As concessões e a matemática

Na aba de ECONOMIA, a Coluna Econômica explica como deverá ser a estratégia federal para corrigir o mal feito das licitações de rodovias federais.

Luis Nassif

30 Comentários

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  1. Sou a favor de pedágio. Mas
    Sou a favor de pedágio. Mas de pedágio honesto. O que temos, principalmente no Estado de São Paulo, é um furto legalizado. Por isso, parabéns ao governo federal pela iniciativa de controlar o cartel das concessionárias, que tanto mal cusam para a economia do Brasil.

  2. Também acho que haja alguma
    Também acho que haja alguma pirotecnia nas ações da Polícia Federal, nessas diligências para apuração de crimes do colarinho branco. Fora isso, duvido muito que haja ilegalidades. A classe dominante deste país tem uma enorme solidariedade com seus pares, inclusive os corruptos, e imediatamente passaria a berrar muito alto, ensurdecendo todo o país.
    Finalizando, achei o comentário do sr. Marco Antonio, abaixo, um pouco estranho. Em lugar de ações políticas legítimas, defende a sonegação fiscal, contra a ganância do Estado. Aposto que os integrantes da ganância privada concordam com ele.

  3. Deve-se ficar atento as
    Deve-se ficar atento as declarações do Dr Mariz,afinal ele sempre foi o grande advogado dos bandidos da elite e,desta forma,sabe melhor que ninguém as falhas processuais,caminhos pelos quais fatalmente esta gente continuará nas ruas com suas mazelas.No entanto,gostaria de defender aqui a forma de atuação da PF,ou será que alguém acredita que a PF com meia dúzia de agentes e portando um manda de busca conseguiria passar da portaria da Daslu ?Tem que mostrar forçã para esta gente não ligar para seus apaniguados nos governos e na justiça.

  4. Nassif, dá uma olhada na
    Nassif, dá uma olhada na chamada na página principal do Globo Online. Se refere exatamente à questão dos pedágios:

    link: (quebrado, juntar as linhas):
    http://oglobo.globo.com/economia/
    mat/2007/01/15/287415030.asp

    Destaque:
    ‘Financial Times’ diz que Brasil *SEGUE* tendência estatizante de Chávez

    Complemento:
    BBC: para jornal, falta de direção

    Título da matéria interna:
    Brasil *PODE* estar seguindo tendência estatizante de Chávez

    Trecho da matéria interna:
    “os eventos no Brasil PARECEM refletir uma falta de direção mais do que uma mudança consciente para a esquerda”

    Taí mais uma contribuição para a sua coleção Manchete X conteúdo real. Além de ser puramente especulação.

    Um primor de FUD.

  5. Muito oportuna essa
    Muito oportuna essa discussão, os pedágios estão caríssimos.
    Ainda assim, acredito que o sistema de concessões à livre iniciativa é melhor. Querendo ou não, as estradas estão em bom estado, sinalizadas e muito mais seguras.
    O triste vai ser pagar pedágio para o Estado e transitar em estradas de péssima qualidade, porque, com certeza, o dinheiro arrecadado será usado para tapar rombos do Tesouro. Como sempre.

  6. Caro Nassif..
    Se me permite
    Caro Nassif..
    Se me permite gostaria de responder o internauta Luiz:Não Luiz,veja o caso do Bigs-Ronald Bigs-que fugiu p/ o Brasil após aquele assalto ao trem pagador.Voltou 30 anos depois,idoso e doente,mas não se livrou da pena de 30 anos lá na inglaterra.Nem a idade nem a infermidade foram motivos para
    livra-lo da cadeia.Na Inglaterra Luiz;
    aquele país onde a Constituição é
    consensual.Lá é cana.Ah Luiz,parece
    que lá ,preso é preso, tanto faz ser
    advogado,engenheiro ou pedreiro.

  7. Quer dizer que depois de
    Quer dizer que depois de quatro anos no poder, a Casa Civil resolveu suspender temporariamente a licitação “para pensar em uma estratégia”.

    Bonito, não? Quatro anos de inoperância para mudar as regras do jogo faltando cinco minutos para o apito inicial. Típico do governo Lula-preguiça, mas tudo bem…

    E a solução? Criar uma empresa pública! Genial! Como se fosse possível criar uma que não servisse de cabide para os indicados dos “caciques” do governo, que são eleitos com doações… das empreiteiras, que seriam “reguladas” pela Rodobrás!

    Mais ainda: tal empresa apresentaria uma proposta “factível” para uma das estradas, que serviria de baliza para as outras.

