Outros PMs decidem colaborar com investigações sobre Amarildo

Sugerido por Ivan de Union
 
Do O Globo
 
Caso Amarildo: outros policiais militares decidem colaborar com a investigações do Ministério Público

Depois que o primeiro policial militar decidiu colaborar com as investigações do Ministério Público, em depoimento na madrugada da última segunda-feira, outros PMs também resolveram dar novos relatos para o órgão. De acordo com a promotora Carmen Eliza Bastos de Carvalho, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, os depoimentos estão acontecendo desde segunda. Ela não deu, no entanto, detalhes sobre os novos relatos, nem quantos militares já teriam colaborado com o Ministério Público.

– Os depoimentos são totalmente harmônicos – limitou-se a comentar.

A promotora comentou ainda que outros dez policiais que foram obrigados a ficar dentro do contêiner junto com o primeiro PM que prestou o primeiro depoimento, também serão chamados para depor. De acordo com o militar, eles foram obrigados a ficar no local por cerca de 40 minutos, tempo que teria durado a sessão de tortura. Carmen Eliza disse que os policiais já foram identificados e serão chamados para novos relatos.

Na noite da última segunda-feira, a Divisão de Homicídios (DH) fez diligências na favela da Rocinha, acompanhada de membros do Ministério Público, para checar informações relatadas pelo policial. A DH encontrou vestígios de sangue na área onde o militar relatou que Amarildo foi torturado e morto. No local, foi encontrado material que os peritos acreditam ser sangue. Novos exames, no entanto, estão sendo feitos para confirmar tal informação. Na área onde foram encontrados os vestígios, havia ainda muito entulho. O material também foi enviado para laboratório da Polícia Civil, para ter o DNA comparado com o dos parentes de Amarildo. O resultado deve demorar cerca de uma semana para sair.

Relatos do policial

O policial militar que foi ouvido pelo Ministério Público no caso do desaparecimento do pedreiro Amarildo afirmou que viu o corpo do homem ser colocado pelo então comandante da UPP da Rocinha, o major Edson Raimundo dos Santos, dentro de um saco preto, que seria uma capa de motocicleta do próprio PM que fez a denúncia. Ele também viu uma parte da sessão de tortura que terminou com a morte de Amarildo.

De acordo com o militar, ele estava patrulhando o Parque Ecológico, que fica acima da sede da unidade, quando o pedreiro chegou. Ele era conduzido por oito PMs. Com a chegada do homem, ele e alguns outros policiais receberam ordem do major Edson para ficar dentro de um dos quatro contêineres que servem como base para a UPP.

Lá de dentro, ele começou a ouvir os primeiros gritos do Amarildo e saiu do contêiner, vendo parte da sessão de tortura: o subcomandante tenente Medeiros aplicava choques elétricos e asfixiava o pedreiro com um saco plástico. Outros três policiais participaram ativamente da sessão e outros acompanharam a tortura, inclusive cinco policiais que ainda estão em liberdade.

A defesa do major Edson e do tenente Medeiros, procurada pelo EXTRA, disse que ainda não podem comentar o novo depoimento do policial ao Ministério Público, já que não teve acesso ao conteúdo do que foi relatado pela testemunha, o que deve acontecer amanhã.

Desaparecimento de Amarildo

O ajudante de pedreiro Amarildo de Souza sumiu na noite do dia 14 de julho,após ser abordado por policiais da UPP da Rocinha. De acordo com a denúncia do Ministério Público, a vítima foi torturada para dar informações sobre o tráfico na Rocinha, mas não resistiu às agressões e acabou morrendo.Dez policiais — entre eles o major Edson Santos — ex-comandante da UPP Rocinha, respondem por tortura seguida de morte e ocultação de cadáver. Todos estão presos, desde o último dia 4. Além do major, são acusados o tenente Luiz Felipe de Medeiros, o sargento Jairo da Conceição Ribas e os soldados Douglas Roberto Vital Machado, Marlon Campos Reis, Jorge Luiz Gonçalves Coelho, Victor Vinicius Pereira da Silva, Anderson Cesar Soares Maia, Wellington Tavares da Silva e Fabio Brasil da Rocha Graça.

