A Velha Nova República e o câmbio

Na aba de ECONOMIA, a Coluna Econômica avalia as grandes oportunidades que o país perdeu, ao deixar apreciar o câmbio.

Luis Nassif

31 Comentários

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  1. João, a sociedade precisa de
    João, a sociedade precisa de emprego, não acha? Menos de 3% de crescimento por ano, e quem terá dinheiro para comprar bugigangas importadas?

  2. Marcelo, se beneficiar ainda
    Marcelo, se beneficiar ainda mais os importados, com câmbio e isenção, não sobre uma indústria nacional para contar história.

  3. A Coréia teve fôlego curto,
    A Coréia teve fôlego curto, depois que desvalorizou o câmbio nos anos 50? É evidente que não é condição suficiente, mas é necessária, especialmente se não existem no país as demais condições que você aponta.

  4. Caro Nassif:
    Compartilho da
    Caro Nassif:
    Compartilho da opinião expressa no comentário do sr. João Rocha. A real solução do câmbio em um mundo transnacionalizado é que temos que melhorar nossa eficácia produtiva, incluindo-se aí gestão mais desenvolvimento de processos (“know how”), pois boa gestão sozinha é como respiração boca-a-boca em cadáver, coisa que nosso empresariado parece não saber.
    Francamente, sinto-me incomodado quanto comparo o valor do real com o do dólar, pois já há labugem (“handcap”) suficiente. É como os velhos comerciantes diziam: “quem não tem competência, não se estabeleça”.
    A questão do emprego é vital para a nação e aí é que penso (nadando contra a corrente) que o papel do Estado na economia não deve ser desprezível. Chegamos ao extremo de não nos indignarmos com a clásuda de gastos governamentais pautados por neutralizadade mercantil, como quer industriosamente os EUA para a ALCA..

  5. 1) DIC. AURÉLIO
    Câmbio =
    1) DIC. AURÉLIO
    Câmbio = Troca, permuta, escambo. Operação de conversão de valores expressos em moeda de um país pelo equivalente em moeda de outro. Relação de valores entre moedas de vários países, regulada pela taxa de câmbio. MUDANÇA, TRANSFORMAÇÃO.
    Resumindo podemos dizer: relação de trocas entre moedas.
    2) Como os livros em que estudamos são (no passado eram todos) na sua maioria estrangeiros (traduzidos), a utilização do termo câmbio para denominar uma moeda traz confusão no seu entendimento (os autores falam na moeda de seus paises). Conversando com profissionais ou estudantes de outros países a confusão é grande se os dois lados utilizarem o termo câmbio no lugar do nome de suas moedas. É o motivo que prefiro utililizar o nome da moeda (é possível ser entendido pelo dois países). Devemos ter atenção quando lermos relatórios de profissionais de outros países (sempre referem-se à moeda de seus países).
    3) Em nossa história a demagogia de moeda valorizada artificialmente (para impedir aumentos de preços) foi o motivo das maiores crises (vide FHC, reeleição).
    O CÂMBIO FLUTUANTE corrigi-se automaticamente (DIARIAMENTE). Ele impede que crises se aprofundem. É um termômetro para definir a estabilidade da economia. Poucas mudanças, economia estável. Muitas mudanças, economia instável. É uma regra estabelecida que trás segurança para investimentos. É também uma medida para a política do governo (sua qualidade e credibilidade).
    4) O câmbio flutuante mostra a necessidade de correções. No nosso caso as reformas: a) que eliminem o ranso fascista sindicalista (de patrões e de empregados) demagógico do Getúlio; b) liberar a gestão das poupanças compulsórias dos empregados e empregadores (FGTS); c) instalar um sistema previdenciário único para o país (de capitalização). A dívida passada deve ser assumida pela sociedade como um todo, eliminando-se os privilégios absurdos(existem aposentadorias de até R$70.000,00); d) o sistema de assistência social deve ser separado do previdenciário; e) reforma tributária (simplificar e reduzir custo burocrático); f) reforma trabalhista (simplificar CLT, dar poderes a patrões e empregados sindicalizados para fazerem acordos). Dar poder aos acordos de demissões feitos através dos sindicatos. Como o absurdo do imposto sindical obrigatório deve ser eliminado, deve-se valorizar a atuação dos sindicatos (só isto dará uma dinâmica à nossa economia, a eliminação da importância da justiça do trabalho que sufoca as relações capital x trabalho); g) elimação de toda tributação sobre o rendimento do trabalho (imposto único seria o IR). Por aí. MODERNIZAR O PAÍS. COLOCÁ-LO EM CONDIÇÕES DE COMPETIR COM A CHINA. Sem artificialismos, eliminando-se os entraves que permitiram os dois brasis de hoje, o dos privilegiados (brasileiros de primeira) e o dos escravos (brasileiros de segunda).
    5) A solução não deve vir através de um câmbio artificial (que fabricará mais privilégios)

  6. Caro Luiz:

    Sou um fervoroso
    Caro Luiz:

    Sou um fervoroso defensor de uma mudança no cambio, mais lendo a coluna de sexta feira, ficou claro que precisamos de políticas que permitam um aumento da cotação do dólar, que seja gradual e com uma dose muito menor de intervencionismo, que a proposta. Primeiro porque não existe ambiente político para implementá-la, e segundo porque penso que seria um erro enorme voltar atrás no que avançamos em previsibilidade. (Lembremos da Zélia C. de Mello) ..Lhe peço que por favor que explore, numa próxima coluna, que chances temos com uma queda de juros, combinado com uma taxação extraordinária de IR sobre ganhos dos capitais de curto prazo, ou outras formas menos “heterodoxas” . Tal vez uma combinação de medidas que procurem diminuir o fluxo de moeda estrangeira, que nos permita ter uma desvalorização progressiva e constante nos próximos quatro anos. Não devemos esquecer que o dólar valia igual que um euro, e agora só vale ¾ de euro. Com respeito á China, vamos dificultar com ações anti-dumping, pena que nosso grande líder achou que os chineses são bonzinhos e lhes outorgamos a qualidade de economia de mercado, o qual foi um dos grandes erros deste governo, que esperava reciprocidade ideológica dos asiáticos.

    Boa semana !

    Daniel

  7. Vladimir, mataria um coelho
    Vladimir, mataria um coelho com duas cajadadas: o setor produtivo, sem condição de competir na exportação, e sem condições de competir com os importados.

  8. E tem gente que ainda quer
    E tem gente que ainda quer enganar dizendo que o câmbio está uma maravilha porque o saldo comercial vem aumentando. Só esqueceu de dizer que o resultado da balança é igual ao preço multiplicado pela quantidade, e que o que vem aumentando é o primeiro fator. Tem colunista por aí que adora falar sobre o resultado final e dizer nada sobre causas, resultados, tendências…

  9. Creio que dois fatores foram
    Creio que dois fatores foram fundamentais para atual valorização. O primeiro foi a inflação de demanda ocorrida em 2004, provocado pela aumento das exportações que forçou o Banco Central a interromper a queda dos juros e iniciar um processo de elevação dos juros da taxa selic.

    O segundo foi a crise política iniciada em 2005, que deixou a cabeça do Presidente a prêmio e provavelmente inibiu a diretoria do Banco Central no processo de queda de juros ao longo da crise política.

    Mas mesmo assim a atual valorização do Real permitiu um ajuste da contas externas,que junto com o fim da crise política irá permitir
    uma queda acentuada dos juros da taxa selic, tendo como principal consequencia a redução do custo do crédito e uma desvalorização do Real., melhorando bastante a competitividade dos produtos fabricados no Brasil.

  10. Nassif,
    Não tem relação com o
    Nassif,
    Não tem relação com o seu post, mas hoje a BRT atendendo ao judiciário já bloqueou o acesso ao YOUTUBE para seus assinantes. Ainda não digeri muito bem essa história…Como vai ser daqui pra frente? É a volta da censura, agora repaginada??

  11. Luis Nassif, economistas
    Luis Nassif, economistas geralmente não se bicam com Contadores. Trabalhei na FEA e lembro-me da polêmica. O que não entendo, por que descartar a Contabilidade no Governo se é a única fonte de informações segura para qualquer administrador e economista? O Próprio Delfim Neto defendia a excelência da Contabilidade quando Ministro (Primeira formação de Delfim foi Contábeis), dizia da dificuldade quando as informações eram carentes. Hoje na USP descartaram a contabilidade nas unidades, centralizaram na Reitoria. Porquê? E ainda trabalham um programa de descentralização e desburocratização. Só que a contabilidade é centralizada!!!

  12. Astrólogo é mais racional nas
    Astrólogo é mais racional nas relações de causalidade do que economista. QUanto à perda de 1,3 ponto percentual, são cálculos do IBGE.

  13. O BC é o principal nó que
    O BC é o principal nó que Lula tem para desatar. Um pouco menos de juros; um câmbio flutuante que flutue, não ao sabor das leis de mercado, mas com a intervenção do BC através do controle de entrada e saída de capital, dosando, assim, a taxa de câmbio de interesse do país em cada momento, eis algumas medidas simples, mas a atual diretoria do BC considera quase um sacrilégio.

  14. Caro Roberto, creio discordar
    Caro Roberto, creio discordar da sua opinião. Uma valorização de moeda só tende a DESequilibrar as contas de um país, e não equilibrar.
    O país tem saldo comercial positivo hoje porque os preços dos produtos que exporta (commodities) estão altos. Quando os preços caírem, essa política cambial patrocinada pelo atual governo estará a descoberto.
    Por fim, o BC não olha crises políticas no seu processo de definição da taxa báscia de juros. O BC tem um objetivo: inflação dentro da meta. Para isso, usa os juros como ferramenta. Ele não tem como meta “esfriar a crise política atual”, qualquer que seja ela.

  15. Nassif, o FHC privatizou com
    Nassif, o FHC privatizou com o dolar desavalorizado, e gastou com o real barato. boa! (pena q parte virou pgto de esqueleto e juros)
    Mas e o lula? praquê o dolar tão baixo? A velha desaculpa da inflação? Mas essa desculpa não era pros juros alto? Eeepaaa!

  16. A desvalorização inicial foi
    A desvalorização inicial foi o início, o preço competitivo na falta da diferenciação tecnológica. Depois, o recurso que entrou ajudou a financiar as grandes mudanças estruturais na educação, na engenharia reversa, na absorção de tecnologia. Nos anos 50, quando a Coréia promoveu a desvalorização cambial, ainda não havia nenhum grande grupo nacional.

  17. Num pais como o Brasil nada
    Num pais como o Brasil nada pode dar certo, pois se for para o bem de todos e não for para o bem da minoria privilegiada ancorada no estado, nada feito.
    Vejam o Cintra escreveu sobre o imposto unico e sabem porque não o adotam aqui no brasil?
    Porque são gastos 50 bilhoes de reais para arrecadar impostos;
    Porque as empresas não poderão mais serem autuadas por sonegação fiscal, eliminando um filaão de dinheiro que pode sustentar politicos;
    Porque irá matar na raiz a corrupção;
    Porque vai dar mais liberdade aos empresarios;

    E

    Sabem porque o cambio está assim?
    Pelas mesmas razões que não se implanta o imposto unico proposto por Cintra.

  18. Raí, o preço de um
    Raí, o preço de um equipamento é em função da rentabilidade esperada. Se o real se aprecia, o equipamento pode ficar nominalmente mais barato. Mas se a receita esperada cai, por conta da apreciação, em termos relativos ele fica mais caro. Definir uma política industrial de importação é impossível, pois bate de frente com a mesma ideologia que defende o real apreciado, e que acha que o governo não pode se meter em nada. É uma armadilha ampla.

