Mantega completa oito anos ininterruptos no Ministério da Fazenda

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, completa hoje (27) oito anos ininterruptos no cargo e se torna o titular da pasta que ficou mais tempo na função. Ele tomou posse no dia 27 de março de 2006, em substituição a Antonio Palocci que deixou o cargo após a denúncia de ser um dos interessados na quebra e divulgação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa. O processo foi arquivado pelo Supremo Tribunal Federal, que alegou não ter encontrado indícios suficientes de violação de dados do caseiro.
 
A condição de titular da pasta que ficou mais tempo no cargo foi confirmada pelo Ministério da Fazenda. Mantega superou Pedro Malan em permanência no posto após a ditadura militar. Antes, na era Vargas, o gaúcho Arthur de Souza Costa é considerado o ministro que mais ficou no cargo, entre 24 de julho de 1934 e 29 de outubro de 1945.
 
Ao assumir, Mantega, que deixava o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), defendeu a redução da taxa básica de juros [Selic] diante das condições da economia à época e assegurou manter a política econômica com aperto fisca,l perseguindo a meta de baixar a inflação.
 
“Minha preocupação é fazer uma boa gestão, mantendo os fundamentos da economia sólidos para assegurar o crescimento, visando ao ano de 2006″, disse na ocasião. O ministro destacou ainda, durante a posse, que os sinais que vinham sendo obtidos desde o princípio daquele ano asseguravam que o país caminhava para o crescimento sustentável.
 
Nascido em 7 de abril de 1949, em Gênova, na Itália, Mantega formou-se em economia na Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (USP). É professor de economia da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas, em São Paulo, e doutor em sociologia do desenvolvimento na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, com especialização no Institute of Development Studies da Universidade de Sussex (Inglaterra) em 1977.
 
Entre 1982 e 1987, foi professor de economia no curso de mestrado e doutorado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e vice-reitor adjunto da da instituição entre 1984 e 1987. Foi ainda diretor de orçamento e chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Planejamento de São Paulo, de 1989 a 1992, durante a administração de Luiza Erundina, e membro da coordenação do programa econômico do Partido dos Trabalhadores (PT) nas eleições presidenciais de 1984, 1989 e 1998.
 
Assessor econômico do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de 1993 a 2002 e um dos coordenadores do programa econômico do PT na campanha de 2002, Mantega escreveu os livros Acumulação Monopolista e Crises no Brasil, Editora Paz e Terra, 1981; A Economia Política Brasileira, Vozes, 1984; Custo Brasil – Mito ou Realidade, Vozes, 1997; Conversas com Economistas Brasileiros 2, Editora 34, 1999, entre outros.
 
Mantega foi também ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão entre janeiro de 2003 e novembro de 2004 e presidiu o BNDES, cargo que exerceu até março de 2006, quando assumiu o Ministério da Fazenda.
Redação

12 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. No fim das contas,

    o que vale é o resultado! Parabéns ao Mantega, não só pela longevidade no cargo, mas principalmente pelos resultados alcançados neste período! Isso ninguém tira dele. 

    E, caso a Dilma ganhe as próximas eleições, que continue pelo menos até 2018. 

  2. Todo dia ao lembrar o ministro da fazenda

    Agradeço de joelhos o PIG ter detonado o Palloci. Foi a melhor coisa que aconteceu ao Brasil. Os PIGuentos devem tentar morder o cotovelo todo dia da maior errata que fizeram. Tiraram um ministro tucanoide e colocaram um verdadeiro ministro republicano e patrióta no Brasil. As consequências foram sérias para os piguentos. O Brasil se tornou uma grande nação, Lula ganhou o 2º mandato, transformou um tsuname mundial em marolinha no Brasil e ainda elegeu seu poste, nossa presidenta Dilma. E que continue assim. Se lá fora e aqui dentro, os piguentos querem o Mantega fora, isto dignifica que devemos desejar uma longa vida a Mantega. 

    1. “…e colocaram um verdadeiro ministro republicano e patrióta no Brasil.”

      Se examinarmos o local de nascimento dele (Gênova, Itália) à luz da definição brasileira de  nacionalidade, ele nem precisava ser patriota brasileiro. Ou seja, é patriota por livre opção de vida.

      E olha que temos cidadãos nascidos por aqui que só pensam em desnacionalizar o país, cidadãos geralmente emplumados em demasia. 

  3. O mais longevo da história? Para Guido Mantega faltam 10 meses.

    O gaúcho Artur de Sousa Costa não ficou de modo ininterrupto, entre 1934 e 1945, no Ministério da Fazenda. Neste meio tempo, a pasta foi ocupada, de forma interina, por outros 03 Ministros da Fazenda:

     

    -Orlando Bandeira Vilela, 14 de junho à 09 de agosto de 1937;

    -Romero Estelita Cavalcanti Pessoa, 25 de janeiro de 1939 à 18 de março de 1941;

    -Paulo de Lira Tavares, 23 de junho à 11 de agosto de 1944.

     

    Algum desavisado pode achar erroneamente que o ex Ministro Artur de Sousa Costa tenha ficado mais de 11 anos no cargo. Isto não procede. Descontado o tempo dos outros 03 Ministros da Fazenda já citados, ele, Artur de Sousa Costa, ficou no cargo durante 08 anos e 10 meses.

     

    Em que pese os descontos, Artur de Sousa Costa continua sendo o mais longevo em períodos alternados (em períodos contínuos Guido Mantega já está em primeiro lugar). Com mais 10 meses no cargo de Ministro da Fazenda, Guido Mantega será o mais longevo Ministro da Fazenda da história do Brasil, seja em períodos contínuos ou alternados.

     

    Falta pouco, basta que ele fique até o final de janeiro do ano que vem.

  4. 100 anos de solidão

    Parabéns, Mantega. Eu aqui te defendo do Nassif, que prefere alguém mais… mais como, Nassif ? Arrojado ? Politico? Articulado ? Ora, o Mantega, apesar de tudo, tem sido um bom ministro. E a caravana vai passando. 

  5. Parabéns GUIDO

    Parabéns GUIDO apesar dos tucanos, da Folha de São Paulo, do Valor Econômico, Globo, Estado e Veja você foi o melhor ministro da economia que esse país já teve. conduziu o barco nas águas turbulentas da pior crise, depois de 1929, do capitalismo, mantendo o nível de emprego e o crescimento econômico. Pedro Malan não governou para o povo brasileiro, pois no período em que ele foi ministro o Brasil só conheceu desemprego, volta da inflação, crise econômica, energética, social e outras desgraceiras que se abateram sobre o povo brasileiro. 

  6. E que continue por muitos anos!

    Demonstrando sempre serenidade, inspirando confiança, tem levado com mãos fortes e muita tenacidade, seu barco através das ondas fortes, ocasionadas por várias crises mundiais. Parabéns Ministro!!!

  7. Que o Mantega é muito

    Que o Mantega é muito superior ao Palocci, não resta dúvidas…

    Mas está na hora de um novo tipo de ministro da Fazenda, um ministro que tenha mais competência para implementar políticas industriais e planejamento no longo prazo.

  8. Gosto do Guido

    Um ministro está lá para dar boas notícias e é o que ele faz.

    Os problemas do governo Dilma não se originam ai, mas na minha humilde opinião, na incapacidade de montar uma estrutura de governo com base na Astrologia, Tarot e Geometria e com isto ter força para enfrentar em igualdade de condições a banca financeira mundial, que não nos deixa apropriar do nosso trabalho e de nossas riquezas e nos mantém subdesenvolvidos por uma dívida impagável e fajuta.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador