Ásia e Brasil

Do “Globo” de hoje, sobre o comércio Brasil-Ásia, mostrando a diferença entre dominar o processo produtivo e ser meramente um exportador de commodities:

Produtos importados pelo Brasil:

• circuitos integrados e microconjuntos eletrônicos;
• partes e acessórios de máquinas para processamento de dados;
• partes de telefones celulares, dispositivos de cristal líquido;
• têxteis;
• aparelhos para interrupção e proteção de energia;
• óleos de combustíveis;
• automóveis de passageiros;
• químicos;
• motores, geradores e transformadores;
• bombas, compressores e ventiladores;
• motocicletas e bicicletas;
• brinquedos, jogos e artigos para diversão.

Produtos exportados pelo Brasil:

• Minério de ferro;
• Alumínio em bruto;
• Carne de frango;
• Ferro-ligas;
• Pastas químicas de madeira;
• Catodos de níquel;
• Etanol;
• Suco de laranja;
• Soja;
• Óleo de soja;
• Óleos brutos de petróleo;
• Couros e peles;
• Motores para veículos e partes;
• Fumo em folhas.

Luis Nassif

52 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Dalton, foi fechado
    Dalton, foi fechado recentemente, mas com a condição de metade ser fabricada na própria China. Não entrou nos dados porque a venda é para 2007.

  2. Nassif,

    Oops ! Melhor checar
    Nassif,

    Oops ! Melhor checar a informação em :

    http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/secex/depPlaDesComExterior/indEstatisticas/balComercial.php

    no quadro intitulado :

    Indicadores e Estatísticas de Comércio Exterior.

    Planilha : Jan-Jul/2006

    Ou ver a mesma planilha, que transcrevi e publiquei em :

    http://spreadsheets.google.com/pub?key=phSsjVuWlP_sTTiJc6EklCw

    Acho que está mais transparente e imparcial.

  3. Há cerca de 4/5 anos, a China
    Há cerca de 4/5 anos, a China importava óleo vegetal (soja/milho), farelo, farinha, ou seja, produtos vegetais com um certo grau de processamento.Pois bem, a partir do ano passado, os chineses importam quase que exclusivamente o grão de soja. O restante, ou a agregação de valor, eles fazem lá mesmo.
    Haverá um limite para a China? Até onde as exportações deles podem chegar, sem comprometer a capacidade de geração de divisas de outras nações?

  4. Difícil comparar qualquer
    Difícil comparar qualquer país com a China. Pouquissimos países podem ter uma balança superavitária nos produtos citados.Os motivos são óbvios,manipulação escandalosa do câmbio,salários absurdamente baixos para os padrões mundiais,ou seja,a China faz a verdadeira economia do Dumping através de “mágicas” que com certeza trarão problemas futuros a toda economia mundial.Comparar somente o Brasil nesta questão de produtos manufaturados X commodities permite uma avaliação errada do quadro mundial.

  5. Certamente a passagem da
    Certamente a passagem da segunda lista para a primeira lista envolve um “prolongamento” do ciclo produtivo brasileiro, desde a fase de idealização, avaliação e projeto, depois, pela organização correta dos agentes produtivos e das cadeias produtivas. Parece que em nosso país as cadeias produtivas estão sendo interrompidas e cortadas antes de atingirem um nível crítico de produção de riquezas. Este ponto de concepção e elaboração das riquezas precisa de uma conversa adequada e de mais esforços integrados e concentrados.

  6. NASSIF,

    Li com acuidade o
    NASSIF,

    Li com acuidade o nome dos produtos importados pelo Brasil, do continente asiático. Faltou nesse rol um item de suma importância: HOMENS ou MULHERES, dependendo do ângulo em que se detém, ou seja, importação ou exportação (o que for melhor para a nossa BALANÇA COMERCIAL, para manter o TOC do equilíbrio).
    Especialistas acreditam que a disparidade sexual, entre homens e mulheres na China poderá levar esse país ao caos. Os abortos sistemáticos, praticados contra os bebês de sexo feminino, está levando à loucura a busca por mulheres, atualmente, naquele país. Ali “abundam” homens, como barata em dias de muito calor. Sobram mais de 45 milhões de varões, “macho men” ( não respondo pela total veracidade das palavras entre aspas). O seqüestro e a venda de mulheres já é coisa comum pois ,tão raro tem se tornado tal preciosidade (a mulher, é claro). A testosterona represada, no lado de lá, é tanta, que estão até raptando mulheres de países vizinhos como Coréia do Norte, Tailândia e Vietnã. A Índia lá vai pelo mesmo caminho.
    Como no nosso país, a oferta do artigo masculino tem sido menor que a procura, sugiro ao MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES que:

