Parem o avião, que Tombini sumiu

Recentemente escrevi aqui sobre “A ciência demência das metas inflacionárias“. Nele menciono um certo procedimento intelectual brilhantemente descrito por Olavo de Carvalho nos anos 90:

“O intelectual descobre determinada teoria. Graças a ela, torna-se conhecido, faz carreira, deve tudo a ela. Aí começa a olhar a realidade e percebe sinais incômodos, que desmentem a sua teoria. Mas, como ele é um intelectual, trata logo de desenvolver uma nova teoria para explicar que aquilo que ele está vendo não existe. Essa parece ser a relação do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e de toda a cadeia de economistas de planilha, com a teoria das metas inflacionárias”.

Vamos conferir na prática.

Critica-se muito Guido Mantega, Ministro da Fazenda, e Arno Agustini, Secretário do Tesouro, por  insucessos da política econômica de Dilma Rousseff. No entanto, as duas batalhas centrais do governo Dilma foram perdidas pelo general Alexandre Tombini, presidente do Banco Central.

A primeira, no início do governo Dilma, quando adotou uma série de medidas ditas “prudenciais” para desaquecer a economia. Exagerou. Na época, indaguei se Dilma estava preparada para conviver com um crescimento abaixo de 4%.

A segunda quando deu início à brilhante (sem ironia) tentativa de trazer a Selic para níveis civilizados, mas piscou e entregou os pontos ao primeiro sinal de refluxo da inflação – ainda que provocado por fatores externos. Aí esqueceu as medidas “prudenciais” e rendeu-se ao que o mercado queria: Selic alta.

Depois disso, Tombini passou a desenvolver as teses mais complexas – e, muitas vezes, falsas – para justificar a não-ação, para não sair mais do manual, não se expor mais às críticas na hipótese de reduzir a taxa Selic.

Na última rodada do Copom (Comitê de Política Monetária) o próprio mercado aguardava uma queda da Selic devido aos riscos de recessão no ar. No entanto, o BC manteve a Selic inalterada, enfatizou a manutenção dela em patamares elevados. E, paradoxalmente, flexibilizou o crédito.

Como assim?

O “forward guidance” de Tombini

Confira a lógica do BC no artigo de Alex Ribeiro, no jornal O Valor – “O Banco Central e o ‘forward guidance‘”‘. Hoje em dia Alex é provavelmente o melhor intérprete dos estudos do BC. Tem escrito alguns artigos preciosos sobre novas metodologias de montagem de cenários.

Todo o empenho do BC é demonstrar que não houve incongruência entre a decisão de manter elevada a Selic e de flexibilizar o crédito. Ora, supostamente o canal de crédito é o principal veículo de influência da Selic. Se a intenção é segurar o crédito, porque a flexibilização?

O primeiro passo é dar uma aparência rebuscada a princípios básicos de política monetária.

Esse termo – “forward guidance” – significa o BC abrir o jogo sobre os cenários com que trabalha e o que pretende fazer com as taxas de juros, mostrando os pontos que, no futuro, poderão fazê-lo manter ou mudar a política.

O ponto central do sistema de metas inflacionárias é a previsibilidade: os agentes econômicos saberem o que o BC pensa e faz para convergir suas atitudes e expectativas na mesma direção. Tombini veste o velho princípio com roupas da moda  – “forward guidance” – e apresenta-o como um avanço teórico do sistema de metas inflacionárias. Tudo isso para “explicar” a incongruência.

A recessão de 1995

Para montar seus cenários, o BC trabalha fundamentalmente com indicadores.

Indicadores econômicos têm defasagem no tempo, especialmente em momentos de inflexão da economia – quando a economia explode ou afunda. Como há uma infinidade de indicadores, é relativamente fácil montar análises enviesadas. Basta juntar os negativos, para apresentar um cenário pessimista; ou os positivos, para um cenário otimista.

A montagem dos cenários corretos depende da capacidade do analista em identificar a resultante final. E esse é um campo que depende, em muito, de arte e experiência. Caso contrário, haverá a trombada fatal com a realidade.

Foi o que aconteceu em 1995 – conforme narro no meu livro “O jornalismo dos anos 90”.

No segundo semestre de 1994, por conta do Real, houve uma explosão de consumo na economia, agravada pela apreciação do real. Essa explosão provocou, por sua vez, uma expansão inédita no crédito das empresas para adequar seu capital de giro à nova realidade.

Em fins de 1994 havia sinais claros de reversão nas vendas. Em todo canto do país que eu visitava, a conversa era a mesma sobre o início das dificuldades.

De fato, o câmbio destruiu a economia agrícola, afetando primeiro o interior. E essa crise, mais cedo ou mais tarde bateria na atividade industrial e nas grandes cidades.

Percebendo que as vendas despencariam, as empresas começaram o caminho de volta para o nível anterior de estoques. Acontece que o crédito tem prazos. A redução do crédito se dava à medida em que os contratos iam vencendo e elas iam renovando.

Em abril, no entanto, o BC jogou os juros para inacreditáveis 45% ao ano. Todas as empresas ficaram prisioneiras das novas taxas. A queda de vendas impedia a liquidação do contrato e as novas taxas tornavam inviável a quitação do novo financiamento.

Ao aumentar os juros para inacreditáveis 45% ao ano, o BC aprisionou-os nas dívidas existentes. Não lhes permitiu continuar a redução de forma organizada. E criou o maior endividamento circular da história.

Os radares do BC e da Secretaria de Política Econômica da Fazenda não captaram esse movimento, porque estavam ligadas exclusivamente nos indicadores de mercado e nas estatísticas fiscais e de alguns grandes setores. E fixaram-se nas estatísticas erradas.

Esse erro foi admitido publicamente por José Roberto Mendonça de Barros, Secretário de Política Econômica, em fins de maio – quando já era tarde para corrigir.  E pelo próprio FHC em fins de junho, quando Inês era morta.

A recessão de 2014

Tudo indica que a economia está caminhando para a recessão – muito longe da guinada violenta de 1995, mas ainda assim, recessão.

Os sinais já podem ser encontrados nas viagens a várias cidades do interior, nas conversas com associações de pequeno empresários, nas conversas com pequenas empresas têxteis, de calçados, justamente aquelas mais beneficiadas pelo boom de consumo.

A recessão está desenhada nos próprios indicadores econômicos, no desempenho do PIB, na queda de vendas de setores importantes, no desemprego na indústria de máquinas e equipamentos. Aliás, até o maior dos agregados – o PIB – indica a ameaça de uma recessão.

Mas o BC baseia-se em grandes agregados, que têm efeito defasagem, e seleciona as esttísticas que ajudam a manter seu cenário de imobilidade.

Tem medo de respirar e levar chumbo e, aí, o pensamento burocrático de Tombini o faz desenhar o cenário que mais se adeque à estratégia de não fazer nada para ver como é que fica.

Segundo o relatório de junho, “a demanda agregada tende a se apresentar relativamente robusta”, porque seguem presentes fatores que vão ajudar a sustentá-la.

Quais são os fatores?

“Um deles é o crédito, cuja expansão neste ano está prevista em 12%, que está longe de ser baixa. O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, disse que as medidas de estímulo ao crédito anunciadas na semana passada reduzem as chances de que a projeção do BC para o crédito sejam revistas para baixo”.

Ou seja, ele injetou a tal flexibilização apenas para reforçar seu cenário e ter álibi para nada fazer com a Selic.

E vai além. Todos os indicadores do BC, para desenhar seu cenário de economia robusta, apontam para cima:  desemprego historicamente baixo, com salários crescendo em termos reais, consumo do governo segue alto, o “quantum” exportado se expande. Ignorou todos os indicadores “para baixo”. Montou seu “forward guidance” olhando pelo retrovisor.

Aliás, a alta da Selic em dezembro de 2008 deu-se em um cenário de “economia robusta”, segundo o BC. O mundo despencando, a economia brasileira indo atrás e o BC falando em “economia robusta”. E, por trás dessa fantasia, o próprio diretor Tombini.  

Agora, depois de tanta formosura no ar, o BC não consegue entender a queda nos índices de confiança. Diz que a queda do índice “é uma interrogação”.

A interrogação não é característica do fato, mas do intérprete do fato. O BC – cuja atuação central é em cima das expectativas – não consegue entender como, estando tudo bom, o doente (as expectativas) vai mal. Como ele não entende, joga a queda das expectativas no lixo das “interrogações” e a esquece.

Mais ainda. Segundo Ribeiro, em dezembro de 2013, o BC publicou um estudo no seu Relatório de Inflação mostrando vínculo importante de alguns desses indicadores com a atividade econômica. Mas no ponto central – o Índice de Confiança do Consumidor -, “essa relação ainda não ficou bem estabelecida”.

Fantástico! Tirou da planilha a informação que não bate com seu desejo.

Há uma recessão a caminho. E esse diagnóstico tortuoso do BC não será rebatido pelo reconhecido brilho analítico da Fazenda ;). Não há contrapontos dentro da equipe econômica.

Seria bom Dilma precaver-se e ouvir vozes mais sensatas. Para salvar sua cara junto ao mercado, Tombini pressiona a dívida pública, em um momento em que um dos fatores centrais de expectativa são as contas fiscais.

Luis Nassif

92 Comentários

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  1. Excelente

    Ainda bem que Nassif encontrou o foco e percebeu que os problemas não estavam em Mantega.

    Quando Tombini assumiu foi uma comemoração das esquerdas por acreditarem que o BC faria uma política independente do mercado. Um erro.

    Os BC do mundo seguem a cartilha do mercado.

    Por isso a ladainha da independência do BC é algo sagrado.

    A grande mídia que tanto fala em crescimento, que critica os juros alto é incapaz de fazer uma análise sobre os malefícios do BC tais como brilhantemente Nassif aborda.

  2. “Há uma recessão a caminho”

    A inflação já está aí faz tempo. Qualquer um que faz supermercado sabe.

    Boa parte da empresas vinculadas às montadoras está demitindo, ou sustentando aqueles salariozinhos ridículos.

    Dilma não tem o domínio da situação, nem talento para vir a enfrentá-la.

    Aliás, o que Nassif, certamente por elegância, não concluiu : ela faz parte do problema.

    1. E quem é a “solução” ??

      Seria Armínio Fraga ?? O futuro ministro de Aécio e um dos responsáveis pelos juros estratosféricos da era FHC ???

       

      Se tem alguém que pode levar a Selic a níveis “civilizados”  é o PT, só que até o momento não teve coragem de seguir em frente.

      Até iniciou a caminhada, mas como disse o Nassif , se acovardou no primeiro grito estérico da mídia e dos banqueiros…

  3. Apoiado

    Nassif desclassificava o Guido Mantega e eu achava um absurso justamente quem deu a alma do Governo Lula. Agora o Nassif parece que acordou e acertou o alvo. Dizem os rentistas que querem um Banco Central independente! Como? Mais independente que este, que está destroçando o governo PT desde que começou a elevar as taxas de juros por causa da inflação do TOMATE! Este Tombine que é um verdadeiro TROMBADÃO dos rentistas! Está roubando o dinheiro dos brasileiros e a Dilma não finge-se de morta! Afinal, ela pode trocar o presidente deste banco ou não? Já passou da hora, passou de ano isto sim, de despanhar este infeliz e trazer um presidente desenvolvimentista para o Brasil! Um Mantega para o Banco Central é a solução! E despaçhar junto o Cardoso e o Bernades no mesmo metrô para São Paulo. Garanto que lá o PSDB já tem vagas garantidas para estes por serviços prestados a oposição!

    1. Na verdade não é nada disso.

      Na verdade não é nada disso. O Nassif criticou também o Tombini mas não poupou o Mantega, ao contrário, ao final ainda sobrou uma alfinetada nele. E, a meu ver, o faz corretamente, o desempenho dos dois não é nada bom.

  4. Eu e minha ignorância

    Peraí. Eu acreditava que era o Comitê de Política Monetária que decidia as taxas de juros. Se for só o Tombini vou acreditar que tem gente recebendo para dizer Amém.

  5. Tem razão Nassif, com pelo

    Tem razão Nassif, com pelo menos 3 comerciantes antigos que conversei também disseram haver muita queda nas vendas. Um disse acreditar ter sido só por causa da copa, disse que em 2010, foi mais ou menos igual, mas os outros dois disseram que a coisa ainda não melhorou, mesmo após o mundial.

    Vamos aguardar, mas realmente com os juros neste patamar e a inflação batendo quase no topo da meta, ainda com preços de energia e combustíveis defasados o Governo está em uma situação economica complicada.

