O momento errado de fazer política com a Petrobras

Por Sergio Maurício Troncoso
 
“O inimigo está dentro”. Uma resposta às calúnias dos governistas
 
Quando Lula ganhou a eleição presidencial em 2002, o povo brasileiro em geral e os setores organizados da classe, em particular, tiveram uma nova esperança acesa em seus corações. Seria a oportunidade de colocar a limpo os últimos anos do século passado quando, sob a égide do Governo FHC, a Petrobrás foi levada ao sucateamento e desmembramento para sua privatização.
 
Seria uma oportunidade histórica de nos livrarmos de uma maldição tucana que acabou com o monopólio estatal do petróleo e através da lei de concessões, estava entregando as riquezas de petróleo e gás do nosso país, bem como outras joias como a VALE, as TELES, as petroquímicas etc. Sem falar nas dezenas de denúncias de corrupção que envolviam o governo FHC e seus aliados e que precisavam ser apuradas e ter seus principais artífices presos.
 
Junto com isto, o corpo técnico da companhia julgava que diversos problemas que vivenciava naqueles difíceis tempos tucanos pudessem ser resolvidos, como as questões relativas à PETROS, à terceirização, à segurança nas plantas industriais, aos contratos e novos empreendimentos, a situação dos aposentados etc.
 
Passados quase 12 anos, é preciso que seja feito um pequeno balanço do que aconteceu. A Petrobrás, é verdade, não foi privatizada. Mas até o pré-sal está sendo leiloado, agora no sistema de partilha. Se fizeram 4 leilões sob FHC, sob Lula e Dilma foram mais sete realizados. A Petrobrás voltou a contratar trabalhadores diretos e saiu de menos de 40 mil funcionários para mais de 80 mil funcionários hoje. Mas a terceirização está desgovernada, com mais de 320 mil contratados indiretos. A segurança nas plantas industriais é sofrível, para dizer o menos, com a gestão burocrática do papel querendo substituir as condições inseguras que os equipamentos sucateados anos a fio mantém junto aos locais de trabalho. Os contratos e novos empreendimentos vivem o calvário dos EPCistas, relegando a memória técnica adquirida em anos de conhecimento tecnológico de ponta na indústria petroleira. E a Petros?…
 
Bem, a Petros passou a ser utilizada pelos companheiros da FUP como um bunker para auxiliar o governo a implementar suas políticas públicas. Os petroleiros passaram a sustentar financeira e administrativamente dezenas de planos do chamado MULTIPATROCÍNIO da Petros. Em 10 anos, em valores históricos, cerca de R$ 200 milhões provenientes dos cofres dos planos dos petroleiros foram utilizados para a administração dos planos de aposentadoria de diversas categorias.
 
A Petros é ré confessa, como comprova a proposta de ajuste de conduta feita pela própria Petros à Previc (órgão fiscalizador). Nesta proposta, a Petros anistia os gastos anteriores e as despesas atuais de todos estes 36 planos deficitários existentes. E, mesmo assim, somente 7 – sete! – conseguiram apresentar algum irrisório superávit. Isto por que a provisão de pagamento de ICMS – que teria que ser paga por todos os planos foi lançada – uma vez mais – somente para os planos Petros 2 e Petros do Sistema Petrobrás.
 
Ou seja, ao invés de apurar as denúncias de corrupção da era FHC – a maioria feita pelos próprios companheiros – os governistas preferiram se calar. Optaram por manter os aliados de FHC como seus aliados. Construíram uma aliança nacional com partidos que sustentaram historicamente a direita em nosso país. E, com isto, mantiveram suas práticas e adquiriram seus hábitos.
 
Senhores da FUP: não terão a nossa concordância para gastar o dinheiro dos petroleiros ativos e aposentados sem o conhecimento e o consentimento destes. Se a direita, que são os novos amigos que vocês fizeram nos últimos anos, está sujando o nome da Petrobrás e da Petros, só faz isto pelo silêncio nefasto que vocês têm mantido. Graça Foster e Guido Mantega estão reféns de corruptos por uma opção política que vocês fizeram em 2003, no momento em que assumiram o Palácio do Planalto e preferiram se calar diante da corrupção e da venda dos direitos e do patrimônio dos trabalhadores e do povo brasileiro.
 
O inimigo não está entre os que lutam para defender a PETROBRÁS e a PETROS. O inimigo não está entre os seus antigos aliados, abandonados por vocês. O inimigo está ao lado de vocês, dentro das alianças que vocês construíram em nome de uma governabilidade que causa nojo as pessoas de bem.
 