    1 – importe homens chineses e indianos;
    2– exporte mulheres brasileiras;
    3- faça permutas dessas mercadorias;
    4- exija que para cada produto asiático importado, venha de brinde um varão;
    5- para cada produto brasileiro exportado, mande de brinde uma brejeira e “caliente” cabloca.

    A opção por uma destas sugestões quebrará o fiel de nossa BALANÇA COMERCIAL, com muitos “tocs” de felicidade para ambos os lados.

  7. Nassif, exportamos também
    Nassif, exportamos também muita mão-de-obra. Nossos dekassegues enviam anualmente bilhões de dólares para o País, que servem para movimentar e muito a nossa economia.

  8. Nassif , 100% de correção ,
    Nassif , 100% de correção , No núcleo da questão. Ouço a mais de 20 anos a mesma Afirmação , não devemos continuar exportando apenas matéria Prima , mas produto Final com valor agregado. Claro que o País tem condições de brigar por esse mercado , só que ainda insitimos no mesmo erro de acomodação. No Agronegócio também não mudamos a mentalidade das épocas passadas ainda vivemos a mentalidade de produzir muito com pouca variedade.
    o essencial que os outros não tem é a matéria Prima , só que nos precipitamos a vender e dar o essencial para Produzirem ocupando nosso espaço. Os Homens de Vendas do País são brilhantes e Alguns se comparam a fenômenos do Exterior , porque não iniciar uma mudança de mentalidade e de cultura em exportação , e mandar para fora os produtos e não o insumo. Ganharíamos em média 15 a 20 vêzes mais. Bom isso é um Ideal , podemos pensar assim não?
    .’. André

  9. Ah, mais assim, nominalmente,
    Ah, mais assim, nominalmente, não é possível se notar a real (e enorme) diferença, que é a de valor agregado.
    Desse jeito, um “cabeça-de-planilha” qualquer pode acreditar em superavit, ainda mais com o advento das exportações de etanol…

  10. Faltou na relacao de produtos
    Faltou na relacao de produtos exportados pelo Brasil,o principal,que pouca gente nota-a agua,pois ela vai embutida. Gostaria que voce comentasse.

  11. Nassif, boa tarde.
    Que o
    Nassif, boa tarde.
    Que o Brasil é um grande exportador de Matéria prima ninguém nega. Agora, porque o Brasil não exporta produtos manufaturados? Por que ao invés de mandar minério de ferro, nao mandamos o produto acabado? Além dos contratos de fornecimento em vigencia, que devem ser cumpridos, existe outro fator?

  12. Lembrei do Sr.A.Gurgel,e com
    Lembrei do Sr.A.Gurgel,e com certeza há outros tantos.Com certeza se em decadas passadas tivessemos privilegiado empreendimentos nacionais sérios,não estaríamos,ainda,exportando”farinha&padeiro”e importando”torradinha francesa”.Mas está mudando.Como vc.mesmo citou aqui,postado que dizia da construção naval e dos benefícios no rastro de tal empreendimento.Bendito G.Vargas,o petróleo e o minério.Onde estaríamos hoje?Na Colombia?

