Senadores do PT criticam política ‘feijãozinho com arroz’ de Nelson Barbosa

Jornal GGN – Senadores do PT criticaram o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, após reunião com ele na noite de terça-feira, considerando que sua política é “feijão com arroz” demais para o atual momento da economia brasileira. De acordo com o jornal O Globo, os principais pontos de discordância são as reformas da Previdência e fiscal, que vão na direção contrário das medidas do Plano Nacional de Emergência, documento da cúpula do PT para promover a recuperação do crescimento econômico.

Ainda de acordo com O Globo, alguns senadores se irritaram e disseram que a postura de Dilma facilita o descolamento do PT, considerando a possibilidade de até votar contra o Planalto em determinados pontos.

Do O Globo

Petistas criticam política ‘feijão com arroz’ de Nelson Barbosa
 
Senadores dizem que postura de Dilma ‘facilita’ o descolamento do PT
 
Onze dos 12 senadores do PT travaram um duro embate com o ministro da Fazenda, Nélson Barbosa, na noite desta terça-feira, e saíram desanimados com o que chamaram de “política muito feijãozinho com arroz para um momento de tamanha gravidade”. O embate mais duro foi quando o ministro reafirmou a disposição do governo Dilma Rousseff de assumir a reformas da Previdência e fiscal, na contramão de medidas do Plano Nacional de Emergência, que a cúpula do PT deve aprovar nos próximos dias para promover uma imediata recuperação do crescimento econômico.

Irritados, alguns senadores disseram que a postura de Dilma “facilita” o descolamento do PT se insistir nessa pauta. A estratégia para “demarcar território” , disseram, é reforçar a defesa do legado de Lula e criticar a agenda conservadora que Barbosa anunciou.

— Dilma quer demarcar território com a gente? Está facilitando ao defender a reforma da previdência e outras medidas que penalizam o trabalhador. Então vamos repisar o que Lula fez e que ela está indo num caminho diferente. Vai chegar um momento em que o PT vai começar a votar contra ela — contou um dos presentes.

Há entre os petistas um sentimento de preocupação muito grande com o futuro de Lula, que corre risco não só pelas denúncias de envolvimento com empresas da Operação Lava-jato e ocultação de patrimônio, mas principalmente com o “estrago” feito por Dilma. Sem saída, não podem apoiar o impeachment, dizem. Mas vão intensificar ações para “demarcar “ território.

— O Barbosa é muito bacana, mas não tem dimensão histórica para esse momento de crise. E acabou esse negócio de ficar batendo no ministro, como batíamos no Levy. Vai chegar um momento que vamos ter que bater é direito em Dilma mesmo — disse um dos senadores após a reunião.

Quando o ministro Nélson Barbosa explicou o que o governo pretende sobre a reforma da Previdência, para criar um clima favorável de retomada da credibilidade do governo, os senadores Paulo Paim (RS), Lindbergh Farias (RJ) e Fátima Bezerra (RN) foram os que mais reagiram. O ministro ponderou que todos os países desenvolvidos fizeram uma reforma da Previdência e, embora tivesse impacto só para o futuro, o efeito político seria imediato.

— Todas as mulheres vão ficar contra a gente! — argumentou Paim, em relação a proposta de equiparar a idade de homens e mulheres para aposentadoria.

— Estamos no meio de uma guerra! Vamos brigar com nossas bases? — emendou Lindbergh.

Outro ponto de atrito é o projeto do senador José Serra (PSDB-SP), que tira da Petrobras a obrigatoriedade de participar com 30% nos projetos de exploração do Pré-sal. Barbosa tentou acalmar os senadores, dizendo que não havia intenção do governo de apoiar a votação imediata do projeto. Os petistas disseram que o assunto é muito polêmico e o PT não abre mão que a Petrobras continue como operadora única dos consórcios, mesmo que aceitem reduzir sua participação dos atuais 30%.

— Se o Planalto apoiar isso, o PT vai ficar do outro lado — disse um dos senadores presentes.

