Com menos casos que o Brasil, Chile adota quarentena em regiões críticas

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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O Chile passou a ser o segundo país da América Latina com mais casos de coronavírus, amanhecendo na data de hoje com 1.306 confirmações do Covid-19

Chile passa a ser o segundo país da América Latina com mais casos do coronavírus – Foto: AFP

Jornal GGN – Após as pressões de bairros de Santiago, no Chile, com o aumento dos casos de coronavírus no país, o governo decidiu ceder e determinar a quarentena obrigatória para 7 bairros da capital que concentram os casos detectados até agora. A medida valerá a partir das 22h desta quinta (26), por um tempo inicial de 7 dias corridos.

O Chile passou a ser o segundo país da América Latina com mais casos de coronavírus, amanhecendo na data de hoje com 1.306 confirmações do Covid-19, números que superam os 1.211 do Equador e que ficam atrás somente do Brasil, com 2.567 casos. O país de somente 17 milhões de habitantes teve, até agora, 4 mortes registradas por consequências do novo coronavírus.

A medida era uma cobrança desde a última semana pelos prefeitos das Municipalidades, que são os bairros da cidade, que já vinham impondo medidas de estímulos para os vizinhos cumprirem trabalhos remotos, o fechamento de escolas e de atividades públicas.

Na tarde desta quarta-feira (25), o general Carlos Ricotti, chefe da Defesa Nacional na Região Metropolitana, reuniu-se com os ministros da Saúde e Defesa do governo de Sebastián piñera, e à noite, comunicaram a medida sanitária para evitar a propagação na capital do país, pelo menos desde os bairros com a maior concentração de casos até o momento.

Entram para a medida sete municipalidades da região oriente da capital: Ñuñoa, Providencia, Independência, Santiago, Lo Barnechea, Las Contagens e Vitacura, que abarcam, juntas, mais de 1,340 milhões de habitantes.

A partir das 22h, horário que também se inicia o toque de recolher que já havia sido decretado na cidade, a população deverá permanecer em suas casas por um prazo de 7 dias iniciais, que podem ser prorrogados, caso se verifique a necessidade.

Estão liberados da medida trabalhadores que comprovem necessitar continuar cumprindo suas funções, como os da área de saúde. Para ter acesso a serviços básicos necessários, como comida e medicamentos, o cidadão precisará carregar uma permissão para circular, obtido no Registro Civil, que deverá ser solicitado para cada um dos casos específicos e que terá vigência de poucas horas.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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