Procuradoria investigará policiais que interromperam reunião que planejava ato contra Bolsonaro

Agentes da Polícia Rodoviária Federal perguntaram quais eram as organizações envolvidas na reunião contra Bolsonaro dizendo que agiam a mando do Exército, que nega

Jornal GGN – O Ministério Público Federal (MPF) investigará os três policiais que, armados, invadiram uma reunião de movimentos sociais que planejavam a realização de um ato contra o presidente Jair Bolsonaro, em Manaus.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, o historiador Yann Evanovick, coordenador da Frente Brasil Popular, que estava na reunião e foi questionado pelos policiais, disse que “o MPF instaurou investigação para apurar o caso” e, ainda, que a “Defensoria Pública do Amazonas também está auxiliando”.

A ato aconteceu na terça-feira (23), à noite, quando três agentes da Polícia Rodoviária Federal, portando armas longas, entraram na sede do Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas), onde a reunião acontecia para articular os protestos, que de fato ocorreram nesta quinta-feira (25), por ocasião da visita de Bolsonaro.

Também em entrevista à Folha, a presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues, contou que, em toda a história do movimento sindical no Estado, “em que um presidente visita o estado”, foi “a primeira vez que agentes federais” interromperam uma reunião.

A professora disse ainda que os policiais perguntaram quem eram os líderes do protesto e os organizadores envolvidos e que eles estavam agindo por ordem do Exército.

Em nota enviada à reportagem da Folha, o Comando Militar da Amazônia (CMA) negou a ordem dizendo que a informação dos três policiais rodoviários é “infundada” e ainda “que desconhece a realização da suposta reunião, bem como não reconhece qualquer ordem oriunda de suas unidades para tal”.

A instituição disse também que “Exército atua com base nos princípios da legalidade, estabilidade e legitimidade”.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), se manifestou em apoio aos organizadores do protesto, escrevendo em nota:

“Não toleraremos atos de intimidação política e ações que transgridam o nosso Estado democrático de direito, conquistado a duras penas com a luta e até com a vida de tantos brasileiros e brasileiras, que tombaram por exigir dignidade há mais de 30 anos”.

A Folha diz que procurou o Ministério da Justiça e a Polícia Rodoviária Federal para comentarem sobre o assunto, mas não teve respostas.

Assista a seguir um vídeo, gravado por câmeras de segurança do Sinteam, mostrando o momento em que os policiais entraram no prédio.

https://www.youtube.com/watch?v=JpkEHyeoyMo

Redação

13 Comentários

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  1. o ministério público federal (cheio de truta do conje), vai investigar a ação de agentes da policia rodoviária federal (não sei se faz parte da PF, mas deve estar infestada de trutas do conje), que é subordinada ao conje?

    Já sei a conclusão do inquérito: culpa do Lula, que utilizou seus poderes extra sensoriais para organizar aquela reunião de comunistas

    A extrema direita nos transformou num país de merda, um pano onde os EUA limpam o forévis

  2. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK…

    LOGO POLICIA RODOVIARIA!!!!!!

    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK…

    NAO TINHA NINGUEM MAIS MORTO DE FOME NO BRASIL NAO??????

  3. Três “instrumentos” de governabilidade…
    é o terrorismo de estado que dá o ar de sua graça para intimidar e manipular a população de acordo com os interesses do governante da vez que foi destacado em seu histórico como terrorista

    já tivemos a Globo (notícias sob encomenda); já tivemos falsos hackers, porque comprados pela família;
    e agora isso

    1. pois é…
      se continuar nessa de fazerem tudo em nome do exército, poderemos ficar com milhares de clones de Bolsonaro espalhados pelo Brasil que, pelo comportamento destrambelhado, não foram produzidos em laboratório, mas sim cagados pelo próprio

  4. Quando da edição do AI5 em 1969, que radicalizou a repressão no país, Um dos seus autores comentou que o problema não era o cumprimento da lei pelo delegado de plantão. O problema era o guarda da esquina que poderia se achar com direito e autoridade para baixar o porrete, foi o que aconteceu lá atrás e está acontecendo agora. Qualquer guardinha de esquina se acha no direito de invadir sindicato, reunião da SBPC, por que temos um presidente facista no comando do país e qualquer reunião reivindicatória é logo carimbada de comunista e les usam o nome das FAs, PF, E Moro para baixar o cacete.

  5. A Polícia Rodoviária Federal NÃO FAZ PARTE DA POLÍCIA FEDERAL. São instituições distintas. Pior, a PRF é polícia administrativa, com a incumbência de fiscalizar rodovias, NÃO TEM ATRIBUIÇÃO INVESTIGATIVA. Trata-se de ato ilegal, gravíssimo, que constitui não apenas infrações disciplinares, como tem repercussão criminal. É preciso que se apure com rigor essa barbaridade.

  6. Como não rir…
    “Exército atua com base nos princípios da legalidade, estabilidade e legitimidade”
    Foi pior do que Damares e aquele outro da educação.
    Não é brincadeira. Meusdeuses.

  7. A área de atuação da Polícia Rodoviária Federal é exclusivamente nas rodovias federais. Eles não podem atuar fora disso. Não podem atuar numa rua de Manaus que não tem rodovia federal sobreposta.

  8. Essa PRF adquiriu respeito, salários dignos e condições de trabalgo a partir do governo Lula. Antes era conhecidos como “comedores de bola”. Eles e a PF somente foram valorizados pós 2002. Mas transformaram-se em golpistas.

  9. A PRF é um órgão do Ministério da Justiça, e não há no elenco de suas atribuições constitucionais investigação de natureza diversa, que não seja no âmbito das rodovias federais. Os policiais praticaram portanto diversos crimes; mais o mais grave deve ser o crime político, o uso de cargo público para fins políticos-partidários. Devem ter aprendido com o chefe deles que é o ministro e ex-juiz Sérgio Moro.

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