    Eu aposto que a proposta da Rodobrás ia ser tão ou mais cara do que a das empreiteiras, e que em menos de um ano ela estaria contribuindo para puxar para CIMA os pedágios!

    Mas alguns ainda acreditam que qualquer problema se resolve com a interferência do “leviatã” estatal…

  8. Caro Nassif,

    Vamos a uma
    Caro Nassif,

    Vamos a uma questão paralela, mas com pontos em comum.

    Você, ou alguém, poderia imaginar a razão pela qual a ANP introduziu aquela regra restritiva no recente leilão de concessões de exploração?

    Esta modificação, inibitória da licitação ampla e limitadora até da arrecadação possível pelas concessões, a par de ter melado a rodada, a quem ou a que interesses poderia servir? Não parece ser o interesse público…

    Abraço

  9. Houve um abuso de agências,
    Houve um abuso de agências, sim, um número excessivo. Agora a apropriação do Estado pelas empresas privadas é algo que ocorre independentemente das agências. O monitoramento tem que ser sobre qualquer modelo.

  10. Mereço! O preferido das
    Mereço! O preferido das escolas privadas na Folha e na CBN chama-se Gilberto Dimenstein, meu caro. Nunca escrevi sobre o tema.

  11. Oi Nassif

    Quando vc diz :
    Oi Nassif

    Quando vc diz : “Agora a apropriação do Estado pelas empresas privadas é algo que ocorre independentemente das agências.” até concordo. Só que o modelo de agências é mais poroso a apropriação, demandando controle maior ainda.
    ( )s Paulo

  12. Será a CRATERA,um monumento
    Será a CRATERA,um monumento às PPPs? Concessionárias unidas jamais serão vencidas!Esse slogan parece familiar…Pergunta-se aos críticos contumazes,:um contrato suspeito,com vício,ou denúncia de ilegalidade,deve ser aprovado e assinado porque se passaram quatro anos ,ou porque o prazo expira em horas?A responsabilidade pela má gestão,ou negligência financeira.,quem responde por elas?
    Certamente não será o contribuinte que sentado na poltrona assiste a mais um “round” da CPI,torcendo que prendam os “canalhas”,sorvendo o seu drink em família.

  13. Carlos de Mendonça, não sei
    Carlos de Mendonça, não sei se você sabe, mas o lucro extraordinário dessas empresas que operam as estradas brasileiras se deve exatamente ao elevado valor cobrado no pedágio. Como que isso pode ser bom para o Brasil? Como diz bem o Nassif, o alto preço dos pedágios significa um custo Brasil. As empresas precisam pagar altos pedágios para escoarem as suas produções, isso aumenta o custo do transporte e consequentemente o preço final do produto, o que prejudica a competitividade dos produtos nacionais. Isso sem falar é claro no cidadão comum, que gasta uma fortuna para se movimentar de uma cidade para outra.

  14. Olá Nassif,
    Veja só:
    Olá Nassif,
    Veja só: “…houve um erro qualquer de estimativa na ANTT…”. Logo a seguir voce considera que o que ocorrerá será a criação de uma empresa pública, etc.
    Olha, eu não sei, mas aqui não temos o caso da polícia da polícia da polícia…. ?
    Eu acho que o modêlo de agências reguladoras não é ruim. Já disse tambem que onde falta competência nenhum modêlo presta. Dedetizem-se as agências e a coisa anda, enfim mais técnica e menos política.
    Mas é só minha opinião de 2 centavos.
    [ ]´s

  15. Quando se fala em abaixar os
    Quando se fala em abaixar os preços dos pedágios extorsivos nas rodovias paulistas, imediatamente se fala que não se pode quebrar contratos, que temos seguir sendo extorquidos para não assustar o “deus” mercado.
    Realmente o que está faltando é governante honrado, que esteja conciente que o importante é a população, que depende destas rodovias para transitar e cuja contrução foi feita com os impostos pagos pela mesma e não um cartel de empreiteiras oportunistas, que provavelmente deve ter muitos “amigos” na sua folha de pagamento

  16. Parece que não encontrou-se
    Parece que não encontrou-se ainda o modelo justo, fica claro que não existe receita de bolo. Aparentemente o lance do contrato “turn key” do metrô de São Paulo tira a capacidade do governo acompanhar as obras mais de perto e abre espaço para abusos. É estranho também que as 4 maiores empreiteiras tenham se juntado nas obras do metrô! Onde esta a concorrência?

