Bolsonaro e Salvini têm “operações mais sofisticadas na política hoje”, diz Bannon

Steve Bannon diz ao El País que não recebeu nenhum centavo pela ajuda que fornece a Jair Bolsonaro desde julho de 2018. Segundo estrategista da extrema-direita, Bolsonaro e Salvini são as melhores expressões do populismo atualmente

Jornal GGN – Em entrevista divulgada pelo El País Brasil nesta terça (26), o estrategista mundial da extrema-direita Steve Bannon diz que ajuda Jair Bolsonaro desde julho de 2018, sem ter recebido dinheiro para oferecer os conselhos que teriam levado o brasileiro à vitória em outubro.

Segundo Bannon, quando Bolsonaro estava com 15% das intenções de voto, ele disse ao capitão reformado que a sua mensagem populista era “tão poderosa que se continuasse a confiar nela, mesmo que a imprensa dissesse que era o diabo, ele venceria.”

Na entrevista, Bannon disse ainda que Bolsonaro e o vice-primeiro-ministro da Itália, Matteo Salvini, são “os melhores representantes do movimento nacional-populista” atualmente e têm “duas das operações mais sofisticadas na política hoje”. “Bolsonaro ganhou com uma campanha que custou 750.000 dólares (cerca de 2,9 milhões de reais). E Salvini com quatro ou cinco milhões de euros e muito Facebook Live. Esses caras têm a capacidade de transformar a política em um estilo de vida aspiracional”, argumentou.

“Veja, ele [Bolsonaro] e Salvini estão muito próximos. Falam de lei e ordem em seus países. Ele está um pouco mais focado na economia. São pessoas dinâmicas. Mais do que Trump, ele e Salvini defendem a ideia de um Ocidente judaico-cristão. E é algo que também está próximo do Vox [partido populista espanhol]: família tradicional, estrutura da sociedade, guerra contra o marxismo cultural… Lembre-se que esse movimento é populista, nacionalista e tradicionalista. E Bolsonaro e Salvini são seus melhores representantes.”

Leia a entrevista completa aqui.

Redação

1 Comentário

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  1. Lambendo as crias…
    Que orgulho pra este estrategista poder afirmar-se como co-autor de vitórias tão inusitadas. Só penso que ele está longe de ser mais um lobo solitário a fabricar genocídios por puro prazer. Ao encher a bola destes falastrões – e sem citar Donald Trump – arremata ainda mais a subserviência dos idiotas deslumbrados que ele colocou a serviço do Império. Sua obra prima seria, então, nem Bolsonaro, nem Salvini e nem Trump e sim, a manutenção e sustentabilidade do governo trompista às custas de seus cachorrinhos mais sarnentos. Com a entrega dos patrimônios nacionais pelas mãos de seus vermes abjetos, Banon vai erigindo as muralhas que protegerão Donald Trump de si próprio e garantindo assim, uma reeleição baseada em resultados economicamente favoráveis aos EUA. Um golpe de mestre que, de forma indigesta, nos leva a admitir que começou a partir das fraquezas observadas nos governos de esquerda que precederam o avanço fascista.

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