  13. Enquanto o Brasil não agregar
    Enquanto o Brasil não agregar valor as suas exportações, continuaremos a crescer pouco, a gerar empregos mau remunerados, a ter operários mau qualificados, ( pois produtos com maior valor agregado utilizam mais tecnologia em sua produção, portanto necessitam de trabalhadores mais qualificados).Isto sem contar os enormes riscos ambientais de se permanecer em um modelo fortemente ligado as exportações de commodities com baixo valor agregado. Lembre-se do Fator China, que cada vez mais exige commodities, a soja em primeiro lugar, transferindo os custos ambientais e sociais para o Brasil. Custos ambientais como o enorme desmatamento na amazônia mais precisamente no Mato Grosso, nova fronteira da soja, avançando até as matas ciliares, assoreando cursos d’agua da bacia amazônica.Basta lembrar que a água será um recurso natural extremamente importante num futuro próximo. Temos de lembrar também que a monocultura é danosa a fauna e flora locais pela enorme quantidade de defensivos agrícolas que utiliza, que acaba escoando nos rios, contaminando os ecossistemas. quanto aos custos sociais, a baixa qualificação do trabalhadores, o baixo nível de emprego, já que estas monoculturas são na sua maior parte mecanizadas, exigindo pequeno número de trabalhadores para uma grande produção, baixos salários e concentração de terras nas mãos de grandes latifundiários, expulsando agricultores tradicionais para longe de seus locais de origem, obrigando-os a migrar para a periferia dos grandes centros urbanos, inchando-os ainda mais.Estaremos preparados para estes enormes custos socio-ambientais, ou chegou o momento de se ter uma estratégia para agregar valor ás nossas exportações?

  14. Oi Nassif:

    Exportamos
    Oi Nassif:

    Exportamos energia (principalmente elétrica), alumínio é o melhor exemplo disso. Nossa agroindústria tem uma competividade forte.Mas a lista parece incompleta ( cade os aviões da Embraer). Ainda exportamos muitos cérebros ( veja o êxodo de cientistas brilhantes da academia brasileira para o exterior).
    ( )s Paulo

  15. Olá Nassif,
    Pensei em
    Olá Nassif,
    Pensei em escrever antes neste tópico, mas achei que ficaria muito extenso.
    Trabalho numa empresa exportadora de produtos “engenheirados” (máquinas-ferramentas) e conheço bem as dificuldades e limitações que temos por estas bandas.
    Poderia, entre outros fatores, citar a mão-de-obra sem qualificações, más condições de financiamento de produção, dificuldades de escoamento (estradas, portos, etc.) e tantos outros.
    Sou um otimista por princípio, mas está cada vez mais difícil notar a pasmaceira que nos cerca e permanecer otimista.
    [ ]´s

  16. Comentários soltos e
    Comentários soltos e desprenteciosos:
    1) antes exportar commodities do que não exportar nada;
    2) fabricar todos esses bens com liberdade de expressão zero e pena de morte é uma desvantagem (não tenho dados sobre o trabalho escravo na China);
    3) importar esses produtos também é sintoma de um mercado em bom movimento;
    4) Depois de décadas de má gestão, não dá para para fazer mágica…

  17. Nassif,

    Cada vez acredito
    Nassif,

    Cada vez acredito menos nos empresários brasileiros. Lembro-me de um fato ocorrido no final de 2002. Naquela época o saco de 50 Kg de cimento chegou a custar R$ 21,00 em Goiânia. O detalhe é que aqui temos fabrica de cimento a 60 km de distância, na cidade de cesarina e todos os insumos utilizados são locais. A desculpa para a prática deste preço era de que, mesmo com todos os insumos locais, o preço do cimento seguia o mercado internacional. Reféns destes preços os empresários da construção civil de Goiânia se uniram e compraram cimento do oriente médio, de boa qualidade e que chegou aqui (depois de atravessar o oceano de navio e ser transportado por caminhões por mais de 1.000 kms) ainda mais barato do que aquele fabricado aqui do lado. Outro fato mais recente diz respeito à redução do ipi da cesta básica de produtos da construção civil. Apesar da grande redução realizada em mais de 200 produtos, alguns com ipi zero, foi efetuado um levantamento do preço final praticado depois da renúncia fiscal e: surpresa! Não houve redução de para o consumidor final. Melhor ainda é saber que, só em renegociação de dívidas, o setor agrícola já levou do governo federal mais de 50 bilhões desde 2000. E aqui em Goiânia todos os agropecuaristas colaram em suas pickups importadas o adesivo: “lula, a pior praga da agricultura”. Sei não, mas para mim cada dia fico mais convicto de que este país não tem jeito não…

