Flávio Dino, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo presidente Lula, será sabatinado pelos senadores na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, nesta quarta-feira (13). A expectativa é de uma forte pressão da oposição, que levará deputados em massa para repercutir a insatisfação bolsonarista.
Bolsonaristas querem levar tumulto das ruas no Senado
Nesta semana, bolsonaristas já realizaram protestos em algumas cidades do país contra a indicação de Dino ao Supremo. Na Praça dos Três Poderes, os deputados é que pretendem levar essa reação dentro da sala do Senado, ainda que não seja competência dos deputados sabatinar o indicado.
Isso porque somente senadores da CCJ é que tem a atribuição de fazer perguntas pertinentes ao cargo de ministro do Judiciário. O objetivo dos deputados é, contudo, fazer pressão, com expectativa de tumultos na sessão.
Já nas redes sociais, estes parlamentares movimentam seus seguidores e atiçam ataques contra Flávio Dino.
Governo acredita em maioria para aprovação
Não é a mesma postura da maioria dos senadores, ainda que de oposição. O ministro da Justiça do presidente Lula teve encontro com diversos senadores nos últimos dias e afirmou não ter recebido, diretamente, “não” desses parlamentares.
Para fazer frente a essa movimentação bolsonarista, que visa prejudicar a votação e aprovação de Dino à cadeira, governistas também devem presenciar a sessão, que terá os senadores Jaques Wagner (PT-BA), Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), Fabiano Contarato (PT-ES) e Rogério Carvalho (PT-SE) no apoio do nomeado.
Já os senadores do Centrão, que serão decisivos para a aprovação de Dino ao cargo, estão sendo articulados pelo presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (União-AP), que dialoga e tenta angariar o máximo de votos possível deste grupo político.
Para ser aprovado no Senado, Flávio Dino precisa do voto da maioria simples dos 27 senadores da CCJ. Em seguida, a votação segua ao Plenário da Casa, onde precisará do apoio de 41 dos 81 senadores. A expectativa é que as votações sejam seguidas, da CCJ na quarta-feira e do Plenário nesta quinta.
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