Ellen Gracie ingressa no comitê de governança da Petrobras

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Ex-ministra do STF integra comitê de governança, anuncia Petrobras

Da Agência Brasil

Por Isabela Vieira

A ex-ministra do Supremo Tribunal Federal Ellen Gracie Northfleet será um dos integrantes do Comitê Especial da Petrobras, anunciado na noite de ontem (23) para acompanhar investigações na estatal, de forma independente. O órgão terá três membros, sendo duas pessoas de fora da companhia, e ficará diretamente ligado ao Conselho de Administração.

Os nomes foram escolhidos pelos escritórios Trench, Rossi e Watanabe, Gibson e Dunn & Crutcher, responsáveis por investigações na Petrobras, que indicaram também o alemão Andreas Pohlmann para o comitê. O terceiro membro será o diretor de Governança, Risco e Conformidade, que está sendo recrutado no mercado.

Em nota, a companhia disse que a ministra aposentada, que exerceu o cargo de presidenta do STF, é “reconhecida dentro e fora do Brasil por ser grande jurista com vasta experiência na análise de questões jurídicas complexas”. O alemão Andreas Pohlmann é  formado em direito pela Universidade Goethe, foi diretor de Governança da Siemens entre 2007 e 2010, além de ser sócio-fundador da  Pohlmann & Company, consultoria especializada na área.

O comitê especial deverá aprovar planos de investigação, receber e analisar informações encaminhadas pelos escritórios, assegurar que investigações sejam feitas com independência, analisar, aprovar e viabilizar a implementação de recomendações, além de de comunicar e/ou autorizar escritórios a se comunicar com autoridades e agências reguladoras. Também será tarefa do novo órgão fechar relatórios conclusivos sobre apurações internas.

O novo diretor de governança da Petrobras será escolhido por uma lista tríplice, com nomes de executivos pré-selecionados com “notório reconhecimento de competência”, por empresa especializada em recrutamento. O mandato será de três anos e pode ser renovado.

A estatal esclareceu que a contratação do novo diretor não significará mais gastos, já que a presidenta da Petrobras, Graça Foster, acumula a diretoria da Área Internacional.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

40 Comentários

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  1. Ellen Gracie – passagem nada exitosa em conselho de adm

    Espero que a ex-ministra não repita o desempenho insatisfatório a que veio a ter quando de sua passagem no board do grupo EBX. 

  2. Dantas não é o Dantas

    não é ela que PHA diz a celébre frase: ” ela disse que o Daniel Dantas não é Daniel Dantas”.. segura o tchan que a piloto sumiu, quem seria o cacife dela? Dilma aumentando a quinta coluna, depois não vem reclamar.

  3. Realmente, a cada dia me vejo

    Realmente, a cada dia me vejo mais espantado com os absurdos que leio.

    Como pode uma consultoria indicar pessoas para qualquer órgão de uma empresa do porte da Petrobrás? Sabemos que  quase todas as informações que circulam na Petrobrás são estratégicas para a empresa e que existem desenas ou centenas de interessados em qualquer informação de dentro da empresa. Como podem permitir que pessoas estranhas ao corpo da empresa possam participar de conhecimentos e decisões que só dizem respeito a empresa?

    Isso não é aceito em nenhuma empresa séria no mundo.

    E se o indicado que já pertenceu a Siemens resolver contar o que venha a saber para outras empresas de petróleo?

    O que farà a Presidência da Petrobrás? Colocará o cidadão de castigo de cara para a parede?

    Quanto a  ex-ministra Ellen Gracie, sabemos de seu alinhamento ao governo entreguista do “Pavão de Chifres”, e como ministra da Corte proferiu que o Daniel Dantas não é Daniel Dantas, mas Daniel Dantas. Essa senhora é extremamente incapaz e sem capacidade de decidir a favor da sociedade que lhe pagava a remuneração.

    A Petrobrás(seus dirigentes) não acertam uma vez: como poderão continuar a defender a empreda?

  4. Ellen  Gracie, não foi ela

    Ellen  Gracie, não foi ela que tomou a si os discos rigidos do Daniel Dantas, para não se saber seu conteúdo?  Chama logo Eike, Daniel Dantas, Joaquim Benedito,  Vai ser uma festa.

