Um tanto de tudo e o tempo, como fica?, por Matê da Luz

por Matê da Luz

A correria de final de ano é daquelas coisas que a gente sabe que vai ter e que acaba sempre pegando – por que diabos, então, a gente não se programa pra não ter que correr contra o tempo esta época do ano? 

Se todo ano é assim, o que falta pra não se atropelar? 

Este tipo de reflexão tem aparecido por aqui com mais e mais força por conta da inclusão de um curso universitário com provas (esqueci como era isso de estudar pra ter que tirar nota, gente do céu!!!!), o crescimento da minha pequena empresa (em tempos de crise, quem se beneficia é o pequeno, vai por mim) e com algumas despedidas melancólicas e felizes, como a da filha que já caminha pra faculdade – ou não, porque a gente meio que acha uma baita sacanagem sair da escola e já se envolver com outra vida acadêmica, mas isso é assunto pra um outro post que vem, vem sim, tomara que sem muito atraso pra editora não brigar comigo! 

Ufa!

Verdade que alguns privilégios, como o de ter arrumado um trabalho semi-fixo na praia, tem alegrado meus dias, mas a lista de pendências desta época do ano anda me dando uma canseira danada: presentes, amigo secreto, encontros com aquelas pessoas que querem te dar o último abraço do ano… eu, que há dois períodos tenho me comprometido mais com o ritual do que com os eventos, entendendo que o que acontece é mais uma mudança de mês, sequência programada e que, portanto, não há o que temer – apenas se for o Temer! – ainda não consegui escapar da programação triplamente intensa em Dezembro. Aprendizado sobre o dizer “não” em andamento, ainda não implementado. 

O Tempo, como Orixá e por isso com letra maiúscula, é dos mais relevantes em parceria com Iansã, pois viabiliza o movimento. Entretanto, não adianta ir contra o Tempo, assim como não adianta ir contra o tempo: ele tem vida e vontade tão próprias que quanto mais a gente tenta debater com ele, mais a gente cansa. 

Tai mais uma tarefa pra lista de desejos de 2017: aprender a falar não e me privilegiar, sim, dando o devido valor ao meu tempo. E ao Tempo também, viu, senhor, podexá 🙂  

…porque se eu sei que vai cansar, que vai consumir mais energia do que eu tenho pra dar, por que diabos é que continuo correndo tanto no final de ano? 

Mariana A. Nassif

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