ARRUMAR A ECONOMIA

Segundo participantes do encontro, Barbosa disse que a prioridade é “estabilizar a economia”, citando a questão da inflação, do ajuste fiscal e da geração de renda e novamente emprego. Barbosa disse que o contingenciamento do Orçamento da União de 2016 será realmente menor do que em anos anteriores, porque não há espaço para grandes cortes já que a peça orçamentária saiu enxuta do Congresso.

O ministro da Fazenda disse ainda aos petistas que a reforma da Previdência e a reforma fiscal são as prioridades deste ano.

O corte no Orçamento será anunciado em março. E, em seguida, o governo quer apresentar a reforma fiscal como forma de tentar ajustar as contas públicas; O governo vem enfrentando queda na arrecadação e uma retração da economia.

 

Redação

11 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Estamos no meio de uma guerra! Vamos brigar com nossas bases?

    “Estamos no meio de uma guerra! Vamos brigar com nossas bases?”

    “Todas as mulheres vão ficar contra a gente!”

    Situação dificílima. Será mesmo o momento de botar a mão no vespeiro???

     

  2.  Nós sabemos que esse governo

     Nós sabemos que esse governo tem uma opção preferencial pelos pobres. Com efeito, sempre que se trata de diminuir direitos, aumentar impostos, rebaixar remunerações, ele prefere os pobres. Não daria para, uma vez que fosse, preferir os ricos?

  3. Esses “cavalheiros” do PT não

    Esses “cavalheiros” do PT não têm jeito: em vez de enfrentarem a oposição, criticam o governo; em vez de insistirem que a oposição perdeu as eleições mas quer tumultuar pra governar, enfraquecem mais e mais qualquer resistência à onda conservadora.

  4. Tudo muito fraco

    Governo fraco, inábil e incompetente. Base eleitoral à míngua. Partidos subornados da base aliada em fuga. Economia em frangalhos, sem horizonte visível de melhora.

    E Ministro fraco, sem ideias para sinalizar algum horizonte de melhora.

    Vamos nos arrastar assim até 2018?

  5. PROBLEMA DA DILMA…

    Ela acorda cedinho com uma idéia. Até o fim do dia, custe o que custar, ela quer colocar em prática. É phoda. Tem que mexer na Previdência? Tem..Mas agora? Pq não discutir, chamar a sociedade para o debate. Expor o problema da Previdência para a população etc. Não. Dilma quer que sua idéia seja colocada em prática até “o fim do dia”! Não é uma pessoa estratégica. É uma técnica até o fio do cabelo… Honesta sim. Mas muito cabeça dura para dirigir um país!

  6. os congressistsas do pt

    os congressistsas do pt deveriam se ater ao fundamnetal – votar contra

    as medidas que forem contrárias aos interesses dos trbalhadores..

    e bartalhar nopcongresso para que não sejamaprovadas….

    expor ideias contrárias ao governo publicamente  ainda mais

    através do pig já é demais da conta…

  7. “Hoje é festa lá no meu AP”

    Não vi o debate na íntegra. Portanto, difícil tirar uma conclusão “final”.

    De qualquer forma, lendo o texto acima meu sentimento foi o seguinte:

    Certamente, muita coisa não foi dita  assim, explicitamente, lá no debate entre os senadores e o ministro.

    Sempre é assim. 

    A gente nunca sabe o que exatamente algum debatedor pensa.

    Por exemplo, a reforma da previdência. 

    Falar em reforma da previdência é simples. Difícil é saber o porquê , exatamente, uns a defendem e  outros não ai já não é tão simples. 

    Exemplificando: Esse papo de “ajuste”  por que a previdência é deficitária é PAPO FURADO. Só pega os desavisados. 

    Previdência é apenas a parte contributiva da SEGURIDADE SOCIAL. Qualquer IDIOTA já deve ter a noção de que PAGA por ela. Mas, não só ele sabe que paga por ela,  isto é, não apenas  o idiota do RGPS ( regime geral de “pobreza social”), sabe que paga pelo RGPS. Os “não-idiotas” sabem que também pagam. Em suma, TODO mundo paga, senão vejamos.