  5. Os escritórios contratados

    Os escritórios contratados que escolheram a Hellen? Escritórios tucanos, pois não? Esta senhora engavetou por sete anos o disco rígido do Dantas, todos sabem que é uma tucana de pena e bico, não é melhor mandar pra lá o Aécio, o Álvaro Dias, o Carlos Sampaio…?

    1. http://www.bakermckenzie.com/

      http://www.bakermckenzie.com/news/ChairmanEduardoLeiteUSBrazilCEOForum/

      Nada a ver com tucano, é muito pior, o Trench Rossi é a filial brasileira do Baker & Mackenzie, maior firma

      de advocacia do mundo em faturamento (US$3 bilhões), colocar essa firma dentro da Petrobrás é aberração,

      são advogados das majors americnas de petroleo. Eu que não so nacionalista estou chocado. Será que o

      pessoal do Planlto tem noção do que significa essa tutela da Baker & Mackenzie? Estão colocando a onça para cuidar do galinheiro, parece que no caminho tem gente que não tem informação de bastidores sobre negocios globais.

  6. Pohlmann

       Ellen Gracie pouco importa, já Andreas Pohlmann é um craque em compliance, sério e respeitado, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, a escolha dele, e ele ter aceitado o trabalho, mostra – pelo menos para o mercado e investidores externos – que a governança e mecanismos de compliance da PBR irão evoluir.

  7. Governo fraco!

    Só está faltando a presidente Dilma assinar ficha no PSDB para sacramentar, de uma vez por todas, a submissão aos seus detratores.

    Provavelmente já está agendado a ida da presidente ao programa da Ana Maria Braga e ao aniversário da Folha, em 2015.

  8. Ainda por ser explicada

    Nassif,

    A indicação de Ellen Gracie para integrar o comitê de governança da Petrobras, será que é isto mesmo, não houve algum engano ?

    A ex-ministra tucana sim sinhô foi destaque por, no mínimo,  duas vezes no STF – 1-Foi quem sentou em cima dos HD’s de DDDillinger e de lá não saiu;

    2-Foi quem desobrigou os municípios de qualquer tipo de comprovação de despesas feitas com o numerário recebido anualmente a título de royalties de petróleo, uma atitude inacreditável e ainda por ser explicada.

    Sobre aquela sua passagem meteórica pelo grupo dos X, o $$$ explica.

    Como convocar alguém com este CV também é atitude ainda por ser explicada. Se chamassem Carlos Sampaio, o jenial procurador tucanaço que redige mal prá xuxu, daria no mesmo.

     

     

    1. petrobras

      respeito seu posicionamento.

      1- peço vênia para, no entanto,  observar que, em termos estratégicos, a escolha é acertada. convidaria, também, até o FHC para compor o conselho de admin istração da petrobras.

      2- a correlação de forças conservadoras (mídia, empresas internacionais do petróleo, bancos, bolsa de valores e, enfim, o denominado mercado )  em face do PT  seus governos Lula e Dilma  nos informa que é conveniente trazer para nossa trincheira os eventuais desertores do lado oposto.

      3- neste sentido, tático, a escolha da Ellen é genial. veremos a Globo e seus satélites e asseclas darem trégua à Petrobras  e ao governo. a mídia golpista brasileira é venal. não vislumbro a Ellen como  inimiga e “égua de tróia”. 

      1. A diretoria relativamente incapaz

        roberto,

        Compreendo o seu ponto de vista.

        A escolha de Ellen Gracie teria característica de maquiavelismo, o que poderia ser compreensível caso escolhida pela diretoria da empresa.

        Quando vem por orientação de firma de advocacia big shot internacional, como é o caso, entendo que as duas escolhas, noves fora as possíveis consideraçõe de ordem pessoal de cada uma delas, ficam prejudicadas, pois parece que a maior empresa do país precisa de tutores.

        A diretoria da Petrobras ainda não foi capaz de compreender que é preciso uma abordagem pragmática para sobreviver em um mundo com geopolítica bastante pragmática, sequer sabem se defender de ataques de setores que visam o fim da empresa como ela é.    

