PSC, PTB, Solidariedade, PHS, PROS, PSL, PTN, PEN e PTdoB. De acordo com informações do Estadão, por trás do novo bloco do baixo clero, está Eduardo Cunha.
 
Fortalecidos com o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, as siglas formam o maior bloco da Câmara, com a ajuda do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), angariando quase metade do total de deputados. O objetivo é dispor de maior cacife para reivindicar junto ao presidente interino Michel Temer.
 
Foi desse grupo que surgiram negociações mais interessantes como forma de apoio à Temer, durante a disputa da tramitação do impeachment. O resultado foi que boa parte deles ganharam postos importantes na Esplanada e no segundo escalão do novo governo, colocando, por exemplo, PRB no Desenvolvimento.
 
O que ainda ficará mais claro nos próximos meses é até que ponto o tom conciliatório de Temer ficará refém dessa nova frente parlamentar. 
 
Enquanto isso, uma das propostas do grupo é emplacar o novo líder do governo na Câmara. Até o momento, aventou-se a defesa do líder do PSC, André Moura (SE), também um dos principais aliados de Cunha. Outros integrantes já pensam em influenciar na agenda legislativa, liberando, por exemplo, as propostas que legalizam jogos de azar. 
 
Já nesta terça (17), o interino reuniu-se com o “novo centrão”, já solicitando o nome de Moura para a liderança da Câmara, mas Temer ainda não se decidiu. “O presidente ainda não definiu a indicação. A prerrogativa é do presidente, mas vamos buscar solução que nos unifique”, disse o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima.
 
Por outro lado, Michel Temer anunciou que irá “governar de mãos dadas ao Congresso”.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

5 Comentários

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  1. É o Temerrato – o Governo dos Ratos – em ação. Salve a seleção.

    É o Temerrato – o Governo dos Ratos – em ação. Salve a seleção.

  2. Kunha

    Se não prenderem o Kunha, a mulher e a filha, não tem jeito:

    Dilma cai definitivamente,

    Lula será preso,

    O PT acaba, o Brasil atola no brejo, desemprego de 30%, Petrobrás, Eletricidade, Agua….(-como? eletricidade e água já foram? ih, foi mal ai, desculpe),  BB, Caixa e BNDES entregues para os alienígenas e o povo brasileiro para o bico dos urubus.  

    E Kunha volta, como presidente!  

  3. É a ascensão definitiva do baixo clero!

    É a ascensão definitica do baixo clero! 

    Inicia-se a era das trevas na política brasileira. 

  4. Temer, o impossibilitado…

    pela única verdade dos canalhas ou pelo grande segredo, trunfo, do Cunha:

    …não haverá como se livrar do que faz parte de ti e te domina…

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