Dívida mobiliária chega a 45,1% do PIB em fevereiro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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 Dívida líquida do setor público alcançou R$ 2,187 trilhões, ou 36,8% do PIB

Jornal GGN – A dívida mobiliária federal interna, fora do Banco Central, avaliada pela posição de carteira, totalizou R$ 2,678 trilhões (equivalente a 45,1% do PIB – Produto Interno Bruto) durante o mês de fevereiro, o que corresponde a um acréscimo de R$ 71,2 bilhões em relação ao visto no mês anterior.

O resultado refletiu emissões líquidas no valor de R$ 38,5 bilhões, o que corresponde a um decréscimo de R$ 300 milhões em razão da apreciação cambial e incorporação de juros de R$ 33 bilhões.

Outros pontos de destaque foram as emissões líquidas de R$ 24,9 bilhões em LTN (Letras do Tesouro Nacional); de R$ 19,3 bilhões em LFT (Letras Financeiras do Tesouro); e de R$ 4,6 bilhões em NTN-F (Notas do Tesouro Nacional – Série F); e os resgates líquidos de R$ 10,1 bilhões em NTN-B (Notas do Tesouro Nacional – Série B).

Na avaliação em relação ao visto em janeiro, a participação por indexador mostra que a porcentagem dos títulos indexados a câmbio permaneceu em 0,5%; a dos títulos vinculados à taxa Selic elevou-se de 18,6% para 19,2%, devido a emissões líquidas de LFT; a dos títulos prefixados aumentou de 27,2% para 28%, em decorrência de emissões líquidas de LTN e NTN-F; e a dos títulos indexados aos índices de preços permaneceu estável em 25,6%. A participação das operações compromissadas reduziu-se de 27,9% para 26,4%, apresentando compras líquidas de R$57,7 bilhões.

Em fevereiro, a estrutura de vencimento da dívida mobiliária em mercado era mostrava que R$ 401,3 bilhões (ou 15% do total) tem vencimento em 2016; R$ 333,3 bilhões (12,4% do total) vence em 2017; e R$ 1,943 trilhão (72,6% do total) vence a partir de janeiro de 2018.

No final de fevereiro, a exposição total líquida nas operações de swap cambial alcançou R$ 426,7 bilhões. O resultado dessas operações no período (diferença entre a rentabilidade do DI e a variação cambial mais cupom) foi favorável ao Banco Central em R$ 11,7 bilhões.

A dívida líquida do setor público alcançou R$ 2,187 trilhões (equivalente a 36,8% do PIB) em fevereiro, elevando-se 1 ponto percentual (p.p.) do PIB em relação ao mês anterior. A valorização cambial de 1,6% no mês respondeu por elevação de R$ 19,2 bilhões no estoque da dívida líquida do setor público (DLSP).

No ano, a elevação de 0,6 ponto percentual na relação DLSP/PIB decorre da incorporação de juros (+1,4 ponto), do superavit primário (-0,1 ponto), do impacto da desvalorização cambial de 1,9% no período (-0,4 ponto), do efeito do crescimento do PIB nominal (-0,2 ponto) e do ajuste de paridade da cesta de moedas da dívida externa líquida (-0,1 ponto).

A Dívida Bruta do Governo Geral (Governo Federal, INSS, governos estaduais e governos municipais) alcançou R$ 4,017 trilhões em fevereiro (67,6% do PIB), elevando-se 0,2 ponto do PIB em relação ao mês anterior.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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