PSTU, a autodefesa dos movimentos sociais e os Black Blocs

Sugerido por André LB

Do PSTU

A necessidade da autodefesa dos movimentos sociais

Jean de Saline

Uma das polêmicas surgida entre os ativistas das passeatas de junho e das mobilizações que se seguiram foi sobre a violência da polícia e de como combatê-la.

É um fato que existe uma maior polarização da luta de classes.  O país não é o mesmo desde os protestos. Muitos trabalhadores e jovens que nunca participaram de mobilizações vieram para as ruas. Lutaram e gostaram, porque aprenderam que  “é possível lutar, é possível vencer”. Depois de junho, essa mudança na consciência continuou a se manifestar nas inúmeras mobilizações populares, sindicais e estudantis ocorridas.

Hoje, o que era “normal” se tornou intolerável. Os trens sempre quebraram, mas agora tem quebra-quebra quando um deles para no meio da viagem. A juventude negra sempre foi morta nos bairros da periferia. No entanto, recentemente, houve um levante popular após o jovem Douglas ser assassinado pela PM em São Paulo. O leilão de Libra provocou uma greve nacional dos petroleiros.  Como a situação concreta dos trabalhadores e do povo em geral só tende a piorar, é possível prever uma polarização crescente da luta.

Repressão vai aumentar

Os governos vão apostar nas eleições para desmobilizar as mobilizações, apontando uma falsa saída. Por outro lado, vão utilizar todas as formas possíveis de repressão para evitar que a Copa de 2014 seja questionada por mobilizações gigantescas, como ocorreu na Copa das Confederações.

A justiça está buscando criminalizar os movimentos sociais, com leis dos tempos da ditadura, e cria novas leis ainda piores. A polícia reprime duramente toda vez que pode. A greve dos professores no Rio mostrou uma repressão violenta contra os trabalhadores. A ilegalidade da ação da polícia é impressionante. Passam por cima do direito constitucional de greve.

A ordem dos governos (começando por Dilma) é tentar intimidar os movimentos sociais para evitar as mobilizações durante a Copa. A mesma postura pode-se observar com a ação da polícia nos bairros pobres e negros. Dá para se observar uma postura policial ainda mais dura. Vão querer impor o terror nesses bairros para “evitar problemas” durante a Copa.

O direito de autodefesa
E o movimento, o que pode fazer frente a isso? Não pode ser que a violência policial decida a sorte do país. A ditadura militar, cujo aniversário de 50 anos se completa em março de 2014, caiu há três décadas.

Dizem que o gigante acordou em junho. Não pode ser que cassetetes, gás lacrimogêneo e balas de borracha o façam dormir de novo. Os trabalhadores têm o direito de fazer greve. Os estudantes de ocupar as ruas. O povo de exigir saúde, educação e transporte público decentes. Não pode ser que o PT – que sofreu essa mesma repressão nas greves da década de 1980 – agora queira acabar com as mobilizações na porrada.

Os movimentos sociais têm o direito de se defender contra a violência policial. A autodefesa do movimento é uma tarefa que deve ser assumido por trabalhadores em greve, por ocupações de terras e pelas mobilizações estudantis.

Um exemplo a ser seguido
O exemplo da ocupação William Rosa é importante. As 3.900 famílias que ocuparam um terreno em Contagem, em Minas Gerais, foram brutalmente reprimidas no dia 1° de novembro pelo 18º batalhão da PM. Segundo o Frei Gilvander Moreira, da Comissão Pastoral da Terra, a polícia jogou bombas no meio das barracas, atiraram com balas de verdade e lançaram gás lacrimogêneo de helicópteros. A ocupação não se amedrontou e se manteve.

Depois disso, os ocupantes se organizaram para resistir à polícia. Conseguiram montar seus escudos e sua defesa com materiais conseguidos ali mesmo. Querem que a polícia saiba que será mais difícil bater em gente desprevenida. Esse povo tem o que defender: seu direito de lutar pela moradia, sua esperança de conseguir escapar do aluguel.

Autodefesa do movimento ou ‘tática Black Bloc’?
O exemplo da autodefesa da ocupação Williams Rosa deve ser conhecido por todos os ativistas das greves, passeatas e ocupações do país. A luta militar coletiva dos moradores da ocupação é uma extensão da luta popular. É necessário estender essa prática para os outros setores.

Os Black Blocs surgiram durante as passeatas de junho. De certa maneira são uma expressão da radicalização do movimento. Expressam uma enorme indignação com a polícia e com as grandes empresas. Alguns vêm da classe média, outros dos bairros pobres e assistiram a polícia matar outros jovens. Assim, é fácil entender como conseguem ter popularidade em setores da juventude.

É fácil entender, mas é necessário discutir se essas ações ajudam ou atrapalham as mobilizações. A nosso ver atrapalham.

Para os Black Blocs as mobilizações devem terminar em quebradeira para mostrar que são contra os bancos e empresas. No entanto, isso afasta os trabalhadores das manifestações. O resultado é que a luta coletiva contra essas empresas se enfraquece.

Da mesma forma, para os Black Blocs, a decisão sobre como e onde enfrentar a polícia não é dos trabalhadores em greve ou dos ocupantes de um terreno, como a Wiliiam Rosa. Para eles, um Black Bloc tem o direito de iniciar um conflito com a PM sem que isso tenha sido decidido pelo movimento. Mais precisamente as passeatas devem sempre terminar em confronto com a polícia, independente da relação de forças concreta e oportunidade política.

Isso significa que a luta militar, a defesa do movimento não é uma extensão da luta sindical, popular ou estudantil, que deve ser assumida pelos movimentos sociais. É uma atividade em si, descolada de tudo, que pode ser decidida pela cabeça de cada um deles na hora em que queiram.    

O resultado, em geral é a precipitação de derrotas. A ação dos Black Blocs facilita a reação da polícia que encontra o movimento despreparado. As passeatas são dissolvidas e terminam de forma prematura. Para o movimento, o resultado é desastroso. Para os Black Blocs muitas vezes não.

Os Black Blocs se auto-intitulam os “defensores do movimento”. Mas ninguém lhes concedeu, ou votou essa tarefa. Assumem muitas vezes a linha de frente das passeatas, tentando impor sua política e sua metodologia. Isso não tem nada de democrático, menos, muito menos “horizontal”. Na verdade é uma postura antidemocrática, burocrática perante os movimentos.

Por esses motivos é importante que os movimentos sociais assumam sua própria autodefesa, a exemplo da Ocupação William Rosa. 

Publicado originalmente no Opinião Socialista 473

Redação

32 Comentários

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  1. Vou postar aqui a mesma coisa

    Vou postar aqui a mesma coisa que postei no Azenha.O PSTU alimentou esse monstrengo americanizado chamado black block. Agora querem segurar a fera. É muito cinismo. Manifestante que usa mascara e ataca tudo e todos indiscriminadamente, não passa de um terrorista, moleque, irresponsável e babaca. Se um dia pensei em participar de alguma manifestação de rua, nos tempos de hoje, prefiro ficar em casa do que me misturar com essa canalha. E digo o impensável: todo apoio a POLICIA.Se um mascarado desse encostar no meu carrinho de professora,meu Uno Vivace, que eu uso para trabalhar todos os dias, e que ainda estou pagando, eu juro que passo por cima desse verme. Legitima defesa da minha honra e do meu patrimônio suado.

  2. Preguiça

    As manifestações que vemos hoje são reflexo da preguiça secular e falta total de visão de nossas lideranças para com os anseios da população. Nada se fez, independente de legenda, para que o país tivesse um plano desenvolvimentista que coloca-se o Brasil entre os países líderes mundiais. Condições temos, com certeza. Agora, aguenta. A atual acéfala oposição se esbalda, como se não tivesse culpa nenhuma no cartório.

  3. Não à terceirização da violência!

    Não sei se entendi muito bem o que o Sr. Jean de Saline quis dizer com esse texto.

    Eu vejo o contrário: Eles acham justo que as manifestações com 3.000 pessoas possam fechar tantos cruzamentos quantos for possível fechar nas cidades, para causar um caos que interfira na vida de milhões imaginando ser seus representantes e não relatar às autoridades (tem uma lei sobre isso, não tem?!) onde vão se concentrar e ali se manter. Acham justo quebrar tudo sem que ninguém possa ser responsabilizado por isso.

    É isso que significa a defendida “horizontalidade”. É só um jeito de ninguém poder ser responsabilizado pelas conseqüências de suas manifestações.

    Quantas pessoas foram processadas e responsabilizadas por tudo que se destruiu?

    Não sei a idade dele. Eu tenho 48. Eu apanhei da polícia sem nem me manifestar, porque se fizesse manifestação, sabe-se lá o que aconteceria. A gente fazia manifestação “escondida”. Vendia broche e adesivo para ajudar exilado e essas coisas. Ele fez isso?!

    Se ele quer saber, eu acho que é direito deles se manifestarem, e se quiserem, até quebrar tudo. Só que não acho que eles não devam enfrentar a reação da polícia.

    Beleza se quebrarem a casa da mãe dele? Ou alí não pode?

    E a sede do PSTU, como eles fizeram em junho com uma sede do PT, é democrático ou eles vão acusar alguém de tentar intdimidá-los?

    E ele falou em luta militar? É isso?!

    Quer dizer que em uma democracia, as manifestações devem ser realizadas por milicianos que enfrentem as forças de coerção do Estado que reagem quando eles fazem baderna e promovem quebradeira “em nome dos oprimidos”, ou eles deveriam estar se manifestando pela desmilitarização da Polícia?

    E estão fazendo uma reflexão sobre um Estado sem poder de repressão? Seria essa a melhor saída mesmo?

    Ou o meio termo de se manifestar conforme estabelecido seria melhor para todos, inclusive para suas causas?

    Nem vou falar o nome de quem falou, porque vão dizer que é piegas, mas “A violência gera a violência e a não violência gera a não violência.”

    A resistência pacífica em um país dominado pela força e não numa democracia.

    É isso que esperam que eu entenda e aceite?

    Desculpem.

    Quer quebrar quebra. Quer montar milícia, monta. Quer atrasar o lado de milhões que voltam do trabalho pra casa, que façam.

    Mas enfrentem as conseqüências de se viver numa sociedade em que nem todos os que eles imaginam estar defendendo, concordam.

    Abraços!

  4. O pstu é especialista em violência

    Em se tratando de violência, o pstu conhece bem do assunto. O partido é especialista em atacar os adversários.

    Esse partido pstu, que tem por obstinação atacar o PT e o governo de Dilma, usa do mesmo expediente da violência para atingir seus objetivos. Esse partido controla o sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos há mais de 16 anos. Durante todo esse tempo sempre utilizou-se da violência contra os próprios trabalhadores nos portões das fábricas quando decretavam greve.
    Esse mesmo partido recrutava dezenas de moradores do famoso “Pinheirinho” para serem seus “soldados”, conhecidos como “bate-paus”, em suas manifestações e em suas assembléias nas portas de fábricas. Armados de porretes e bandeiras batiam nos trabalhadores que não aceitavam parar em suas assembléias.
    Então, esse partido (pstu) não tem nenhuma moral para criticar os outros.

     

     

     

  5. A irresponsabilidade desses

    A irresponsabilidade desses partidos, que são contra tudo e contra todos, é que criou esses mostrengos com nomes norteamericanos. Nosso jovens são ANALFABETOS POLÍTICOS, estúpidos seguidores e adoradores de mafiosos que destroçaram suas chances de algo positivo. Peguntem a eles o que sabem sobre a HISTÓRIA DO SEU PAÍS? NADA. São seguidores do virtual, não da realidade. São APENAS GRANDES CONSUMIDORES TELEGUIADOS. Então, esses partidos que tem a  “ideologia” de ser contra tudo e contra todos, estão “ajudando” a confundir, ainda mais, esses jovens cabeçotes “impensantes”.Esses partidos, que não têm CORAGEM de sair da utopia, impedem a permanencia do povo no poder. Cadê os protestos contra a impunidade e corrupção do judiciário? Cadê o pedido de pagamento dos impostos pelos grandes sonegadores? Cadê o pedido de mudanças do poder, sabidamente corrupto e injusto( sempre foi) judiciário? Concluo: tudo por um minuto de fama! Esse é um dos “dignos” objetivos desses partidos e seus crentes.

  6. Pelo que li não vejo futuro nem para

    o PSTU, nem paras os b.b.. Até os mentores (psdb, mídia) vão larga-los logo quando perceberem que a grande maioria da população quer é se livrar deles.

  7. A mesma retórica petista de

    A mesma retórica petista de 1990-2000. 

    E aquela coisa vcs plantam e depois não querem colher o fruto da sua ideologia.. 

    1. Não me parece

      O PT foi criado como alternativa de poder e participou do jogo democrático em todas as suas formas, até chegar ao poder, de forma responsável. A luta do PT – e agora do Governo – foi e é construtiva, assim como deveria ser a luta de quem, apresentando alguma opção embora diferente, entenda que não pode botar fogo naquilo que, em tese, terá que vir a administrar posteriormente, pelo voto popular, a não ser que nunca cogite essa situação. Essa é a diferença.

  8. O caos pelo caos

    O PSTU e também o PCO agem como o cara que reclama, mas que não assume. Aqueles que acham todo ruim, mas não apresentam opção nenhuma (crível) de que poderiam fazer melhor. Empurram incautos contra as barricadas do estado de direito, mas não aparecem na frente a dar explicações nem cogitam sequer estar do outro lado da mesma barricada, algum dia. Representam uma esquerda tão como a direita gosta, que se eu fosse um direitista com dinheiro até financiava suas campanhas, ou inventava esses partidos se não existissem.

     

  9. Mascarado é terrorista

    Concordando com a professora Maria Izabel, quem sai na rua mascarado (fora do carnaval) está disposto a tudo, matar ou morrer. Então não pode reclamar, é terrorismo sim. Devem ser tratados com violência pela polícia caso não se submetam ao poder público.

  10. O problema do PSTU é se levar

    O problema do PSTU é se levar a sério demais… É tipo isso… NÓS somos contra tudo o que está aí e representamos VCS queiram vcs ou não. É… é engraçado mas fazer política assim é meio complicado.

  11. Estamos precisando de Sparing

    Nós da Independente estamos querendo que essa turba de vândalos blacks blocs apareça bem no meio da nossa torcida uniformizada. Estamos precisando de treino pra pegar a fiel do coringão nas finais do paulistão.

  12. Sabe de uma coisa que me

    Sabe de uma coisa que me ocorre? A famosa Passeata dos Cem Mil. O Brasil estava em plena ditadura, havia repressão e perseguição política, no entanto milhares de pessoas foram à tal passeata de CARA LIMPA, porque tinham consciência de que faziam o correto.

    Tudo o que gente destes PSÓis e PSTUs da vida querem é nunca se eleger pra continuar enchendo o saco alheio e sendo sempre do contra. Uma vez no poder, este tipo de gente só faria besteira porque a realidade é diferente daquela fantasia que habita suas cabeças.

    Estes mascarados de agora são bandidos e devem ser tratados como tal. Quanto aos partidos citados, que vão pentear macacos.

  13. Rs..os dia em que a populaçaõ

    Rs..os dia em que a populaçaõ  agredirá um motoqueiro achando que é

    um BBs esta chegando, sugiro aos moto-boys usarem uma tarja.PSTU

    PCOR na linha de subestimar as pessoas , bons os tempos os   da

    miséria pura, pobreza parece que dá  ..só que é mais complicado.

  14. Dizer o quê quando a gente lê

    Dizer o quê quando a gente lê ” Como a situação concreta dos trabalhadores e do povo em geral só tende a piorar, é possível prever uma polarização crescente da luta”? Que a ultraesquerda vive no limbo, num mundo de fantasia em que eles irão fazer a revolução? Que o tal Jean de Saline me aponte um único caso na história em que trotskistas e ultraesquerda em geral tenham assumido papel de vanguarda? Asnos.