    Vamos falar de matemática? Tudo bem, pode ser de “ciência atuarial”. Enfim, dê o nome que quiser dar. Isso serve para os que acham que enganam!

    Temos o conjunto U que se chama ‘SEGURIDADE SOCIAL” e  que contém os seguintes elementos:

    1- Previdência Social (p)

    2 – Saúde(s)

    3- Assistência Social.(a)

    Logo, U={ a,p,s)

    Esse conjunto U é o UNIVERSO!!! Obviamente, um de seus elementos seria o PARTICULAR, pois, a espécie.

    O conjunto U é assim  financiado:

    A seguridade social (U)será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:(…)

    Além desse financiamento amplo e geral, temos o financiamento específico de um elemento pertinente ao conjunto U, que é a previdência. 

    Logo, caberia a pergunta para os recorrentes “reformadores da previdência”:

    Se  todos financiam o conjunto (U), e elemento pertinente (p) também possui os seu próprio financiamento, conforme literalmente escrito em nosso  PACTO SOCIAL, em nosso CONTRATO SOCIAL, por que então falta dinheiro para pagar as contas do elemento (p)? Como isso é possível? 

    Eu sei o que se argumenta para defender essa tese boboca de ajuste previdenciário. No entanto, quero ler a argumentação – obviamente falaciosa – dos defensores dela. 

    Por que? Expliquem. Mas expliquem tendo como base o nosso CONTRATO SOCIAL , mais conhecido como CR/88.

    Não me venham com o papo furado do economês falacioso para otários. Não vai colar, já antecipo-lhes.

    Eu quero ver, ler e crer nessa explicação. Vamos lá! Como “administrado” estou louco para ler a tese convincente da “reforma”.

    ___________________________

    Voltando.

    A gente especula o que pode ser. Mas, não podemos assegurar que nossa especulação seria a “realidade escondida”.

    Os senadores petistas querem “demarcar território”. Tem lá suas razões para fazerem isso,  sobretudo, a dos  bastidores da política.

    Vai saber os motivos reais. Nunca se sabe. Só conseguimos especular. 

    Portanto, meu sentimento é mais ou menos esse. Nunca saberemos ao certo o que pretendem alcançar ou como planejam alcançar algum “interesse”.

    Heureca!

    Interesse! Eis a palavra chave.

    Portanto, indaga-se:

    A quem interessa mais uma reforma da previdência?

    Por que o ministro está praticando um política “feijão com arroz”? Ele seria mais um desavisado? Ele não tem capacidade de praticar uma política da culinária francesa?

    Arroz com feijão é tipicamente comida brasileira, logo, seria mais uma espécie de jaboticaba?

    Particularmente, adoro o sabor das  jaboticabas. Por exemplo, adoro o “sabor” da “substituição das importações” cepalinas de  a la Raul Prebish e/ou  Celso Furtado entre outros. Muito melhor que o “sabor” da “mente amoral racional” de um Dr. Spock da vida.

    E essa coisa de “arrumar a economia” , convenhamos, pode ser interpretada infinitamente. 

    “Arrumar a economia” seria, arrumar a casa? Etimologicamente: administração, regras  da casa…

    Que casa seria essa?  Já sei!

    A casa grande! Arrumar a Casa grande. Eis a questão.

    Diriam alguns:

    -Bota água no feijão aí, Tia  Anastácia, hoje vai ter festa lá no meu ap, ops… lá na minha Casa Grande.

    Saudações 

     

     

     

     

     

  8. Governo burro, burro e burro

    Fazer reforma da previdência é suicídio, achar que isso é legado é de uma imbecilidade assustadora, brigar com a base numa hora dessas é coisa de gente burra, mas elogiar o projeto do pré-sal do serra é e o “pontes para o futuro” do pmdb é patifaria mesmo.

  9. Também não entendi por que o

    Também não entendi por que o governo elegeu a reforma da previdência como prioridade. Em meio a um segundo ano de recessão e a prioridade não é política econômica expansionista?

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador