A overdose por medicamentos nos EUA

EUA: overdose por medicamentos chega a 1 mi/ano 

Por Lilian Milena, do Brasilianas.org

Número de atendimentos por overdoses de medicamentos psicoativos chega a 1 milhão nos Estados Unidos. O levantamento foi feito pelos órgãos do governo americano Center of Disease Control (CDC) e o Substance Abuse and Mental Health Servi-ces (SAMHSA), em 220 hospitais, e com dados que vão de 2004 a 2008.

Os números de internações no ano de 2008 apontam que ao todo foram atendidos 2 milhões de casos de overdose, sendo metade pelo uso de cocaína e heroína. Dentre o restante de casos de intoxicação por uso excessivo de químicos, os medicamentos de venda livre (que não necessitam de receita médica para serem vendidos) foram responsáveis por meio milhão (500 mil) de casos. Já o uso de opioides e Benzodiazepínicos (medicamentos que só podem ser vendidos com prescrição médica) pelos outros 500 mil internados.

Segundo o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), todos os medicamentos registrados no estudo norte-americano, opioides e Benzodiazepínicos, também são comercializados no Brasil. A instituição pediu, em 2008, que 98 hospitais do país lhes enviassem Mapas Estatísticos de Atas Hospitalares; por essa documentação verificou que, naquele ano, 135 pessoas foram internadas por overdose de medicamentos de uso restrito.

Em nota o Cebrid esclarece que não existe informação de um levantamento nacional já realizado nos mesmos moldes do norte-americano, e que nos Estados Unidos os dados obtidos foram coletados por técnicos treinados que obtiveram acesso aos prontuários de cada paciente.

Os opiáceos são substâncias derivadas do ópio e utilizadas na produção de medicamentos analgésicos, que tratam os sintomas da dor – a morfina é um exemplo. O uso excessivo desses químicos, que atuam como receptores nos sistemas neurológicos e neuronais (cérebro, medula espinhal e intestino) produz euforia e bem-estar, entretanto dependência química, pois exige doses cada vez maiores para que o indivíduo sinta a mesma sensação obtida na primeira vez que abusou da quantidade absorvida. 

Já os Benzodiazepínicos, também chamados de ansiolíticos, são drogas que atuam sobre a ansiedade e a tensão. Eles reagem com os neurotransmissores chamados gabaminérgico na parte do cérebro responsável pelas emoções (sistema límbico), atenuando as reações de serotoninas, responsáveis pela ansiedade. Os principais efeitos dos medicamentos a base dessa substância são a sedação e sonolência – os ansiolíticos também resultam na tolerância, ou seja, levam o paciente a aumentar as doses para obter o mesmo efeito da primeira vez.

Fonte: Cebrid

Luis Nassif

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