  17. Depois do neoliberalismo,
    Depois do neoliberalismo, agora temos o neopatrimonialismo. Nassif tem razão e não é somente nas rodovias que acontece esse mesmo problema. As concessões de terminais portuários igualmente, pois, os investimentos foram diminutos diante das receitas e o gap de produtividade entre o Brasil e os países desenvolvidos, em termos absolutos, hoje, é maior. Ademais, os portos copntinuam sendo gargalos da nossa competitividade.

  18. É o que eu já disse com
    É o que eu já disse com relação a essas agências. Foram formadas por provenientes das etatais. Não é muito provável que essa gente, que ocupava cargos de “confiança” em um DNER da vida, não teria ido para a ANTT? Uma estrutura criada por essa gente terá uma cultura semelhante a original, com os vícios inclusive. Quem será que saiu do DNER e foi pra a ANTT. Teriam sido os melhores quadros ou os quadros mais próximos aos politicos e burocratas? Teria sido que queria mudar e revolucionar ou quem queria manter os privilégios? E os funcinários terceirizados, não teriam sido indicados por padrinhos políticos para exercer funções importantes nas agências, já que não havia quadro formado na própria instituição? Que cultura essa gente levou para as Agências, que cultura está formada nestas agências?

  19. Botina, entre na campanha
    Botina, entre na campanha “faça o Nassif parar de falar besteira”, me explicando de novo essa história de que o aumento do movimento provoca um aumento correspondente de despesas que anula os ganhos adicionais do aumento do faturamento do pedágio. A besta aqui não entendeu.

  20. Como disse um integrante do
    Como disse um integrante do MP: O lucro do pedágio é maior do que o tráfico de drogas…
    Essa empresa estatal espelho já deveria ter nascido na gestão de FHC, pois as principais concessões ocorreram durante o Tucanato, principalmente em São Paulo… Enquanto isso o frete – custos – continua influindo nos preços finais aos consumidores do eixo Rio/SP/MG.

  21. Ou as premissas estão
    Ou as premissas estão erradas, ou faltam infomações, ou os resultados estão equivocados, mas é impossível esse fluxo oferecer uma taxa interna de retorno anual de 17%.
    Por favor, reveja essas contas, meu caro.

  22. Pertinente o comentário do
    Pertinente o comentário do Paulo de Tarso. A lei garante a revisão de contratos, mas não se iludam. É so olhar para as tarifas do pedágio no Paraná. Foram feitas “n” tentativas na justiça com esta intenção. Existe até uma Associação contra o pedágio, quer dizer contra a tarifa abusiva do pedágio. Aqui, por exemplo se paga R$ 9,80 (praça de Jataizinho, cidade onde nasci) para andar por 60 kms em uma estrada não duplicada, acostamento precário (quando existem), sem terceira pista em aclives, sem viadutos, passando dentro de perímetro urbano, quebra molas, etc, etc, ………..

  23. Nassif, tive que fazer uma
    Nassif, tive que fazer uma conta de chegada, para atingir a TIR de 17,00% neste fluxo que você colocou na premissa: inclui um reajuste anual de 1,00% na tarifa, aí cheguei ao 17,93%. A concessão de $100 mi, e os demais custos, dividi em 10 anos … Será que minha conta está errada?

  24. Caro Sr. Nassif
    Esclarecendo
    Caro Sr. Nassif
    Esclarecendo o fato que solicitou sobre crescimento do tráfego acima das projeções.
    Todos os investimentos ( e respectivos custos operacionais) necessários a ampliação da capacidade da rodovia e manutenção da qualidade do nível de serviço operacional contratado não entram no re-equilíbrio contratual, logo mantêm-se na mesma proporção do projeto.

    Atcs,
    Joca Botina

  25. Nassif, acredito que o
    Nassif, acredito que o problema independe do modo de avaliar o retorno da concessão de um pedágio. Assim como você utilizou a TIR, poderia ter utilizado o FDC (muito mais correto, aliás). E você também se esqueceu de dizer que essas concessões são entregues ao concorrente que apresenta o menor preço de pedágio no hora do “bid”! Ou seja, o menor preço é efetivamente praticado, dentre aqueles que foram apresentados! E, por fim, existe uma coisa chamada contrato. Reajustes, valores de manutenção etc. estão contidos neese pequeno calhamaço de papel chamado contrato. Reclamar de pedágio alto depois do processo ter sido finalizado é no mínimo hipocrisia. Se se quer baixar o nível de pedágio, limite-se o valor na hora da concessão e, com base na matemática financeira usada pelos interessados, avalie-se as ofertas…

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