O coração tem razões…

Enviado por Renato Janine Ribeiro

Prezados senhores,

Como tenho sido submetido a uma inquisiçao constante, e vcs receberam uma parte da mesma, me permito mandar um artigo de autor inteligente, que recoloca as questoes nos seus devidos lugares.

atenciosamente,

Renato Janine Ribeiro

Folha de S. Paulo, 24/2/2007

MANUEL DA COSTA PINTO

O carrasco e sua cena

“RAZÃO E SENSIBILIDADE”, ensaio de Renato Janine Ribeiro sobre o assassinato do menino João Hélio Fernandes, publicado no Mais! do último domingo, provocou reações virulentas de adesão e repúdio.

Seria insensato, contudo, ver na intervenção do filósofo uma apologia da pena capital. O texto pode levar água para o moinho da imprensa sensacionalista ou dos defensores de esquadrões da morte. Mas esse é um efeito possível da reflexão de Janine -não seu objetivo.

Escrito sob o impacto do crime, o ensaio revela um impasse. “Algo que é muito importante no exercício do pensamento”, diz ele, “é que atribuamos aos sentimentos que se apoderam de nós o seu devido peso e papel. Não posso pensar em dissonância completa com o que sinto. A razão, sem dúvida, segura muitas vezes as paixões desenfreadas. (…) Mas isso vale quando a dissonância, insisto, não é completa. Se o que sinto e o que digo discordam em demasia, será preciso aproximá-los.

Será preciso criticar os sentimentos pela razão -e a razão pelos sentimentos, que no fundo são o que sustenta os valores.”

O argumento foi severamente criticado na própria Folha por Vinicius Torres Freire, que viu nele uma legitimação da fúria emotiva como plataforma de revisões indiscriminadas da lei penal. Entretanto, a intenção do ensaio não é convocar reformas jurídicas. “Não consigo, do horror que sinto, deduzir políticas públicas”, diz Janine.

O texto é assumidamente hesitante: expõe o horror diante da brutalidade mas também diante do sentimento de vingança, dessa fantasia lúgubre de ver os criminosos supliciados. Se há algo questionável aí, é o fato de explicitar contradições interiores -atitude que não condiz com o papel que o senso comum espera do intelectual.

A melhor resposta a suas ambigüidades, portanto, seria buscar um correlato desse episódio abominável. Pois a execução legal também pode ser um crime hediondo, como sugere o livro “Reflexões sobre a Pena Capital”, publicado há 50 anos, reunindo ensaios de Arthur Koestler (“Reflexões sobre a Forca”) e Albert Camus (“Reflexões sobre a Guilhotina”).

O volume traz discussões sobre os sistemas penais da Inglaterra (onde o húngaro Koestler se radicara) e da França. O foco, porém, são as vivências desse ritual macabro. O autor de “O Zero e o Infinito”, que esteve no corredor da morte durante a Guerra Civil Espanhola, mostra o aspecto grotesco dos enforcamentos e reconstitui casos de carrascos que tentaram suicídio. E Camus lembra a náusea incontrolável de seu pai após assistir a uma decapitação -cena que seria retomada em chave ficcional em “A Peste” e “O Primeiro Homem”.

O livro nos ajuda a materializar mentalmente a cena da execução -cujo calculismo é, a seu modo, tão repugnante quanto o crime que acabamos de testemunhar- e a repelir assassinos e verdugos. “Reflexões sobre a Pena Capital” deveria ser publicado urgentemente no Brasil. Mas, como sabemos, há urgências mais capitais.

… que a própria razão desconhece

Luis Nassif

50 Comentários

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  1. Nassif,
    O rapaz bem que
    Nassif,
    O rapaz bem que tentou, mas… não convenceu.
    A responsabilidade de escrever para o público, sabendo que daí muitos formarão (feliz ou infelizmente, de forma distorcida ou não, e por aí vai) seu juízo, deve ser motivo suficiente para se pautar pela racionalidade e ponderação. E isto, em que pese o seu histórico respeitável como intelectual, o professor Renato J. Ribeiro infelizmente não conseguiu naquele artigo.

  2. Amigos e alunos,

    Toda vez
    Amigos e alunos,

    Toda vez que tiverem uma idéia pré-concebida desconfiem. O ser humano foi “fabricado” para estudar e refletir. Foi fabricado para chegar a um estado mental que lhe permita perceber e refletir sobre a realidade.

