Em nome da gestão esqueceu-se a política

Comentário ao post “O risco da desmoralização da política e dos políticos

Em nome da gestão esqueceu-se a política; atenção isso ocorreu em todo o mundo e faz parte de um paradigma muito bem elaborado pelo capital, principalmente a partir de Reagan e Thatcher.

A gestão, no âmbito público, deveria ser o instrumento para maximizar a formulação da política. O que vemos, na atualidade, é a política sendo utilizada como instrumento para maximizar a gestão.

Em nome da gestão, o governos privatizaram quase todos os serviços de caráter público, o mundo aceitou a “máxima” de Estado mastodonte e ineficiente e empresas públicas foram desmontadas e sucateadas para justificar as suas privatizações.

Os políticos passaram a ser representantes dos interesses dos entes privados.

O objetivo dos formuladores deste novo modelo foi reduzir os governos centrais e transferir para o particular funções de Estado, e neste sentido a própria “gestão” dentro dos governos deixa de priorizar serviços essenciais de natureza pública, e com o lema crescer, crescer, crescer passa a cuidar com exclusividade das condições que possam favorecer o desempenho das indústrias e do agronegócio, o dinheiro público deixa de ser utilizado para investimentos dos chamados serviços públicos essenciais e é direcionado para o setor privado.

Trata-se do festejado “crescimento” que nos moldes atuais aprofundou desigualdades, aumentou as dificuldades no acesso à educação, saúde e transportes públicos e criaram precárias condições de vida para a  população, exceto para aqueles que podem pagar pelos caríssimos serviços particulares médico-hospitalar e escolas particulares.

A história terá que se reformular, mudanças cosméticas não funcionarão.

Luis Nassif

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