Assembleia Legislativa decide hoje o futuro da fosfoetanolamina no Estado

Jornal GGN – Hoje, dias antes do recesso do judiciário, os deputados estaduais, pacientes oncológicos e manifestantes discutem, na Assembleia Legislativa de São Paulo, a liberação de liminares para distribuir no estado a fosfoetanolamina, baseado no direito ao uso compassivo. O Jornal GGN produz vídeo apresentando um contraponto de opiniões entre o que disse o médico Drauzio Varella e a paciente oncológica Nathy Estevam.

Os manifestantes tomaram o plenário por tempo indeterminado.

Gravação: Marina Wang | Edição: Pedro Garbellini

https://www.youtube.com/watch?v=Q1SghngoFt8 height:394]

Plenária ocupada [última atualização 17:18

Redação

10 Comentários

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  1. Esse é um dos vídeos mais

    Esse é um dos vídeos mais insensatos que já vi. Apelar para política para aprovar uma droga sem teste algum? O exemplo mais próximo que vejo é o da talidomida, foi uma droga usada sem todos os testes. Vejam os efeitos.

    Isso não é disputa política esquerda x direita. É saúde coletiva, mas os irresponsáveis parecem ignorar isso.

    1. Resposta

      “sem teste algum” é mentira. O que está em jogo é a quantidade de TESTES CIENTIFICOS RIGOROSOS para que a ANVISA classifique uma substância como remédio.

      A situação que se apresentou para os autores do vídeo é que existe dualidade: o Drauzio diz que só foi testado em ratos. A Nathy diz que já foi testado em 60 mil pessoas. Drauzio acha que tem que testar muito mais pra que se distribua. Nathy diz que pacientes com câncer não podem esperar. Essencialmente, os autores do vídeo, apresentam a polêmica da fosfo dessa maneira.

      1. Na verdade tem uma coisa

        Na verdade tem uma coisa nesta história que não bate.  Per gunto onde estão  as 60 mil doentes de câncer e seus laudos médicos?

        Está me parecendo que o tal “remédio”  foi sendo dsitribuído sem qualquer acompanhamento médico, tanto dos seus efeitos  positvos como os negativos.  Tudo virou uma grande ato de irresponsabilidade, mesmo que fosse revestido de boa intenção.

        1. Ritinha, quem está com a

          Ritinha, quem está com a doença terminal deve ter o direito de usar a fosfo, vai morrer mesmo, e na maioria dos casos, com muito sofrimento.

  2. Quem tem câncer não pode esperar

    Verdade: todo medicamente tem que ser testado.

    Mas, cá em toda honestidade: acha que quem tem os dias contados está se preocupando se pode fazer mal à “saúde”?

    Por que não testá-lo nos doentes que não tem outro caminho de esperança?

    Por que deixar eles morrerem sem poder pelo menos tentar?

    Ninguém os obrigaria, mas deixem eles escolher!

    1. Concordo plenamente,
      todos os

      Concordo plenamente,

      todos os dias tomamos e consumimos toxinas que fazem mal a saúde e os politicos nem se importam, mas quando surge algo que comprovadamente jah está ajudando muitas pessoas a melhorarem, o que tem de mal? eles sabem que ainda não foi aprovado e sabem dos riscos, qual o mal de ter eles tomarem, mesmo que seja somente para acompanhamento, tem milhoes de pessoas querendo, por que não utiliza-las para os testes em humanos que eles falam que ainda nao foi realizado.

      sinceramente, o que eu acho e que ficou tudo no Brasil sempre tem que dificultar as coisas, para mim e coisa de politico querendo tirar dinheiro da papelada, da dificuldade, do que realmente a sua preocupacão com os pacientes.

      porque pela primeira vez eles podiam passar e no povo que eles representam e não no dinheiro que eles ganham em nossas costas.

       

    2. Concordo.
      Todos sabem que é

      Concordo.

      Todos sabem que é uma possibilidade relativamente recente mas, para quem está sem esperança e quer tentar, tempo é um luxo que não se tem. 

      Algo precisa ser feito, e com urgência, porque essa doença está matando gente demais.

      Um absurdo o que tem acontecido.

  3. Fosfoetanolamina pode ser vítima da máfia farmacológica

    Vamos ler. Parece que a situação é política sim, mas de uma política mafiosa que está impedindo o avanço das pesquisas e a liberação da substância. 

    26/08/2015 07p0 – Atualizado em 28/08/2015 10p3

    Pesquisador acredita que substância desenvolvida na USP cura o câncer

    ‘A fosfoamina está aí, à disposição, para quem quiser curar câncer’, diz.
    Pacientes entraram na Justiça para obter cápsulas em São Carlos, SP.

    http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2015/08/pesquisador-acredita-que-substancia-desenvolvida-na-usp-cura-o-cancer.html

    “Nós podemos ter que comprar esse medicamento a custo de mercado internacional porque já está começando a aborrecer ficar todo esse tempo tentando e não conseguir”

    Um professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP) acredita que conseguiu desenvolver uma substância que pode curar o câncer. Gilberto Orivaldo Chierice coordenou por mais de 20 anos os estudos com a  fosfoetanolamina sintética, que imita uma substância presente no organismo e sinaliza células cancerosas para a remoção pelo sistema imunológico. “A fosfoamina está aí, à disposição, para quem quiser curar câncer”, disse o especialista.

