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Jornal GGN – Com quase 200 mil casos de coronavírus, o surto da pandemia no Brasil está “apenas começando”. Esta é a avaliação do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, em entrevista à coluna de Jamil Chade.
Com mais de 12 mil mortos por consequência do Covid-19, “estamos no início”, alertou Mandetta. E sobre a sua forma de enfrentamento ao vírus, enquanto atuava na pasta do governo Bolsonaro, disse que “o tempo vai dizer” quem estava certo. “Eu dizia uma coisa e o presidente dizia outra”, relatou.
Mandetta mirou críticas a como o governo Bolsonaro está lidando com a crise sanitária. “O Brasil está sem gente para pensar seu papel na saúde publica mundial”. Segundo ele, isso se deve a uma falta de postura segura sobre as restrições e isolamentos sociais. “Se não sabemos nem se abre ou não cabelereiro, como é que vamos saber nossa posição no mundo?”, questionou, fazendo referência a recente declaração de Bolsonaro sobre os espaços de beleza.
E sobre as relações exteriores do Brasil como agente internacional, Mandetta foi direto: “Meu medo é de o Brasil com um discurso anti-organizações (internacionais). Os EUA têm musculatura para se defender. Mas nós podemos ficar pelo caminho”, afirmou.
Ainda nesse sentido, disse que não é momento de criar conflitos com a China e que o Brasil já está pagando o preço desse choque. “A impressão que eu tenho é que, num local cheio de pólvora, o Itamaraty entra fumando”, disse Mandetta.
“Se eu não tenho uma boa relação [com a China], vai ser difícil o abastecimento [de materiais de saúde]”, continuou, lembrando que já há falta de máscaras, e os “respiradores não chegam”.
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