* Texto de Ronaldo Tedesco e Silvio Sinedino, publicado em 30/04/2014 no Jornal Surgente 1264, do Sindipetro RJ, em resposta a novos ataques da FUP aos lutadores da categoria petroleira.
Redação

40 Comentários

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  1. Com a palavra a Petrobras, a

    Com a palavra a Petrobras, a FUP e o PT. Principalmente a FUP. A propósito, a qual central está filiado o Sindipetro RJ?

  2. A Petrobras é bem administrada.

    Isso aí é picuinha interna da empresa. Qual o problema dos leilões, a Petrobras controla o pré-sal, é por isso que está sendo atacada. A empresa investe no Brasil fazendo suas encomendas de navios e plataformas aqui, isso é mérito do governo atual.

    1. Marrômeno

      Franklin, eu não chamaria as atuais divergências de “picuinhas”, o buraco é bem mais em baixo… Porém você está correto na percepção marginal, “apenas” trata-se de disputa sindical “braba”…

      Quanto a orientação geral de investir e comprar preferencialmente no Brasil, não há divergências entre as federações.

      Um abraço.

  3. O inimigo não está entre os

    O inimigo não está entre os que lutam para defender a PETROBRÁS e a PETROS. O inimigo não está entre os seus antigos aliados, abandonados por vocês. O inimigo está ao lado de vocês, dentro das alianças que vocês construíram em nome de uma governabilidade que causa nojo as pessoas de bem.

    Muito, mas muito cuidado em dizer pessoas de bem. Mais um texto daqueles que falam de Governabilidade de coalizao que não apontam nada senão dizer que se tem ojeriza. Como superar a governabilidade sem ganhar contornos de centralismo? Nós sabemos que não é o Governo que decide quem será eleito para fazer parte do Congresso, não depende do Presidente se as pessoas que tem a faca e o queijo na mão não estão nem aí para a população.

    1. Muito…

      Francy, também acho que “pessoas de bem” foi bem mal, rs… Detesto esse têrmo, embora a orientação geral de viver pela honestidade a princípios mais ou menos universais deva ser o objetivo de qualquer cidadão.

      Um abraço.

  4. Quer dizer que a herança mais

    Quer dizer que a herança mais maldita do governo de FHC foram as maracutaias, como o seguimento das ações desastrosas dos administradores da Petrobrás, bem como a ida a Marcos Valério que primeiro ganhou dinheiro fazendo tratos com os tucanos.

    Hoje no Brasil 247 tá lá FHC posando de bom-moço, contrariando com tanta corrupção. E o povo vai na onda, sem enxergar um palmo diante do nariz, tendo em vista tudo que aconteceu com ele – o povo – justo no seu governo. FHC falar de corrupção petista é a coisa mais hipócrita, mas compreensível por ele ser sempre blindado pela imprensa, daí ter podido fazer chover, sem sofrer nenhuma investigação, até entregar o governo “de cabeça erguida”, como de cabeça erguida (entre aspas) se encontra até nossos dias.

    Os tucanos, cá pra nós, usaram da mais feliz estratégia para desconstruir os governos de Lula e de Dilma conseguindo a abertura da CPI da Petrobrás. Até a chegada dos palanques, o assunto prosseguirá, e sabe Deus que desdobramentos terá. 

    É muito significativo que tenham xeretado a Petrobrás nestas alturas do campionato, tendo em vista que, amanhã, se Aécio ganha as eleições, vai argumentar ao povo que o PT deixou sem opção, por isso terá que privatizá-la. 

  5. MAIS UMA ?

    FOLHA DE SÃO PAULO

    http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/164268-troca-na-petrobras-mudou-rumo-de-negocio-bilionario.shtml

    “…A troca feita pela presidente Dilma Rousseff no comando da Petrobras no início de 2012 mudou o rumo de um negócio bilionário que a estatal analisava, a venda de seus poços de petróleo na África.

    O negócio, que estava nas mãos de um diretor indicado pelo PMDB, passou a ser tocado por um subordinado da nova presidente da estatal, Graça Foster, depois da troca.

    No ano seguinte, o banco BTG Pactual pagou US$ 1,5 bilhão para ficar com metade das operações africanas da Petrobras e se tornar sócio da estatal. O valor obtido pela venda despertou desconfianças, porque a gestão anterior calculava que os ativos valiam quase quatro vezes mais…”

     

  6. A escolha do lado

    Mais uma vez a luta envolvendo o nossa da nossa maior empresa, a estatal ou mista, Petrobras, está em jogo.

    A pergunta sobre quem está tentando desmoralizar ou minimizar a importância da Petrobras deve ser feita e esclarecida.

    Duas correntes existem. A que quer privatizá – la, com os fundamentos conhecido por todos, e a que quer mantê – la como pública para que sirva de alavanca de crescimento do país dentro de políticas públicas.

    Dentro deste quadro não se pode esperar que a Petrobras tenha a proteção dada pelos governos às empresas públicas ao mesmo tempo em que tenha a liberdade de atuar como empresa privada.

    A opção do governo pela partilha, modelo infinitamente melhor para a Petrobras e para o país que a do modelo anterior de FHC , se deve à falta de capacidade financeira do Estado de arcar com todos os custos da exploração do Petróleo. O mesmo (falta de recursos) não permitiu que a Petrobras tenha lançado proposta com potencialidade de vencer o leilão da partilha. O governo, por sua vez,  já garante à Petrobras uma série de vantagens para a exploração do Pré-Sal, mas, já não pode garantir a exclusividade por ela ser uma empresa de economia mista.

    O verdadeiro algoz da Petrobras está entre os aliados do mercadismo, –  Aécio e Campos – , e os que ainda admitem, ainda que pouco, a Petrobras como uma empresa com alguma participação estatal.

    1. Sim,
      E o texto que tu

      Sim,

      E o texto que tu comentas, querendo ser ir para um lado vai diretamente para o outro: desmoraliza o governo que representaria alguma defeza contra essa privatização.

      O texto ainda faz uma menção de opção do governo petista em 2003. Essa opção mais conservadora aconteceu para valer em 2005, com o estourar do escândalo do mensalão, do qual o grande beneficiário foi o PMDB, e do qual o governo é hoje refém. Mais refém quanto menor foi o apoio lá atrás, em 2005, quando Lula se viu acuado e temendo o impeachment. Apoio que certamente não deve ter vindo dos cegos subscritores do texto.

      1. Veja bem…

        Veja bem Miguel, eu não os considero “cegos”, eles sabem o que aconteceu. Mas oposição é assim mesmo, quer tudo ao mesmo tempo agora, não precisa lidar com as contradições do “outro campo”, e é assim que deve ser, pois quem não tem o “poder de governo” sempre reivindica muito, porque sabe que vai obter muito pouco (na área sindical isso é “quase ciência”, rs). Houve uma época que a FUP/CUT era assim, agora ela clama por “governabilidade” e chama quem lhe aponta os erros de traíra… Nada de novo no front…

        Um abraço.

  7. Disse certa vez Oscar Wilde:

    Disse certa vez Oscar Wilde: uma coisa não é necessariamente verdadeira só porque um homem morreu por ela. Inspirado na frase, afirmo: nem tudo que é afeto ao PT, ao sistema de Poder que assume em 2003, é necessariamente verdadeiro, justo e aceitável. Nada é insusceptível de críticas. 

    Certa vez recebi o epíteto de “duas caras”: ora defendo com garra e denodo esse esquema, ora o critico. Mais: que ao optar pela crítica de certa maneira estava fortificando as investidas injustas e desonestas do mesmo aqui e nas redes sociais. 

    Se no frescor dos meus dez anos responderia: e eu com isso, caixão de lixo? Já beirando os sessenta e indiferente ao que der e vier só guardo compromisso indeclinável com a minha consciência. Não há incompatibilidade(por que deveria haver?) entre se defender uma causa, um projeto, as pessoas que o encabeçam, e o exercício do contraditório e dos reparos quando cabíveis.

    Nada entendo e sei sobre a PETROS e a PETROBRÁS além do comum a todos os brasileiros. Dado isso, recuso a entrar no mérito quanto ao que ocorre com esse fundo de pensão e as atividades da nossa maior empresa. Não obstante, no tocante a parte política, sim. 

    A defesa da governabilidade que fiz, faço e farei sempre,  dadas as singularidades e o contexto político, como tudo na vida, também tem um limite. Os cochavos, as aproximações, a política de alianças; enfim, os atos necessários para se ultimar essa governabilidade, idem. Esse não é um processo tipo poço sem fundo. Justificável e aceitável ad eternum. Não, absolutamente, não. 

    Sabedores da fidelidade e compromisso de militantes e simpatizantes, próceres do PT foram longe demais nesse diapasão. Muito das nossas dificuldades(o “nossa” aí é emblemático) atuais decorrem dessas atabalhoadas, impensadas, mal engendradas e, por que não?, capciosas alianças ou parceria com o que há mais de podre e nojento na política brasileira. Avaliam, talvez, que sejamos obtusos e indiferentes. Que podemos ficar nos engoelando e sendo alvos de ataques nas redes sociais pela defesa incondicional do partido e de seus dirigentes. 

    Temos, sim, problemas. E muitos. Alguns deles graves. O primeiro deles é não aprender com os erros e sempre justificá-los. O segundo é ceder demais. Ficar refém sem a contra partida proporcional ao compromisso. E o terceiro é o imobilismo, a falta de iniciativa. Esse esquema de Poder simplesmente se acomodou com a situação. Nada fez em termos de ao menos alterar o status quo. Tornamo-nos o mais do mesmo. Infelizmente,

    Isso diz respeito, principalmente, ao nosso grande líder Lula. Político que reputo como estadista, mas que não vem fazendo jus, a meu modo de pensar, tanto à sua capacidade como à sua responsabilidade no que tange a liderar um processo de mudança efetiva na práxis política brasileira. Lula simplesmente se acomodou,

    Lula ultimamente só “fala” intramuros ou para “fora”. Basicamente restringe suas proclamações em palanques. Convenhamos: é pouco. Nessa encruzilhada em que estamos faz falta sua participação mais efetiva na vida política. 

    Esse discurso de elite, de “casa grande”, de “nós contra eles”, já perdeu a validade. Lula poderia, pelo menos em períodos não eleitorais, se alçar acima de partidos e liderar um processo de transformações que tanto precisamos; em especial na seara política. 

    1. Caro JB

      Caro JB, uso o teu texto para esclarecer minha opinião.

      Como você, vivo constantemente com a contradição de apoiar um governo, que considero como o mais adequado dentro das limitações políticas do quadro partidário (reforma política já!), e criticar diversas pequenas e grandes ações de pessoas e grupos que simplesmente “se esqueceram” do que pregaram por toda a sua vida política e sindical… Infelizmente houveram diversos retrocessos na política trabalhista durante o “governo dos trabalhadores”, a começar pela enfiada pela goela a dentro de uma mudança na PETROS, pior que a proposta pelo governo FHC, e há muito mais. E explicações do tipo “jogar a culpa no PMDB”, ou “quadro político no Congresso”, são completamente inverídicas, acomodatícias, quando não calhordas. E sempre é preciso lembrar que se opor, fazer oposição, faz parte do processo democrático. Às vezes os “de carteirinha” dão a impressão que todos temos que ser um regimento a serviço do regime, e as críticas tem que ser evitadas ou ditas “baixinho”, ao pé do ouvido… (comigo nem f…..o)

      Com a chegada do “governo dos trabalhadores”, muita coisa mudou para melhor, mas as coisas que mudaram para pior são de causar vergonha. Inclusive muito nem deve ser dito, pois dá munição para uma direita calhorda e vendida crescer de maneira espúria.

      Por fim lhe digo que oscilo entre acreditar/apoiar uma corrente e/ou outra, visto que em minha percepção todos erram em algumas coisas e todos acertam em outras… De qualquer forma acho que no momento, o Sindipetro LP estar nas mãos da FNP (inclusive em função dos indivíduos que compõem a diretoria), está de bom tamanho.

      Um abraço.

    1. Ô amiga…

      Ô amiga… Cansa não… Cê sabe que as coisas são assim mesmo, sempre fôstes da luta e sabes que “divergência” é o segundo nome das esquerdas, rs.

      De qualquer forma sempre estaremos juntos na amizade… Precisamos “tomar umas”, kkk… Estou para “subir o morro” por esses dias e te aviso.

      Um abraço.

    1. Muito pior.

      Cê tem razão. Eita, boa mesmo ela era na época da Petrobrax. 

      Eu não acho que você acredite nestas tolices que escreve. Deve ser apenas para nos divertir…bem, para quem tem gosto estranho por piadas idiotas deste tipo…

    2. Mais um factóide

      Tem provas ou é como o telefonema do Zé Dirceu?

      Ainda bem que só os 4% leem esse esgoto…

      Uma dúvida, a Folha ainda vende assinaturas sem licitação ao Governo Alckmin?

    3. Não…

      Walker, eu trabalhei em empresas pequenas, médias e grandes, e se tem uma coisa que sempre vi nelas foi empregado ladrão e empresário ladrão. Infelizmente temos um tecido social médio que carece de “educação cidadã” e como temos diversas carências, existe a percepção errada de que há a necessidade de levar vantagem em tudo a qualquer custo, o que é um erro, pois a saída é fazer exatamente o oposto. No nível individual o brasileiro médio não se reconhece nesse “efeito”, mas essa é uma dura realidade. Por exemplo nossos políticos não vieram de Marte, eles nasceram, cresceram e se tornaram cidadãos aqui, nesse Brasil de meu Deus…

      Assim sendo, eu não tenho a menor dúvida de que no meio dos 60 mil contratados diretos e dos 320 mil contratados em empreiteiras, que trabalham na e para a Petrobras não aja alguma ladroagem. Se escarafunchar vai achar, pois se você conhece a maneira de operar de uma grande empresa, sabe que a maioria dos contratos não é assinada no nível de diretoria, e nenhuma auditoria de nenhuma empresa consegue “pegar tudo”… Fora as decisões estratégicas erradas que são tomadas pelas diretorias, como pode ter sido Pasadena. Mas logo que a “notícia” saiu, eu de cara vi que havia muita “espuma” da grande imprensa (só prá não dizer mentira), porque sabia que não existe refinaria de 46 milhões, aliás, uma unidade dentro de refinaria custa mais que isso. O objetivo da grande imprensa é eleitoral, pró PSDB, o que pode ser até um direito legítimo desde que não se minta. Então eu prefiro esperar um pouco antes de falar da “novidade africana”…

      Também é importante dizer que você fez uma alusão à crime instituido dentro da Petrobras, e isto é uma leviandade (só prá não dizer mentira)… Aliás, nenhum cidadão comum, principalmente desconhecedor do meio do setor petroquimico, tem condições de afirmar isso… Isso é um mero pontapé eleitoral!

  8. Isso é verdade e

    Isso é verdade e provavelmente o maior erro do PT, deixar boa parte dos bandidos colocados por fhc onde estavam e fazer o pacto de não investigar para poder governar. Agora paga pelos “mensalões” e vai pagar por todas as bandidagens produzidas pelos tucanos e aliados. Agora fhc, serra, aécio, entre muitos outros posam de éticos e honestos e sequer podem ser investigados, imagine julgados e condenados. Ir pra cadeia? Só se existir uma no ceu!

  9. Disputa interna de interesses

    Me julgo incompetente para opinar, no entanto vou dar um pitaco.

    Quem, a não ser da área ou envolvido com as partes (Petrobras / Petros / Sindicatos), tem conhecimento de causa para comentar esta carta-denúncia?

    É uma luta interna a ser resolvida no forum competente.

    Se existisse Justiça neste país até que sugeriria este caminho.

    Enfim, em época de eleições pipoca cada coisa….

    1. Caro Tony

      Caro Tony, o Nassif já “elevou” muitos textos mandados por mim a post. No caso específico deste, estou fazendo questão de comentar, porque minha posição em relação ao imbróglio sindical dentro da Petrobras é oscilante e variável em função das escolhas que cada “corrente” faz. Coisa de louco, rs!

      Então concordo com o que você pensa, mas faço uma restrição à frase “em época de eleições pipoca cada coisa…”, pois essa “briga” existe desde o início do governo petista, e claro, ela é recorrente às muitas contradições do ato de governar. Assim sendo, são divergências que ultrapassam as eleições, embora nelas estejam contidas.

      Um abraço.

  10. Sérgio, seria este o momento

    Sérgio, seria este o momento correto de se fazer este tipo de crítica? Assim como tem feito quase sempre, o sr. Luis Nassif, em relação à economia.

    Como disse a comentarista anterior, sra. Nilva: Cansaço ! Enquanto a oposição caminha junto e mt unida, os “governistas” ou melhor, os mais a esquerda, continuam se digladiando como acontece em todo o mundo. Confesso-me em desilusão e depressão.

    1. Hã?

      Sem nome (?), eu não entendi bem, ou não sei se você entendeu…

      Primeiramente, o texto não é meu, embora ele contenha muitas críticas válidas, eu não concordo 100% com ele. Eu o pus para dar espaço e visão a outros que vêem de forma diferente sobre como são as coisas de fato no “governo dos trabalhadores”. Acredito que o debate seja saudável.

      Segundo, para os governistas acríticos, nunca é “a hora” de discutir o que pensamos estar errado, daqui a dois anos tem eleição de novo… Esse papo não dá mais… E de qualquer forma a grande imprensa faz suas escolhas partidárias, é anti petista, e menos ainda de “esquerda”, então ela sempre “fabricará” crises em anos de eleições (e sem eleições também).

