Brasil começa a vacinar contra a dengue. “É um momento histórico”, diz ministra

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Processo de imunização irá avançar conforme as entregas do fabricante; Ministério da Saúde segue recomendando combate a criadouros

A ministra da saúde, Nísia Trindade, acompanha vacinação contra a dengue, em Brasília. Foto: Walterson Rosa-MS-1498

O Ministério da Saúde deu início ao processo de vacinação de crianças de 10 e 11 anos contra a dengue pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“É um momento histórico. Há 40 anos se espera por uma vacina para a dengue. Já houve vacina desenvolvida, não tão bem sucedida, e agora temos uma incorporada ao SUS”, disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

O público-alvo inicial, de 10 a 14 anos, foi acordado entre os conselhos representantes dos secretários de saúde estaduais e municipais, seguindo a recomendação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A pasta começou a distribuir imunizantes nesta quinta-feira, com base em critérios definidos em conjunto com os conselhos de Secretários de Saúde (Conass) e de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Segundo o ministério, o esquema de imunização vai avançar progressivamente, assim que novos lotes forem entregues pelo laboratório fabricante – vacina Qdenga, desenvolvida pela farmacêutica japonesa Takeda.

O Instituto Butantan está desenvolvendo um imunizante contra a dengue há pelo menos 15 anos, e o pedido de licença de uso deve ser encaminhado à Anvisa “em breve”, segundo diretor médico de desenvolvimento clínico do Butantan, José Moreira, em entrevista exclusiva ao Jornal GGN.

Foco na prevenção

Em pronunciamento à nação na última terça-feira, a ministra Nísia Trindade destacou a necessidade da participação da população, uma vez que cerca de 75% dos focos dos mosquitos transmissores estão dentro das casas.

“Vamos tampar as caixas d’água, descartar o lixo corretamente, manter as vasilhas de água dos animais sempre limpas, guardar garrafas e pneus em locais cobertos, retirar água acumulada dos vasos e plantas. Nessa missão, conte com o trabalho fundamental dos agentes de combate às endemias. Receba-os, ajude-os na localização e na erradicação de possíveis focos em sua casa e na sua vizinhança”, pediu a ministra.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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