Agricultores gaúchos têm câncer por causa de agrotóxicos

Jornal GGN – Desde 2009, o Brasil é líder mundial no consumo de agrotóxicos. Um estudo realizado pelo Laboratório de Geografia Agrária da USP mostra que o noroeste gaúcho é campeão nacional no uso dessas substâncias. E a incidência de câncer entre os trabalhadores rurais da região demonstra uma relação direta entre a utilização do veneno e a doença.

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul realizou um estudo comparando o número de mortes por câncer na região de Ijuí com as registradas no Estado e no País. A taxa de mortalidade local supera a gaúcha, que já é alta, e a nacional.

Segundo a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), o brasileiro consome até 12 litros de agrotóxico por ano. O trabalhador rural está exposto na alimentação e na aplicação do produto.

Da Folha de S. Paulo

Alto índice de agricultores gaúchos com câncer põe agrotóxicos em xeque

Por Paula Sperb

O agricultor Atílio Marques da Rosa, 76, andava de moto quando sentiu uma forte tontura e caiu na frente de casa em Braga, uma cidadezinha de menos de 4.000 habitantes no interior do Rio Grande do Sul. “A tontura reapareceu depois, e os exames mostraram o câncer”, conta o filho Osmar Marques da Rosa, 55, que também é agricultor.

Seu Atílio foi diagnosticado há um ano com um tumor na cabeça, localizado entre o cérebro e os olhos. Por causa da doença, já não trabalha em sua pequena propriedade, na qual produzia milho e mandioca. Para ele, o câncer tem origem: o contato com agrotóxicos, produtos químicos usados para matar insetos ou plantas dos quais o Brasil é líder mundial em consumo desde 2009.

“Meu pai acusa muito esse negócio de veneno. Ele nunca usou, mas as fazendas vizinhas sempre pulverizavam a soja com avião e tudo”, diz Osmar.

O noroeste gaúcho, onde seu Atílio mora, é campeão nacional no uso de agrotóxicos, segundo um mapa do Laboratório de Geografia Agrária da USP, elaborado a partir de dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Para especialistas que lidam com o problema localmente, não há dúvidas sobre a relação entre o veneno e a doença. “Diversos estudos apontam a relação do uso de agrotóxicos com o câncer”, diz o oncologista Fábio Franke, coordenador do Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) do Hospital de Caridade de Ijuí, que atende 120 municípios da região.

Um dos principais problemas é que boa parte dos trabalhadores não segue as instruções técnicas para o manejo das substâncias.

“Nós sempre perguntamos se usam proteção, se usam equipamento. Mas atendemos principalmente pessoas carentes. Da renda deles não sobra para comprar máscaras, luvas, óculos. Eles ficam expostos”, diz Emília Barcelos Nascimento, voluntária da Liga Feminina de Combate ao Câncer de Ijuí.

Anderson Scheifler, assistente social da Associação de Apoio a Pessoas com Câncer da cidade (Aapecan), corrobora: “Temos como relato de vida dessas pessoas um histórico de utilização excessiva de defensivos agrícolas e, na maioria das vezes, sem uso de proteção”.

‘ALARMANTE EPIDEMIA’

Um estudo realizado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) comparou o número de mortes por câncer da microrregião de Ijuí com as registradas no Estado e no país entre 1979 e 2003 e constatou que a taxa de mortalidade local supera tanto a gaúcha, que já é alta, como a nacional.

De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o Rio Grande do Sul é o Estado com a maior taxa de mortalidade pela doença. Em 2013, foram 186,11 homens e 140,54 mulheres mortos para cada grupo de 100 mil habitantes de cada sexo.

O índice é bem superior ao registrado pelos segundos colocados, Paraná (137,60 homens) e Rio de Janeiro (118,89 mulheres). O Estado também é líder na estimativa de novos casos de câncer neste ano, também elaborada pelo Inca –588,45 homens e 451,89 mulheres para cada 100 mil pessoas de cada sexo. Em 2014, 17,5 mil pessoas morreram de câncer em terras gaúchas –no país todo, foram 195 mil óbitos.