  19. O fato é que o atual valor do
    O fato é que o atual valor do dolar e o nível do superávit da Balança Comercial permitiu ao Banco Central aumentar as reservas cambiais e melhorar as contas externas.

    Se o Banco Central levasse em conta apenas os indicadores de inflação para calibrar os juros da taxa selic, eles já estariam abaixo dos 8% nominais.

    Creio que diante de uma grave crise política, em que o presidente(e sua equipe econômica) está para cair a cada manchete de jornal ou revista semanal),qualquer condutor da política monetária adotaria uma postura mais conservadora.

  20. Em 2002 quando o câmbio
    Em 2002 quando o câmbio estourou, todos economistas apressaram-se em dizer que o real estava sobrevalorizado e que o dólar a 3,20 seria a cotação de equilíbrio. Não sei por que, mais de quatro anos depois, dólar a 2,10 há de ser cotação de equilíbrio. Uma desvalorização do real não seria artificial. Artificial sim, é a cotação do dólar hoje!

  21. Nassif,
    Não tenho dúvida que
    Nassif,
    Não tenho dúvida que o câmbio sobrevalorizado é simplesmente auto-flagelo.
    Interessante você lembrar do R Ricupero. Acho um sujeito fora de série. Onde ele está? Ele ainda está ligado a OMC?
    Como faz falta gente pragmática, competente e séria para o Brasil.

  22. Ô MAG vc deve esclarecer
    Ô MAG vc deve esclarecer quais privilégios o cambio artificial cria:

    “5) A solução não deve vir através de um câmbio artificial (que fabricará mais privilégios)”
    Quem ganhará com o nosso cambio artificial? Aqueles que ganham com as exportações do trabalho brasileiro, que quanto melhor o cambio estiver adequado mais exportam, ou aqueles que com o cambio apreciado mais dólares exportam quando faturam no nosso indecente e artificialmente imoral sistema financeiro?
    Vc consegue perceber que privilégios se estabelecem em mão dupla, e na mão favorável que o cambio se encontra atualmente quem leva a pior é quem está do lado brasileiro?
    Em tempo, o cambio como decisão dos homens sempre será uma decisão artificial, uma decisão política, de soberania e vontade para alcançar determinados propósitos.

  23. Não concordo que o câmbio
    Não concordo que o câmbio seja fundamental para as exportações. A região do Euro dentro da União Européia superou os EUA em exportações, sendo que o Euro é mais valorizado do que o dolar. O que existe na Europa é eficiência logística e de infra-estrutura combinados com produtos de alta qualidade que todos países têm interesse em importar. Os melhores vinhos(franceses, portugueses, e italianos) , os melhores queijos, os melhores carros (BMW, LAND ROVER, MERCEDES, AUDI, JAGUAR, FERRARI, CITROEN, VOLVO, ETC.) são produzidos por empresas européias. O câmbio é o menos importante nas exportações européias, pois os empresários de lá têm eficiência e produto. Não podemos criar um câmbio artificial para beneficiar exportadores brasileiros ineficientes, pois deste modo estaríamos empobrecendo a população brasileira, pois o povo brasileiro e a classe média perderiam o poder de compra em termos internacionais. A desvalorização do real implica em empobrecimento da população brasileira em parâmetros internacionais. Não vejo como você Nassif poderia se beneficiar da desvalorização do real . Somente uma parcela ínfima da população é que se beneficiaria do real fraco, justamente os empresários ineficientes.

    Atenciosamente,
    Marcio

  24. Parabéns Nassif,

    Sua lucidez
    Parabéns Nassif,

    Sua lucidez e inteligência realmente fazem a diferença no deserto intelectual da imprensa brasileira.

  25. Só pra lembrar ao leitor
    Só pra lembrar ao leitor Hélio Monteiro;Na última decisão política-economica do Presidente LULA,foi mandada ao Congresso,com pedido de urgencia urgentíssima,a implantação do regime fiscal,praticamente igual à proposta do economista Cintra,porem quem disse que o Congresso analizou e/ou votou tal medida do Executivo?A propósito,aconselho a quem interessar possa,que leiam a coluna do Prof.Cintra na Folha de São Paulo,de 08/07/2006.tá tudo lá!

  26. É impossível ser uma economia
    É impossível ser uma economia “bem-sucedida” com moeda forte? A panacéia para o Gigante Adormecido é a desvalorização? (Perdoa-me soar cínico, mas alguém comprou muitos dólares a R$ 3,50 e está esperando uma reviravolta para tirá-los de debaixo do colchão?) Essa estratégia – de desvalorização – parece ancorada no passado – como a Velha República, quando as economias eram bem territoriais e herméticas.

    “Baratear” as exportações resultará em que? Mais dólares e mais empregos? Atualmente, a realidade mostra que toda vez que se desvaloriza o real, a inflação amebóide acompanha e, poucos meses depois, os exportadores – que parecem ser os únicos cidadãos que “importam” [=são importantes] neste país – precisarão de mais reais ainda, para pagar os novos salários e custos internos reajustados pelos índices inflacionários. Então, outra desvalorização será necessária e assim por diante. (Ciclo que já conhecemos, com nossas mentes indexadas ao dólar!) O ganho com a desvalorização só seria verdadeiro se não houvesse perda de poder de consumo interno. Mas isso não acontece pois o Brasil não produz tudo o que consome. Nesse mundo globalizado, nenhum país o faz. A interferência de produtos importados (insumos e itens de consumo geral) e COMMODITIES sempre irão contaminar a inflação interna.
    Além disso, a idéia de solução pela desvalorização mostra-se um tanto elitista, numa direção de “apartheid do consumo”. Os ricos (exportadores e tal) podem consumir os bens tecnológicos e sofisticados do primeiro mundo enquanto o resto d(o povo) vive feliz em uma redoma brasiliana, consumindo constritamente os bens locais que, sem interface com a modernidade global, se tornam cada vez mais primitivos. (Importar é preciso para que possamos exportar mais que apenas commodities!)

    Duas perguntas vêm à tona: Não precisamos de uma competitividade plural: econômica, tecnológica, mental, e social? E essa não depende muito mais de fatores estruturais que da simples desvalorização do real?

  27. Caro Noe,
    1) GANHAM: Empresas
    Caro Noe,
    1) GANHAM: Empresas exportadoras que não precisam de privilégios; empresas não competitivas que não merecem. PERDEM: os consumidores (todos).
    Vou ser repetitivo (já escrevi em item anterior).
    A teoria diz o abaixo (não é difícil avaliar):
    A INFLUÊNCIA DA POLÍTICA CAMBIAL NO CRESCIMENTO ECONÔMICO –
    MOEDA VALORIZADA X MOEDA DESVALORIZADA X MOEDA EM EQUILÍBRIO
    1) MOEDA DESVALORIZADA (artificialmente):
    Movimento de Capitais –
    a) facilita a entrada de capitais (os ativos, bolsa, imóveis, empresas e mercadorias do país ficam baratos);
    b) incentiva operações de crédito em moeda estrangeira para investimentos;
    c) obriga autoridade monetária a comprar moeda estrangeira, monetizando a economia (obrigando operações de política monetária), aumentando as reservas (financiamento de país possuidor de moeda reserva);
    d) se a taxa de juro de equilíbrio interna (a que não provoca inflação) for maior que a externa mais spread para o país, não motivará saída de capitais e poderá motivar entradas;
    Exportações e Importações –
    a) favorece as exportações (artificialmente);
    b) encarece produtos importados e exportados cotados em dólar (dificulta o controle da inflação), inclusive custo de energia, tecnologia e maquinários;
    c) exportadores de produtos com cotação em dólar aumentam seus lucros artificialmente;
    d) incentiva segmentos sem vantagens comparativas, com baixo nível de eficiência e de produtividade em relação ao exterior a aventurarem-se a exportar (é um peso para o resto da economia, pois consomem fatores de produção que poderiam ser utilizados por setores competitivos tornando-os mais competitivos ainda);
    e) alguns segmentos podem ganhar competitividade com o tempo;
    f) provoca superávits no balanço comercial.
    Crescimento: pode provocar um período de crescimento que não se sustentará com o tempo (todas as medidas artificiais têm seu tempo de duração). Piora a qualidade de vida (reduz poder de compra do povo).
    2) MOEDA VALORIZADA (artificialmente):
    Movimento de Capitais –
    a) afasta a entrada e estimula a saída de capitais (os ativos do país ficam valorizados);
    b) a crença de não sustentabilidade abala confiança na estabilidade cambial;
    c) estimula investimentos no exterior.
    Exportações e Importações –
    a) dificulta exportações e estimula importações;
    b) reduz preços (artificialmente) de produtos importados (facilita compra de tecnologia e maquinários) e facilita o combate à inflação;
    c) exportadores recebem menos Reais para as exportações dos produtos cotados em dólar (reduz preços internos e lucros dos exportadores);
    d) dificulta industrialização do país (produtos importados ficam com preços competitivos).
    e) provoca déficits no balanço comercial.
    Crescimento: melhora a qualidade de vida do povo (artificialmente). É insustentável a médio ou longo prazo.
    3.3) MOEDA EM EQUILÍBRIO (câmbio flutuante):
    Quando suportado pela economia (balanço de pagamentos) é a taxa de câmbio ideal. É a que exige menos medidas artificiais e os conseqüentes desequilíbrios. Pode amedrontar os investidores estrangeiros, com perdas cambiais, caso a política monetária não seja racional e contínua.
    Crescimento: O crescimento conseguido é consistente e sustentável.

