PSDB busca articulações para campanhas de 2018

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Divulgação
 
Jornal GGN – Apesar de aparentemente evitarem os conflitos, a possível disputa no PSDB entre o prefeito de São Paulo, João Doria, e o governador do Estado, Geraldo Alckmin, com miras às eleições 2018 já é rixa marcada dentro do partido. Alckmin e Doria buscar articulações em separado, motivando desentendimentos internos.
 
Nesta semana, o governador preparou uma série de encontros com líderes partidários, pensando em possíveis alianças, tanto a nível federal, junto ao Congresso, como também nos Estados. Entre as siglas miradas estão o DEM e o PSB. Por outro lado, o próprio partido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), nega haver interesses de apoios mútuos.
 
Nesta segunda-feira (24), o governador tucano encontrou-se com outros líderes do DEM pra fechar o apoio, pelo menos, em estados como a Bahia, onde partidos aliados do governo de Michel Temer buscam desenhar estratégias de enfrentamento ao petista Rui Costa, não somente unindo DEM e PSDB, como também os demais partidos da base.
 
“Na Bahia os partidos anti-PT se reúnem em torno do ACM Neto [prefeito de Salvador]. Há uma unanimidade: onde está o PT, estamos do outro lado”, disse o presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia (RN) ao Estadão.
 
Também foi assim que Alckmin começou a interagir para um nome ao Palácio dos Bandeirantes, em uma sucessão ao atual governador de São Paulo, pensando em uma aliança entre os partidos. Por outro lado, se do lado do DEM a união não é consenso, tampouco é no PSDB, onde um candidato ao governo de São Paulo para 2018 interessa a Doria. 
 
O prefeito da capital não participou dos encontros de Alckmin com as lideranças do DEM e do PSB. Mas nesta última reunião, realizada em jantar nesta quarta-feira (26), o governador deixou claro que caso entre para a disputa à Presidência, Doria estará fora de campo das prévias do partido. O próprio prefeito já vem confirmando que não pretende enfrentar o seu padrinho político. Não tira os olhos, porém, da estratégia da sigla de posicionar novos nomes no pleito eleitoral. 
 
Mas a reunião de Alckmin com dirigentes do PSB em jantar nesta quarta envolveu, além de possíveis alianças, outras temáticas, como a reforma política e caminhos para os partidos estruturarem formas de financiamento das campanhas que virão. 
 
O acordo para aprovar o fim das coligações, as federações partidárias e a criação de um fundo eleitoral integraram o debate. Conforme revelou o GGN, a reforma política que será posta em pauta no Congresso logo no retorno dos trabalhos legislativos pretende tratar com urgência as formas de financiamento.
 
Além da Proposta de Emenda à Constituição para criar um fundo eleitoral que use recursos públicos das Casas Legislativas para alimentar os pleitos, deputados e senadores chegam a estudar retomar o modelo de doações por empresas privadas.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

2 Comentários

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  1. Dória sai do PSDB até abril

    O próprio Dória sabe que precisa sair da prefeitura para ter futuro político. Não dá para passar 4 anos só com dois dedinhos do acelera e xingando Lula no Facebook, enquanto deixa a cidade em situação de calamidade pública. O “gestor” não consegue fazer melhor do que Haddad fazia e ainda desmonta tudo de bom que o antecessor fez. Assim, Dória precisa se candidatar em 2018 a qualquer coisa para deixar a bomba do desmonte que ele faz na mão do vice.

    Alckmin não pode entregar nem a candidatura a governador para Dória, senão perde o apoio do PSB, cujo vice de Alckmin exije ser candidato à sucessão de governador de SP.

    Então ou Alckmin tem sua candidatura abatida por algum dossiê fogo amigo (fogo inimigo a imprensa blinda), ou Dória sai do PSDB até abril de 2018 (prazo para mudar de partido sem ficar inelegível nas próximas eleições), mesmo que seja para sair candidato a governador.

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