Anualmente, cerca de 3.600 novos pacientes são atendidos na unidade coordenada por Franke. Se incluídos os antigos, são 23 mil atendimentos. Destes, 22 mil são bancados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) –os cofres públicos desembolsam cerca de R$ 12 milhões por ano para os tratamentos.

Segundo o oncologista, a maioria dos doentes vem da área rural –mas o problema pode ser ainda maior, já que os malefícios dos agrotóxicos não ocorrem apenas por exposição direta pelo trabalho no campo, mas também via alimentação, contaminação da água e ar.

“Se esses números fossem de pacientes de dengue ou mesmo uma simples gripe, não tenho dúvida de que a situação seria tratada como a mais alarmante epidemia, com decreto de calamidade pública e tudo. Mas é câncer. Há um silêncio estranho em torno dessa realidade”, afirma o promotor Nilton Kasctin do Santos, do Ministério Público da cidade de Catuípe.

“Milhares de pessoas estão morrendo de câncer por causa dos agrotóxicos”, acrescenta ele, que atua no combate aos produtos.

Procurado pela BBC Brasil, o Sindiveg (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal), que representa os fabricantes de agrotóxicos, encaminhou o questionamento para a Andef (Associação Nacional de Defesa Vegetal), que responde basicamente pelas mesmas empresas.

Em nota, a Andef afirma que “toda substância química, sintetizada em laboratório ou mesmo aquelas encontradas na natureza, pode ser considerada um agente tóxico” e que os riscos à saúde dependem “das condições de exposição, que incluem: a dose (quantidade de ingestão ou contato), o tempo, a frequência etc.”. O texto afirma ainda que “o setor de defensivos agrícolas apresenta o grau de regulamentação mais rígido do mundo”.

SALTO NO CONSUMO

A comercialização de agrotóxicos aumentou 155% em dez anos no Brasil, apontam os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS), estudo elaborado pelo IBGE no ano passado –entre 2002 e 2012, o uso saltou de 2,7 quilos por hectare para 6,9 quilos por hectare.

O número é preocupante, especialmente porque 64,1% dos venenos aplicados em 2012 foram considerados como perigosos e 27,7% muito perigosos, aponta o IBGE. O Inca é um dos órgãos que se posicionam oficialmente “contra as atuais práticas de uso de agrotóxicos no Brasil” e “ressalta seus riscos à saúde, em especial nas causas do câncer”.

Como solução, recomenda o fim da pulverização aérea dos venenos, o fim da isenção fiscal para a comercialização dos produtos e o incentivo à agricultura orgânica, que não usa agrotóxico para o cultivo de alimentos.

Márcia Sarpa Campos Mello, pesquisadora do instituto e uma das autoras do “Dossiê Abrasco – Os impactos dos Agrotóxicos na Saúde”, ressalta que o agrotóxico mais usado no Brasil, o glifosato –vendido com o nome de Roundup e fabricado pela Monsanto – é proibido em toda a Europa. Segundo ela, o glifosato está relacionado aos cânceres de mama e próstata, além de linfoma e outras mutações genéticas.

“A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que 80% dos casos de câncer são atribuídos à exposição de agentes químicos. Se os agrotóxicos também são esses agentes, o que já está comprovado, temos que diminuir ou banir completamente esses produtos”, defende.

Procurada, a Monsanto afirma que “todos os usos de produtos registrados à base de glifosato são seguros para a saúde e o meio ambiente, o que é comprovado por um dos maiores bancos de dados científicos já compilados sobre um produto agrícola”.

A empresa diz ainda tratar-se de “um dos herbicidas mais usados no mundo, por mais de 40 anos e em mais de 160 países”, e que “nenhuma associação do glifosato com essas doenças é apoiada por testes de toxicologia, experimentação ou observações”.

TRÊS VEZES MAIS

Segundo a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), o brasileiro consome até 12 litros de agrotóxico por ano. A bióloga Francesca Werner Ferreira, da Aipan (Associação Ijuiense de Proteção ao Ambiente Natural) e professora da Unijuí (Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul), alerta que a situação é ainda pior no noroeste gaúcho, onde o volume consumido pode ser três vezes maior.

Ela conta que produtores da região têm abusado das substâncias para secar culturas fora de época da colheita e, assim, aumentar a produção. É o caso do trigo, que recebe doses extras de glifosato, 2,4-D, um dos componentes do “agente laranja”, usado como arma química durante a Guerra do Vietnã, e paraquat.

Segundo o promotor Nilton Kasctin do Santos, este último causa necrose nos rins e morte das células do pulmão, que terminam em asfixia sem que haja a possibilidade de aplicação de oxigênio, pois isso potencializaria os efeitos da substância.

“Nada disso é invenção de palpiteiro, de ambientalista de esquerda ou de algum cientista maluco que nunca tomou sol. Também não é invenção de algum inimigo do agronegócio. Sabe quem diz tudo isso sobre o paraquat? O próprio fabricante. Está na bula, no rótulo”, alerta o promotor.

No último ano, 52 pessoas morreram por intoxicação por paraquat em terras gaúchas, segundo o Centro de Informação Toxicológica do Estado. No Brasil, 1.186 mortes foram causadas por intoxicação por agrotóxico de 2007 a 2014, segundo a coordenadora do Laboratório de Geografia Agrária da USP, Larissa Bombardi.

A estimativa é que para cada registro de intoxicação existam outros 50 casos não notificados, afirma ela. A pesquisa da professora aponta ainda que 300 bebês de zero a um ano de idade sofreram intoxicação no mesmo período. A Syngenta, fabricante do paraquat, não se manifestou sobre os casos de intoxicação e afirmou endossar o posicionamento da Andef.

Redação

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  1. Agrotóxicos e maniqueísmo

    Agrotóxicos e maniqueísmo

    A alternativa ao uso excessivo de fertilizantes não é um cultivo estritamente orgânico, mas manejos integradospor Rui Daher — publicado 23/08/2016 04p8   Paulo Filgueiras / GERJAgricultura

    Na coluna anterior, critiquei o excessivo uso de agrotóxicos e fertilizantes químicos na agricultura brasileira. Para tal citei os estudos do professor Jules Pretty, da Universidade de Essex, no Reino Unido, provando manutenção da produtividade mesmo após redução na aplicação de agroquímicos.

    Já esperava de onde e como viriam as críticas. Escrevi várias vezes sobre o tema e as críticas sempre mostravam desconhecimento e incredulidade. Ainda que tais experimentos também ocorram no Brasil, sua aceitação pelo setor agrícola é pequena.

    Primeiramente, fora … temer esclarecê-los. Para evitar as réplicas de sempre, nunca menciono tratos estritamente orgânicos. Reconheço-os ideais, úteis e eficientes, mas para atender mercados restritos, pois difíceis de cumprir os volumes de produção necessários à segurança alimentar no planeta.

    O que defendo, porque comprovo-os positivos diariamente, são os manejos integrados, combinados, nos quais são aplicadas doses menores de agroquímicos, potencializados por maiores quantidades de materiais orgânicos e minerais, que propiciam condicionamentos positivos na biota do solo e altas vantagens monetárias aos agricultores.

    O fato de voltar à última coluna, porém, é reforçar uma ideia do professor Jules e que combina com muito do que penso. Ele sugere a proliferação de Farmer Field Schools. Escolas agrícolas onde os produtores, através de experimentos, poderiam comprovar a efetividade desses novos tratos e manejos, em ambiente neutro.

    Os leitores poderão dizer que muitas empresas fazem dias de campo. Não são ambientes neutros. O mesmo com instituições privadas e públicas de pesquisas (IAC, Iapar, Embrapa, Emater), fazendas experimentais em universidades. Verdade, mas tudo misturado, sem foco, com recursos limitados e inconstantes, de poucas consequências, ou patrocinados pelos grandes fabricantes. Se autônomos, não chegam ao maior interessado, o produtor.