    Os três principais candidatos a presidência precisam se decidir e mostrar alternativas a este cenário, que nao é nada bom.

    1. Eu também,

      Eu também, Daniel,

      conversando com comenrciantes ouvi o mesmo tipo de queixa, que as vendas estão baixas.

      Só que eu disse pra eles: abaixa o preço; querem só aumentar, aumentar e aumentar…

      1. Será que não estão

        Será que não estão contaminados pelo pessimismo geral largamente divulgado pela mídia burra? Parece que tudo está ruim…..vamu pará, né? Esses caras ficam assistindo os JNs da vida que só sabem falar mal da gestão Dilma e internalizam isto na cabeça…Pior, contaminam os outros…credo!

  6. expectativa

    “A recessão está desenhada nos próprios indicadores econômicos, no desempenho do PIB, na queda de vendas de setores importantes. Aliás, até o maior dos agregados – o PIB – indica a ameaça de uma recessão.”

    è a tal da expectativa auto realizável.

    Cada uma das apreciações da Selic teve um principal produto: O próximo aumento da SelIc. Como subsidiário se vê a queda do investimento, a inflação preventiva e, já que liberou geral, imflação de ganância (inclusive nos supermercados) e o desânimo do empresariado. E ainda tem banqueiro mandando não votar na Dilma!

    E o AEROAécio ja escolheu o ministro da fazenda: Armirio Fraga…..meo deos!

    Virou um axioma de Tostines. Tudo sobe, vou subir também. Terra de malboro: Como se explica uma farmácia trabalhar com 2,3 ou até 4 preços diferentes para o MESMO produto? – O cavalheiro é aposentado? dou 20% de desconto. -Tem a carteirinha da farmácia? mais 20%. -Torce para o meui time? bem vinte eeu não posso dar mas leva mais 10% e um ingresso para a “farra do boi”.

     

    1. “E o AEROAécio ja escolheu o

      “E o AEROAécio ja escolheu o ministro da fazenda: Armirio Fraga…..meo deos!”

      Este é aquele da selic de 45% que o Nassif não disse o nome.

      Lembro que quando este Tombini e o seu copom aumentaram a selic pela primeira vez no inicio do governo Dilma, comentei aqui que ela deveria imediatamente demiti-lo e ordenar a taxa ao que estava antes.

      Um sujeito com este nome só pode resultar porcaria mesmo.

      Aliás, o ministério da Dilma tem outras nulidades que naõ consigo entender como permanecem lá.

  7.   Parabéns, Nassif, por mais

      Parabéns, Nassif, por mais uma crítica NECESSÁRIA. Isso vai MUITO ALÉM daquele papo vazio de “fazer mais”, ou “fazer melhor”.

      Algum sinal de dança das cadeiras em um eventual segundo mandato de Dilma?

  8. Dilma tem feito a parte que

    Dilma tem feito a parte que compete ao governo fazer. Manter o desemprego em baixas taxas , recuperar os salários , estimular a indústria com compras governamentais , desonerar a mão de obra , etc., etc. Cabe ao BC executar a política monetária que permita ao governo deslanchar , sem ignorar a voz do mercado e sem transformá-la na voz de deus …

  9. Quando assumiu o governo deu

    Quando assumiu o governo deu uma paulada no pib, que pelo visto ficou fraquinho do jeito que eles queriam, e ainda tentaram negociar uma nova sistematica para reajustar o minimo, nisso já deram o tom de como seria a sua administração; só não entendi a parte que o Tombini querendo livrar a cara junto ao mercado financeiro torra dinheiro publico ( deixando a selic nas alturas), primeiro alguem queima dinheiro publico e não é responsabilizado? isso mostra a insanidade dessas reuniões capengas do copom com meia duzia de desconhecidos que numa penada nos fazem pagar bilhões para outra meia duzia, insano e quase criminoso; e outra, o cidadão não deveria prestar contas primeiro ao governo do qual faz parte? Ou sou eu, pobretão, que sou muito ingenuo?

  10. Tem uma coisa que não fecha

    Tem uma coisa que não fecha para mim. Por que as vendas despencaram, se os níveis de desemprego são tão baixos e o valor dos salários continua subindo (isto significa dinheiro no bolso)? Quem está puxando a economia para baixo? 

    1. Parabens pela contraponto.
      É

      Parabens pela contraponto.

      É um artigo bastante balizado que creio mereceria ser elevado a post.

       

      PS: Aparentemente está duplicado.

      1. Obrigado pelo retorno

        Cada vez mais me convenço que a política macroecômica é problemática por causa de déficits fiscais crônicos. A última vez que tivemos superávit nominal foi durante o governo Collor, mas isso só foi feito à custa do confisco, que secou a liquidez e possibilitou que o setor público se financiasse a juros reais negativos. A questão não é termos um Estado grande ou pequeno, isso é uma escolha política – que, no nosso caso, foi pelo Estado grande. Mas falta de equilíbrio fiscal é dizer que a geração atual vale mais que as futuras. Dilma não teve articulação política suficiente para manter uma política fiscal restritiva.

        Sim, o artigo está duplicado , mas não consigo editar.

        1. Acredito que voce tanha

          Acredito que voce tanha razão, Rafael, pelo menos em parte.

          Fazendo um contraponto eu apenas diria que é bem complicado restringir a questão fiscal. Nâo é fácil mesmo. O problema é que nem tentaram fazer. Não há um plano factível de restrição de gastos, de melhoria de eficiência, de desburocratização ou mesmo algum tipo de simplificação (nem se fala em redução de carga) tributária.

          E o Governo não ajudou bagunçando a economia com isenções a torto e a direito, e ainda complicando áreas como a energia elétrica e o petróleo e por tabela, o setor sucro alcooleiro.

          No momento atual, com a taxa de juros relativamente alta, a inflação quase no teto da meta e ainda com preços defazados como energia e combustíveis, se o Governo fizer uma restrição fiscal o País fatalmente entrará em recessão. Este é o problema grave atual.

           

          1. O mercado já precificou a recessão

            As besteiras da política fiscal foram agravadas pelas manobras contábeis e pouca transparência de aportes do Tesouro em estatais. O mercado acredita que a coisa está pior do que está e já se antecipou a um arrocho fiscal. 

    2. O comentário acima foi mais para cima: “qui, 31/07/14 16:12”

       

      RafaelBianchini (quinta-feira, 31/07/2014 às 14:06),

      Apenas para as pessoas não ficarem preocupadas com o fato do seu comentário ter sido deletado, e justamente após o elogio do DanielQuireza no comentário que segue abaixo e foi enviado quinta-feira, 31/07/2014 às 15:06, eu lembro que o seu comentário deve ter sido deletado por você mesmo provavelmente pelo fato de estar duplicado, mas já foi reenviado hoje, quinta-feira, 31/07/2014 às 16:12. E lá onde ele se encontra agora também dá para constatar a correção do elogio de DanielQuireza.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 31/07/2014

  11. São tantas teorias, que

    São tantas teorias, que somente um economista de confiança p/ desvendá-las. Mas, e o lucro de 1 bilhão do grupo Pão de Açúcar – Casino. Alguém sabe dizer algo para uma leiga? Não tem nada a ver ? Se não tem, desculpe a intromissão em algo que não conheço, mas que me deixa mt pensativa.

  12. Inundação, seca e aumento da Selic

    Os preços dos produtos agrícolas estão aumentando por causa da seca e das enchentes, pressionando a inflação para cima. Será que elevar a taxa básica de juros ajudará a resolver a questão?

    1. Não resolve. Seca e enchente

      Não resolve. Seca e enchente não gera inflação pq não aumenta a quantidade de moeda na economia.

      Inflação (como é definida atualmente) é o aumento generalizado dos preços, se um produto aumenta por quebra da safra, este desvia recurso que seria usado na compra de outro produto, não tem como ter aumento geral de preços, se voce deixa de comprar.

      O que acontece é que devido a expansão monetária, que é a inflação na definição original, preços reagem na direção do aumento generalizado devido ao aumento da “liquidez” (o diabo tem varios nomes). 

      Não existe inflação com a quantidade de moeda estavel na economia, de qualquer forma que você entenda o que é inflação.

       

      1. Em outras palavras, o que

        Em outras palavras, o que você estaria a dizer é que os aumentos de juros básicos para conter a inflação, tão reclamados pelo colunismo econômico da grande imprensa e tão praticados nos governos da social democracia, não a contêm? Estaria a dizer ainda, embora implicitamente, que o BC expande os meios de pagamento causando inflação (pois é ele que controla a impressora de dinheiro) e, em seguida, aumenta os juros para conter a inflação que ele mesmo provocou? Seria isso?

        Paralelamente, há a questão do aumento “instantâneo” dos preços agrícolas. O aumento “instantâneo” dos preços agrícolas não encontra imediata compensação na redução de preços de outros itens: há uma fase transiente, como quando, numa longa fila de veículos, o primeiro começa a se mover e a fila como um todo só se move eventualmente bem depois. Haveria, assim, um período transitório de tempo durante o qual os preços de um segmento ficariam mais altos e nenhum outro preço diminuiria, por causa do tempo de propagação das consequências do aumento setorial por toda a economia. Além disso, os agentes econômicos poderiam recorrer por algum tempo à poupança para compensar o aumento “instantâneo” (mantendo o mesmo nível de demanda aos outros itens de sua cesta de consumo habitual). Como atualmente a inflação é medida a partir dos preços, durante algum tempo, haveria inflação sem expansão dos meios de pagamento globais da economia (embora pudesse haver expansão dos meios de pagamento restritos – o dinheiro em poder do público mais depósitos à vista).

        Também implicitamente, você estaria a propor uma nova forma de medir a inflação, e que seria medi-la diretamente a partir do volume de moeda na economia?

        É isso?

         

        1. “o BC expande os meios de

          “o BC expande os meios de pagamento causando inflação (pois é ele que controla a impressora de dinheiro) e, em seguida, aumenta os juros para conter a inflação que ele mesmo provocou? Seria isso?”

          Sim. O governo usa isso para se financiar.

          O conceito de inflação sempre foi o aumento da quantidade de moeda na economia, hoje para camuflar quem realmente gera inflação, o governo, o conceito esta deturpado. Não estou inventando nada.

          “Paralelamente, há a questão do aumento “instantâneo” dos preços agrícolas. ” Você esta correto, mas no decorrer do tempo os preços se estabilizam devido ao “sistema de formação de preços”. Lembrando também que a expansão monetária não se dá de forma unforme, a não neutralidade da moeda é fator de geração de desigualdade social. 

          Sempre que você falar em juros tenha em mente que não se fala de juros sem falar em poupança, são ligados intimamente.

          Mais um “conceito”, juros representam a preferência temporal do consumo. O governo é o maior “cunsumidor” de um país, a sua “preferência temporal de consumo”, tem influência na politica, as eleições acontecem de tempo em tempo.

           

           

  13. BC independente

    Continuo achando (e, até hoje, não apareceu prova em contrário) que precisamos, urgentemente, de um Banco Central independente do mercado financeiro. Fora disso, não há salvação.

  14. A verdade é que mais uma vez,

    A verdade é que mais uma vez, no ano eleitoral, o governo se acovardou e resolveu manter a SELIC alta para:

    1 – segurar o câmbio: presidente, no Brasil, desde 1994, se elege com a moeda valorizada.

    2 – agradar o “mercado”: a avalanche de críticas do chamado mercado para o governo já são muitas. Ele não quis comprar briga com os grandes bancos em ano eleitoral;

    3 – se defender de uma possível alta dos juros nos EUA, o que desvalorizaria o real, aumentaria um pouco a inflação no curto prazo e desagradaria a classe média.

    Passada a eleição é que vamos ver como é que fica.

    Até agora o governo só está jogando para a torcida.

  15. Tombini, o guardião das

    Tombini, o guardião das reservas internacionais, ao looooongo do tempo, pretende estabelecer o domínio do câmbio (flutuando) diariamente. Fazendo shoptime de contratos cambiais, com a falsa responsabilidade sobre a manutenção de bilhões em negócios de dólares, quando era para formar uma memória da economia interna.

    O “domínio” de risco não acontece.

    As Metas de Inflação destinam-se, evidentemente, a servir de modelo para todos os setories da economia seguir – se é de 3, 4, 5, ou de 6%. Uma vez atingida a meta, desejada para a inflação, o BC centraliza essa auto-su-gestão para aumentar a SELIC dos rentístas. 

    Oh. oh, que horror, os tomates estão pressionando a inflação, o Brasil vai acabar ….

    Ora nada pode ser mais ridículo!!! Então, não há qualquer governo de Estado PARA O POVO?… Pois o BC atua continuamente sem que a supervisão formal da presidenta da república possa controlar, pelo menos, o poder sobre os déficits públicos.

    Ai, o mercado põe a culpa na Dilma.

  16. concordo com o post mas acho

    concordo com o post mas acho difícil acreditar em recessão , pois a razão e a lógica me fazem perceber que no próprio comentário está clara a caracterização do pleno emprego e da elevação de salários, o que desmente a idéia de recessão, lá que as pessoas continuarão consumindo, mesmo que de forma menos intensa do que antes…

    aliás, talvez seja essa a idéia do bc, diminuir um pouco o consumo para evitar maior inflação, mas não de forma que acarrete recessão.  simples asim?

  17. O problema é a política fiscal

    Nassif,

    Em geral, o mandato dos Bancos Centrais envolve dois objetivos centrais: estabilidade de preços e estabilidade financeira. Em países emergentes, há duas formas de se atingir o objetivo relativo a preços: âncora cambial (sudeste asiático emergente) ou regime de metas de inflação (Países desenvolvidos, leste europeu, América Latina e alguns países da África). A adoção de âncora cambial depende de equilíbrio orçamentário e equilíbrio ou superávit em transações correntes. Em países cronicamente deficitários, como o Brasil, a âncora cambial é impossível de se manter. Resta-nos adotar o regime de metas ou nada. O problema é que os países que não adotam nem câmbio administrado, nem metas de inflação (p. ex. Argentina, Venezuela e Índia) possuem taxas de inflação de dois dígitos. Então, do ponto de vista pragmático entendo que não existe alternativa para o Brasil: 1. Por sermos um país de orçamento cronicamente deficitário, não é possível fixar o câmbio; 2. Politicamente é inviável convivermos com inflação de dois dígitos. Logo, não há como o país fugir do regime de metas.

    Obviamente que, dentro do regime de metas, há nuances. Do ponto de vista da inflação, há os países de inflação baixa (leste europeu, Coreia do Sul, Peru, Colômbia e Chile) e países de inflação mais elevada (Brasil, África do Sul, Turquia, Indonésia, Costa Rica, Uruguai e Rússia). Entendo que a diferença entre os países não está nos bancos centrais, mas nas políticas fiscais e nos arranjos institucionais que dão suporte à indexação. O regime de metas explica porque a inflação brasileira não é de dois dígitos, mas, irmos dos 6,5%-7% para 3-4%, o país tem duas alternativas: choque dos juros, com recessão, desemprego e apreciação excessiva do câmbio, ou equilíbrio orçamentário e reformas legislativas que eliminem a indexação. Como o Banco Central não se dispôs a adotar a primeira alternativa a Fazenda não encampou a segunda, estamos nesta situação de inflação alta, mas controlada e juros reais altos, mas historicamente baixos para o nosso padrão.

    Dentro do atual quadro institucional, há trabalho recente de Diretor do Banco Central propondo que, além da inflação, o regime de metas inclua objetivos de estabilidade financeira para refletir melhor o duplo mandato da Autoridade Monetária.

    http://www.bcb.gov.br/pec/wps/ingl/wps324.pdf

    É importante lembrar que a meta de inflação brasileira não é definida exclusivamente pelo BCB. Ela é determinada pelo Conselho Monetário Nacional, que conta com Ministros da Fazenda e Planejamento. Além das críticas usuais quanto à meta escolhida, há o problema de que o objetivo da meta é a inflação acumulada em 12 meses no mês de Dezembro. Isso faz com que o Banco Central tenha que usar de seus instrumentos para que a inflação feche o ano em no máximo 6,5%. Outros regimes de metas possuem um intervalo de convergência como dois anos à frente. 

    Por que se critica muito a Fazenda e bem menos o Banco Central? Se no início do governo Dilma elegeu a Selic real em 2% como prioridade, pois juros altos distorcem câmbio, dívida pública e todo o mercado de crédito, um requisito era o equilíbrio fiscal. Tanto que antes de iniciar a queda dos juros, houve restrição fiscal somada à regulamentação do FUNPRESP. Em uma economia de alta inflação e déficits público e externo crônicos, baixar juros dependeria de política fiscal restritiva.

    No início, a estratégia funcionou: partindo de um déficit público de 2,5% do PIB e inflação em torno de 4%, a Selic caiu para pouco mais de 7%. Os agentes econômicos, acostumados com três décadas de juros altos, perderam o norte e era esperado que a economia se paralisasse, pois ninguém sabia se os juros baixos seriam duradouros. Basicamente, é por isso que a economia estagnou em meados de 2012. Era hora de simultaneamente o governo federal insistir na política fiscal restritiva e abrir as concessões. Fundos de pensão, que tinham perdido o almoço grátis da Selic alta, teriam de investir em infraestrutura para sobreviver, um padrão que existe no mundo todo. A taxa Selic mais baixa associada à contenção fiscal levaria a carga de juros baixar de 5% do PIB para 3% do PIB, zerando o déficit público nominal em um horizonte de três a cinco anos. Também era esperado que a inflação subisse e possivelmente estourasse a meta momentaneamente com a queda dos juros. Neste momento, o CMN poderia ajustar a meta para um estouro momentâneo, estabelecendo um horizonte crível de convergência.

    Se Dilma não estava disposta a arcar com maior restrição fiscal e inflação fora da meta por um tempo, melhor seria nem atacar a questão dos juros altos, pois houve incompatibilidade de meios e fins. Neste meio tempo, a Fazenda preparou desonerações fiscais temporárias e aleatórias para socorrer setores em crise. O problema é que ninguém investe em algo que leva 5-10 anos para se amortizar com base em algo que é temporário – só recentemente elas se tronaram permanentes, mas ainda assim sem um mínimo de planejamento sobre compensações de arrecadação. Adicionalmente, os preços de combustíveis fósseis e energia elétrica têm sido represados para manter a inflação abaixo de 6,5%, o que tem gerado sucessivos aportes nas elétricas e lucros menores da Petrobrás. Mais que isso, as reformas que vinham ocorrendo em ritmo adequado, pararam. Seguro desemprego já custa quase 1% do PIB em tempos de desemprego baixo e pensões por morte seguem crescendo rapidamente. Bastaria um decreto presidencial (seguro desemprego) e uma medida provisória para estancar esses drenos de recursos. Em vez de estancar as fontes de sangria de recursos (estaríamos com déficit nominal de 2% do PIB, não 3,63% se não houvesse subsídios à energia e se as regras do seguro desemprego e pensão por morte fossem ajustadas), o governo Federal passou a fazer manobras contábeis que só serviram para que o mercado deixasse de lado o indicador dívida líquida do setor público/PIB. Mais que isso, a política fiscal em vários meses tem incorrido em déficits primários, deixado o Banco Central encurralado.

    http://www.valor.com.br/brasil/3633804/contas-publicas-tem-pior-resultad

    Até meados de 2013 o Banco Central insistia que a política fiscal estava levemente contracionista. Mas em um dado momento ninguém mais acreditava nisso. A política fiscal foi a grande responsável por inviabilizar a meta de juros baixos, o que foi ressaltado até por um insuspeito defensor do governo Dilma

    http://www.valor.com.br/cultura/3595304/questao-ainda-e-fiscal

    Sobre as mudanças recentes no compulsório, muita gente esquece, mas o BCB tem duplo mandato, de inflação e estabilidade financeira. O fato de a Selic ter aumentado para impedir que o IPCA seja feche 2014 em mais de 6,5% não impede que medidas sejam tomadas para garantir a estabilidade financeira. O foco foi permitir com que os bancos menores, que não têm estrutura de captação, possam se adequar a Basileia III. Reflexo disso é que na Nota para Imprensa, 2 dos 3 eixos de ação da Circular 3.712 fazem referência a Basileia III

    http://www.bcb.gov.br/pt-br/Paginas/bc-faz-ajuste-nas-regras-dos-recolhi

    Como a tabela de compulsórios é progressiva, na prática cerca de 20 bancos depositam compulsórios. Os pequenos não estão sujeitos aos recolhimentos compulsórios, mas sobrevivem fazendo cessão de crédito para os grandes. Grosso modo, quem deposita compulsório é quem compra carteira de crédito. Os grandes podem usar o compulsório para crédito ou para comprar carteiras de crédito dos pequenos. Este é o objetivo da medida. Se isso não fosse feito, provavelmente iria resultar em mais concentração bancária (e mais riscos, pois o sistema já é muito concentrado) em um sistema que não chega a 150 bancos. O efeito sobre a expansão do crédito é secundário.

    Em suma, entendo que, apesar de demandar ajustes, o regime de metas é uma realidade que veio para ficar. É falsa a ideia de que temos uma alternativa a ele. E que o grande problema do governo Dilma está na política fiscal, que além de ter aberto rombos com subsídios energéticos e desonerações mal planejadas, tornou a dívida pública pouco transparente, de modo que ninguém sabe ao certo quais riscos o setor público brasileiro está assumindo.

    Nota: A dívida indexada à Selic é apenas 15,1% da DMF. A Selic é o piso de remuneração, mas expectativas quanto a inflação e juros futuros é que explicam a diferença entre o rendimento das LFTs (Selicados) x LTNs (pré) e NTNs (indexados a algum índice, em geral de inflação). O custo da dívida pública aumentou quando as expectativas inflacionárias se deterioraram e, como a maior parte da DMF é pré fixada ou indexada a índices de inflação, o custo do Tesouro já tinha aumentado. Ao contrário do início da década de 2000, quando a maioria da dívida pública federal era indexada à Selic, agora não existe esse automatismo alta da Selic / alta do custo da dívida pública. Se as expectativas de inflação estiverem muito deterioradas e dispersas, é possível que uma alta moderada da Selic, ao modular e direcionar essas expectativas, diminua o custo de captação do Tesouro.

      1. Só durante Bretton Woods

        Na globalização, essa coisa de administrar reservas praticamente nem existe nos principais bancos centrais. A oferta de moeda é o que o sistema bancário decidir que vai ser. Por isso, Brasil é um dos poucos países a estabelecer compulsórios elevados. O foco da regulação é limitar os riscos das operações ativas das instituições financeiras.

    1. LUZ SOBRE O ASSUNTO

      Caro Rafael, ainda bem que alguem colocou alguma luz sobre o asunto. Mostrou que as soluções não são simples e muito menos simplistas.

      Atuação incorreta do Governo Dilma (de seus ministros e BC) levaram o assunto a este ponto. Agora com as eleições à vista, fica dificil para um candidato  (Dima)  mexer no problema mostrando seu erros e criando uma avalanche de protestos sobre o assunto.

      Até entendo o Nassif, porem não vejo nenhuma solução á vista para o curto prazo (até eleições), quando daí sim, se a Dilma eleger-se novamente, tenha coragem de tomar providencias para resolver o assunto, com providencia de longo prazo  e daí baixar as taxas da Selic para níveis mundiais.

      1. Eu vejo alternativa…

        A situação é bem ruim, mas não sou pessimista. Ao contrário do que dizem, Dilma não abandonou a agenda de reformas. Ela abandonou sim reformas que envolvem emendas à Constituição, mas reformas infraconstitucionais têm sido feitas. Ela começou fazendo algumas reformas importantes como a regulamentação do FUNPRESP e mediando o conflito ruralistas x ambientalistas no Código Florestal. O Simples está prestes a ser expandido para praticamente todas as empresas não grandes. 

        http://www.valor.com.br/opiniao/3622664/receita-das-reformas

        Os elementos estruturais aptos a elevar a produtividade já estão dados: Pronatec e concessões em infraestrutura.

        Basicamente, o que ela precisa fazer é mostar disposição de reverter a política fiscal, o que poderia ser feito pela mudança dos secretários do Ministro da Fazenda. Isso porque reformas mais importantes, como a tributária, dependem de a União estar com saúde financeira, pois caberia à União custear a transição de sistemas. Mas como Dilma não mostra disposição em mudar a orientação da polític econômica, ela está em franca desvantagem neste front. E não adianta teorizar: o crescimento econômico médio de pouco menos de 2% ao ano é muito baixo.

        Em outras áreas, como políticas sociais, Dilma tem ampla vantagem. Os outros candidatos estão na defensiva: dizem que vão manter e aprimorar Bolsa Família, Pronatec, Mais Médicos, Minha Casa Minha Vida e a política de valorização real do mínimo. Ou seja, querem mudar, mas reconhecem que os programas funcionam bem.