  18. Nassif,

    Cada vez acredito
    Nassif,

    Cada vez acredito menos nos empresários brasileiros. Lembro-me de um fato ocorrido no final de 2002. Naquela época o saco de 50 Kg de cimento chegou a custar R$ 21,00 em Goiânia. O detalhe é que aqui temos fabrica de cimento a 60 km de distância, na cidade de cesarina e todos os insumos utilizados são locais. A desculpa para a prática deste preço era de que, mesmo com todos os insumos locais, o preço do cimento seguia o mercado internacional. Reféns destes preços os empresários da construção civil de Goiânia se uniram e compraram cimento do oriente médio, de boa qualidade e que chegou aqui (depois de atravessar o oceano de navio e ser transportado por caminhões por mais de 1.000 kms) ainda mais barato do que aquele fabricado aqui do lado. Outro fato mais recente diz respeito à redução do ipi da cesta básica de produtos da construção civil. Apesar da grande redução realizada em mais de 200 produtos, alguns com ipi zero, foi efetuado um levantamento do preço final praticado depois da renúncia fiscal e: surpresa! Não houve redução de para o consumidor final. Melhor ainda é saber que, só em renegociação de dívidas, o setor agrícola já levou do governo federal mais de 50 bilhões desde 2000. E aqui em Goiânia todos os agropecuaristas colaram em suas pickups importadas o adesivo: “lula, a pior praga da agricultura”. Sei não, mas para mim cada dia fico mais convicto de que este país não tem jeito não…

  19. Coutinho, se a China consegue
    Coutinho, se a China consegue entrar e competir com produtos que fabricamos internamente, significa que conseguiram vantagens competitivas expressivas. Diariamente os jornais noticiam novos setores em que os produtos chineses estão derrotando a indústria nacional aqui, em pleno Brasil.

  20. Creio que n:ao sejat:ao
    Creio que n:ao sejat:ao simples, todososprodutos listados tanto de importação e exportação Brasileira são produtos que exigem processos modernos de produção para competir.

    O caso do etanol,soja e do petróleo(águas profundas) o brasil e líder em tecnologia.

    Diria que hoje determinados produtos eletrônicos exigem muito menos tecnologia modernas do que a produção de etanol,petróleo de águas profundas, Minério de ferro e soja(genética de ponta).

    É bom lembrar que na China mais de 100 acidentes com mortes ocorreram na minas em 2006, alguns casos mais de 100 mortos,

  21. Incrível como a Embraer ficou
    Incrível como a Embraer ficou popular. É a única coisa que defende o orgulho nacional… Claro que é melhor que antes, quando estaríamos reclamando de vc não incluir os jogadores de futebol na lista, mas ainda é uma falta de opções desconfortável.

  22. Nassif,
    Com este câmbio eu
    Nassif,
    Com este câmbio eu não vou ficar surpreso se importarmos goiabada cascão da China… E então vai aparecer um monte de gente para comemorar que o Brasil é o maior exportador de goiabas do mundo!

    Agora… “goiaba” mesmo somos nós brasileiros por aceitar uma política tão irresponsável como a do Sr. Meirelles, não?

  23. O da China permite um
    O da China permite um crescimento de 10% ao ano; o do Brasil, de 2,7%. Prefiro o desajuste da China que o “equilíbrio” do câmbio brasileiro.

  24. Nassif,
    Grato pela
    Nassif,
    Grato pela resposta.
    Porém essas vantagens competitivas que voce menciona e que tanto facilitam a entrada dos produtos chineses no Brasil, tanto podem ser:
    1. tecnologia mais eficiente, e sua tese se sustenta.
    2. mesma tecnologia, porém menor custo de mão de obra , reclamação unânime em todos os países que se vêm ameaçados pelo “boom” chinês, e que pode ter nada a ver com domínio do processo produtivo.

  25. Oi Nassif

    Não esquecer que o
    Oi Nassif

    Não esquecer que o Brasil reconheceu a China como economia de mercado.
    Mas o relatório fala de Ásia , isso e mais que China, é Japão , Singapura, Formosa ….
    Mas que a nossa relação com a emergente economia chinesa atrai comentários é indiscutível.
    Alias , dos países do BRIC , nossas instituições parecem ser as mais democráticas, o que é digno de comentário.
    ( )s Paulo

  26. Nem o sapo, nem o prícipe,
    Nem o sapo, nem o prícipe, para usar o título de uma coluna minha na qual o Markun se baseou para o título do seu livro.

  27. Falar em “agregar valor” é a
    Falar em “agregar valor” é a coisa mais obvia . Todos concordam. Difícil é fazê-lo. Equivale a dizer que para escalar o Everest é preciso subi-lo.
    Talvez a resposta esteja mesmo nas vantagens comparativas (apesar de que manipulação de cambio é trapaça das grandes). A grande vantagem comparativa da China é o tamanho , passividade e produtividade de sua população. Mas como tudo que é sólido se desmancha no ar, a coisa mudará. A sociedade vai exigir cada vez mais novos padrões de consumo. E novos padrões de liberdade. Assim as comodidades , em um futuro não muito distante, obrigatoriamente serão super valorizadas. Ë obrigatório para o reequilibrio.

  28. Não tenha dúvida, que os
    Não tenha dúvida, que os problemas são gigantescos. Na aba de ECONOMIA republiquei algumas colunas que escrevi sobre o tema alguns anos atrás. Por isso mesmo sempre achei que o Brasil tinha condições muito mais objetivas para ser o motor do mundo.

  29. temos um realidade que nao
    temos um realidade que nao foi postada no comentario…china tem 1 bi de habitantes..maior parte do pais montanhas… leis trabalhista ,salarios (escravos) …. cultura milemar…como aplicar mesma ideias que se usa na china no brasil? gostaria de saber esta resposta…

  30. Quem é um pouco mais “antigo”
    Quem é um pouco mais “antigo” deve lembrar-se do Horacio Coimbra (da Cacique- café solúvel). O sonho dele era que um dia, cada chinês tomasse uma xícara de café em substituição ao chá. Esse dia está próximo, basta ver o que ocorreu no Japão com o hábito do chá. Eles querem mesmo é tomar uma bebida forte, estimulante. Bastou a renda aumentar, para haver a mudança nos hábitos.
    Na China não será diferente: café, carne, sucos.
    Todo mundo também sabe, que apesar do tamanho, a China dispõe de poucas terras agricultáveis. Todas utilizadas. Ou seja, o limite da produção já foi alcançado.
    Não quero com isso parecer otimista, mas são fatos.
    E os metais? Hoje importam ferro bruto. Amanhã seremos nós a impor condições : olha, ferro não temos, mas se quiser temos aqui varios tipos de aço.

  31. Esse “Globo” é mesmo uma
    Esse “Globo” é mesmo uma maravilha, então aqueles navios estrangeiros que vêm no porto do RJ pegar carros na verdade estão levando os bichinhos pra dar uma volta. Achei que fosse pra exportar. Que vergonha, quanta parcialidade. Sera que falavam isso de 1994 a 2002?

  32. Nassif, falando um pouquinho
    Nassif, falando um pouquinho mais sério, responda-me o seguinte:
    Esses produtos “asiáticos” que você descreveu, “são” realmente de quem? Promovem empregos de boa qualidade para os “asiáticos”?
    Senão vejamos:
    – Circuitos integrados… são de empresas americanas e japonesas;
    – partes e acessórios de máquinas… americanas, alemãs, etc;
    – partes de celulares…
    – têxteis – produzidos a partir de licenciamento de empresas americanas e européias, manufaturados com “mão de obra escrava”, com salário de fome, sem cobertura de previdência, sem assistência médica, etc.
    – para cada um dos outros produtos, uma explicação semelhante…

    Com as privatizações, ora as privatizações, muitas de nossas empresas foram vendidas (ra ra ra- roubadas) para grupos internacionais, nos restando ser meros “operários”; daí todo movimento em prol da “liberalização das leis trabalhistas”;

    É isso que você quer para o Brasil, Nassif? Que nos tornemos operários de 5ª categoria para os americanos, europeus e japoneses? Pelo jeito você caiu na armadilha deles. É justamente essa sua opiniãozinha “inteligente” que eles querem alimentar.

    Por outro lado, os produtos primários brasileiros nos mostram que podemos agregar muito valor às nossas exportações sem ter que aumentar muito a área plantada ou a exploração mineral. Temos uma grande gama de produtos que iremos processar aqui, antes de exportar. Isso é um movimento que já está acontecendo, mas ele é lento, e se perdeu muito tempo nos últimos governinhos de direita (ou torto, sei lá).

    E não me venha dizer que as empresas “cresceram” após a privatização, que não cresceriam tanto se não tivessem sido privatizadas, porque está aí a Petrobrás pra desmentir essa teoriazinha sem-vergonha (de novo, os macacos repetem o que os tubarões plantam).