    A indústria fabricante desses materiais tem limitados recursos financeiros, poder de divulgação e de associação com entidades de pesquisas para obter comprovação científica. Isso os impossibilita de ampliar a comercialização, sempre marginal em relação às tecnologias fabricadas e massificadas pelas multinacionais do setor de insumos.

    Não é difícil transpor para o Brasil o que propõe o professor no Reino Unido. Bastaria determinação política do governo para usar os assentamentos agrícolas e multiplicá-los em centros experimentais demonstrativos de manejos e produtos alternativos. Eventualmente, a iniciativa privada poderia consorciar-se a isso.

    Cerca de um milhão de famílias brasileiras vivem em 10 mil assentamentos que ocupam área perto de 90 milhões de hectares, 70% com mais de dez anos de formação. Se espalham por todos estados do País, mas de forma precária e vistos pela sociedade de forma polêmica.

    Há no governo excelente arcabouço de dados (IBGE, MAPA, etc.) para determinar condições edafoclimáticas e culturas para que se possa escolher (Incra) assentamentos vocacionados a se transformarem em “Escolas Agrícolas Experimentais”, nos moldes propostos pelo professor Jules Pretty.

    Isso permitiria que plantios, tratos culturais e colheitas, realizados pelos próprios assentados, com técnicas e produtos alternativos, bancados com financiamentos público e privado, e acompanhamento em todas as etapas por técnicos agrícolas, fossem testados.

    Os resultados de produção e produtividade serviriam como demonstração aos demais fazendeiros, tecnicamente comprovados, enquanto os de comercialização assegurada reverteriam para o assentamento.

    Certa vez, em artigo para outra publicação, sugeri às grandes empresas privadas do setor de insumos que adotassem um assentamento. Com o tempo teriam um cliente fidelizado. Nada feito.

    Neste assunto, registro e agradeço ao professor Mauro Sopeña, da Universidade Federal do Pampa, em Santana do Livramento/RS, que me enviou e-mail com o artigo “Assentamentos Orgânicos”, publicado pelo Arco, Jornalismo Científico e Cultural.

    Famílias de Júlio de Castilhos (RS) se destacam na produção de alimentos sem agrotóxicos. Embora a matéria se refira apenas ao uso de assentamentos em produções orgânicas, sua ampliação ao uso combinado e redutor de agroquímicos, para efeito de conhecimento e aprendizado aos grandes agricultores, que ainda resistem produzir de forma mais barata e menor impacto ambiental, mostra a viabilidade do aqui proposto
    .

     

  2. agricultores….

    A doença é muito grave. Mas a lei poderia ser usada em benefício dos brasileiros. Já foi conseguida indenizações milionárias da indústria tabagista aos usuários pelo consumo de fumo. Principalmente nos EUA onde parece que dão á vida dos seus cidadãos mais valor que o governo brasileiro dá aos seus. Basta ver a dificuldade de andamento dos processos na Justiça brasileira contra multinacionais como Shell, Bayer ou Rhodia pelo envenenamento de territórios e rios com produtos quimicos que levaram ao aumento da incidência de câncer nas populações vizinhas. Mas vale aqui uma pergunta: o noticia é contra a indústria transnacional estrangeira e seus produtos altamente tóxicos e a frouxidão da fiscalização das autoridades nacionais ou é contra a agropecuária genuinamente brasileira, braço econômico imprescindível e estratégico, cuja atividade é combatida por uma ideologia atrasada e vingativa?  

  3. O imperialismo brasileiro é pior que o imperialismo português

    O pior que este dano é para exportar e como o RS exporta bastante perde receita tributária que falta para atender a população.

    Quem mais se beneficia com a exportação é a união.

    O RS é expropriado pela união que não repassa nem 1/3 do que é mandado para brasilia, por isso o caos no serviço publico do RS.

    O imperialismo brasileiro é muito pior que o imperialismo português e o norte americano.

  4. Como era a pulverização agrícola há 40 anos

    Em 1976, quando estava no BB de Ponta Porã (MS), passava os finais de semana entre cabarés e cerveja aboletado nas caminhonetes dos amigos gaúchos, plantadores de soja. Circulava por muitas fazendas, a maior parte delas grandes extensões (superiores a 1.000 ha), o que exigia o uso de pulverização aérea, feita por aviões agrícolas, e principalmente pilotos habilidosos, para voar a poucos metros do chão. 

    Num desses finais de semana, presenciei uma cena insólita. Chegamos em uma fazenda de um amigo do gaúcho, onde estavam pulverizando a plantação, portanto estávamos entre novembro/dezembro, para uma soja plantada entre setembro/outubro, ocasião em que as lagartas vem com tudo. A cena era esteticamente bonita, o avião vinha em voo rasante com os dutos abertos aspergindo defensivos sobre a lavoura, no final arremetia, fazia um oito e retornava rasante para pulverizar mais um pedaço. Mas como ele se orientava naquele precário ano de 1976 para não pulverizar duas vezes a mesma área? Simples. Lá embaixo, fazendo a marcação, dois rapazes com uma vara de uns 3 metros e uma bandeirinha na ponta, um em cada ponta da área. Assim que o avião passava, eles corriam até o ponto final da nuvem do defensivo despejado e se plantavam ali, demarcando a nova área a ser pulverizada, por onde o piloto se orientava. Era eficiente? Sim, claro, mas os rapazes recebiam veneno na cara a cada passada do avião. E qual a proteção dos rapazes-cobaias? Nenhuma, usavam um chapéu de abas largas, e um pano branco à guisa de máscara cobrindo o rosto, só com os olhos de fora.

    Olhei a cena, e do alto dos meus 20 anos, cocei a cabeça, virei-me para o gaúcho e perguntei se aquela nuvem de veneno não fazia mal aos rapazes. Ele respondeu que não fazia mal nenhum, porque depois da pulverização eles davam bastante leite para os rapazes beberem, para “cortar o efeito do veneno e tudo ficava bem”. Aquela mão de obra era recrutada ali no Paraguai, na cidade vizinha de Pedro Juan Caballero, eram rapazes na casa dos 20 e poucos anos. Aposto que nenhum deles chegou aos 30 anos.

    Atualmente a aviação agrícola dispõe de modernos GPS, de modo que dispensa a utilização dos cobaias condenados a morte.

    1. Só que a pulverização com

      Só que a pulverização com aviões continua, atingindo todas as propriedades em volta: hortas, pastagens, animais  – aviários, suinocultura, bovinocultura – e as fontes de água – rios, córregos, lagoas, poços.

  5. Ontem a TVU/RN apresentou uma

    Ontem a TVU/RN apresentou uma entrevista com vários especialistas no ramo do agronegócio, que foi muito importante para se entender melhor as questões que envolvem os transgênicos e, também, os agrotóxicos.

    Pela primeira vez escutei que os que trabalham com a substância sofrem castração, porque são portadores de câncer nos órgãos genitais masculinos. 

    Outra que fiquei esperando pra ouvir, e me desenganou, foi que os frutos são contaminados nos seu interior pelo veneno, não adiantando tirar a casaca de um tomate porque o mal já está lá dentro. Sobre as folhas, disseram que podem ser lavadas com hipoclorito, e depois mergulhaadas em bicarbonato, mas mesmo assim elas prosseguem contaminadas. 

    O fato é que a gente não sabe pra onde correr com esse problemão, se, em pricípio, por mais que queiramos voltar a usar produtos orgânicos, dificilmente deixará de existir esses venenos para a produção dos alimentos. 

    Vale dizer que a carne dos animais também é contaminada porque eles comem produtos contaminados. 

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