ROCK SEM DROGAS

Milhões de jovens de todo o mundo aguardam com ansiedade o início do Rock in Rio nesta sexta-feira. Um verdadeiro “festival nacional e internacional de boa música, com mistura de diversos estilos”, comenta seu próprio idealizador, o empresário Roberto Medina. Conforme noticiado, a direção do evento aproveita o grande acontecimento, que envolve a presença de jovens, para lançar, de forma extremamente oportuna,  uma campanha antidrogas,  com apoio e marketing de algumas celebridades, cuja ideia força é o slogan: “Eu vou sem drogas”. Ou seja; “Sexo, drogas e rock’n roll” já era. Ficou para trás. Chegou-se à conclusão que drogas são um perigoso caminho muitas vezes sem volta. Destroem seres humanos e seus familiares. Um falso ‘barato’ por um simples prazer momentâneo.  Já nos basta os nefastos efeitos do uso excessivo do álcool que misturado às drogas provocam uma mistura explosiva -vejam o caso de um universitário que furtou um ônibus no Rio recentemente- que progressivamente também destrói mais rapidamente seres humanos.          

Ressalte-se que tal importante campanha põe inclusive em xeque o discurso atual da chamada ‘corrente progressista’- o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é o mais importante militante da causa- que insiste na descriminalização de drogas como forma de redução de danos e da própria violência do narcotráfico. Os consumidores de maconha querem mais. Almejam inclusive plantar a ‘cannabis’ em suas residências para consumo próprio. Resta saber até que ponto também não se transformarão em traficantes de classe média como ocorre com o ecstasy e outras drogas sintéticas.

As grande dúvidas que ficam é se a permissividade da legalização de drogas será melhor do que a proibição e se ocorrerá o aumento do número de usuários e do consumo e também se traficantes deporão voluntariamente seus arsenais de guerra. O exemplo do México, onde o narcoestado  está perigosamente instalado, não serve pra ninguém. O recente ataque de um ‘cartel de drogas’ em razão de uma extorsão não paga por um empresário,  em que incendiaram um cassino, matando 50 pessoas, nos demonstra claramente que a  repressão às drogas no mundo terá inevitavelmente que prosseguir..
 
Descriminalizar drogas neste instante seria como render-se a um grande mal e colocar em risco ainda maior os mais jovens, onde cerca de um milhão deles, no Brasil, já vivem como trapos humanos, sem rumo, nas ‘cracolândias’, dependentes da ‘droga da morte’. A legalização de drogas importaria também no aumento inevitável na tentaiva de recuperação física e psicológica de mais usuários, em clínicas e hospitais do governo, o que demandaria o consequente aumento dos gastos públicos.

Ponto para a direção do Rock in Rio. Drogas não agregam valores sociais positivos.Uma grande vitória antecipada e muito bem sacada. Divirtam-se, pois, com muita alegria e irreverência, porém sem drogas. Se beber não dirija.  Preserve o maior bem de todos. A vida humana.
                                                     
 
                          Milton Corrêa da Costa é coronel da reserva da PM  do Rio
 
 

Redação

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