    80% do que se compra nos Estados Unidos é produzido na Ásia. E gerando riqueza para os americanos, não para os Asiáticos. O Vicente Fox (se não me engano é Vicente o seu prenome), presidente do México, em sua última passagem pelo Brasil, se gabava todo de ter nos Estados Unidos seu principal parceiro comercial, consumindo cerca de 98% de todas as exportações mexicanas. Isso é bom Nassif?

  33. Porque jornais como o Globo,
    Porque jornais como o Globo, Folha, revista veja, Epoca não mostra como é produzido estes produtos na China, porque com as leis trabalhistas existentes no Brasil jamais iremos produzir nas mesmas condições dos chineses, fazem uma analise covarde sem mostrar o problema.
    Mais num pais em que temos que ouvir comentarios todo dia de Miriam Leitão e a justiça brasileira tentar proibir e punir um vidio de uma senhora sem o menor pudor numa praia com cenas que mais pareciam filme porno achar que é invasão de privacidade e as pessoas que estavão na praia crianças senhoras idosas o que esperar desta imprensa que banaliza a sacanagem.

  34. Para ARBENZ

    Em primeiro
    Para ARBENZ

    Em primeiro lugar peço-lhe desculpas pelo erro na escrita de seu nome, em segundo agradeço pelo elogio a meus comentários e, em terceiro, obrigada pela forma delicada e inteligente com que me respondeu. Gosto de pessoas como você, que primam pelo debate das idéias, sem se resvalar pelo ataque pessoal.
    Arbenz, nunca estive na China, embora tenha uma paixão pelo mundo oriental (assim como pelo Oriente Médio) e leia tudo que me caia às mãos, também, tenho um casal de amigos chineses que visitam sempre a pátria do sol nascente.
    A análise que faz da China é bem pertinente. O dragão renasce, solta fogo pela ventas e vai engolindo tudo, sem encontrar nenhum “coração valente” que possa detê-lo. Os baixos salários, pagos aos trabalhadores chineses (entre 50 e 150 dólares por mês), possibilitam a esse dragão fazer produtos por valores ínfimos e despejá-los no mercado mundial, na sua maioria rudimentar, usando mão-de-obra sem nenhuma tecnologia. Sem falar que suas fábricas possuem turnos ininterruptos, sendo a maioria dos funcionários composta por camponeses (empurrados pela falta de emprego no campo), os quais não possuem descanso remunerado e nem assistência médica. O sistema previdencial é caótico (mais de 70% dos idosos não têm nenhum tipo de aposentadoria ou seguro-saúde e no campo o desamparo é total). Para inviabilizar a situação dos camponeses, o PC criou um sistema de registros (KOKU) de moradores em seus domicílios, para evitar as migrações internas. Em função de tal sistema, os filhos dos camponeses não possuem direito ao acesso às escolas, tendo o país um grande contingente de analfabetos. A situação dos pobres urbanos ou rurais é bem mais trágica de que a vivida no Brasil, pois não contam com uma rede de segurança social, precisam pagar por serviços de saúde (câncer e aids são as grandes responsáveis pelo endividamento das famílias) e as universidades públicas cobram mensalidades.
    A China vende muito para outros países, mas também compra com avidez, sendo hoje o segundo maior consumidor de petróleo do planeta. A verdade é que os chineses vêm destruindo mercados e economias, mas todo mundo briga, para exportar produtos para um mercado com mais de um bilhão e meio de pessoas, a ponto de abrir mão da ética. Somente para ilustrar, cito o caso do jornalista Shi Tao, condenado a 10 anos de prisão, sob a acusação de revelar segredo de Estado a estrangeiro. Ele havia mandado para um site em Nova Yorque, comentários sobre as preocupações do PC com o aniversário do massacre da praça de Tiananmen. Sua identificação somente foi possível com a ajuda da YAHOO, que passou informações à polícia chinesa. Ao ser questionada respondeu que segue a lei dos países onde atua. A GOOGLE aceitou a autocensura, para conseguir abocanhar parte do mercado. Como podemos ver, a voragem pelo mercado chinês faz com que as empresas façam concessões, cada vez maiores, às exigências do governo daquele país. E, o pior de tudo, caro amigo Arbenz, é que o mercado chinês está sendo disputado a peso de ouro por todos os países. Todo mundo que entrar na festa, nem que seja como penetra, correndo o risco de sair com as vestes rasgadas.
    Até 2008, pelo menos, quando se realizarão os Jogos Olímpicos, naquelas plagas, esse dragão continuará dando as cartas, mesmo que o cassino esteja preparado para fechar as portas, logo depois. Depois…quem viver verá…
    Cabe ao governo brasileiro colocar na balança as exportações e importações feitas e ver qual prato pende para o crescimento de nosso país. E, se necessário for, cortar as amarras, ou negociar com mais justeza, de modo a não prejudicar os trabalhadores brasileiros.
    Um abraço!

  35. Me permitam entrar nos
    Me permitam entrar nos comentarios sobre o comercio Brasil e China, os EEUU estao deficitario em relaçao a China em muitos bilhoes de dolares, e sabemos que os americanos tem tecnologia de ponta, se eles nao conseguem prevalecer com China na balança comercial, para nos é muito mais dificil. Portanto vamos continuar exportando prudutos primarios, e importando o necessario por muito tempo.

  36. A relação produto importado x
    A relação produto importado x produto exportado, mostra bem o quanto a educação – de verdade, faz falta para o conhecimento de uma nação – em especial quando não possui extensão territorial e recursos.O interessante é que os países Asiáticos priorizaram o ensino fundamental para posteriormente voltar-se ao superior, o contrário do país do faz de conta – Brasil, que somente exporta – exceto raros casos, produtos primários.Até quando?

  37. Pior seria se o Brasil não
    Pior seria se o Brasil não comprasse nada da China.Seria voltar a cometer um dos maiores erros do Brasil, que foi a reserva de informática.Um país nem sempre pode fabricar tudo a preços bons por isso importar é muito sadio para a economia.
    Acho que deveríamos avançar e diminuir as alíquotas de importação para muitos produtos eletrônicos.Veja os preços do X-box,PS 3 e Nintendo Wii no Brasil.Fora de qualquer racionalidade.

  38. Brasil precisa urgentemente
    Brasil precisa urgentemente redefinir sua política comercial.

    O País exporta couro e compra sapato.
    Vende grãos de soja, quando poderia vender o óleo de soja.

  39. É claro que deve-se procurar
    É claro que deve-se procurar agregar valor. Mas a exportação de commodities não deveria ser vista com mais carinho já que em muitos produtos a China dificilmente conseguirá ser auto-suficiente, especialmente em alimentos?

  40. Meu caro Nassif.
    Infelizmente
    Meu caro Nassif.
    Infelizmente não sei falar Mandarim, pois se soubesse teria o maior prazer de desvendar o mistério Chinês. A minha opinião sobre a capacidade industrial, e principalmente pela sustentabilidade, do processo de crescimento Chinês varia conforme o vento. As opiniões que tenho, mais por falta de informação confiável, não são totalmente sólidas. Quando analisamos os números brutos do crescimento Chinês ficamos todos maravilhados, quando analisamos o crescimento do passivo ambiental Chinês ficamos todos apavorados. O que é confiável em toda esta informação, os dados macroeconômicos e sociais da China são administrados pela burocracia estatal chinesa, e se a nossa já mente como podemos confiar nesses dados.
    Existem realidades insofismáveis, a China está assumindo o papel de indústria do mundo, por outro lado vemos que a produção de energia desta grande indústria é feita à base de carvão e a responsabilidade ambiental dos mesmos me parece um pouco frouxa. A responsabilidade social dos chineses também me parece que está sendo deixada ao lado no momento em que o capitalismo avança China a diante, como uma indicação disto verifique quantos mineiros de carvão morreram na China pela exploração incorreta das mesmas minas.
    Não conhecemos o mistério Chinês e isto me faz lembrar os grandes movimentos que a China fez na época do Presidente Mao, como exemplo mais enigmático e patético foi o caso dos passarinhos (tenho quase certeza que é um fato real, mas na China tudo é possível), em certa época chegaram à conclusão que os passarinhos comiam grande parte da produção de cereais chineses, que os extinguindo teriam um aumento de produção muito grande. Para levar a cabo esta tarefa o povo chinês passou praticamente um dia batendo panelas e não permitindo que os passarinhos pousassem, após isto os bichinhos morreram do coração. Resumo do feito: Os insetos que não foram comidos pelos passarinhos no próximo ano devoraram mais alimento do que os mesmos, doing!!!
    Parece uma fábula, mas talvez explique um pouco o povo e o governo Chinês.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador