Antes de deixar a presidência da República, Jair Bolsonaro (PL) teria participado de um telefonema para tratar sobre um ofício, que seria usado para resgatar o conjunto de joias sauditas de R$ 16,5 milhões apreendido pela Receita Federal no final de 2021.
O relato foi dado pelo ex-chefe do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência da República, Marcelo da Silva Vieira, à Polícia Federal.
Segundo apuração do Blog da Andreia Sadi, no G1, Vieira afirmou em depoimento que, em dezembro de 2022, o ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, pediu para ele assinar um ofício que seria enviado à Receita para solicitar incorporação dos bens apreendidos.
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Cid enviou ofício para Vieira em 27 de dezembro, às vésperas de Bolsonaro deixar o governo. Contudo, Vieira se negou a assinar o documento.
Em meio a negativa, Vieira e Cid se falaram por meio de ligação telefônica para tratar sobre o assunto. O ex-chefe de gabinete, no entanto, disse à PF não se lembrar quem fez a ligação.
Durante o contato, “Mauro Cid colocou a ligação no modo viva-voz e pediu ao declarante para que explicasse ao Presidente da República essa situação e por que não poderia assinar [o ofício].”
Vieira afirmou, então, que deu explicações técnicas sobre a impossibilidade e que Bolsonaro disse “ok, obrigado”.
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