Acusação sobre compra de iPads é “risível”, afirma PGR

Por Juliano Basile | Valor

BRASÍLIA – O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, classificou como “risível” a acusação feita pelo senador Fernando Collor (PTB-AL) de que uma licitação feita pelo Ministério Público Federal para a compra de iPads teria sido direcionada. O direcionamento, segundo o senador, estaria no fato de a concorrência pedir tablets e, depois, ter sido feita a aquisição de iPads.

“Isso chega a ser risível”, disse Gurgel. “O Ministério Público não fez licitação para adquirir tablets e, na licitação de tablets, dirigiu para iPads. O que o MPF fez foi uma licitação para iPads, especificamente para a marca, sem qualquer direcionamento, como aliás, já fizeram diversos órgãos do governo”, completou.

“Se nós tivéssemos feito uma licitação para tablets e dirigido para iPads, aí poderia dizer que estávamos agindo de forma incorreta. Mas não. Nós fizemos a licitação para adquirir iPads, com todas as letras”, continuou Gurgel.

Para o procurador-geral, o que pode estar acontecendo é uma retaliação à atuação do MPF, que, entre outras coisas, conseguiu a condenação de 25 entre 37 réus do mensalão. “Essa é uma possibilidade”, afirmou.

Collor tem questionado a atuação do procurador-geral desde o início de 2012, durante a CPI do Cachoeira, em que acusou Gurgel de não levar adiante investigações que supostamente envolviam o ex-senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) com o contraventor Carlinhos Cachoeira.

Gurgel sempre negou essas acusações, informando que abriu investigação contra Demóstenes no momento em que tinha elementos de prova e indícios suficientes para fazê-lo.

(Juliano Basile | Valor)

Luis Nassif

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