    2. Excelente comentário/artigo

      Concordo com o Daniel Quireza que esse comentário/artigo do Rafael Bianchini merece ser elevado a post. É de longe uma das melhores análises que já li sobre a política econômica do governo Dilma.

      Lembro que fazem alguns meses um comentário meu foi elevado a post, e nele eu analisava a política econômica do governo sob a ótica da perda de popularidade da presidente. Na ocasião argumentei que a política econômica era bem intencionada, norteada por princípios desenvolvimentistas, sobretudo na tentativa de resgatar a competitividade da indústria, mas que o erro estratégico do governo foi justamente bancar essa política sobre um alicerce artificial e frágil: a popularidade de Dilma, que naquela época andava a galopes.

      Ocorre que a reversão dessa popularidade era quase certa naquele cenário, haja vista que a imprensa martelando o julgamento do mensalão diariamente e a inflação batendo no topo da meta eram efeitos previsíveis, mas que a estratégia do governo negligenciou. Tudo isso culminou com os protestos de junho do ano passado, e foi então que o governo entrou em parafuso. Começou a tomar atitudes contraditórias, claramente dispersas, no desespero de apagar incêndios por conta da reeleição.

      Em um eventual segundo mandato seria crucial que Dilma revisse a estratégia de aplicar esses princípios desenvolvimentistas, sem se valer de popularidade artificialmente inflacionada. Creio que o caminho é colocar peças-chave no governo que consigam ter um diálogo franco e convincente com os atores econômicos. E é imprescindível que esse diálogo não se dê exclusivamente pelo canal da grande mídia.

      1. A política econômica precisa ser comprada pelos agentes

        Obrigado pelos elogios.

        Por mais desenvolvimentista e intervencionista que seja um governo, uma condição necessária, mas não suficiente, para o sucesso é que quem investe acredite na política econômica. O governo conseguiu perder a FIESP e a FEBRABAN. O pior não são os erros do passado, mas é a inexistência de sinalização de que o governo do PT (que espero seja reeleito) vá atuar para recuperar a confinaça perdida. Quando a crise de 2008/9 bateu, a economia saiu de 6% ao ano e entrou em recessão. Lula fez um discurso bem articulado sobre a marolinha, articulou incentivos. Empresários, banqueiros e trabalhadores acreditaram no discurso. Em 2010, crescemos 7,5%. Édisso que precisamos.

    3. Diversionismo na veia.

      O próprio autor reconhece sua limitação técnica-intelectual para descrever o processo inflacionário, mas se sente à vontade para afirmar com convicção que não existe alternativa para Brasil a não ser a manutenção da picaretagem das metas de inflação com a manutenção dos juros pornográficos.

      Faça-me o favor, vá estudar antes de falar besteiras.

      O que funciona aqui, na china e para os donos do Dólar é emitir uma moeda que proteja o povo e a nação brasileira.

      O resto é resto mesmo.

      1. Alternativas ao regime de metas

        Eu disso que existem duas alternativas ao regime de metas: câmbio administrado, como feito por China, Malásia, Hong Kong, Equador, Panamá etc, ou uma política monetária sem metas explícitas, como Índia, Argentina e Venezuela. O primeiro caso é impossível porque não temos equilíbrio orçamentário nem em transações correntes. O resultado de adotar tal alternativa seria a melancólica saída do câmbio administrado de 99. Então poderíamos adotar a solução de Índia, Argentina ou Venezuela. O problema é que, como o regime macroeconômico da globalização é caracterizado por câmbio flexível, não há uma âncora nominal para o sistema. O resultado é que conviveríamos com inflação como a da Índia, próxima a 10% ao ano. É uma alternativa fática, mas politicamente inviável. Cabe lembrar que antes dos protestos de 2013 a popularidade de Dilma caiu quase 10% por causa do aumento da inflação. Então, nenhum dos três candidatos relevantes ou qualquer um que queira ter uma coalização no Congresso pode aceitar viver com uma inflação próxima a 10% ao ano. Ou seja, câmbio fixo não funciona porque não temos condições para fazer. Inflação mais alta não tem condições políticas. Não é a toa que os dois candidatos relevantes da oposição radicalizaram o discurso prometendo inflação de 3-4%. Isso dá votos.

        1. Concordo que é uma questão de confiança

          Mas a origem da confiança vem de uma estrutura que se sustenta frente as pressões e não das pessoas que comandam o Governo.

          O Dollar e o Yuan estão ai para não me deixar mentindo sozinho nesta.

          Agora, querer fazer o povo acreditar que o Brasil não têm capacidade para criar uma moeda que funcione em um governo sólido, com metas, rumo e estrela é coisa de lesa pátria.

          Tai todos os candidatos tentando passar a idéia de que são capazes nestes aspectos.

    4. Ótimo, mas sob o manto do rigor técnico você olvida o político

       

      RafaelBianchini (quinta-feira, 31/07/2014 às 16:12),

      Não sou economista então, tanto os meus elogios quanto as minhas criticas pouco acrescentam ao que você diz. Reforço o elogio que DanielQuireza fizera no comentário dele enviado quinta-feira, 31/07/2014 às 15:06, para você junto ao seu comentário quando ele foi enviado pela primeira vez na quinta-feira, 31/07/2014 às 14:06 e que atualmente com 84 comentários se encontra na segunda página deste post “Parem o avião, que Tombini sumiu” de quinta-feira, 31/07/2014 às 12:35, e de autoria de Luis Nassif. E reforço também os elogios que Marcelo Mendonça em comentário enviado quinta-feira, 31/07/2014 às 18:21, faz aqui junto a este seu comentário.

      E faço o elogio porque você foi muito claro em defender o Regime de Metas de Inflação para a realidade brasileira. Regime de Metas de Inflação que eu como leigo combatia como se pode ver em meus comentários junto ao post “A fascinante história da meta única porém múltipla” de terça-feira, 03/07/2007, na edição 440 do Observatório da Imprensa no seguinte endereço:

      http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/a_fascinante_historia_da_meta_unica_porem_multipla

      Ainda sou crítico ao Regime de Metas de Inflação, mas fui ensinado a reconhecer os méritos do Regime de Metas de Inflação em especial para a realidade brasileira e por isso eu gostei ainda mais no seu comentário. A evolução do meu entendimento sobre o Regime de Metas de Inflação pode ser visto junto ao post “Brasil 2015: a ciência demência das metas inflacionárias” de sexta-feira, 25/07/2014 às 09:29, de Luis Nassif em dois comentários que eu envio para ele sexta-feira, 25/07/2014 às 14:31 e às 20:51. O link para o post “Brasil 2015: a ciência demência das metas inflacionárias” já foi deixado aqui neste post “Parem o avião, que Tombini sumiu”.

      Como eu disse, eu não sou economista e assim minhas críticas ao seu texto perdem bastante a qualificação, mas talvez exatamente por não ser economista a principal crítica que faço ao seu texto seja um pouco mais qualificada. Achei o seu comentário muito técnico e assim, passou ao largo da questão política. Esta a principal crítica que faço ao seu comentário. Um exemplo de fugir da discussão política é o seguinte trecho do seu comentário:

      “Em vez de estancar as fontes de sangria de recursos (estaríamos com déficit nominal de 2% do PIB, não 3,63% se não houvesse subsídios à energia e se as regras do seguro desemprego e pensão por morte fossem ajustadas), o governo Federal passou a fazer manobras contábeis que só serviram para que o mercado deixasse de lado o indicador dívida líquida do setor público/PIB”.

      O que eu chamo de fugir da discussão política é você não apresentar uma proposta que você defenderia se estivesse em campanha eleitoral para presidente da República relativamente ao ajuste das regras do seguro desemprego e da pensão por morte. Tecnicamente você constatou o problema, mas a solução é política. E qual seria a solução?

      Até que nas respostas que você dá para alguns comentários você toca na questão política, mas no comentário em si, ela foi posta de lado. E ela é mais relevante quando se considera que o Regime de Metas de Inflação é o melhor instrumento para combater a inflação, mas não se diz qual a razão para combater a inflação. Se a razão fosse de ordem econômica estaria tudo resolvido, mas em meu juízo, a razão para combater a inflação é de ordem política. Como o meu juízo não é de economista talvez eu esteja errado, mas não vejo muita convicção nos argumentos contra a inflação apresentados pelos economistas.

      A outra crítica que eu faço é que você não coloca como relevante para a adoção do Regime de Metas de Inflação no Brasil a questão da dívida de curto prazo. Aqui também entra a minha deficiência técnica no campo econômico, mas em meu entendimento, como grande parte da dívida pública no Brasil rola no curto prazo, o Regime de Metas de Inflação é um fator de segurança para não se tornar líquida esta dívida o que poderia prejudicar o combate a inflação.

      A terceira crítica que eu faço é que você se centra muito na questão do déficit público, voltando-se muito para o controle dos gastos e com isso esquece que o que realmente faz o mundo crescer é o déficit público. Os Estados Unidos estão crescendo porque lá há déficit público. E agora em que eles recolheram quase todos os soldados para o solo americano, os gastos públicos americanos são dispendidos lá dentro e inflam a economia americana. Aqui os gastos públicos são controlados e você ainda quer que se eles sejam mais controlados. Sorte nossa que a nossa dívida de curto prazo seja elevada e atrelada a Selic e assim quando a Selic aumenta a dívida de curto prazo aumenta. E como disse G. Henrique de Barroso F., crescimento da dívida de curto prazo é, a rigor, déficit público.

      Junto ao meu comentário para o Luis Nassif aqui neste post “Parem o avião, que Tombini sumiu” e que eu enviei quinta-feira, 31/07/2014 às 19:43, há uma crítica de Alexandre Weber – Santos – Sp, em que ele me coloca como defensor da banca e a você também, em comentário que ele enviou sexta-feira, 01/08/2014 às 05:55, e para a qual você fez o bom rebate. Chamo atenção para o comentário dele porque o Alexandre Weber – Santos – Sp, como a mim, não é economista, mas ele tem a crítica perfeita ao Regime de Metas de Inflação. Ela pode ser vista em trecho do comentário que ele enviou quinta-feira, 03/03/2011 às 17:25 para o post “A inflação distante do umbigo da blogosfera” de sexta-feira, 04/03/2011 às 09:41, aqui no seu blog e constituído de análises de Gunter Zibell-SP a respostas de Luis Nassif ou de análises de Luis Nassif a respostas de Gunter Zibell-SP. Transcreverei a seguir a parte que interessa aqui do comentário de Alexandre Weber – Santos –SP. Diz ele lá:

      “Só por curiosidade, com a dívida pública preponderantemente em Reais, uma inflação que diminua a taxa de juros reais, diminui, sobre qualquer ponto de vista, a transferência de dinheiro do povo para os rentistas. É lógico que os rentistas, a mídia e seus funcionários vão pregar uma redução da inflação e maliciosamente pedir ainda um aumento dos juros nominais para prevenir uma futura inflação que corroeria os seus ganhos.

      Esta estratégia é interessantíssima e seu eu fosse rentista ia mover os Céus e a Terra para implementá-la, como não sou, observo o que acontece”.

      E o mais interessante é que o Alexandre Weber – Santos –SP tem uma crítica ao Regime de Metas de Inflação que se fundamenta exatamente na razão de sucesso do Regime de Metas de Inflação e na razão da correção do trecho acima que eu transcrevi. Segundo Alexandre Weber – Santos –SP, o Regime de Metas de Inflação não serve porque não se pode prever a inflação a partir do segundo a terceiro mês. Ora é exatamente para tornar a inflação previsível que o Regime de Metas de Inflação foi inventado. Daí até a minha explicação para a Inglaterra ter adotado o Regime de Metas de Inflação. Explicação que eu deixei lá no blog de Alexandre Schwartsman há quase dois anos como se pode ver em comentário que eu enviei quinta-feira, 20/09/2012 às 21:25, para “O” Anonimo, junto ao post “Tem, mas acabou” de quarta-feira, 19/09/2012, e que pode ser visto no seguinte endereço:

      http://maovisivel.blogspot.com.br/2012/09/tem-mas-acabou.html

      A razão que eu apresento é que prensada pelo dólar de um lado e pelo euro que surgia, a Inglaterra percebeu que a manutenção do mercado financeiro londrino precisava de um plus. E o plus oferecido foi a garantia de um retorno real nos juros via o Regime de Metas de Inflação.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 01/08/2014

    5. Muito bom

      o seu comentário, Rafael. Vale destacar a situação do seguro-desemprego, insustentável ao meu ver. Em períodos de grande desemprego, o governo aumentou o valor e o número de parcelas, o que se justifica como política anti-cíclica. O que não se justifica é a manutenção das mesmas condições quando temos as menores taxas de desemprego de sempre. Há vários setores com dificuldades de recrutamento, por falta de mão-de-obra, e as despesas com o seguro-desemprego são crescentes, ultrpassando já os R$ 50 bilhões por ano, exigindo muito poucas contrapartidas dos tomadores! Enquanto isso o governo faz cortes lineares no orçamento, numa tentaiva desesperada de aumentar o superávit primário. O próprio Banco Central vêm sofrendo as consequências, pois tem um déficit de 40% de pessoal e não consegue autorização para nomear novos servidores.

      A questão das pensões por morte também são relevantes, mas não possuo os números para saber o quanto impactam no orçamento (atenção, não estou a falar de quem rfecebe salário mínimo!). Em resumo, concordo que o problema é fiscal e que poderia ser amenizado com medidas que sofreriam alguns ataques, especialmente de alguns sindicatos, mas que seriam muito mais justas e inteligentes do que cortes lineares no orçamento.

  18. Com todo o respeito ao Nassif

    Mas chamar (e citar) Olavo de Carvalho, dando-lhe o título de filósofo é demais prá mim.

    Olavo Carvalho não tem formação acadêmica em filosofia, é, contudo, o pior idólogo da direita maluca, mestre de reinaldo rolabosta, constantino, etc.

    1. Essa questão dos déficits

      Essa questào dos déficits gemeos (tem déficit externo porque tem déficit fiscal) já foi completamente abandonada pelos fatos. Não há nenhuma relação. Na época, o Ciro era enrolado pelos economistas do Real para justificar a maluquice da apreciaçào cambial.

      A maneira de reverter o déficit externo era simplesmente permitir que o real voltasse à paridade um por um. Para não voltar inventavam essa história dos déficits gemeos.

      1. Identidade contábil

        Existe é uma identidade contábil: Déficit Público + Déficit do Setor Privado Interno = Déficit Externo. A relação de determinação é altamente controversa.

  19. Discordo da citação do direitista

    Olavo Carvalho, mas vejo  cautela do mercado e dias de grande volatilidade em bolsa, como hoje.  

    Tambem vou citar um ótimo exemplo citado pelo excelente prof.Marco Caetano de” Mudanças Abruptas”, que tira de seu banco de dados um  precioso artigo do site abaixo:- 

    http://cecaust.com.au/main.asp?sub=articles&id=2010_02_13_santander.html

    Histérico Economist Santander Responde a LaRouche; Diz Eurozone Crise não vai tocar Brasil!

    13 de fevereiro de 2010 (LPAC)-Falando de dentro das entranhas da filial brasileira do Banco Santander, economista-chefe Alexandre Schwartsman disse Exame revista que a crise da zona do euro, e países como a Grécia ea Espanha, não terá o menor efeito sobre a do Brasil maravilhosamente crescente economia. A entrevista de Schwartsman foi publicado na Exame de fevereiro Edição 9.

    Lyndon LaRouche riram de Schwartsman “insanidade”, e observou que seus próprios avisos de uma crise em todo o colapso da zona euro, no meio do qual se senta britânico prazo Banco Santander, deve ter “medo do s-t” de Mr. Schwartsman.

    Schwartsman insistiu que houve apenas alguns blips menores no Brasil, refletindo a crise europeia, mas nada significativo. A economia do Brasil é dinâmico, ele mentiu, com base no consumo e investimentos no mercado interno, e não pode ser prejudicada por eventos europeus.

    O economista brasileiro insistiu que a Grécia é o grande problema não-Espanha-e preocupado com um default soberano, que ele disse que seria um “pior cenário”. A questão-chave lá, acrescentou, é que prende o papel da dívida da Grécia? Ele arriscou que a maioria deve ser os fundos de pensão ou de investimento, mas não os bancos. Então, se a Grécia não padrão, “a saúde não do banco seriam afetados.”

    O cidadão citado no artigo  agora mudou de idéia.

  20. Quem indicou o Tombini, mesmo?
    Não podemos esquecer. Tombini tem uma superior hierárquica. Que vai colher o que esta plantando.O fato de as alternativas eleitorais com reais chances de vitória serem ainda piores não a desculpa.

    1. Capa do Valor de

       

       

                            O lucro dos bancos no 3º trimestre será mais lindo ainda.

                            Libera a grana que estava presa, e sem remuneração,  e mantem a Selic a 11%, até eu que sou meio bobinho faria a festa

       

  21. Por uma revisão na condução da Política Monetária

    O atual lento ritmo de crescimento do PIB se deve basicamente ao aperto monetário que vem sendo realizado pelo copom, que aumentou os juros da Selic de de 7,25 para 11% nominais ao ano.

    É urgente a revisão da atual política monetária conduzida pelo copom, para  eliminar o atual expressivo diferencial de juros, reduzindo rapidamente os juros da Selic para algo em torno de 7% a 8% nominais ao ano, bem como anunciar a disposição de vender parte das Reservas Cambiais caso seja necessário combater eventuais volatilidade na taxa de câmbio.

    O ritmo de crescimento do PIB do primeiro trimestre de 2014 demonstra antes de mais nada que estamos diante de qualquer coisa, menos que diante de uma inflação de demanda.

    O aumento de juros da Selic promovido pelo copom foi um erro de precipitação,  que escolheu uma resposta clássica, diante do ajuste na política monetária nos EUA.

    O aumento dos juros da Selic se revelaram não ser a melhor ferramenta para controlar a inflação, melhor teria sido ter vendido parte das Reservas Cambiais no mercado à vista.

    Basicamente o aumento da inflação foi contida pelo política de venda de swaps cambiais, que impediu a fuga de capitais diante do atual ajuste da política monetária nos EUA, o trouxe o câmbio para um patamar compatível com a meta de inflação estipulada pelo CMN(Conselho Monetário Nacional).

    Além disso os dados do PIB, também revelaram os erros de avaliação da maioria dos analistas de mercado, já que não estamos diante de nenhuma necessidade de reduzir os gastos públicos, muito pelo contrário.

    No mais mais, o cenário de uma “tempestade perfeita” não se confirmou, o que torna necessário rever todas as ações implementadas para enfrentar uma “tempestade perfeita” que não ocorreu e não vai ocorrer, sendo a principal rever o aumento dos juros da selic, deixando em um patamar próximo dos 8% nominais ao ano.

     

  22. Nos últimos anos, uma grande

    Nos últimos anos, uma grande multinacional do interior de São Paulo demitiu 4 mil funcionários e vai demitir mais 600 nos próximos dias por causa da sobrevalorização cambial. O clima é de desânimo e de desespero entre os funcionários e suas famílias. Governos FHC, Lula e Dilma responsáveis diretos pela quebra da indústria nacional e a invasão de produtos chineses que estão inundando o mercado interno com este câmbio sobrevalorizado.

    1. não veem

      Fabiana so os fanaticos esquerdistas desse país não querem ver o que está acontecendo com a conivencia destes governos incompetentes e corruptos.

      1. Valter, então os petistas são

        Valter, então os petistas são  “incompetentes e corrupos” .  Como isso soa um votar  em  noiado-avidor! Chega ser patético!!

        1. os petistas que estão……

          A maioria dos petistas que estão no governo são sim incompetentes e corruptos exatamente como os de outros partidos que mamam no governo, são todos farinha do mesmo saco.

      2. Vivendo no tempo da URSS

        Tem gente que ainda vive na guerra fria.  Devem ainda estar caçando comunista. A velha rivalidade direita versus esquerda não existe mais. É só um argumento falho de quem não deseja mostrar o seu verdadeiro caráter.  No Brasil há pessoas (a maioria dos brasileiros) que desejam um Brasil que atenda a todos. Que todos tenham direito a uma vida digna. Escola, lazer, alimentação, saúde … Estas pessoas acreditam que, mesmo que a família não possa arcar com os custos, deve o estado fazê-lo. Elas acreditam também que nenhuma criança deve passar fome, por isto são afavor dos programas tipo bolsa família. Alguns obtusos, os chamam de esquerdista. Melhor seria chamá-los de seres humanos.

        Por outro lado, existem pessoas que acreditam que as pessoas que não tem condição financeira de consumir devem ser aniquilidas. E os seus filhos devem ter o mesmo fim. É o ideal higienista, próprio dos neoliberais. Não diria que são pessoas de direita, pois, em razão de muitos estarem associados a partidos socialistas de extrema-direita (PSDB/DEM). E nesta classificação também temos os partidos comunistas de extrema-direita (PPS e atualmente PSB).

        Então, falar em esquerda ou direita é jogar conversa fora.  Apesar de nossas diferenças, mesmo eu (que vc chama de esquerdista) e vc (neo-liberal) não gostamos de pobre. A diferença entre mim e vc é que eu desejo que ele não seja mais pobre. E vc deseja que ele “se exploda”.

        Todos temos o direito a manifestação de nossas opiniões, apenas , pediria que trocasse o termo esquerdista por humanista. Vai ficar mais atual. E eu vou chamá-lo de neo-liberal, pois não há sentido em falar em direita, principalmente considerando o balaio de gato que é a ideologia da oposição ao governo federal.

        1. bom….

          Vc tem razão quanto a:

          Quanto a polemica de direita e esquerda isso é realmente ultrapassado, apenas me dirijo a galera denominado-a como esquerda, esquerdopatas porque são esses que vivem defendendo esse governo aqui no blog com os arugumentos mais criativos possiveis e imaginaveis e nunca criticam nada nesse governo do PT, para eles está tudo correto. 

          Mas vc disse:

          1-“Que todos tenham direito a uma vida digna. Escola, lazer, alimentação, saúde … Estas pessoas acreditam que, mesmo que a família não possa arcar com os custos, deve o estado fazê-lo. Elas acreditam também que nenhuma criança deve passar fome, por isto são afavor dos programas tipo bolsa família. Alguns obtusos, os chamam de esquerdista. Melhor seria chamá-los de seres humanos.” 

          Vc acha que so vcs como vc mesmo classificou como esquerdistas querem que ninguem passe fome? Então todas as outras pessoas que não rezem na cartilha do PT desejam que criançinhas morram de fome? Que raciocinio raso e barato meu amigo!!!!!

          2-Vc disse “A diferença entre mim e vc é que eu desejo que ele não seja mais pobre. E vc deseja que ele “se exploda”.” Então vc é o bonzinho e os que são contra as práticas corruptas e incompetentes do PT são os bandidos no seu filmezinho de quinta?

          Vcs se superam cada vez mais, vcs não tem senso de limite do ridiculo . rsrs

  23. “Critica-se muito Guido

    “Critica-se muito Guido Mantega, Ministro da Fazenda, e Arno Agustini, Secretário do Tesouro, por  insucessos da política econômica de Dilma Rousseff”

    Não entendi o tempo do verbo: deveria ser critiquei.

  24. Extrema lucidez

    É muito bom quando vemos um grande expoente da comunicação brasileira com um texto tão lucido e imparcial.

    Nós, os brasileiros, temos que nos conscientizar que não existe nós e eles, existe o Brasil que merece ser tratado como uma grande nação que é. 

     

  25. Dilma quer reeleger-se e não salvar a cara junto ao mercado

     

    Luis Nassif,

    Não sou economista e por isso fico aqui um tanto de soslaio sem querer meter o meu bedelho neste post “Parem o avião, que Tombini sumiu” de quinta-feira, 31/07/2014 às 12:35, de sua autoria, que já conta com a boa crítica de RafaelBianchini e com certeza, ele sim um economista.

    Pena que o comentário dele não tenha sido enviado para onde ele ficaria mais apropriado, ou seja, mais bem faria o RafaelBianchini se o tivesse enviado para o post “Brasil 2015: a ciência demência das metas inflacionárias” de sexta-feira, 25/07/2014 às 09:29, de sua autoria e para o qual você deixou o link acima, pois no texto ele mais se propõe a discutir o regime de metas de inflação e complementarmente a administração fiscal realizada pelo Ministério da Fazenda.

    De todo modo, faço aqui dois reparos em trechos do seu texto para este post “Parem o avião, que Tombini sumiu”. São duas passagens que me chamaram bastante atenção.

    O primeiro diz respeito a sua referência ao aumento de juro para 45% em abril de 1995, sendo que você já constatara que “Em fins de 1994 havia sinais claros de reversão nas vendas. Em todo canto do país que eu visitava, a conversa era a mesma sobre o início das dificuldades”.

    A intenção sua é mostrar que os radares do BC e do Ministério da Fazenda captam indicadores atrasados. Realmente há sempre uma defasagem na informação que temos disponível. Só que a reação do Banco Central do Brasil elevando o juro para 45% não tinha relação com o nível da atividade econômica, mas com os rescaldos da primeira crise financeira na década de 90 que iniciou com o México no final de 1994 e em junho de 1995 pegou o Chile. E é bom lembrar que em junho de 1995 na peleja sobre como conduzir o dólar e de certo modo o juro entre G. Henrique de Barroso F. e Pérsio Arida, Fernando Henrique Cardoso optou por permanecer com G. Henrique de Barroso F. no Banco Central e substituiu Pérsio Arida por Gustavo Loyola. E que se informe que o juro, que chegar a 20% em fevereiro de 1995 e subira em abril para 45% já voltava ao patamar de fevereiro em setembro de 1995. Tudo isto pode ser visto no gráfico 2.9 descrevendo as “Taxas de Juros” no “Boletim do Banco Central do Brasil – Relatório 1996” e que pode ser visto no seguinte endereço:

    http://www.bcb.gov.br/pec/boletim/banual96/banualc2.asp?idpai=BOLETIM1996

    Então é preciso atentar-se que naquele período, o Banco Central estava lutando contra fuga de dólares.

    O segundo reparo que eu faço diz respeito a seguinte passagem em que você faz de novo referência à leitura equivocada do ambiente econômico em decorrência da defasagem dos indicadores. Ao falar sobre a avaliação que o Banco Central do Brasil faz da situação atual em que você utiliza a frase do relatório de junho que dizia “a demanda agregada tende a se apresentar relativamente robusta”, você compara essa expressão com outra que constava da Ata da 139ª Reunião do Copom realizada nos dias 09 e 10/12/2008. Segundo você e nas suas palavras:

    “Aliás, a alta da Selic em dezembro de 2008 deu-se em um cenário de “economia robusta”, segundo o BC. O mundo despencando, a economia brasileira indo atrás e o BC falando em “economia robusta”. E, por trás dessa fantasia, o próprio diretor Tombini”.

    Bem, a queda da economia no quarto trimestre de 2008 e que aparecera anualizada apenas no ano de 2009, ficara restrita a somente o quarto trimestre de 2008 e deve ter se desenvolvido ao longo de todo o trimestre. A cada dia se produzia menos que o dia anterior. Talvez no primeiro trimestre de 2009, que nos indicadores de PIB aparece como decrescendo em relação ao trimestre imediatamente anterior, a produção não tenha decrescido, mas apenas permanecido no patamar que chegara vinda de dezembro de 2008.

    Não é a discussão de como se dera a recessão do quarto trimestre que interessa aqui discutir. O que interessa aqui discutir é que em um trimestre o câmbio saíra de 1,6 e fora para 2,4. E que até o terceiro trimestre o país crescia a uma taxa superior a 6%. Foram essas as informações que o relatório do IBGE sobre as contas nacionais no terceiro trimestre fornecera um pouco antes da realização da 139º Reunião do Copom.

    E interessa aqui é transcrever a parte da ata em que se faz referência à “economia robusta” e que segundo você mostraria o quanto atrasado está o Banco Central da realidade econômica. Diz lá a Ata na primeira e na segunda frase do item 18:

    “18. O Copom avalia que a política monetária deve contribuir para a consolidação de um ambiente macroeconômico favorável em horizontes mais longos. Os dados disponíveis referentes à atividade econômica indicam que o ritmo de expansão da demanda doméstica continuava bastante robusto até o terceiro trimestre, respondendo, ao menos parcialmente, pelas pressões inflacionárias, a despeito do forte crescimento das importações e do comportamento benigno do investimento, em linha com o diagnóstico expresso em documentos anteriores do Comitê”.

    Então é isto de que trata a Ata da 139ª Reunião do Copom (E deixo sublinhado o que mais interessa): “Os dados disponíveis referentes à atividade econômica indicam que o ritmo de expansão da demanda doméstica continuava . . .”

    Sim, o Banco Central sabe que há sinais de enfraquecimento da economia. Talvez o PIB possa não cair dependendo do que a Vale e a Petrobras tenham produzido no segundo trimestre. Só que o Banco Central não se preocupa só com a economia. O Banco Central se preocupa também com a política. E o Banco Central sabe que para a reeleição da presidenta Dilma Rousseff é imprescindível que a inflação nos meses de julho, agosto e setembro sejam inferiores a inflação de qualquer dos seis primeiros meses deste ano. E é disso que o Banco Central cuida. E está fazendo o trabalho a contento.

    E não penso que Dilma prefira salvar a cara dela junto ao mercado a ganhar a reeleição.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 31/07/2014

    1. Os defensores da Banca rsrsrsrsrs…..

      Tanto o Clever como o Bianchi que ele elogia querem nos fazer acreditar que a essência da política monetária se resume nas duas alternativas que esposam.

      Balela!

      Vejam o caso do Dolar e do Yuan, onde o controle monetário é feito pela quantidade de dinheiro que o dono dele injeta no mercado.

      Para que a alternativa dos defensores da banca seja verdade é preciso que o complexo de vira-lata esteja assumido pelo povo brasileiro, ai sim, não poderemos emitir nossa própria moeda e usar o volume dela arbitrariamente, como os donos do Dólar e do Yuan fazem, para controlar seu volume, velocidade e valor na sociedade.

      Não têm escapatória, para fazer a maldade de explorar desapiadadamente o povo e a nação brasileira, roubando nossas riquezas, nosso trabalho e nossa auto-estima eles vão ter que mostra a cara.

      Vai ser uma alegria.

      1. As quatro maiores economias não adotam o regime de metas, mas…

        Estados Unidos não adota o regime de metas porque não precisa de uma âncora nominal para o sistema. Em última instância, a âncora é a credibilidade quanto à solvência do Tesouro e do sistema bancário norte-americano.

        China administra o câmbio porque pode. Tem trilhões de dólares em reservas, um superávit estrutural em transações correntes e cresce a 7% ao ano. Mas como eu tinha dito, uma alternativa ao regime de metas é fixar o câmbio, que é o que China (e Hong Kong) fazem.

        Tanto China quanto Estados Unidos não são comparáveis ao Brasil por uma simples razão: a economia de cada um deles é mais de 6 vezes maior que a do Brasil. No mundo somos menos que esses países. Isso não é nenhum complexo de vira-latas, é constatar que somos a sétima economia mundial e não temos condições de avançar neste ranking.

        India – não adota o regime de metas e tem inflação próxima a 10% ao ano. Considero que o Brasil não tem condições políticas para viver com inflação neste nível. Cabe lembrar que o início do ciclo de alta nos juros foi avalizado pela própria presidenta.

        Japão – vive em deflação há 20 anos e por isso, o sistema de metas não faz sentido.

        Alemanha – economia central da Europa e do Euro.

        Rússia – Há poucos anos trocou o regime de câmbio administrado pelo de metas, cuja impnatação ainda está em transição

        Brasil – Regime de metas desde 99. Ele é muito criticado pelos juros altos, mas entregou uma média anual de inflação em torno de 6% ao ano, o que não se verificava desde os anos 20.

        França – BCE: não tinha alternativa senão aderir ao Euro. O Franco sofria ataques especulativos periódicos.

        Reino Unido – aprendeu com as crises do final dos anos 70 e início dos 90s e, inteligentemente, não aderiru ao euro. Adota o regime de metas.

        Itália – BCE. Nunca deveria ter aderido ao euro porque tem dívida pública de mais de 100% do PIB e sucumbiu às crises do final dos anos 70 e início dos 90s. Entrou e sofre consequências. 

        Indonésia – adota regime de metas desde 2005. Possui inflação elevada, mas controlada, como o Brasil

        México – adota regime de metas desde 99.

        Espanha – BCE

        Austrália – adota o regime de metas

        … Coreia do sul – adota regime de metas.

        Enfim, se tomamos as 20 maiores economias do mundo como referência, fica claro que só as 4+ não adotam o regime de metas. E o lugar do Brasil é com elas, pois não temos o tamanho de China e Estados Unidos, nem as condições peculiares de Japão (deflação) e Índia (maior tolerência á inflação em virtude do crescimento econômico que ocorre com processo de urbanização). É ilusório achar que temos alternativas factíveis ao regime de metas. Só que o próprio regime de metas deu cderto porque admite uma certa flexibilidade de arranjos institucionais. E a propósito, os juros altos não foram introduzidos pelo regime de metas nem pelo Plano Real, eles datam do governo Geisel.

        1. Em suma argumento tautológico, não pode porque não pode

          Acorda meu, se é por falta de autorização  eu atorizo, até por escrito, com firma reconhecida em cartório se você fizer questão.

          O Governo não faz porque não quer, vontade política.

           

  26. O governo federal adota

    O governo federal adota medidas para crescer a economia, mas os governos estaduais tucanos sabotam com: choques de gestão, recusa em baixar a conta de luz, ICMS muito elevado para a indústria nacional e programas de compras governamentais que incentivam a importação.

    Nassif esqueceu de dizer que a falta de água no maior parque industrial do país (SP) é o principal causador do baixo desempenho econômico.

    Desconheço o Arno Augustin, mas as críticas ao Mantega são válidas, ele é apenas um administrador e não sabe pensar o país (apesar de muito melhor que os economistas do mercado). Mantega parece o Sílvio Santos jogando aviãozinhos de dinheiro para a platéia (empresários).

    Tá na hora da Dilma colocar um ministro da Fazenda para conduzir um projeto econômico soberano.

    1. meus amigos

      Verifiquei que o nosso amigo petista joga a culpa em cima do governo tucano que esta 24 anos no poder com indice de aprovação de 50%,entendam que o pais esta quebrado e paralisado devido a falta de honestidade do governo federal de tomar na mão as redeas das reformas necessaria para que a economia pudesse ter umn choque de gestão e não um choque de beneficios peseudos que não levam ao desenvolvimento de uma renda solida e diversificada para a a população pobre,apenas medidas paliativas que não integram os beneficiarios no mercado de trabalho com orgulho e deterninismo pois comer peixe sem pescar e´o mesmo que nada fazer apenas uma piada de pescador.

      Alias esse e o pensamento do banco central piadas das nossas caras e enrolar até o fim da eleição mascarando a falta de contigencia de atitudes em resgate da economia,

  27. Se o piloto sumiu, coloca no piloto automático …

    Para o cidadão que não é formado em economia fica difícil entender todos os “erros” nos processos econômicos apontados pelo Nassif e nos comentários.  Apesar disto a experiência de vida e o conhecimento em outros campos da ciência nos dá alguma bagagem para concordar e discordar das várias teses. Primeiramente, por experiência própria, eu diria que um país que sobreviveu a política econômica do Collor e do FHC, dificilmente irá entrar num colapso. Posso dar alguns exemplos de vida. Na década de 80, empresas privadas nacionais (Villares, por exemplo) investiam na  nacionalização de plataformas de petróleo terreste, robótica, sistemas eletrônicos de potência, locomotivas etc. Após o Collor, não havia mais nada sendo desenvolvido. Nesta mesma década a indústria naval estava a pique. Trabalhei na Verolme (Angra dos Reis).  Várias plataformas de prospecção de petróleo foram compradas no exterior. Algumas em virtude de empréstimos que foram feitos ao Brasil. Hoje, vemos navios e plataformas sendo construídas por brasileiros. Encomendas feitas pela Petrobrás, uma empresa que deve servir ao Brasil, e dar lucro para todos os investidores (o povo brasileiro incluido) e não apenas para um seleto grupo. A indústria de semicondutores começa a despontar no Brasil, por iniciativa deste governo. O governo FHC não quis desenvolver a indústria eletrônica no Brasil (visitem a UFRJ e conversem com alguns professores sobre este fato). A nossa agricultura é extremamente desenvolvida. Se há alguém que ache que estamos ainda no “plantando tudo dá”, está muito enganado. Os centro de pesquisa da EMBRAPA foram ampliados. Produzimos com tecnologia. Será que nesta crise do mercado faltará alimentos também? Será que não estamos bem em tecnologia e inovação e em outras áreas por culpa da Dilma? Não!!!!!! Nós temos no Brasil um grande massa de pesquisadores que só se preocupam em fazer artigos, que lhes darão projeção nacional e internacional. Estudam assuntos de ponta, que o país não tem condição de fazer virar tecnologia aplicável. Vejam os comentários do Dr Miguel Nicolelis. Apesar disto, várias ações foram tomadas pelo governo federal no tocante ao desenvolvimento tecnológico, tais como, criação de instituições para apoiar o desenvolvimento tecnológico, criação de universidades federais, escolas técnicas, parcerias internacionais, intercâmbio entre universidades etc. Se os leitores do Nassif fizerem a leitura do Jornal da ciência, verão a seguinte manchete: Investimento do PIB em C&T foi o maior dos últimos 12 anos, aponta MCTI (http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.php?id=94489). Se lerem a revista fapesp (http://revistapesquisa.fapesp.br/2014/07/15/instrumento-de-radiacao/) verão: “o Brasil poderá se tornar autossuficiente na produção de radioisótopos, substâncias radiativas que podem ser usadas no diagnóstico e tratamento de várias doenças”. Esta notícia é interessante, pois um pesquisador que apresentava no Instituto de  Tecnologia de Aeronáutica (ITA) sua pesquisa sobre o assunto, foi bem claro ao dizer que a política do FHC (PSDB) foi a de fazer um acordo com os EUA para que não houvesse pesquisa no Brasil e em contrapartida poder comprar o produto.  Graças ao Collor e ao FHC, vendemos toneladas de minério de ferro para comprar um trilho de trem da China. Acreditar que os países desenvolvidos estão a merce dos mercados de capitais para levarem adiante a tecnologia e inovação nos seus países é piada. Quando é do interesse deles, eles criam barreiras, não exportam determinadas máquinas que possam tornar alguma indústria competitiva (liberdade comercial??? Só aqui no Brasil). Quem trabalha com tecnologia já consou de ver este filme, principalmente pelos americanos. Muitos falaram mal da copa e principalmente da construção de estádios. O Brasil é forte em construção civil. Podemos citar Furnas como uma das empresas com grande habilitação em grandes construções (barragens, usinas nucleares, etc) por exemplo. Os nossos estádios foram feitos, principalmente de, pedra, areia, cimento e mão de obra brasileira. Temos tudo aqui. Podemos fazer mais mil estádios. Usar os nossos materiais e pagar a nossa mão de obra. O dinheiro volta todo para o governo.  O Brasil é rico em recursos naturais diversos. Será que, com o petróleo e o gás. que nós temos e somado a mão de obra que está sendo formada nas universidades e escolas técnicas no momento, não teremos chance de um Brasil para todos? Políticas econômicas mudam da noite para o dia. Mas os recursos naturais não. Ou temos ou não temos. Mão de obra não se forma da noite para o dia. E já estamos formando. Mesmo não sendo economista, dá pra ver que o sistema financeira brasileiro já não está na mão dos bancos privados. A participação dos bancos estatais é grande. Comparem quanto o Santander cobra numa cobrança de boleto (aprox R$ 8,00) em relação a CEF (R$ 0,64 , versão mais simples). Dá pra ver que o Santander ajuda muito o empresariado da Espanha, porque o do Brasil de jeito nenhum.  Não é atoa que o Santander quer que o Aécio assuma o governo.

    O que eu quis dizer é que, apesar de algum momento ruim na economia brasileira, nós estamos nos preparando para crescer. Não será através de medidas econômicas que permitam que determinados setores do empresariado nacional lucrem exorbitantemente que o país irá melhorar. Não haverá nenhuma medida econômica que fará o Brasil conseguir concorrer com a China. Não dá pra concorrer contra o trabalho escravo. Na China, há empresas que se situam dentro de um shopping. Seus trabalhadores dormem em aptos dentro do shopping. Eles comem nos restaurantes do shopping. E as vezes, suicidam-se dentro do shopping. Vc topa viver assim, para que o empresário dono da empresa e dono do shopping possa ter uma vida de milionário? A única maneira de manter a indústria é através de barreiras ou o desenvolvimento da tecnologia nacional. Os produtos podem ser fabricados na China, mas a patente tem que ser nossa.

    Eu estou cansado de previsões do passado. Depois que aconteceu todo mundo já sabia o resultado. O mais engraçado são os economistas do PSDB/DEM. Eles tem a solução para tudo, só esqueceram de implenentá-las quando eram governo.

     

    O Brasil não se resume ao sistema bancário. Olhem para a ciência que esta se desenvolvendo por aqui.

     

     

  28. Gosto de referencia, algum

    Gosto de referencia, algum ponto para poder comparar, sem isso fica dificil chegar a uma verdade factual,como ate agora no mundo não surgiu nem um pais depois de 2008 aonde a economia “nada de braçadas”ou ate que esteja em uma situação confortavel, o que vejo é um mundo aonde a palavra de ordem é: salve-se quem puder,por isso creio que o Brasil tem feito o dever de casa e, com sobras, os contratempos fica por conta do ano eleitoral que gera incertezas e todo mundo poem o pé no freio, ao meu ver mais por conta do Aecio(arrocho,quem depende de salario fica com medo e segura o dindim) passando a eleição tudo volta ao normal pode apostar.

  29. Mais do mesmo

    Sinceramente, já não se trata mais de erros de tombinis ou meireles. Convenhamos que o Banco Central é dependente, amarrado ao denominado mercado (ou Mercado), privatizado. O governo Dilma ganhou uma batalha no início, mas perdeu a guerra. E ai de quem enfrentar o interesse rentista nacional. Longe de mim defender Armínio Gávea. Seria isso ao extremo.

    Sigo votando Dilma (porque sem escolha), mas é impressionante a quantidade de oportunidades perdidas desde 2003. Estamos diante de dilemas e incertezas dignas dos noventa. Por favor, o Brasil avançou o suficiente para evitar esse tipo de coisa. Mas faltaram marcos legais, reformas, coragem. 

    Incluiu-se, mas incluiu-se pelo consumo. Hoje, temos uma parcela cada vez maior da população que se beneficiou da quase sempre acertada política de Lula em diante, mas que se identifica com o ideário liberal, sabe-se lá por quê. Talvez porque a política nunca tenha estado em sua agenda. Ao menos, não explicitamente, já que é bombardeada dioturnamente por tal ideário. O consumo frívolo é liberal por sobrevivência própria.

    O irônico é que tal fenômeno brasileiro faz as pessoas acharem que o melhor para elas é justamente aquilo que mais as prejudica. 

  30. DINHEIRO TEM, FALTAM TOMADORES

    A razão da Selic estar a 11% a.a. é que os bancos estão abarrotados de dinheiro para emprestar e não há demanda por ele. Os clientes já estão altamente comprometidos financeiramente. Não querem nem mais entrar em banco, tal o assédio na oferta de crédito. Como mercadoria em estoque, sem giro, só traz despesa, os bancos exigem remuneração pelo dinheiro parado. Por isso a Selic alta. A flexibilização do depósito compulsório (que é remunerado aos bancos) é para que os bancos baixem suas taxas e emprestem a juros menores, já que é dinheiro em estoque sem remuneração. Uma bela sinuca de bico, num mercado com baixa demanda de crédito.

  31.  
    “A segunda quando deu

     

    “A segunda quando deu início à brilhante (sem ironia) tentativa de trazer a Selic para níveis civilizados, mas piscou e entregou os pontos ao primeiro sinal de refluxo da inflação – ainda que provocado por fatores externos. Aí esqueceu as medidas “prudenciais” e rendeu-se ao que o mercado queria: Selic alta”.

    Até o jornalista da Globo, Sardenberg, concorda, ou melhor, concordava quando o presidente era o FHC, que se a causa é externa não se deve aumentar a selic. É o que ele diz nesse texto (extraído do site dele):

    “(…)Agora, fora do senso comum, tem surgido a proposta de que o BC não deveria nem vender dólares ou títulos para derrubar a taxa de câmbio, nem aumentar juros para segurar a inflação na meta. A idéia básica é a seguinte: o dólar está disparando principalmente por causa da crise argentina, que gera expectativas negativas. Não por coincidência, todas as moedas latino-americanas se desvalorizaram. Mais o real, por causa da proximidade, da crise energética, do enfraquecimento do governo, do debate eleitoral. Mas todos estes fatores e  mais a desaceleração mundial, sem crise argentina, poderiam levar o dólar a R$ 2,20, digamos, o que não seria desastroso. Ora, como o BC brasileiro não vai resolver a crise argentina, o negócio é apertar os cintos e suportar não apenas o dólar alto mas também a inflação fora da meta. Ou seja, não elevar os juros locais e permitir que o país cresça. Argumenta-se que o regime de metas de inflação permite estouro de metas, desde que este seja explicado por motivos alheios à política monetária local. É o caso. Teremos inflação maior não por causa do excesso de consumo, de juros muito baixos ou porque o país esteja crescendo mais do que pode, mas por fatores externos (a desaceleração mundial, a crise argentina e falta de luz). A idéia, em resumo, é trocar um pouco mais de inflação – digamos, algo um pouco acima dos 6%, em razão de fatores externos – por mais crescimento econômico. Não é idéia de maluco, mas, por exemplo, do economista Sérgio Werlang, da FGV, ex-diretor do BC e justamente o autor da política brasileira de metas de inflação. É uma palavra a ser considerada. Muito considerada. (Publicado em O Estado de S.Paulo, 16/07/2001)”.

    O que será que diria a mídia oposicionista se o BC de Tombini mantivesse a Selic baixa e permitisse um pequeno aumento na inflação para obter um crescimento maior do PIB e juros mais decentes? 

    1. Me parece

      mais uma opinião de ocasião. Hoje, o BC teria que preparar bem o couro caso optasse por uma política desse tipo, viria bordoada de todo lado, a começar pelo assinante do do texto.

  32. O social, o liberal e o resto.

    Há um esporte (se assim podemos chamá-lo) dito cabo de guerra. De um lado estão os petistas e coligados, do outro psdbistas e coligados, e no meio estão os brasileiros que desejam um governo decente que até hoje após o regime ditatorial não teve. Para que lado iremos nós que estamos no meio? Somos a maioria e mesmo assim somos puxados de um lado para outro e espigaçados na moenda economica. Se abaixa os juros vem a inflação, se aumenta os juros a inflação para mas o crescimento econômico estagna. Vivemos este dilema há décadas e todos sabemos que só há uma única solução: REFORMAS – Tributária, Trabalhista, Política. Lula se elegeu em 2002 para fazer isso, mas malandramente manteve tudo como dantes no quartel de larápios. Qualquer que seja o governo que vai ganhar as eleições a bucha vai ser enorme. Se continuarmos a financiar o quintal do vizinho com Dilma vamos afundar até nos transformarmos em uma Venezuela. Se Aécio fizer os ajustes econômicos para viabilizar o crescimento vai haver desemprego em massa. Se Eduardo com Marina bloquear o avanço do agronegócio não teremos condições de exportar e vamos ter uma balança comercial sempre deficitária. O fato é que qualquer um que ganhe vai ter de puxar a corda, mas ninguém quer admitir isso em campanha. Todos nos querem. Todos os candidatos estão guardando suas possíveis mudanças na esperança de serem eleitos. Acho que a desastrada copa não lhes ensinou nada. Existem diversos tipos de pessoas no Brasil: Os petistas: mamadores oficiais. Os psdbistas: ex-mamadores oficiais. Os Psbistas: pretensos mamadores oficiais. E o resto divide-se em: marias vai com as outras – revoltados sem causa – alienados – papagaios – anarquistas – oportunistas – muristas – indecisos – decididos não convictos – convictos que nada presta. Dos 142 milhões de votantes temos: 30% petistas – 20% psdbistas – 10% psbistas e 40% do resto. Esconder o jogo será que vai convencer os 40%??? Quem é honesto, decente, de caráter e digno de confiança vai falar a verdade e, mesmo que seja dura, vai ter o apoio dos 40%. Quem terá coragem??? Quem, como dizia Collor, terá o saco roxo para dizer para nós os 40% que o arrocho virá para viabilizar economicamente o país? Até que tudo se defina nas urnas, o negócio é não fazer dívidas, guardar o dinheiro e esperar para que desta nuvem escura jorre água cristalina. 

