Novo CDES

Nos próximos dias serão definidos os novos conselheiros do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). Com a decisão de envolvê-lo no acompanhamento do PAC, o Conselho ganhará nova relevância. Nos primeiros quatro anos, foi importante para ajudar a convencer Lula a se desvencilhar do modelo Palocci de estagnação. No segundo será importante para o acompanhamento das promessas do PAC.

Luis Nassif

10 Comentários

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  1. Nassif estava eu discutindo o
    Nassif estava eu discutindo o assunto da não inclusão do setor agrário no PAC quando encontrei uma opinião que gostaria que fosse mais debatido. Com a recente crise das batatas fiquei mais convencido da falta de política pública para o setor agrário. O financiamento para novas safras não são analisadas pelos bancos ou gerenciadas pelo Ministério da Agricultura quanto à projeção de valor futuro do produto, se todos os produtores do Brasil resolverem plantar batata, serão financiados pelos bancos públicos. Tente plantar uva para produção de vinhos no norte da França, compre uma terra, procure o Órgão regulador e tente uma autorização, dificilmente você conseguirá. Será que o Brasil é que está certo em deixar o mercado se regular sozinho?

  2. Essa medida é muito positiva,
    Essa medida é muito positiva, mas é preciso avaliar se é suficiente. Como disse o Nassif, o PAC não é o plano estratégico, mas um “motor de arranque” dentro do plano estratégico, para superar a inércia e vencer as resistências impeditivas. Talvez seja muito “século 20” falar de plano estratégico, então que se faça referência apenas a “estratégias”. Uma articulação de estratégias.

    A comissão de acompanhamento do PAC não pode ser só do PAC, pois este precisa obrigatoriamente conduzir às diversas linhas estratégicas do país. Portanto, esta comissão de acompanhamento está além dos limites do PAC. É fundamental estabelecer esse contexto, instância, alçada ou atribuição. É essencial elaborar essas estratégias dentro do processo de desenvolvimento do PAC. Quer dizer, o plano de desenvolvimento também é um sistema em desenvolvimento, senão não funciona, e seu desaguadouro é o tecido estratégico.

    Sem essas perspectivas, o PAC pode dar alguns passos e tornar-se inócuo, por ficar estanque em seus limites. Mas irá se expandir, por exemplo, se a ele estiver associado um projeto de curto, médio e longo prazo para a produção massiva de robôs. Produzir robôs e linguagens cibernéticas é sem dúvida uma linha estratégica, e não há como deixar esta e outras linhas estratégicas de fora das atividades e do acompanhamento do PAC.

    Objetivo: o Brasil vai passar a produzir em futuro próximo uma legião, uma geração de robôs, para os mais diversos fins, integrando-os à rede material do cotidiano, as cidades, estradas, casas, veículos e demais objetos. E gerações depois dessa. Por que é estratégico? Porque é o futuro! Se portarem a tecnologia e os valores ambientais e da convivência democrática.

    Mas, para isso, a estrutura de ensino deve se voltar para isso. Os cursos de nível médio. A pesquisa científica e tecnológica. A escola deve ter parte de sua orientação voltada para essa linha estratégica, ou será também inócua, e perderá seu significado e seu valor. O ensino médio deve subdividir-se em várias áreas. A especialização deve começar mais cedo. Os projetos de pesquisa e integração com o mercado também. Um jovem de 18 anos pode ser um cidadão altamente produtivo, em qualquer área. Depende do desenvolvimento e do acompanhamento das atividades da cidadania.

    Concluindo, O PAC não deve se fechar em si mesmo, mas projetar-se em diversas direções, de maneira organizada, e sua gestão deve estar numa dimensão superior à da aplicação imediata de suas medidas.

  3. Eu acho que investimento em
    Eu acho que investimento em infra-estrutura de estradas, portos e aeroportos tem um efeito indireto tão importante nas atividades de agricultura e pecuária que até poderia ser visto como investimento direto, seja para a cebola, a laranja, o milho ou a carne de exportação.

  4. Nassif, aqui do fundão do
    Nassif, aqui do fundão do Brasil, estamos acreditando que este será o primeiro ano da era Lula em que o dólar não vem ladeira abaixo desde o início do ciclo de compra de insumos para a safra de verão. Isso garante que o produto será precificado num câmbio não normal, porém mais estável, o que já é uma desvantagem a menos.

    Um articulista de um certo jornal (já não cito mais o nome) escreveu hoje que que os setores agrícola e de mineração jorraram 150 bilhões de dólares na balança desde 2003, e credita esse número justamente ao câmbio e à intenção do governo, que seria de valorizar estes setores “da idade da pedra” em detrimento da civilizada indústria que, parece, gera mais empregos e riqueza de melhor qualidade, o que o governo não deseja, dá a entender o artigo.

    Não sou articulista de jornal nem economista, mas acho que esse moço falou, falou, distorceu, inventou e chegou à conclusão que queria: demonstrar que o governo é de uma perversidade, incompetência e (que contradição) poder de manipulação maior do que o próprio Brasil, capaz de subjugar os humildes industriais da FIESP e cooptar os potentosos plantadores de grãos do Centro-Oeste/Sul.

    Ora, basta dar uma olhada no mapa dos votos do Lula para ver que onde o agronegócio se estabelece, ele perdeu feio. E mineração só gerava emprego quando se podia soterrar mineiros à vontade em minas improdutivas, trabalhando 16 horas por dia e ainda passando fome. Ou será que ele quer extrair ferro com picareta e fabricar aço no fundo do quintal? Me poupe!

    O governo não faz quase nada certo mas, APESAR dele o agronegócio vai sobreviver. Não por força motriz ideológia nem patriotismo, simplesmente porque há uma estrutura de produção e havia um colchão de poupança que a política econômica não conseguiu destruir.

  5. Nassif

    Bem…é o que dizem
    Nassif

    Bem…é o que dizem os números… Entretanto, penso que precisa cair mais, pois impacta enormemente no bolso da imensa maioria.

  6. Não confio nos planos de
    Não confio nos planos de metas planejados, controlados e implementados pelos governos. Quem nunca ouviu ou leu, que uma estrada ou hidrelétrica foi planejada para operar em 3 anos a um custo de 1 bilhão, porém entrou em operação 5 anos depois à um custo de 2 bilhões.
    O presidente Lula é uma pessoa bem intencionada, porém sozinho,não tem como controlar a máquina estatal, na minha opinião o governo deveria fazer concessões à iniciativa privada ( sem ideologia por favor) e focar:: politicamente nas reformas e necessárias para melhorar a capacidade de investimento privada e financeiramente o dinheiro público somente em educação, saúde.

  7. Nassif,
    Creio que as diversas
    Nassif,
    Creio que as diversas associações, sindicatos, universidades e outros grupos deveriam se unir, ou criar em separado, comissões de companhamento do PAC.O poder de pressão da sociedade seria amplificado e mais democrático, seguindo a direção do crescimento com justiça social.

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