Entrevista com a promotora Carmen Eliza Bastos de Carvalho

O que acontecerá após essas novas revelações?

Com base nas provas, será feito um aditamento da denúncia. Vamos incluir fatos novos e outros policiais serão denunciados. Estamos checando as novas provas e informações dadas. O PM tem uma regra de agir para impedir um resultado. Quando não faz isso, pela omissão, responde pelo mesmo crime. Todo policial que estava ciente do que acontecia e poderia agir para impedir, será denunciado.

Esse primeiro policial que deu novas informações pode ser denunciado?

Pode, mas vamos considerar a colaboração dele, e a conduta naquele momento. Todas as circunstâncias serão avaliadas. Alguns policiais serão denunciados por omissão, outros por participação efetiva.

Esse policial relatou ter sido pressionado pelo major Edson para que não contasse o que viu?

A pressão do major sobre os policiais é inequívoca. Ele tem domínio sobre os policiais, que têm um temor dele… Não há dúvidas disso.

Na sua opinião, a prisão do major Edson foi essencial para as investigações?

Com certeza. Ele precisa se afastar desses outros denunciados, porque continua exercendo grande influência sobre os policiais militares, inclusive aos que já estão presos.

É necessário transferir o major para outra unidade?

Seria essencial. O Ministério Público está estudando isso. A colheita de provas será mais isenta quando eles estiverem afastados do major Edson.

Qual foi o motivo para esse policial resolver falar?

Pela garantia de vida. Ele se sentiu ameaçado. Às vezes, falar é garantia de vida.

Redação

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  1. Dependesse da PM do Rio Amarildo seria apenas estatística

    G1

     

    16/10/2013 07p9 – Atualizado em 16/10/2013 07p9

    Capa de moto usada para esconder Amarildo era de major da UPP, diz PM

     

    Policial disse, em depoimento, que ajudante de pedreiro foi afogado.
    MP quer transferência de major Edson Santos para proteger investigação.

     

    Policial disse, em depoimento, que ajudante de pedreiro foi afogado.
    MP quer transferência de major Edson Santos para proteger investigação.

     

    Do G1 Rio

     

    O policial militar que prestou depoimento sobre o desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, disse que a capa da motocicleta usada para esconder o corpo do ajudante de pedreiro e retirá-lo da favela após a tortura, pertencia ao major Edson Santos, ex-comandante da UPP da Rocinha, conforme mostrou o Bom Dia Rio.

    Ainda segundo o policial, durante a tortura o ajudante de pedreiro teria sido afogado dentro de dentro de um balde que ficava ao lado da UPP.  O recipiente servia para armazenar a água que escorria do ar condicionado do conteiner. Em depoimento, o policial também disse que os envolvidos prejudicaram o trabalho da polícia. Um dia depois do desaparecimento de Amarildo, o local foi limpo e todos os vestígios de sangue apagados. Dois diuas depois da tortura eles também teriam jogado óleo no piso e construído um depósito no local.

    Os advogados do Major Edson Santos não foram localizados pela reportagem para falar sobre a acusação do MP. Todos os policiais presos negam as acusações.

    O Ministério Público do Rio informou que vai incluir outros dez nomes de policiais à denúncia referente ao desaparecimento do ajudante de pedreiro. Eles serão indiciados pelos crimes de tortura seguida de morte, ocultação de cadáver e também por omissão.

    Nesta segunda, a polícia realizou nova perícia no local onde o policial indicou que houve tortura contra Amarildo. Eles encontraram vestígios de sangue e o material foi encaminhado para análise.O MP também quer que o major Edson Santos seja transferido para outro presídio para proteger a investigação. Segundo os promotores, ele estaria influenciando os policiais presos que poderiam colaborar com as investigações em troca de redução da pena.

    No dia 1º de outubro, o ex-comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, major Edson Santos, e outros nove policiais militares foram indiciados pelo crime. Amarildo de Souza desapareceu em 14 de julho, após uma abordagem policial.