    Qual é realidade? A juventude não é mais a mesma. Onde estão aquelas crianças que demoravam dias para abrir os olhos depois de nascer? Não existem. Onde estão as crianças que eram bobonas e não entendiam de nada? Não existem mais. Hoje em dia crianças são obrigadas a decidirem cedo o que fazer com seu corpo. Na história da humanidade sempre os adolescentes usaram seu corpo para sexo, porém a cultura mostrava qual era o caminho correto para este uso. Hoje não. Hoje é uma decisão pessoal. Decisão de pessoas imaturas e emocionalmente volúveis. São adolescentes, que decidem como adolescentes.

    O mesmo vale para o envolvimento com grupos de malfeitores. Adolescentes dispostos a reforçarem sua auto-imagem masculina são facilmente atraídos por estes grupos que lhes fornecem alguns dos elementos mais importantes para a este reforço da masculinidade: dinheiro, poder, mulheres e segurança grupal.

    Chegamos a conclusão: o adolescente sabe o que faz e por isto é plenamente responsável. Mas, não sabe porque faz. É imaturo e por isto menos responsável.
    Esta é a base a partir da qual temos que pensar nossas leis.

    Um adolescente que comete crime hediondo deve se ficar muito tempo preso? Certamente sim, já que este deve ser o exemplo para aqueles que pensam em praticar este tipo de crime. A prisão por longo prazo é educativa, não para o criminoso e sim para os que estão se distanciando do caminho da virtude.

    O adolescente perverso deve ficar isolado dos adolescentes que realizam crimes menores, assim como dos adultos de personalidade formada. Este é um ato de misericórdia de uma sociedade que deseja agir diferente dos delinqüentes. Esta é uma decisão que a sociedade tem que tomar: ser misericordiosa. Reconhecer que são pessoas imaturas.

    Devemos, portanto, reconhecer que são pessoas que merecem ficar muito tempo presas e que por uma decisão da sociedade elas serão razoavelmente bem tratadas. Muitos protestarão gritando que eles merecem tudo de pior, mas esta é uma forma de educar a própria sociedade sobre os limites da raiva e do ódio que as pessoas e a sociedade devem se auto-impor.

    Como diria o grande padre Mustafá: “nada pior do que os maus comandarem as reações dos bons”.

  3. eu ainda não sei como um cara
    eu ainda não sei como um cara que se entitula “Professor de Ética” conseguiu escrever um artigo daqueles, mesmo com toda o calor da emoção.
    Não há ética nenhuma ali, só o puro ódio reacionário.

  4. Sinceramente, não percebi
    Sinceramente, não percebi resgate crítico algum do artigo de Ribeiro nesse texto . O final, inclusive, é um tanto patético, pois muda de foco e se refere a outra obra que não tem, aliás, as ambiguidades e as hesitações do texto de Ribeiro. Na verdade, o problema do artigo de Ribeiro é menos sua hesitação do que seu servilismo diante do senso comum. Muito mais prosaico seria uma autocrítica: _errei, concordo com as críticas, o artigo é ruim! Pronto, e, sem maiores delongas, encerraríamos a querela. Mas a Capes não aceita autocríticas…

  5. Lamento, professor, mas o
    Lamento, professor, mas o estrago está feito…
    Não há artigo de “autor inteligente” (?!!) que consiga esconder o que foi escancarado em seu texto…
    A propósito, tenho uma amiga que morreu barbaramente torturada durante a ditadura. Dev…. Ah, deixa pra lá…

  6. Caro Nassif,

    Penso que seria
    Caro Nassif,

    Penso que seria melhor o Sr. Janine se explicar por si. Parece que fará um novo artigo, segundo li na Folha. Talvez ele tenha sido mesmo mal interpretado, mas se assim foi é porque escreveu mal. Pena que não incluiu como autora inteligente a Olgária Matos também.

  7. A única coisa que poderia ser
    A única coisa que poderia ser feita para amenizar a sensibilidade de Janine seria verificar na cadeia onde se encontram os assassinos do menino João Hélio, se eles estão sendo torturados e seviciados com a intensidade proposta em seu artigo.

  8. O melhor dos prejuisos ,é o
    O melhor dos prejuisos ,é o primeiro.
    Me explico,fiz uma bobagem,um mau
    negócio ,então deixo para lá porque
    tudo que fizer para consertar´só vai
    aumentar o estrago.O companheiro
    Renato tem mais é que esquecer
    e relaxar .Eu mesmo já escrevi
    abobrinhas e me arrependi amargamente.Deve se lembrar do
    próprio Papa Benedictus VI ,que
    recentemente enfrentou uma saia
    justa por ter emitido declarações
    infelizes,.Isto é ,se lhe servir de consolo …

  9. O Coração tem raZões
    O Coração tem raZões ….

    ESTOU UM POUCO LONGE DO BRASIL, E ALGUMAS NOTÍCIAS DE LÁ ME DEIXAM, NO MÍNIMO, CURIOSA :
    DEIXA EU VER SE EU ENTENDI.
    ALGUÉM MATOU ALGUÉM.
    ESTÃO DIZENDO QUE SE ELE MATOU, É UM ASSASSINO, MERECE MORRER.
    NESTAS ALTURAS ENTRA UM TERCEIRO PERSONAGEM E MATA O ASSASSINO.
    CONCLUSÃO: O QUE MATOU PRIMEIRO ERA O MAU DA HISTÓRIA (PORQUE ELE ERA MAU E PRONTO).
    MAS O QUE MATOU DEPOIS ERA BONZINHO, PORQUE MATOU AQUELE QUE ERA MAU.
    ESTÁ PARECENDO A HISTÓRIA DO LOBO MAU: O CAÇACADOR, QUE ERA BONZINHO, MATA O LOBO MAU E TIRA A VOVOZINHA DA BARRIGA DO LOBO.
    SÓ QUE PENSANDO BEM, O CAÇADOR MATOU O LOBO PRA TIRAR A VOVOZINHA DA BARRIGA DELE E SALVAR A VELHINHA. ENTÃO TINHA UMA RAZÃO PRA MATAR O POBRE DO LOBO.
    JÁ NA NOSSA PRIMEIRA HISTÓRIA, NÃO. A RAZÃO PARA ASSASSINAR O ASSASSINO ERA SÓ PORQUE ELE ERA MAU ENQUANTO O OUTRO ERA BONZINHO.
    Hmmmmmmm……CONFESSO QUE ESTOU UM POUCO CONFUSA

  10. O problema deveria ser mesmo
    O problema deveria ser mesmo recolocar as questoes nos seus devidos lugares, possivelmente sem cair em algo que a própria razão desconhece.
    Sem duvida a morte do garoto foi chocante e horrível, e o testo expõe o horror surgido no autor diante da brutalidade.E os sentimentos som compreensíveis e compartilháveis.
    O ponto é q o texto colocado num certo momento e modalidade pode ser equivocado o interpretado e usado de forma unilateral. Como os media costumam fazer.
    A representação da realidade de um intelectual deveria conseguir de ir alem do emotivo imediato, do trivial. E deveria conseguir aparelhar uma ordem de relevância e significação q representa efetivamente a realidade e não a mistifica. Deveria ser percebido e diferenciado um crime horrível cometido per celerados contra os crimes cometidos de forma programática per outros. Hoje por exemplo os media choram pela mudança climática, q pode ate ser um grande problema, mas com certeza ninguém se preocupa dos milhões q morrem de fome. Ninguém faz nada. Contra a AIDS ninguém faz nada na África, mas quando surgiu a gripe avaria per medo q se espalhasse tb nos paises ricos os recursos imediatamente usados foram imensos.
    A política monetária neoliberal, outro exemplo, praticada no Brasil, mas não só no Brasil, causa a morte de muitos meninos. Tem crimes horríveis q nem som apontados. E criminosos disfarçados de moralistas.
    O fato é q hoje os intelectuais verdadeiros, q decodifiquem a realidade, som muito poucos: domina um pensamento único pq a educação, particularmente nas áreas humanas (incluindo a economia), com mestrados e doutorados homogeneíza e tira a capacidade de pensar. Afasta os mais originais e inteligentes. Um business de placas q os formados devem usar pra se identificar e mostrar q tem a autorização oficial per comentar tudo.
    Educação hoje não passa muitas vezes q de propaganda ideológica barata e manipulação. Educação e instrução teriam q ser diferenciado, mas isso é ainda uma outra historia.
    E

  11. Quer me parecer que o
    Quer me parecer que o desabafo de Renato Janine Ribeiro nasceu de um sentimento de revolta contra a total ausência de limites atuantes, de linhas traçadas entre o direito das pessoas simplesmente viverem, em nosso país. Uma grande sombra que se avoluma sobre o nosso país, cobrindo toda a sua beleza, toda a nossa alegria, e qualquer racionalidade possível.