        Não sabem se defender, não são capazes de escolher os integrantes para um conselho de governança, parece que só sabem extrair petróleo de grandes profundidades – é pouco.  

  9. Ela já foi , junto com Malan,

    Ela já foi , junto com Malan, membro do conselho de Eike Batista.Sairam poucos dias antes da bomba explodir.

       E quando escrevi a respeito,Nassa escreveu um artigo defendendo as estropolias de Eike.– não posso mentir.Está tudo nos arquivos do blog e com datas.

             Devo ter sido o primeiro a escrever a bancarrota de Eike.

                    Voltando, Ellen não é bom agouro.

  10. EG: ovo de serpente.

    EG: ovo de serpente. Primeiro, nada entende de coisa alguma; segunda, sempre e sempre atucanada. Se era para esse comitê ser sério, erraram feio. Ela até não namorou com o Fernando Henrique?

  11. Eu me considero um globalista

    Eu me considero um globalista MAS acho muito estranho escritorios de advocaicia estrangeiros se imiscuirem dessa forma numa companhia estrategica como a Petrobras. Trench, Rossi, Watanabe é uma FICÇÃO, na realidade é a filial brasileira do maior escritorio de advocacia dos EUA, Baker & Mackenzie, que tem como clientes as “majors” americanas do petroleo. Porque escritorios de advocaia tem que indicar nomes para Conselho de Governança, que coisa mais estranha. Se ainda fossem consultores de administração, como uma empresa orgulhosamente nacional, que tem a cara do nacionalismo brasileira entra numa dessas? Vão colocar TUTORES na Petrobrás? Se a empresa teve problemas e todas tem em alguma fase de sua Historia, é ela propria quem deve consertar, não estranhos.

    E pouco ou nada vai adiantar, as ações não vão subir por causa disso. Esse pessoal é ultra sacristão, vão engessar a administração com COMPLIANCES infinitos, vão mais atrapalhar que ajudar. Que coisa primaria achar que “gringos” tem a solução para tudo, é coisa de pais pobre da Africa.

     

  12. Nassif tem um audio vazando

    Nassif tem um audio vazando quando abrimos uma página.

    Para quem navega ouvindo música como eu  esse som é chato pacas.

  13. vão ter que pagar muita grana
    vão ter que pagar muita grana pra turma do conselho ler o calhamaço dos contratos. Esse mercado é especialista em enganar trouxas.

  14. Por que não um Dalmo Dalari,

    Por que não um Dalmo Dalari, Celso Bandeira de Melo e tantos outros juristas independentes no lugar de Ellen Gracie?

  15. Dizem que estava cotada para

    Dizem que estava cotada para o ministério da justiça se o aecio ganhasse, mas como não ganhou, a Dilma ta compensando. Essa mulher não tem nada a ver com o povo brasileiro. Representa apenas uma elite privilegiada q vive em outro mundo. Mais uma decepção……

  16. Por que não , Joaquim Barbosa …?

    Não é pra ferrar a Petrobrás? Então, escolham o Joaquim Barbosa. Que eu me lembre, a ex-ministra foi umas das juízas que participou do adiantamento do julgamento contra o PT. Beneficiando o PSDB, cujos crimes na prática prescreveram em razão de seu julgamento não ter sido feito no STF. Se aposentou após o julgamento do PT, indo imediatamente se filiar ao PSDB. Se isto é realmente verdade, no meu entendimento, no mínimo, é muita falta de ética. Então, escolher um membro do PSDB para a governança jurídica é o mesmo que praticar o haraquiri. Ela será um dos “entregantes” do comite especial. Se eu fosse a presidenta Dilma exonerava na maior cara de pau (igual a deles) a pessoa que escolheu a ex-ministra. Ou então eu vou acreditar que a Dilma votou no Aécio.

    1. Ela vai estar lá por outro motivo…

      O único motivo que eu vejo para ela estar nessa comissão seria para “limpar” a barra do tucanato como foi feita na Operação Chacal que culminou no mensalão do PT mas, não viu nenhuma corrupção tucana. Vai achar todos os desvios do PT e aliados e mais nenhum outro…

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