    Novas buscas
    A Polícia Civil voltou à Rocinha, na Zona Sul do Rio, no fim da tarde desta segunda-feira (14), para uma nova tentativa de encontrar o corpo do ajudante de pedreiro e realizar uma nova perícia. Os investigadores tentaram confirmar detalhes do depoimento de mais um PM sobre o crime.

    As revelações incriminam mais cinco PMs, além dos dez que foram indiciados e presos, e contam detalhes de tortura realizada na sede da UPP, na noite do desaparecimento de Amarildo.

    A informação é de um PM da UPP, que estava de serviço na noite do desaparecimento do pedreiro, em 14 de julho. O depoimento foi realizado durante seis horas até a madrugada desta segunda, no Ministério Público (MP). Os PMs citados devem ser denunciados, segundo o procurador-geral de Justiça, Marfan Martins Vieira.

    Choques e asfixia
    A nova testemunha contou que recebeu a ordem do tenente Luís Felipe Medeiros, oficial da UPP, para que todos ficassem dentro do contêiner naquela noite, e de lá não saíssem. Segundo ele, logo que entraram, passaram a ouvir gritos de dor, agressões, barulhos de choques e ruídos de uma pessoa sendo asfixiada. A sessão de tortura teria durado 40 minutos.

    Após um silêncio, o policial diz ter ouvido gritos de que algo teria dado errado. Logo depois, foi ouvida uma movimentação na mata atrás do comando da UPP, o que motivou as novas buscas e a nova perícia realizada nesta segunda.

    No local, os policias civis usaram uma substância química capaz de identificar vestígios de sangue, atrás dos contêineres onde está a montada a UPP. O policial que fez as novas denúncias não teve a identidade revelada e está sob proteção.

     

    Mais buscas
    No sábado (12), a Polícia Civil divulgou neste imagens das buscas realizadas na sexta-feira (11). O vídeo mostra os agentes mergulhando em dois reservatórios de água que ficam no alto da Rocinha. Trinta e cinco policiais da Divisão de Homicídios, em conjunto com o Corpo de Bombeiros, participaram da operação, que terminou sem sucesso.  

    Delegada Ellen Souto: 'Não desistiremos enquanto houver informações sobre o paradeiro' (Foto: Gabriel Barreira/G1)Delegada Ellen Souto, responsável pelo inquérito:
    ‘Não desistiremos enquanto houver informações
    sobre o paradeiro’ (Foto: Gabriel Barreira/G1)

    Bombeiros chegaram a mergulhar nas represas do Laboriaux e Dioneia, que foram apontadas por moradores como possíveis paradeiros. Foi a terceira busca da Polícia Civil. “Não desistiremos enquanto houver informações sobre o paradeiro”, disse a delegada do inquérito Ellen Souto.

    Ao todo, 70 pessoas participaram da operação entre policiais e bombeiros. A primeira vistoria aconteceu na represa Laborioux, cujos seis metros de profundidade foram esvaziados. Depois, os agentes foram até o reservatório da Dioneia, que não chegou a ser evacuada. No total, foram cerca de 5 horas de busca.

    Cronologia Amarildo - atualizada (Foto: Arte G1)

    Detalhes do inquérito

    A DH deu detalhes, na sexta-feira (4), sobre o inquérito que indiciou e pediu a prisão de dez PMs no caso do desaparecimento de Amarildo. Segundo uma testemunha, durante a abordagem dos policiais no bar da Rocinha, onde o ajudante de pedreiro foi visto pela última vez antes de entrar no carro rumo à UPP, um dos PMs teria dito: “Boi, perdeu, chegou a sua hora”.

    “Boi” era o apelido de Amarildo e a frase teria sido dita por Douglas Roberto Vital Machado, um dos 10 PM presos — todos já se apresentaram após a prisão preventiva decretada —, e um telefonema de um informante, segundo a delegada Ellen Souto, responsável pelo inquérito. Depois da abordagem, ele entrou no carro da PM e não foi mais encontrado. Após mais de dois meses, seu corpo também não foi achado. Oito necrópsias já foram realizadas, em todo o estado, para verificar se cadáveres eram dele.

    “Nós comprovamos o motivo pelo qual que ele [Amarildo] seria levado à sede da UPP. Seria para fornecer informações sobre drogas e armas, principalmente armas, já que havia a informação de que ele teria a chave do paiol de armas”, explicou a delegada Ellen Souto.

