BNDES vai priorizar concessões de empresas de saneamento

Jornal GGNEm nota para a imprensa, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) explica qual será sua participação no programa de concessões anunciado ontem (13) pelo governo Temer. Serão disponibilizados R$ 30 bilhões para apoiar o financiamento de longo prazo dos projetos incluídos no programa, sendo que R$ 18 bilhões serão via BNDES e outros R$ 12 bilhões pelo Fundo de Investimentos do FGTS.

Um dos pontos de atuação do BNDES será na concessão das empresas estaduais de saneamento, Durante o anúncio do programa, a presidente do banco, Maria Silvia, disse que o saneamento básico deve ser prioridade no plano de concessões. O banco afirma que irá atuar na etapa de estruturação dos projetos que pretendam atrair investimentos privados, desde a fase de estudos até a assinatura do contrato entre concessionárias e governos estaduais.

“O BNDES priorizará o setor de saneamento, devido ao elevado montante de investimentos necessários, o atraso do país no setor e, principalmente, pelo impacto em saúde, qualidade de vida, produtividade na educação e no trabalho, meio ambiente e geração de renda e empregos”, diz o comunicado à imprensa.

Inicialmente, são três projetos de concessões de serviços de distribuição de água, coleta e tratamento do esgoto: a Companhia Estadual de Água e Esgoto do Rio de Janeiro (CEDAE), a Companhia de Águas e Esgotos do Estado de Rondônia (CAERD) e a Companhia de Saneamento do Parára (COSANPA). Ontem, a presidente do BNDES disse que estas estatais entraram no programa a pedido dos próprios governadores dos Estados.

O banco diz que serão mantidas as condições atuais de financiamento para o setor de saneamento, com até 80% de participação do BNDES. O órgão também atuará em outras concessões, como de rodovias e de aeroportos.

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7 Comentários

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  1. Chique!

    Xique nu urtimo!

    Já temos SABESP day, na bolsa de Nova Iorque agora pagaremos nossa agua (e esgoto) para gringos. Melhor, com financiamento do BNDES.

    O Social da sigla será a alegria dos alienígenas. Para isso batemos penicos e desfilamos nas avenidas. Agora pagaremos o pato.

    Povo patriota, bem informado e inteligente é assim.

     

  2. Qual o escopo do escroto País que se forma?
    Depois do período de FHC onde a população parecia ter acordado para as falcatruas e da desnecessidade das vendas do patrimônio público, eis que usam a fadiga de material de um longo período do governo do PT, e com o apoio da mídia quando reiniciaram o desgaste da imagem do que é público.

    Está é a maior arma que os entreguistas brasileiros possuem, a mídia comprometida com os interesses internacionais e sem um mínimo de preocupação com a integridade nacional.

    O objetivo dos últimos ataques foram ainda além de apenas privatizar o país. Queriam, desta vez, bem mais.

    O objetivo dos constantes ataques era, como em outros períodos anteriores da nossa história, abrir o mercado.

    Notem, que sempre que tivemos um governo que praticou um mínimo de social democracia em seguida veio a ganância entrevista.

    Desta vez, não foi gratuita a fragilização orquestrada nas nossas empresas – públicas e privadas – para na sequência privatizar o que nos restou com ampla facilidade, pelo momento da nossa economia, para as empresas estrangeiras.

    Agora, com capital público disponibilizado via BNDES para as empresas estrangeiras.

    Volta – se às mesmas condições ofertadas generosamente por FHC.

    E lembrar que as várias denúncias de jornalistas investigativos alternativos sobre escândalos das privatizações FHC não receberam s mínima atenção da Polícia Federal, Ministério Público e poder judiciário.

    Este é o Brasil que a classe média quer. Na mão dos estrangeiros, sem preocupação em resguardar as nossas empresas, entreguista da nossa riqueza, da mídia enganadora/parcial/verbal, e com um aparato judiciário capenga/caolho/tropego.

    “Brasil, mostra a tua cara
    Quero ver quem paga pra gente ficar assim
    Brasil, qual é teu negócio
    O nome do teu sócio
    Confia em mim”
    Cazuza

    1. qual…

      E dona Mirian Leitão parou de dizer todo dia que dinheiro público não é para alavancar empresas privadas?! Que mudança?! Que silêncio?! Até parece este novo período da Lava Jato. Quanto às concessões do saneamento, agora com outras privatizações e serviços mais ou menos encaminhados, a próxima meta do país será o saneamento básico, uma das mazelas medievais deste país. E logicamente os mandatários do poder já estão de olho nos bilhões em investimentos públicos que se tornarão lucros privados com a desculpa de melhoria da qualidade de vida. Deixaremos? A era das ilusões já passou. Um novo país precisa ser construído. FORA TEMER. FORA TUDO. Este modelo e estas figuras faliram há muito tempo.

  3. Com o dinheiro dos outros.
    Se fosse só privatização já era ruim. Agora privatização financiada pelo bndes (a la fhc) é um escárnio, um assalto escancarado do patrimônio público, faz a lava jato parecer ladrão de galinha. Se a propina da lava jato era os carrapatos no boi, o temer é o cangaceiro que mata o fazendeiro e rouba a fazenda inteira.
    Eles não querem apenas se apoderar das empresas públicas, eles querem fazer isso sem nem ter que pagar.

  4. Uma coisa só
    Uma “coisa” é financiar privatização.

    Outra é financiar novos empreendimentos de saneamento, sabendo que é concessão municipal.

    Esta tudo pronto para isso.

    Só que…o jornal diz que financiar privatização é financiamento.
    E financiar novos empreendimentos, é dívida.

    Aí fica difícil. Entendeu o discurso?
    O pessoal fica viajando na maionese ideológica quando é apenas o Brasil mesmo como país sob ataque.

    Não há ideologia em conceitos incorretos!
    Só má fé!

  5. É, faz sentido: atividades públicas essenciais nas “privadas”

    Não naqueles vasos sifonados de louça ou inox, mas as empresas privadas que assumirão ou mesmo projetarão, construirão, operarão e lucrarão com necessidades públicas ESSENCIAIS aos seres humanos.

    “Negócios” que sequer precisam ser marketizados e vendidos. Cada um de nós precisa e pronto. É só cobrar.

    Ou vc paga pra ter ou não tem. Quem não quer comercializar um produto ou serviço essencial, compulsório?

    Quem não quer viver de um pedágio, de uma inspeção veicular obrigatória, de luz, água, esgoto, saúde, comunicação, educação, habitação, segurança?

    Não estou dizendo que isto precise ser de graça (até porque não é, há impostos). Nem que sou contra o privado.

    Estou dizendo que o privado não pode monopolizar serviços essenciais que todos precisamos.

    Não é como comprar produtos ou serviços que cada um elege (e pode) ter, com diversidade de opções.

    Estou falando de necessidades humanas essenciais nas mãos de poucos que sequer precisam investir, apenas operar com enormes lucros, ainda que a qualidade seja péssima e o preço inaceitável.

    Vejamos os “Planos de Saúde”: Ganham rios de dinheiro explorando acidentes e doenças que se negam a atender sempre que podem, pois senão não serão (nenhum deles) viáveis. Ora negócios que lucram sem entregar seus produtos ou serviços ou que dão prejuizo se os atenderem ou que para atendê-los terão que cobrar preços que quase ninguém pode pagar NÃO SÃO NEGÓCIOS sequer VIÁVEIS (no máximo nichos de elite)

    Fora que saude e educação (por ex.) dos seres que formam uma nação que se pretende ser NAÇÂO não podem ser PRIMARIAMENTE um “NEGÓCIO”, ainda que o possam ser opcional e secundariamente.

    Mas a quadrilha que assumiu o poder (que já tinham) agora com as usurpdadas chaves do cofre e a caneta dos decretos está longe de pensar assim.

    O resultado é que, sob sua espúria, ridícula e miserável “liderança”, (e lá se vão cerca de 5 séculos)

    Continuaremos a ser uma NÃONAÇÂO.

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