    1. Sua memória é seletiva..

      A memória seletiva e o moralismo exposto pelo senhor são fatores interessantes ao pintarem um quadro do passado que não foi este, pelo meno ao que os fatos mostram em relação à Reforma Tributária no Governo Lula (leia, se quiser: http://oglobo.globo.com/economia/lula-diz-que-tentou-fazer-reforma-tributaria-defende-atuacao-do-bndes-2962184). Eu, de memória, lembro das diversas tentativas de Lula de encaminhar uma Reforma Tributária, juntando governadores da situação e oposição e esta não saiu por conta da aposta da oposição no fracasso de Lula e por interesses paroquiais de cada estado. A questão principal do país hoje, para além deste moralismo que não soa verdadeiro, é desmontar a dobradinha mídia x mercado que manejam a opinião pública e pressionam autoridades mais fracas moralmente para que cumpram a agenda rentista e de quebra catequizam o moralismo rastaquera daqui que aponta como falha moral do governo fazer o povo sofrer, sendo que muita parte deste povo suporta e endossa políticas conservadoras e rentistas. Afora isso, seu bonapartismo também ressalta a postura meio adolescente em relação à política. Não teremos um salvador da pátria meu senhor..A pátria somos nós , a cada dia, a cada eleição..

    2. Sua memória é seletiva..

      A memória seletiva e o moralismo exposto pelo senhor são fatores interessantes ao pintarem um quadro do passado que não foi este, pelo meno ao que os fatos mostram em relação à Reforma Tributária no Governo Lula (leia, se quiser: http://oglobo.globo.com/economia/lula-diz-que-tentou-fazer-reforma-tributaria-defende-atuacao-do-bndes-2962184). Eu, de memória, lembro das diversas tentativas de Lula de encaminhar uma Reforma Tributária, juntando governadores da situação e oposição e esta não saiu por conta da aposta da oposição no fracasso de Lula e por interesses paroquiais de cada estado. A questão principal do país hoje, para além deste moralismo que não soa verdadeiro, é desmontar a dobradinha mídia x mercado que manejam a opinião pública e pressionam autoridades mais fracas moralmente para que cumpram a agenda rentista e de quebra catequizam o moralismo rastaquera daqui que aponta como falha moral do governo fazer o povo sofrer, sendo que muita parte deste povo suporta e endossa políticas conservadoras e rentistas. Afora isso, seu bonapartismo também ressalta a postura meio adolescente em relação à política. Não teremos um salvador da pátria meu senhor..A pátria somos nós , a cada dia, a cada eleição..

  33. Também vou dar minha opinião

    A recessão não está sendo dada pelo juros, posto que as grandes empresas não tomam empréstimos do BNDES a essas taxas e, além disso, receberam um série de benesses fiscais do governo. A economia está parando porque a perna do consumo não é infinita e o empresariado empacou no “fora Dilma” e na possibilidade da presidenta não se reeleger. Não creio que a Selic tenha freado a economia sozinha, a inflação alta é prova que não freou. O ano eleitoral sim, tem freado a economia. Não existe decisão de investir. Não se tem muito em o que investir devido à invasão de importados e à incapacidade de nosso parque industrial de inovar. Paramos também, embora isso não seja tão significativo, porque estamos sujeitos a déficits comerciais repetidos. A economia só se recupera quando soubermos quem será o futuro(a) presidente(a). O Brasil ainda terá que comer o pão que o Diabo amassou para se equilibrar economicamente. Não será fácil. Quem quer que ganhe as eleições terá de fazer ajustes, que passarão por apertos fiscais e monetários.

  34. Será que o Tombini está em

    Será que o Tombini está em Cláudio?

    Olhando a artilharia pesada do mercado financeiro contra o governo Dilma, acho que há uma ameaça contra o país, provavelmente porque o Tombini pode estar pilotando o avião do Aécio.

    Se fosse Dilma ajustava o cessar-fogo.

     

  35. Composição da carteira de crédito – PF

    Relatório de Estabilidade Financeira-volume 13, no 1–Março 2014(pdf—70pgs)
    Banco Central do Brasil -Publicado na Internet em 20/03/2014

    O saldo da carteira doméstica PF aumentou 8,0% no semestre e 16,3% no ano, alcançando R$1,25 trilhão em dezembro de 2013 (gráfico 2.3.1). Financiamento imobiliário permaneceu como a principal modalidade a determinar o ritmo de crescimento do crédito à pessoa física no ano de 2013, seguido por crédito rural e empréstimos com consignação em folha de pagamento. Já financiamento de veículos continuou em desaceleração, e empréstimos sem consignação, cheque especial e empréstimo rotativo de cartão de crédito apresentaram crescimentos modestos. O financiamento imobiliário(36) respondeu individualmente com a maior participação no crédito total à pessoa físicacom 27,3% de representatividade em dezembro de 2013, e continuou apresentando taxas de crescimento elevadas: a variação foi de 14,4% no semestre e de 33,7% em doze meses. Uma consequência do forte crescimento dos últimos anos é que 77% do estoque de dezembro de 2013 compõem-se de operações concedidas entre 2011 e 2013 (gráfico 2.3.7). A elevada proporção de operações com concessão recente, portanto em início de amortização,
    conjugada à tendência observada de alta mais moderada nos preços dos imóveis, tende a manter o loan-to-value (LTV) médio do estoque por mais tempo em nível próximo ao LTV médio de concessão.(37)

    (36)/Financiamentos imobiliários: todas as operações feitas com recursos
    direcionados a partir dos depósitos de poupança e do FGTS (Fundo de
    Garantia do Tempo de Serviço), destinados à construção e aquisição de
    residências, aquisição de material para construção de residências e demais
    finalidades definidas na regulamentação pertinente. Os financiamentos
    para aquisição de imóveis residenciais respondiam por 95,7% dos
    financiamentos imobiliários em dezembro de 2013, percentual que tem
    se mantido praticamente estável nos últimos dois anos.
    (37)/O LTV refere-se ao percentual financiado em relação ao valor do imóvel.
    É calculado com base nas informações sobre garantias que constam no
    Sistema de Informações de Crédito do BCB (SCR) e levando em conta
    operações concedidas em cada data-base. Os LTV apresentados foram
    ponderados pelo valor da dívida de cada contrato.

  36. O impacto dos juros da Selic

    Creio que o atual patamar dos juros da selic se deve a precipitação e erro de avaliação do copom, que apostou na maior probabilidade da concretização da “tempestade perfeita” como consequência do ajuste na política monetária conduzida pelo FED.

    Apesar do aumento dos juros da Selic provocar um pequeno aumento nos juros dos financiamentos destinados ao consumo, é o suficiente para limitar o crescimento do crédito e do consumo baseado nos financiamentos.

    Além disso, é importante lembrar que as  principais linhas de crédito atualmente, o financiamento de imobiliário, o financiamento de veículos, e o crédito consignado, representam mais de 60% do toal de crédito das PF, e tem as menores taxas do mercado em função das garantias e do menor risco de inadimplência, e justamente nestas linhas de crédito é que o impacto do aumento dos juros da selic é muito maior, já que os juros cobrados nestas linhas são os menores do mercado, em alguns casos o impacto do aumento de juros da selic, de 7,25% para 11%, passa dos 20%.

    O aumento dos juros da selic também afeta o custo de capital de giro das empresas, o custo do desconto da duplicatas, além de aumentar consideravelmente a taxa de retorno dos investimentos, o que provoca um adiamento na decisão dos investimentos para aumento da produção de bens e serviços.

    Creio que o principal impacto do ajuste da política monetária conduzida pelo FED ocorre no mercado de câmbio, melhor seria vender parte das Reservas cambias no mercado à vista, a venda de swaps cambiais,  mas o o copom escolheu uma resposta clássica, que foi o aumento dos juros da selic, mas não estamos em uma situação clássica na economia mundial, e sim em uma situação excepcional, com os juros americanos próximos a zero e diante de uma crise econômica que ocorre a cada 70 ou 100 anos, o que exige respostas únicas, como as encontras por Ben Bernanke e por Janet L. Yellen, e não as respostas clássicas escolhidas pelo BCE de Jean-Claude Trichet .

  37. Composição da carteira de crédito PJ

    Relatório de Estabilidade Financeira-volume 13, no 1–Março 2014(pdf—70pgs)
    Banco Central do Brasil -Publicado na Internet em 20/03/2014

    No mercado bancário doméstico, o estoque de crédito das pessoas jurídicas registrou desaceleração mais acentuada em comparação com o crédito às pessoas físicas, sobretudo a partir de setembro de 2013 (gráfico 2.3.1). Em dezembro de 2013, a carteira atingiu R$1,46 trilhão, alta de 6,6% no semestre e de 13,3% no ano. Com isso, a participação relativa das operações de pessoas jurídicas no crédito doméstico total caiu 0,7 p.p. em doze meses, para 53,9% em dezembro de 2013, ante 54,6% em dezembro de 2012 (tabela 2.3.1).—
    —-Os empréstimos livres a pessoas jurídicas alcançaram R$763,2 bilhões em dezembro de 2013, variação anual de 8,0% e de 4,8% no semestre. A expansão mais moderada é explicada principalmente pela desaceleração na modalidade capital de giro, que representa mais da metade dessa carteira e cresceu apenas 5,9% no ano. Operando com taxas menores e prazos maiores (gráfi co 2.3.16), a carteira de capital de giro dos bancos públicos aumentou 18,3% no ano, ante uma retração de 2,7% nos privados, elevando a participação relativa dos primeiros nessa
    carteira em 4,8 p.p. no período de doze meses, atingindo 45,7% em dezembro de 2013. Porém, mesmo nos bancos públicos, observa-se uma desaceleração no ritmo de crescimento nessa modalidade em 2013 (gráfi co 2.3.17).


  38. Acho que Tomobini é

    Acho que Tomobini é economista.

    Se fosse economista politico, saberia que existiem variaveis não econômicas em jogo, a eleição, por exemplo.

    A campanha tucana consiste basicamente em prever o naufragio do Titanic.

    Como toda a imprensa é tucana, ou tem medo de ser vista como não tucana, o Titanic afundará. De novo. Mesmo já estando no funcdo do mar há quase cem anos e nenhum navio chamado Titanic navegar há muito…

    Tombini entenderá porque Haddad tem pouco mais de um ano de mandato, tem trabalhado, mas amarga rejeição maior que Alckmin que está fechando metade do comercio paulista?

    Tombini entenderá que São Paulo sem água é 10% do PIB indo para o ralo, faça ele o que fizer com a taxa “sei-lá-das quantas”?

    Tomobini, querido, o tal “movimento de manada” numa economia de monopolio de midia, é movimento orquestrado.

    Resolva essa com uma planilha…

  39. SELIC

    Com todo o respeito aos que concordaram acriticamente com algumas das premissas subjacentes à argumentação do Nassif, penso que devem ser considerados outros elementos fundamentais à análise da conjuntura econômica. A SELIC no patamar em que se encontra  não  é reflexo tão somente da inépcia do Presidente do BACEN ou de sua tendência a ceder diante das pressões do mercado financeiro. É reflexo sobretudo da necessidade de financiar o déficit em transações correntes do balanço de pagamentos e de manter a taxa de câmbio ancorando os preços em real das importações e os parâmetros de rentabilidade dos oligopólios transnacionais aqui instalados. Tem muito pouco a ver com o seu efeito sobre o nível do crédito na economia nacional, sobre o custo do dinheiro ou sobre o consumo das famílias. A demanda agregada não está aquecida, não haveria justificativa por esse lado. Logo, não existe a suposta contradição que se indicou entre o teor das medidas relativas ao compulsório dos bancos e a manutenção da SELIC, visto que o propósito de cada uma é distinto. O que não significa, todavia, que esteja concordando com elas.

  40. SELIC

    Com todo o respeito aos que concordaram acriticamente com algumas das premissas subjacentes à argumentação do Nassif, penso que devem ser considerados outros elementos fundamentais à análise da conjuntura econômica. A SELIC no patamar em que se encontra  não  é reflexo tão somente da inépcia do Presidente do BACEN ou de sua tendência a ceder diante das pressões do mercado financeiro. É reflexo sobretudo da necessidade de financiar o déficit em transações correntes do balanço de pagamentos e de manter a taxa de câmbio ancorando os preços em real das importações e os parâmetros de rentabilidade dos oligopólios transnacionais aqui instalados. Tem muito pouco a ver com o seu efeito sobre o nível do crédito na economia nacional, sobre o custo do dinheiro ou sobre o consumo das famílias. A demanda agregada não está aquecida, não haveria justificativa por esse lado. Logo, não existe a suposta contradição que se indicou entre o teor das medidas relativas ao compulsório dos bancos e a manutenção da SELIC, visto que o propósito de cada uma é distinto. O que não significa, todavia, que esteja concordando com elas.

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