      Terceiro, o PT não faz um governo de esquerda. Se você quiser um “título”, eu o poria como “liberal desenvolvimentista” com algumas iniciativas sociais e políticas compensatórias (renda mínima, facilitação do financiamento público ou privado para as camadas mais pobres, tipo PROUNI, etc.). Muitas dessas iniciativas foram preconizadas por Milton Friedman, um cara que não era nem de perto “de esquerda”. Para o Brasil, país com um povo com educação cidadã deficiente, conservador e autoritário, até que o governo está mudando várias coisas, por exemplo, a atual discussão sobre o nível dos salários, só apareceu, porque a grande verdade é que tem mais gente ganhando mais e consumindo mais… Mas a discussão sempre deve ser sobre o que pode avançar e não avança por acomodação, imperícia, covardia ou roubo mesmo. O poder corrompe, e maus feitos sempre devem ser repelidos, mesmo que se tenha que cortar na própria carne.

      Tem gente aqui que quer interditar o debate em função de “governabilidade” e quetais. Enfim, sempre se volta ao tema recorrente, ao qual eu mesmo não estou imune, sobre como a “porcaria” pode ficar pior se os tucanos ou os conservadores mimetizados de esquerda (PSB) voltarem ao poder. A conversa “vira” sobre como tudo vai piorar… E vai mesmo… E dá-lhe medo!

      E claro, não tenho problema nenhum em abrir meu voto. São 57 anos de janela, a maioria deles vividos sem meus preferidos na política governando, e apesar das crises messiânicas, sobrevivemos todos, nós de classe média, os pobres, a humanidade, etc…. “Viver é perigoso” como disse Riobaldo… Todos que me conhecem sabem minhas preferências, voto em Dilma, Paulo Teixeira e Telma de Souza, falta definir senadores…

      Um abraço.

      1. Excelente texto, parabéns,

        Excelente texto, parabéns, Sr. Sérgio.

         

        Resumiu perfeitamente a situação política do país, os mesmos grupos políticos que eram base aliada de fhc, continuam na base aliada do PT, só mudaram de partido, são as mesmas pessoas e os mesmos interesses.

        No caso, se o povo continuar votando para o Legislativo em parlamentares da base aliada, e para o Executivo votar no PT, não há muita esperança de mudanças. O país precisa de um parlamento que realmente apóie o Executivo e promova união governamental, ao invés de ser uma base aliada por interesses.

        Precisa de votar para o Congresso no mesmo partido do Executivo.

  11. NO BRASIL, A ALIANÇA COM O CENTRO SE IMPÕE PELA GOVERNABILIDADE

    Questiono o artigo,em função de que, mesmo  tendo  sido feito uma aliança com o Centro,  a esquerda está conseguindo governar com muita dificuldade. Se ela não existisse……

    Precisamos,antes de criticar,  buscar eleger homens da esquerda, comprometidos com os programas sociais e buscando sempre atender, máxime, e ao povo brasileiro.

    Assim, estas conversas, à vespera da eleição, não ajudam em nada. Trabalhem para eleger deputados comprometidos com a esquerda. Cada voto pesará para a independência político dos governantes que hoje estão no Poder. Não entender isto é burrice!

    1. A ESQUERDA TAMBÉM TRAI, VEJAM O PSB O QUE VIROU

      A esquerda também trai e não ajuda na governabilidade, não são mais merecedores de confiança, vejam o que o Eduardo Campos fez, nem ele tem idéia  por assim dizer da burrice que cometeu guinando a direita, flertando com o mercado oferecendo algo que ele nem ajudou a construir, foi um chupão de verba federal e depois virou as costas ao motocar pela dunas do nordeste com o novo rei, o New Playboy Aécio Neves. Então esse negócio de esquerda e direita no Brasil não cola mais, ninguém governa sem pelo menos uma fatia de coalisão no centro, nem a direita e nem a esquerda o fisiologismo do PMDB que o diga. O que parece é que quando Dilma vencer essas eleições irá acontecer algo muito antigo na política, é que teremos novamente um apelido antigo dos fisiologistas o famoso “CENTRÃO”. Tudo que perdeu a eleição volta para mamar na teta novamente, ai a presidente trocam os que a defenderam pela famosa  governabilidade e a maldade continua. Não tem jeito se não negociar não governa, vejam o que a GLOBO faz com as intituições democraticas encosta a faca no pescoço e manda fazer o que ela quer. Na verdade o grande partido político, o grande Tribunal de justiça, a grande assembléia legislativa, o grande poder central governando de fato é a GLOBO, paga imposto na hora que quer do jeito que quer. São inumeros desvios éticos e por não falar outros sem nenhuma punição. A GLOBO esta acima do bem e do mal, apoderou do Brasil durante a ditadura e continua até hoje e sabe  se até quando. Portanto eleição é só um engana povo, o negócio mesmo é erriquecer os barões da mídia. É fantoche governando, é fantoche presidindo tribunal, é fantoche legislando, é fantoche policiando, é tudo comendo na mão da Globo.

  12. Eu li esse texto no jornal

    Eu li esse texto no jornal deles. Antes de mais nada, é necessário fazer um esclarecimento sobre petrobras. E aí não me refiro à diretoria, empresa, políticos, governo, etc, mas sim ao sindicato e a política interna dos empregados (e porque não dizer, terceirizados também que são ampla maioria).

    Existem duas correntes no sindicalismo da petrobras que são rivais. Uma é a FUP e a outra é a FNP. A FUP (frente única petroleira) é uma união de sindicatos assim como é a FNP (frente nacional dos petroleiros). FUP é afiliada a CUT e por isso é vista dentro da empresa meio que como um braço do governo pelos seus críticos. Os que simpatizam com ela falam que ela é mais racional na hora de negociar e consegue rapidamente o que se propõe a obter. Não lembro agora a quem a FNP é afiliada mas ela é vista como crítica ao governo e a gestão da empresa. Existem vários pontos de discórdia entre ambas mas o que é o principal é o tratamento aos aposentados. Não vou me alongar nesse tema, apenas dizer que gente das antigas teve que amargar um certo prejuizo devido ao plano de previdência privada da empresa (petros) ter sido refeito. O sindipetro-rj é afiliado a FNP e logo crítico do governo e principalmente defensor dos aposentados. Até aí nada demais.

    O Nassif coloca aqui esse texto como se ele fosse uma crítica à Dilma ou a presidente da empresa. Pode ser até que haja um pouco disso mas com certeza seu foco não é ese. É isso sim criticar a FUP (possivelmente com razão) por conta de parecer estar mais focada em manter seu status quo junto ao governo do que em defender o interesse dos empregados.

  13. Faltou a informação…

    Faltou a informação que os senhores Ronaldo Tedesco e Sílvio Sinedino sâo os representantes eleitos pelos empregados da Petrobras, respectivamente no Conselho Fiscal da Petros e no Conselho de Administração da estatal. Na teoria o texto reflete a posição da maioria dos empregados da Petrobras.

  14. Dividir para reinar. Velha

    Dividir para reinar. Velha ,mas funciona.  Quanto ao PIG, as referencias   negativas ao PT,Lula,Dilma e  administração dos últimos doze anos,imediatamente   a inquietação dos inseguros    se revela. Nessas horas  só  a ideologia segura.

  15. Não é exclusividade dos petroleiros

    a queixa quanto ao abandono das camadas à esquerda causada pelas alianças – e consequente manutenção do aparelhamento pela direita – nas estatais. Pior, nem sempre por quadros técnicos competentes, em alguns casos até desmotivador desses.

    O estilo de governabilidade, que não é criação do PT, mas foi mantido por ele, tem possibilitado uma assustadora inversão com isolamento, punição e até demissão de militantes de esquerda. Claro que não é um processo recente, mas em nada foi modificado e, portanto foi incrementado, nos últimos anos.

    A relação de TRABALHO, a sua função social, está sendo completamente deturpada em nome de outras espécies de relação.

    Profissionais jovens e muitas vezes comprometidos não encontram canais para fugir dessa lógica, tornando-se massa de manobra política para garantir sua sobrevivência.

    Então, essa governabilidade vem causando um efeito reverso, uma vez que cada vez mais gera dependência ideológica e política e não conscientização.

    É gritante a diferença das discussões e posicionamentos políticos de 20 anos atrás e de hoje e, com certeza, não será assim que se elegerá Legislativos decentes e não fisiológicos.  Essa tal governabilidade de alianças espúrias será perpétua, com ou sem PT. (Pior ainda com um PT desmoralizado na oposição)

    Então, não se trata de votar ou não em Dilma, de ser ou não o momento de levantar tais questões, mas de ter clareza de que por esse caminho não haverá mudanças substanciais de rumo e consequentemente haverá aumento da insatisfação desorganizada. Não adianta só culpar CIA , EUA, que certamente tem muito interesse.

    ET – Votei e votarei no PT, de cabo a rabo, por enquanto… mas será que é só isso que interessa?

    1. Êita…

      Pô Malu, sempre certeira!

      Bjs.

      PS: E você me lembrou bem, já houveram algumas demissões políticas na Petrobras, poucas é verdade, mas com certeza políticas, de gente lutadora e honesta que só queria que se cumprissem a legislação e normas de maneira correta… Mandar gente que cumpre com suas obrigações funcionais prá rua por causa de ativismo político é uma vergonha!

  16. Querido Sérgio! O cansaço não

    Querido Sérgio! O cansaço não é fuga da luta e sim perceber que se muda para continuar igual, principalmente as disputas entre os sindicatos e as “esquerdas”.

    Por exemplo este artigo que para os leigos não explica nada e deixa transparecer idiossincrasias de grupos. Quanto ao momento, sempre é tempo, mas fora da categoria ninguém(população) conhece esta realidade que, se está tão grave, deveria ter sido denunciada há mais tempo.

    Não falo de você, que sempre trouxe as informações sobre os acertos e erros das administrações e das associações sindicais petroleiras.

    Este debate deve continuar independentemente de quem seja o próximo governante, votarei 13 de ponta a ponta, como sempre, mas esperando que algumas discussões sejam retomadas e haja uma mudança de eixo na governabilidade, torcendo muito para que o próximo parlamento seja pelo menos um pouco melhor do que este e que o PT retome, mesmo que minimamente seus projetos originais, pois está difícil engolir algumas coisas.

     

    Beijão.

     

  17. O PETRÓLEO É NOSSO, PORTANTO, A PETROBRAS TAMBÉM

    Caros companheiros, usar a riqueza da Petrobras para desenvolvimento social do Brasil é a coisa certa, pois já que o Banco do Brasil não faz mais, virou um tamborete igual aos ladrões privados e etc.. Não acredito que os petroleiros acreditem que a Petrobras é apenas deles. A Petrobras tem sim que usada pelo governo para controle da inflação, para gerar riquezas para a população em geral. O FHC não fez leilão, é engano seu, ele distribuiu por ex. poço de Marlim para empresas inclusive a GLOBO , usando dinheiro do BNDES e com a garantia se o negócio não desse certo a Petrobras arcaria com o prejuízo isso foi publicado no Blog Tijolaço. O Sistema de partilha que a Dilma fez é diferente, primeiro a Petrobras não teria dinheiro para arcar com o custo inicial do pre-sal, e depois não tinha como defender aquela riqueza em alto mar, a estrategia foi correta em ter sócios que ajudassem a proteger a prospecção, portanto é risível os petroleiros instigar institutos de pensão e demonizar aposentadorias de trabalhadores com custo para a Petros ou Petrobras. Não creio que as suas considerações e comparações entre a LULA/DILMA e FHC sejam corretas o FHC não não destruiu a PETROBRAS porque não deu tempo, iam doar a Petrobras para os amigos do PSDB assim como fizeram com o Sistema de Comunicação, Satélites, Ferroviário, Vale e etc. iam doar emprestando o dinheiro via BNDES e ainda sumir com o dinheiro em contas CC5. Essa turma movimentou mais de 120 bilhões via BANESTADO em paraísos fiscais, eram gangsteres administrando o país e o quebrando seguidas vezes para loclupletarem de verdade, o Projeto do PSDB é fatiar o Brasil para outras nações e para o mercado de capitais. Não é possível petroleiros considerar a comparação dos Bandidos do mercado com quem manteve e fez a Petrobras de 2003 até hoje crescer 93% sem dilacerar sua estrutura estatal de administração. Sem desalinhar plano profissional do seus empregados, não tem como criar tanta mão de obra na velocidade necessária e ainda concursa-los para engoradar a PETROS, não deu e não dava tempo. A PETROBRAS e os PETROLEIROS tem que assimilar que são inter dependentes e que alimenta a depedência do Brasil em relação a PETROBRAS, nunca se esqueça que você poderia esta trabalhando na PETROBRAX do FHC e sendo pago pela CHEVRON e o país com os mares poluídos como de comum dessas multinacionais, não se esqueça. Não é hora de desunião, é hora de união de todos os trabalhadore petroleiros para defender a petrobras do inimigo que tenta voltar para por as mão na empresa e consumarem o sonho do PSDB de ver o nome estampado PETROBRAX nos telões das bolsas mundo afora, menos no bolso dos petroleiros e do povo do BRASIL. Juízo pessoal, juízo.

  18. Texto bem vindo ao século

    Texto bem vindo ao século XIX!

    Vale, teles e Embraer privatizadas valem mais de 1000% do que valiam quando estatais, empregam mais e pagam mais impostos. 

    A Petrobrás aumentou em 500 mil investidores e triplicou seu valor na época FHC, continuou aumentando muito de valor no governo Lula, mas a bolha furou quando se viu o que teria que ser gasto prá explorar o pré-sal com a algema de 41,65% da partilha, e depois explodiu quando se investigou a governança do desgoverno.

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