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Por ROGERIO FARIA
A imprensa, ao invés de ser apenas um dos instrumentos para o exercício democrático, tornou-se a maior inimiga da democracia. Ela tem na desvalorização da política a sua estratégia de poder, colocando-se como a panaceia para os males sociais. A solução passa por aceitar essa como mais uma atividade comercial, sujeita a regras e limites, como qualquer cidadão, empresa e relação entre ambos.
A Coca-Cola, quando identificou no estilo de vida saudável seu inimigo, associou sua imagem a ele, pondo-se como aliado intrínseco, até crucial. Da mesma forma as famílias empresárias donas dos meios de comunicação fizeram ao vincular sua imagem à democracia, a maior adversária ao seu poder.
Para vender sua imagem de paladina democrática, ela apregoa a desordem, o descalabro, e se arvora como único antídoto. Ela cria inimigos que supostamente só ela pode combater. Daí o papel despolitizador da imprensa. A censura imposta pelos donos dos meios de comunicações retira das manchetes qualquer avanço democrático, qualquer aspecto positivo do debate político, qualquer valorização da participação democrática. Assim, deixamos de confiar em nós mesmos como agentes de mudança, delegando esse poder ao Jornal Nacional.
Como qualquer atividade humana, ela deve ser regrada obedecer às leis e servir à democracia. Tratemos ela como atividade comercial dentro de uma sociedade capitalista. É essa a visão dos donos, disputando mercado com a política, instrumento social de transformação. Leis devem surgir que permitam ao povo conduzir a imprensa, que os múltiplos pontos de vista tenham o mesmo peso nos jornais. Deve se por fim aos monopólios midiáticos, à concentração ideológica. A tarefa não é fácil, pois a imprensa, com seu poder de fogo, vai gritar, espernear e morder, mas nossa democracia precisa avançar.
“Tem que ser possível equilibrar liberdade de expressão com responsabilidade social e moral.” David Puttnam
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Belo texto, um ótimo contraponto
aos lixos que estão aparecendo no blog nesses tempos de eleição. Alias esses lixos são um CTRL-C/CTRL-V dos textos lixos matrizes que aparecem na tal mídia “brasileira”.
Se a pauta das mídias
Se a pauta das mídias tradicionais é o esvaziamento da política, eles já perderam essa batalha. Queiramos ou não, concordemos ou não, gostemos ou não, nunca se discutiu tanto sobre polítca como nestes tempos internéticos tupiniquins.
Perfeito. Não existe a menor
Perfeito. Não existe a menor dúvida. A grande imprensa brasileira é, e sempre foi, anti-democrática. Ela mantém sua campanha de criminalização da política, desde que nasceu até hoje. Isso enquanto dissimula que ela mesma não faz política.
Repito, a imprensa brasileira é a pior e mais totalitária nas grandes democracias. O que faz o Brasil não ser tão democrático assim. Detalhe: Antes era só anti-democrática. hoje é também de péssima qualidade. Basta comparar Merval com Lacerda