    1. Me parece que o mal deles é

      Me parece que o mal deles é que leram, e decoraram, muito Trotsky e não leram Karl Marx. As teorias do esquerdistas da revolução russa foram concebidas para aquele momento histórico, que, nada mais tem a ver com a contemporaneidade. Falta-lhe a percepção dialética dos fatos em movimento, das realidades em construção, engendrandando o futuro. Veem as coisas estáticas. Concebem as classes sociais como imutáveis, e em monoblocos coesos. São vítimas de um pensamento conservador, da lógica formal, do positivismo. Teriam que ler Marx filósofo, que, inclusive, antecipou isso que vivemos agora: a forte predominância do CAPITAL FINANCEIRO sobre o PRODUTIVO. Se acaba de vez o K produtivo, com que patrões vão se digladiar ? Não serão mais explorados, mui bem, mas, já pensaram de quê vão viver ? 

  15. Muito ruim o texto. Mistura

    Muito ruim o texto. Mistura luta de classes com leilao de libra com trens lotados quebrando etc.  Acredito que a população brasileira já passou desta fase de expandir o ódio e ver o mundo do nós contra eles. O que vejo é a população mais carente melhorando de vida e querendo estudar, querendo igualdade de oportunidades e serviços públicos melhores. Não vejo os protestos como manifestação contra o capitalismo, ou a favor de luta de classes.

    A Juventude que está vindo aí é muito conectada e dificil virar massa de manobra na mão de reacionários ultrapassados.

  16. Seja herói, seja marginal.

    O texto do PSTU, aliás, um tanto quanto antigo, é sectário, logo, não é de se estranhar conter uma série de bobagens do calibre de:

    “A ordem dos governos (começando por Dilma) é tentar intimidar os movimentos sociais para evitar as mobilizações durante a Copa”.

    Agora, existe sim um motivo de preocupação nele. É quando insinua o uso força como resitência a ordem constituida. Há quer lembrarmo-nos que , goste ou não o PSTU, vivemos em um Estado democrático de direito do qual ele faz parte.

    Nesse sentido, é preocupante que um partido político legalmente constituído tenha este tipo de postura:

    “Os movimentos sociais têm o direito de se defender contra a violência policial. A autodefesa do movimento é uma tarefa que deve ser assumido por trabalhadores em greve, por ocupações de terras e pelas mobilizações estudantis”

    E segue o exemplo de como os moradores da ocupação William Rosa se organizaram e se armaram para resistir a ações políciais.

    Não sei de onde o PSTU tirou tal direito. Não foi da Constituição que no seu artigo 5º prevê:

    XVI – todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

    XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;

    Tampouco foi encontrado na lei, já que a Lei 12.720/12 modificou o Código Penal para fazer constar o seguinte:

    “Constituição de milícia privada 

    Art. 288-A.  Constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos neste Código: 

    Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos.” 

  17. Seja herói, seja marginal.

    O texto do PSTU, aliás, um tanto quanto antigo, é sectário, logo, não é de se estranhar conter uma série de bobagens do calibre de:

    “A ordem dos governos (começando por Dilma) é tentar intimidar os movimentos sociais para evitar as mobilizações durante a Copa”.

    Agora, existe sim um motivo de preocupação nele. É quando insinua o uso força como resitência a ordem constituida. Há quer lembrarmo-nos que , goste ou não o PSTU, vivemos em um Estado democrático de direito do qual ele faz parte.

    Nesse sentido, é preocupante que um partido político legalmente constituído tenha este tipo de postura:

    “Os movimentos sociais têm o direito de se defender contra a violência policial. A autodefesa do movimento é uma tarefa que deve ser assumido por trabalhadores em greve, por ocupações de terras e pelas mobilizações estudantis”

    E segue o exemplo de como os moradores da ocupação William Rosa se organizaram e se armaram para resistir a ações políciais.

    Não sei de onde o PSTU tirou tal direito. Não foi da Constituição que no seu artigo 5º prevê:

    XVI – todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

    XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;

    Tampouco foi encontrado na lei, já que a Lei 12.720/12 modificou o Código Penal para fazer constar o seguinte:

    “Constituição de milícia privada 

    Art. 288-A.  Constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos neste Código: 

    Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos.” 

  18. Os black blocs tomaram a

    Os black blocs tomaram a vanguarda do moivmento e o pig, os AnonymousBrazil, o #changebrazil tomaram a retaguarda.

    O PSTU precisa entender que embora tudo tenha começado com o MPL que é da esquerda radical, agora eles são totalmente minoritários. Foram engolidos por pseudo-anarquistas irresponsáveis e facistas sob orientação desses grupos obscuros da direita internacional.

    Se quiserem continuar sua ação organizada de oposição ao governo pela esquerda, que é legítimo, devem diferenciar-se desses caras.

    Acho que a esquerda mais moderada deveria preservar um canal de diálogo com eles. Colocar para o PSTU que é um equívoco ficar do lado dos BB e Anonymous, mesmo que estes estão dando visibildade inédita a movimentos antes ignorados pela mídia. Basta se perguntar porque será que o pig está dando essa visibilidade toda, agora.

    Tem que cair a ficha, voces estão fazendo número para o “movimento” deles, e não o contrário

    1. Fico imensamente surpreso que

      Fico imensamente surpreso que essa ficha deles começa a cair só agora.

      Já em junho era nítido que todos os movimentos sociais, partidos ou apartidários que foram às ruas apenas prestavam serviço para interesses maiores. Embora não pudesse acompanhar as manifestações, a mídia usou-as a seu bel prazer. 

      A mudança do discurso do Jabor, de um dia para outro, explicita isso. Todos tinham interesses nobres, mas apenas serviram de número para outros tipos de interesses,  nada nobres.

  19. PSTU e as eleições

    Acredito que todo partido existi em razão do poder.  Gostaria de saber quantos deputados federais, estaduais, prefeitos e vereadores possui o PSTU? Caso a resposta seja um número inexpressivo é sinal que a estratégia revolucionária está errada.

     

    1. Mas a questão é que partidos

      Mas a questão é que partidos como PSTU e PCO não se importam com eleições.

      Essa é a última preocupação do partido.

       

      A ação do partido não se dá no Congresso, mas na manipulação de movimentos sociais e sindicatos.

      Movimentos como o MPL, os Black Blocks, domínio dos DCEs… tudo com influência deles.

  20. Idêntico ao que faz a midia

    A ordem dos governos (começando por Dilma) é tentar intimidar os movimentos sociais para evitar as mobilizações durante a Copa. Parágrafo bem esclarecedor: por que se identifica UM dos repressores, citando inclusive o nome do governante, e se poupa a identificação do governo e nome do governante responsável por este, e pelo que relata o parágrafo seguinte ? A mesma postura pode-se observar com a ação da polícia nos bairros pobres e negros. E de quem é essa polícia, a SSP, que intimida do movimentos sociais nos bairros pobre e negros ? Isso é idêntico ao que faz a midia hegemônica: interliga os fatos, enunciando apenas um dos governantes, pior é que a governante federal identificada não é a responsável por esse tipo de policiamento; mas sim, os governos dos Estados cujos nomes se omitiu. Qual foi a ordem do governo de Dilma para intimidar os movimentos sociais ? Gostaria que isso fosse identificado pontualmente. 

  21. O PSTU tenta seguir o caminho

    O PSTU tenta seguir o caminho de outros que, no passado, se diziam socialistas e descambaram para a extrema direita radical. Exemplos: Hitler e Mussoline achavam que seus partidos eram socialistas, em contraponto ao comunismo. Deu no que deu. Aqui em Pindorama, o Roberto Freire levou o racha do PCB, apelidado de PPS, para a extrema direita do Serra. O PSTU e o PSOL  seguem esse caminho, sem a mesma desenvoltura.

  22. Texto muito ruim.

    Uma miscelânia de argumentação truncada e falsa. Colocar no colo da presidência a repressão da polícia militar gerenciada pelos estados.

    Tirar o direito da presidência de defender um evento já contratado, por conta de uma manifestação nem um tanto convencional.

    Citar um partido político que se auto consumiu (propriamente falando). Puft!

  23. Não tenho à princípio nada

    Não tenho à princípio nada contra o PSTU e sua luta, conheço dirigentes do partido que são pessoas extraordinariamente honestas, que não se venderam jamais e, quando eleitos, se mantiveram afastados de toda a corrupção. Mas é importante dizer que o PSTU não acredita no caminho democrático, e sim na luta armada. Não estou falando isto para denegrir o partido, respeito este pensamento, mas é importante que ele seja exposto para que se compreenda muito do que o PSTU diz e faz.

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