USP abriga 30 fundações privadas

Por Paulo Cavalcanti

Comentando o post “USP Leste não deu retorno à comunidade”

Prezada Luciana,

Em primeiro lugar, obrigado pelo interessante comentário, não foi longo, foi esclacedor.  Em especial no quesito que eu, já desconfiava sobre a tal “encubadora” – pois essa visão caolha, vem dos “neoliberais” – onde as “entidades públicas, servem às privadas” (perdão pelo trocadilho), e vão dando um ar de que, a universidade é excelente prá comunidade, mas eles as querem em benefício próprio, e como sempre, pagas com nosso suado dinheiro.

Leia aqui: http://migre.me/5FauN –  Atuam hoje na USP trinta fundações de direito privado, segundo dados oficiais da Reitoria. Algumas delas com centenas de funcionários e orçamentos milionários. Embora sejam, por definição, sem fins lucrativos, as fundações são empreendimentos que usam a “marca” USP, a estrutura física e os professores formados pela universidade (na maioria contratados em regime de dedicação integral) para fins privados, através de prestação de consultorias a empresas e oferecimento de cursos pagos.

Elas têm isenção de impostos, desde que sejam declaradas entidades de utilidade pública (Constituição Federal, artigo 150, inciso VI, letra “c”). As fundações precisam apenas requerer ao Ministério Público Estadual (MPE) a declaração de utilidade pública. 
A Fundação Paulo Vanzolini, é um exemplo típico instalado dentro da USP, se utilizando de toda a infra-estrutura de uma universidade pública, em benefício próprio, eu pelo menos desconheço qual é a contra partida que a Fundação fornece à universidade, em troca do uso dela, à não ser, beneficiar a própria Fundação.

A jornalista Marlene Felinto, escreveu na revista “Caros Amigos” em 2008, um artigo, tratando a USP-LESTE, como “DASLUSP”, uma alusão à grife dos granfinos Daslú, por conta de sua parceria entre a unversidade e uma tal “Casa do Saber” – empresa privada, que ministra cursos “rápidos”, sobre filosofia, decoração, moda, pscologia, para“madames” – ao custo médio de R$ 600,00 – essa empresa, tem como conselheiro, ninguém menos que Gabriel Chalita, ex-secretário da educação do governo Alckimin – que ajudou a falir o ensino público no Estado de S. Paulo. Será que foi essa a finalidade da USP-LESTE?

Um grande abraço

Paulo

Luis Nassif

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