    Como mostrou o G1, a droga era fornecida gratuitamente em São Carlos, mas uma portaria da universidade proibiu a distribuição até o registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pacientes que tinham conhecimento dos estudos entraram na Justiça para obter as cápsulas. Procurada, a Anvisa disse que não identificou um processo formal para a avaliação do produto em seus registros e que não houve por parte da instituição de pesquisa nenhuma iniciativa ou atitude prática no sentido de transformar o produto em um medicamento. Segundo a agência, para obter o registro, além da requisição, é preciso apresentar documentos e análises clínicas.

    Mas, de acordo com Chierice, a substância, também conhecida como fosfoamina, não chegou ao mercado por “má vontade” das autoridades. Ele disse que procurou a Anvisa quatro vezes e foi informado que faltavam dados clínicos. “Essa é a alegação de todo mundo. Mas está cheio de remédios neste país que não têm dados clínicos”, desabafou.

    Pediu então à agência um hospital público onde pudesse realizar novos testes – os pesquisadores afirmam que, nos anos 90, a substância foi testada em um hospital de Jaú -, mas contou que não obteve retorno. A Anvisa nega que tenha sido procurada formalmente.

    Ação
    O professor aposentado explicou que, com a ingestão das cápsulas, as células cancerosas são mortas e o tumor desaparece entre seis e oito meses de tratamento. “Mas é evidente que um caso é diferente do outro”, afirmou, reforçando que o período pode variar de acordo com cada sistema imunológico.

    Contou ainda como a substância age e afirmou que já há outro país interessado em fabricá-la. “Nós podemos ter que comprar esse medicamento a custo de mercado internacional porque já está começando a aborrecer ficar todo esse tempo tentando e não conseguir”, disparou na entrevista, concedida ao repórter Rafael Castro e reproduzida a seguir.

    EPTV – Que substância é essa? 
    É a combinação de uma substância muito comum, utilizada em muitos xampus de cabelo, chamada monoetanolamina, e o ácido fosfórico, que é um conservante de alimentos. A combinação dessas duas substâncias gera uma substância chamada fosfoetanolamina, que é um marcador de células diferenciadas, que são as consideradas células cancerosas.

    EPTV – Como ela age no organismo?
    Essa substância nós mesmos fabricamos dentro das células de músculo longo e no fígado, no retículo endoplasmático. Então, não podemos chamar de produto natural porque é sintetizado, mas o seu organismo já fabrica com o mesmo propósito: defender você durante todo o tempo da sua vida de células que se diferenciam.

    EPTV – Na prática, essa substância reforça a que a gente já tem? Como ela age na célula cancerosa?
    Primeiro, ela passa do trato digestivo para o sistema sanguíneo, vai até o fígado e forma uma reação junto com o ácido graxo. O que é esse ácido graxo? É a substância que vai alimentar o tumor. É a energia do tumor. E ela entra junto com essa substância dentro da célula. Quando ela entra, essa célula está relativamente parada, ou seja, a organela principal dela, chamada mitocôndria, está parada. Ela obriga a mitocôndria a trabalhar e, quando ela obriga, ela se denuncia para o sistema imunológico e a célula é liquidada, é a chamada apoptose (veja o processo no vídeo abaixo).

     EPTV – A eficácia da substância foi mais evidente em algum tipo de tumor?
    Os tumores têm células parecidas no seu mecanismo, chamadas de anaeróbicas. Células de tumor anaeróbico, todas elas cediam pela ação da fosfoamina.

    EPTV – Não houve um tipo de tumor em que a eficácia foi maior?
    Não é possível fazer essa medida porque, primeiro, nós não somos médicos. Teria que ter uma parceria com o médico para ele mostrar a eficácia de cada um. Isso nunca foi feito. 

          

    EPTV – Tem alguma contraindicação? A cápsula tem que ser ingerida antes de a pessoa fazer quimioterapia?
    Não existe “antes” porque ela não funciona como coadjuvante. Se você detona o sistema imunológico da pessoa, os resultados não são bons porque a ação da fosfoamina necessita que o sistema imunológico esteja intacto. Se existir uma quimioterapia que não destrói o sistema imunológico, perfeito, pode ser combinado.

    EPTV – O senhor tem uma ideia de quantas pessoas foram beneficiadas por essa substância nos últimos 20 anos?
    Nos últimos tempos nós fazíamos cerca de 50 mil cápsulas por mês. Isso equivale, a 60 cada pessoa, a 800 pessoas ou próximo de mil pessoas por mês. Agora quantas pessoas foram beneficiadas eu não sou capaz de dizer porque muitas delas, que eram pacientes terminais, estão aí, vivas. Então não sei dizer quantas pessoas foram curadas.

    EPTV – O senhor publicou esse estudo em diversas revistas científicas. Quantas no total?
    Hoje eu suponho que há de nove a dez trabalhos nas melhores revistas de oncologia do mundo, que são revistas internacionais, junto com o pessoal do [Instituto] Butantan, e explicam o mecanismo de ação da fosfoamina.

    Se não for possível aqui,
    a melhor coisa é outro
    país fazer porque beneficiar
    pessoas não é por bandeira.
    A humanidade precisa
    de alguém que faça alguma
    coisa para curar os
    seus males.”Gilberto Chierice, pesquisador

    EPTV – Houve interesse de outro país nessa fórmula. O que pode acontecer?
    Nós podemos ter que comprar esse medicamento a custo de mercado internacional porque já está começando a aborrecer ficar todo esse tempo tentando e não conseguir, criam dificuldades que eu não sei explicar. Eu sou um homem de ciência de 25 anos, eu não sou nenhum amador e, por não ser amador, eu conheço os trâmites das coisas, como funciona. Se não for possível aqui, a melhor coisa é outro país fazer porque beneficiar pessoas não é por bandeira. A humanidade precisa de alguém que faça alguma coisa para curar os seus males.

    EPTV – A cura do câncer existe?
    Não só pela fosfoamina, deve existir por uma dezena de outras coisas, mas a fosfoamina está aí, à disposição, para quem quiser curar câncer.  

    EPTV – E por que a aprovação está demorando tanto? Por que a Anvisa está demorando tanto para liberar?
    A razão é muito simples: eu acho que existe uma má vontade. Porque, se existisse boa vontade, isso já tinha sido aplicado em hospitais do governo, como dados experimentais, fase I, fase II, fase III, tudo isso já está pronto. Agora o que falta é dentro das normas da lei, os dados clínicos, assim me disseram na Anvisa todo esse tempo. Eu acho que existe uma má vontade.

    [A cura do câncer existe] Não
    só pela fosfoamina, deve
    existir por uma dezena de
    outras coisas, mas a fosfoamina está aí, à disposição, para
    quem quiser curar câncer.Gilberto Chierice, pesquisador

    EPTV – E, enquanto essa “má vontade” continuar, muita gente com a doença, e a cura está mais próxima do que muita gente imagina, não é?
    É, eu penso que sim. A cura está bem mais perto. E se dissessem ainda que falta aprimorar alguma coisa, teria que ser aprimorado daqui para frente, não daqui para trás. Daqui para trás está tudo pronto.

    EPTV – Essa substância é a cura do câncer?
    Eu acredito que sim, eu acredito que sim. Não só essa como um monte delas que poderiam vir de derivados.

    Entenda o caso
    No dia 17, o G1 mostrou que pacientes com câncer brigam na Justiça para que a USP forneça cápsulas de fosfoetanolamina sintética. De acordo com usuários, familiares e advogados, a substância experimental acumula resultados satisfatórios no combate à doença, inclusive com relatos de cura, mas não possui registro junto à Anvisa e, por isso, só está sendo entregue por decisão judicial.

    A droga, cuja cápsula é produzida por menos de R$ 0,10, levou ao surgimento de discussões na internet e um morador de Santa Catarina que a distribuía gratuitamente foi preso. Em entrevista aoG1, Carlos Kennedy Witthoeft afirmou que está “com a consciência em paz”.

    Durante uma visita a São Carlos (SP), ele contou como conheceu a substância, apontada por pesquisadores como um tratamento alternativo para o câncer, por que quis doá-la e o que aconteceu após ser preso e indiciado por falsificação de medicamento. “Não tem como mensurar o que a gente sentia a cada pessoa que vinha falar que estava curada”, disse.

  4. É ótimo lutar contra a

    É ótimo lutar contra a burocracia e respeito a dor dos pacientes e seus familiares (dentre os quais me incluo). Entretanto, critérios científicos devem ser contestados cientificamente, e não politicamente. O argumento “quem tem câncer não pode esperar” é muito forte, porém, falacioso.

    O rigor para a liberação de medicamentos existe para PROTEGER os pacientes. Não estou falando da (outra) falácia de que “quem tem câncer não se importa se vai fazer mal à saúde”. Estou falando do fato de que, se não houver rigor científico, vai começar a chover tratamentos e remédios miraculosos para a cura de todo tipo de doença. Ou seja, campo aberto aos malandros aproveitarem o desespero e a inocência dos doentes.

    Repito e vou além: concordo em otimizar a burocracia, chacoalhar os cientistas e combater a indústria farmacêutica. Mas esse não é um assunto que se deva ganhar no grito, é preciso ouvir e ter humildade para reconhecer o conhecimento científico.

    Por fim, sugiro que se fortaleçam campanhas contra o uso excessivo de substâncias CAUSADORAS de câncer (como agrotóxicos e, indiretamente, transgênicos). Contra esses, a ciência tem imensa quantidade de dados e muitas vezes só são aceitos pela Anvisa e CTNBio por razões políticas e econômicas.

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