    De acordo com a investigação da Polícia Civil, Amarildo morreu após ser submetido a uma sessão de tortura. A delegada revela ainda que foram ouvidas 22 vítimas da violência de policiais da UPP Rocinha. De acordo com Ellen, os depoimentos narram com detalhes a forma de agir da tropa do major Edson Santos, ex-comandante da UPP da Rocinha. “Eles relatam que as torturas sofridas foram sempre com o objetivo de informações de drogas e armas. Todos contaram que foram submetidos a choques elétricos com o corpo molhado e ingeriram cera líquida.”

    Prisão decretada
    Os policiais militares vão responder judicialmente pelos crimes de tortura seguida de morte e ocultação de cadáver. São eles: Edson dos Santos (ex-comandante da UPP), Luiz Felipe de Medeiros, Jairo da Conceição Ribas, Douglas Roberto Vital Machado, Marlon Campos Reis, Jorge Luiz Gonçalves Coelho, Victor Vinícius Pereira da Silva, Anderson César Soares Maia, Wellington Tavares da Silva e Fábio Brasil da Rocha.

    Versão fantasiosa
    No texto da denúncia, o Ministério Público indica que PMs criaram uma “versão fantasiosa” para atrapalhar a investigação do sumiço do ajudante de pedreiro. O documento afirma que “previamente ajustados entre si, os denunciados, aproveitando-se do fato de as câmeras localizadas na frente da base estarem providencialmente com defeito, montaram versão fantasiosa da saída do denunciado da sede da UPP e passaram a fazer notícia de que este teria sido sequestrado e morto pelos traficantes daquela comunidade”.

    PMs negam
    Segundo o criminalista Marcos Espínola, advogado de Victor da Silva, Douglas Machado, Jorge Luiz Gonçalves Coelho e Marlon Campos Dias, a conclusão do inquérito não contém provas que incriminem seus clientes e a prisão é um exagero. “Não há necessidade de prender réus primários, com bons antecedentes, residência fixa e emprego, podendo ser encontrados a qualquer momento para colaborar com o processo”, explicou, em nota enviada pela assessoria de imprensa.

    Policial se passou por traficante
    O documento do Ministério Público descreve que, quatro dias após o desaparecimento, um dos policiais, sabendo o número de um telefone que estava apreendido e que era monitorado pela polícia, usou o celular de um morador da comunidade, se passando pelo traficante Catatau, e afirmou que era um dos autores da morte de Amarildo.

    De acordo com a denúncia, o major Edson Santos, na época comandante da UPP da Rocinha, inconformado com o fracasso da Operação Paz Armada, realizada na sua área, determinou aos demais policiais denunciados que localizassem e levassem para a sede da UPP pessoas que fossem ligadas ao tráfico, com a finalidade de extrair informações sobre a localização das armas e drogas.

    Uma ligação ao soldado Douglas Roberto Vital Machado acabou fazendo com que os PMs chegassem até Amarildo, que estava em um bar, com a chave de um paiol do tráfico, diz o MP.

    O documento diz ainda que “no dia 14 de julho de 2013, em horário que não se pode precisar, mas após as 19 horas, no Parque Ecológico da Rocinha, perto da sede da UPP, na região chamada de Portão Vermelho, os PMs torturaram Amarildo com emprego de violência, “causando-lhe sofrimento físico e mental, com fim de obter informações da vítima”. As lesões produzidas foram a causa eficiente da morte da vítima, segundo a Promotoria.

    Entenda o caso
    Amarildo sumiu após ser levado à sede da UPP da Rocinha, onde passou por uma averiguação. Após esse processo, segundo a versão dos PMs que estavam com Amarildo no dia 14 de julho, eles ainda passaram por vários pontos da cidade do Rio antes de voltarem à sede da Unidade de Polícia Pacificadora, onde as câmeras de segurança mostram as últimas imagens de Amarildo, que, segundo os policiais, teria deixado o local sozinho.

    No dia 27 de setembro, uma ossada achada em Resende, no Sul Fluminense, passou por uma necrópsia, motivada pelas suspeitas de que poderia ser de Amarildo. O relatório, porém, foi considerado inconclusivo, e a ossada será novamente analisada no Rio de Janeiro.

     

  2. O caso Amarildo é uma gota

    O caso Amarildo é uma gota d’agua no oceano de violência em que se transformou a policia brasileira. Na entevista à revista Forum de dois PMs de Sao Paulo, eles deixam claro que os abusos e violência vem do alto comando, com o beneplacito de politicos e secretarios de Estado. Perguntados se recebiam treinamento, respondem que não ha absolutamente nada na Policia Militar hoje como tal e nem o minimo necessario.

     

  3.  
    A Polícia Militar é uma

     

    A Polícia Militar é uma instituição podre desde sua formação. Não tem solução para um organismo que consegue transformar homens saudáveis, em verdadeiras bestas. Claro!  Os reais responsáveis por tamanhas barbaridades estão no comando e nos salões da casa-grande. Estes, certamente permanecerão impunes.

    Que ao menos, os soldados rasos sejam severamente punidos, para aprenderem a não cumprir ordem para torturar os seus próprios irmãos.

    Orlando

     

  4. PSDB resolveu aligeirar a educação e deu no que deu…

    apagão de trabalhores qualificados no periodo em que o país mais precisou

     

    depois aligeirou a preparação de policiais e deu no mesmo

     

    e ainda há os que acreditam que são os mais bem preparados…………………

     

    só se for para facilitar a vida do pcc

  5. Unificação das polícias

    Já vi muitos aqui debatendo sobre a desmilitarização da polícia. Eu acredito que a forma com que os policiais são treinados, uma maneira equivocada que vem dos arremedos do Império, é que é o nosso grande problema. O treinamento e a unificação das polícias seriam os primeiros passos. A hierarquia das polícias tanto civil quanto militar já está caduca. Os tribunais militares são uma excrecencia pois só punem os praças. Já os oficiais até se sentarem num banco de réus já terão feito um desastre em toda a sociedade. Tem um velho ditado aqui em Minas que diz mais ou menos o seguinte: “quer conhecer realmente o caráter daquela pessoa, então dê poder a ela!”

    Algumas coisas, pequenas, já estão mudando nas polícias. Na militar de Minas para ser oficial o indivíduo deverá ter cursado nível superior. A polícia científica mineira trabalha com algumas técnicas das melhores polícias internacionais mas são apenas filigramas.

    Há de se mudar na base e urgente. Deveria haver apenas uma forma de acessar a carreira de ‘polícia’. Através de concurso teríamos a escolha de cidadãos para os cargos mais baixos e à medida de seu desempenho e de seu aprimoramento seriam promovidos a detetives que só poderiam ser no mínimo sargentos. Sargentos, cabos e soldados militares serviriam a uma hierarquia militar com um comando em separado que responderia a um corpo coronelado ou em uma cidade pequena ao prefeito. Já os detetives civis serviriam a uma hierarquia civil mas avinda da militar da mesma forma respondendo a um corpo coronelado.

    As leis que hoje regem os crimes militares deveriam ser também modificadas para que, sabendo da sua importancia, da máquina que possuem e da possível manipulação de provas, os crimes cometidos por este mesmos policiais fossem acrescidos de uma porcentagem maior.

    Entretanto, não basta modificar da base ao topo se as condições de sobrevivencia de um policial militar deixá-lo à
    merce da corrupção. Um plano de cargos e carreira com um salário digno e atraente seria essencial para levar ao corpo militar o que há de melhor na nossa sociedade.

    Se algum governante tiver a coragem de enfrentar a máfia das polícias, a população agradeceria e muito.

  6. Infelizmente para uns,

    Infelizmente para uns, torturar, mulitar, estuprar ,forjar provas e dar fim em corpos faz parte da rotina dessa instituição treinada no militarismo sadomasoquista para submeter as populações mais pobres. A única novidade foi que o acaso das manifestações fez com que o caso fosse divulgado e investigado. Em seguida esse grupo de extermínio pago com dinheiro do cidadão vai continuar exercendo suas funções.

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