    O CUSTO DE MANUTENÇÃO DE UMA MOEDA DESVALORIZADA (OU DESVALORIZADA) ARTIFICIALMENTE É MUITO ALTO. O PIOR É QUE EXPLODE LOGO (TEM TEMPO DE DURAÇÃO).

  28. Nassif, vamos parar p/
    Nassif, vamos parar p/ analisar os fundamentos econômicos, que você conhece tão bem quanto eu, se o país não tiver educação de qualidade, saúde de nível bom como podemos sonhar em crescimento? Temos que seguir nosso modelo de crescimento, pense, se estivessemos preparados p/ competir de forma igual com outros países mais desenvolvidos poderíamos exportar mais e atender o mercado interno. Como podemos deixar o dólar subir como nos anos anteriores se o salário mínimo não acompanha a elevação do preço do dólar? Iria entrar muito dólar no país, mas só que p/ poucos, e a maioria do povo brasileiro, sofreria com aumentos porque simplesmente muita coisa na mesa de nós brasileiros está vinculada ao cambio. As pequenas e médias indústrias iriam sofrer com o aumento do dólar, demissões, consequetemente o consumo interno iria diminuir e por fim só os ricos é que iriam lucrar com tudo isso.

  29. Caro Nassif. ai de nós se não
    Caro Nassif. ai de nós se não tivéssemos cabeças como a tua, do Paulo Nogueira Batista Jr., e outros bons profissionais cuja responsabilidade já foi comprovada com sobras.
    Nossas Escolas Econômicas dedicam muito poucos estudos ao tema, que é de extrema relevância por estar agregado ao comércio exterior (IN e OUT) e por consequência ao desenvolvimento. Apesar de ser um tema político (veja o caso: duas cabeças privilegiadas como E.Gudin e Roberto Campos num lado da Quadra e A.F. Schmidt do outro e um ser eminentemente político na Presidência, como juiz da partida).
    No caso atual, deixar assunto de tal relevância nas mãos de duas “zebras empalhadas” Como Mantega e Meirelles também é demais. Ou seja, oscilamos entre céu e inferno e o foco na oportunidade para encher nossas “burras” de dólares e euros completamente perdido. E ainda têm o Celso Amorim de contra-peso. Sabe quando seremos promovidos ao 3o. mundo? NUNCA!!!
    Como é mesmo aquela história do desenvolvimento/crescimento desejados pelo Sr. Luis Silva?

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