Nem mesmo o senador Flavio Bolsonaro (PL) conseguiu tirar Flavio Dino, atual ministro da Justiça e indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF), de seu posicionamento mais moderado em relação a outras ocasiões em que esteve entre parlamentares.
Durante a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Flávio Bolsonaro afirmou que Dino estava sendo julgado pela trajetória política, e não por sua experiência no Judiciário.
“Obviamente, o que fica na memória de todos os parlamentares, em especial dos senadores, a imagem que fica são (sic) dos seus 11 meses como ministro da Justiça, em tom belicoso, às vezes em tom de deboche quando esteve aqui nesta casa”, disse o senador.
Além disso, Zero-1 aproveitou a oportunidade para incensar o mandato do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmando que Dino já o chamou de “serial killer, genocida no contexto de combate à pandemia, uma doença nova que pegou todo mundo de surpresa (…)”, afirmou o senador, ressaltando que “não faltou vacina para ninguém que quis se vacinar nesse país”.
O senador também fez uma referência à hidroxicloroquina: afirmando que o remédio “que é proibido que se diga o nome, a ciência diz que ele é até mais eficaz do que algumas vacinas”.
O filho 01 de Bolsonaro ainda fez menções ao controle das mídias sociais, afirmando que a forma como Dino defende a questão “assusta quem ganha o pão de divulgar conteúdos nas redes sociais”, lembrando que vários blogueiros estão “por decisão monocrática sem ter o seu ganha pão”.
Flávio ainda tentou fazer menção à urna eletrônica, afirmando que Bolsonaro “sempre defendeu que houvesse mais segurança” e que, se a PEC pedindo comprovante impresso ao lado da urna eletrônica tivesse sido aprovada “não teria tido 08 de janeiro, não teria tido questionamento”.
O senador pediu ainda a opinião do indicado sobre controle da mídia, uso político da Polícia Federal e a futura relação dele, como possível ministro do STF, com os parlamentares.
Em resposta, Dino disse que os inquéritos que enviou à PF foram embasados em fatos. Ele também reafirmou que, como ministro do Supremo, não terá atuação política.
Em relação ao controle de mídia, Dino disse que é importante “todos medirem as palavras”, para que a liberdade não justifique a prática de um algum crime, ressaltando que “a regulação é importante para a prevenção de atos criminosos”.
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