Bolsonaro convida para o 7 de setembro empresários investigados por preferirem golpe a Lula

Johnny Negreiros
Estudante de Jornalismo na ESPM. Estagiário desde abril de 2022.
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Para o presidente, eles são "pessoas honradas"

Foto: Isac Nóbrega/PR

Jair Bolsonaro convidou os oito empresários investigados pela Polícia Federal por manterem conversas privadas de tom golpista para as manifestações deste 7 de setembro. Segundo o presidente, são “pessoas honradas” e as ações dos agentes foram “covardia”.

A informação foi divulgada primeiramente pelo jornalista Lauro Jardim, de O Globo.

Eles são: Afrânio Barreira (Coco Bambu), Ivan Wrobel (W3 Engenharia), José Isaac Peres (Multiplan), José Koury (Barra World Shopping), Luciano Hang (Havan), Luiz André Tissot (Sierra Móveis), Marco Aurélio Raymundo (Mormaii) e Meyer Joseph Nigri (Tecnisa).

Eu convidei os oito empresários para estarem comigo amanhã, aqui no 7 de Setembro. Se não for possível, que vão no Rio de Janeiro. Convidei. São pessoas honradas. Duas têm contato comigo.

disse Bolsonaro em sabatina na Jovem Pan

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Investigações

O grupo foi alvo de busca, apreensão e teve contas bancárias bloqueadas a duas semanas. A PF agiu a pedido de Alexandre de Moraes, ministro do STF.

Os empresários disseram em conversas de WhatsApp que preferiam um golpe de Estado com Bolsonaro no poder a uma vitória de Lula nas eleições de outubro. Os diálogos foram obtidos pelo jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles.

Moraes justificou a medida argumentando que os empreendedores têm grande poder financeiro e de influência.

Bolsonaro minimizou as mensagens e criticou a reportagem de Amado.

Uma covardia que fizeram com os oito empresários. Uma notinha do jornal Metrópoles, com emojis ali, se bloqueia conta, se faz busca e apreensão na casa de oito empresários. Qual o problema, em uma reunião de amigos, o cara falar o que vier na cabeça dele? Se a gente pega uma conversa nossa, de homem, em um canto, depois de um futebol, tomando uma tubaína, o que sai de besteira entre nós…

afirmou o presidente à rádio

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Johnny Negreiros

Estudante de Jornalismo na ESPM. Estagiário desde abril de 2022.

4 Comentários

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  1. …”conversa depois do futebol”…
    Esse cara vive em Netuno (já que rebaixara Plutão…). Tem um neurônio só, com mau contato!…
    Quer dizer que qualquer conversa vale: um papo sobre pedofilia, planejamento de roubo a banco, como despachar drogas pra Europa … ou um golpe de estado, que é muito mais grave, seria “qualquer papo’…
    O fato é que se um sujeito estiver na praia distribuindo balas discretamente nenhuma autoridade pode ir lá verificar se é bala mesmo?
    Vemos juristas de todos os naipes falando de abusos, que não há provas nas conversas, etc.
    Sim. O que existe são indícios a serem INVESTIGADOS!
    Ninguém prendeu ninguém, fez coercitivas (como com Lula), acusou ou indiciou ninguém. Os “juristeiros” falam como se os empresários tivessem sido indiciados, processados e condenados.
    Convenhamos: faltando cerca de um mês das eleições, com ameaças de tumulto em 7 de setembro (virou bozo day?), empresários com muita bala na agulha, alguns com relações diretas e subterrâneas com o presidente e com o PGR, flagrados falando sobre golpes como uma mera opção, não merecem ser INVESTIGADOS? (Até parte da imprensa cai nessa “indignação” por que? rabo preso?).
    Se nada houver, fim de investigação ou inquérito. Volta tudo como dantes. Mas PODE haver, então deve-se INVESTIGAR.
    Ora, desde (pelo menos) a lava-jato que a justiça e a política passaram a ser vistas como uma coisa só, juntas e misturadas.
    E evidentemente, não são.

  2. Significa 02 pontos a menos nas pesquisas>Desse jeito o sapo barbudo nem precisa fazer campanha para fechar a tampa do caixão no primeiro turno

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