    Quando um filósofo renomado concebe e manifesta pensamentos como os de seu artigo, suas palavras devem ser recebidas também como racionalidade, e não apenas como emoção. É preciso respirar fundo, e deixar passar o tempo do puro reflexo de leitura, pois nele estariam apenas as superfícies, e um filósofo sempre convida à reflexão mais profunda.

    Que Brasil é este que estamos fazendo? Que país é este que construímos (já está feito), e apresenta tais resultados? Seremos incapazes de verdadeiramente pensar sobre tudo que está acontecendo, já há algum tempo? Será que isto é a democracia? Será que foi por isso que lutamos? Eram esses os nossos ideais? É justo inclusive com nós mesmos, digo esta geração de brasileiros, este tempo em que todos estamos aqui, vivos, cuidando deste mundo, que de nossa luta contra o arbítrio estejam nascendo esses frutos? Que erros teriam sido cometidos, ou estariam sendo cometidos?

    Se um filósofo experiente e provado pela vida rompe com tudo, com a ética de sua própria filosofia, ele não está querendo nos dizer alguma coisa sobre os limites, ou sobre os efeitos da ausência total de limites? Qual seria a reação de cada um de nós, diante dos executores do menino morto de modo indescritível, se fosse ele a nossa família?

    Isso não é vingança, mas desespero, perplexidade, justa negação do inaceitável. É a resposta que se tem, que vem à mente, que parece ser a justa medida das coisas. Mas essa resposta, por sua vez, desencadeia ou intensifica a violência, a justiça com as próprias mãos, e deve ser mediada pela, lei, pela justiça social, pelas políticas públicas. Mas um cidadão não vai pensar nisso, naquela situação, então, toda a sociedade precisa ajudá-lo, o cidadão e sua família, e dar a resposta por ele. Como já disse a insuperável Clarice Lispector, sobre a escalada da violência: “O primeiro tiro me espanta… o 12º me atinge, o 13º sou eu.”

    Se as autoridades democráticas são as que estão ocupando o lugar das autoridades ditatoriais, delas se deve cobrar a responsabilidade senão pela situação, que é cumulativa, pelas medidas, pelas ações. Esta é a obrigação mínima da cidadania. O Brasil precisa parar, Brasília precisa parar, o Congresso precisa parar, o Planalto, o STF, e todas as instâncias subalternas. O que estão fazendo, imediatamente, para reverter o cenário atual de insegurança no Brasil? O que estão fazendo para o médio e longo prazos? Que discursos e ações estão oferecendo de retorno à sociedade? A atuação das autoridades brasileiras em todos níveis e em todas áreas irá decidir se em nosso país irá vigorar a barbárie ou a Constituição democrática. Se este será um país de paz ou será devorado pelas lutas internas, pela luta interior.

  12. (desconsidere se em
    (desconsidere se em duplicidade, obrigado )

    a brutalidade que deveria despertar indignação, fúria e revolta é o cotidiano do Brasileiro pobre e humilde, entregue a si próprio.

    a barbaridade que alimenta a audiência da mídia é ninharia perto da humilhação e do terror dos que vivem na periferia e nas favelas.

    certos economistas e filósofos precisam conversam com as balconistas, os trabalhadores rurais, as faxineiras, os serventes, os milhares que vagam pelas ruas em busca de trabalho, nem mais de emprego.

    estes sim passam a vida como se fosse uma pena, “uma paga de modo sofrido e demorado.”

    o que nos falta é colocar os pés no solo de nossa pátria. abandonar os gabinetes. ficar ombro a ombro com nossa gente.

    mas esse pessoal tem asco do cheiro do povo…

    não que o “cheiro do povo” seja agradável. nem um pouco… como não é também nada agradável a vida além dos corredores palacianos.

  13. Esse episódio logo vai
    Esse episódio logo vai lembrar outro, com certeza muito menos macabro e revoltante, mas igualmente típico na demonstração do espírito de curriola, envolvendo o escritor português José Saramago e praticamente *toda* a Academia portuguesa. O escritor, num momento de descuido, pôs uma vírgula entre o sujeito e o predicado no título de um artigo. Não demorou e começaram a chover artigos de gramáticos portugueses ávidos em achar casuísmos semãnticos para dizer que, “naquele caso”, o Saramago estava certíssimo em fazer algo que todos sabem ser um erro desde o segundo do primário: separar o agente da ação com uma vírgula. O próprio Saramago ficou bem quietinho, o que diminuiu bastante a minha admiração por ele.

  14. Mas Nassif, o seu Zé da
    Mas Nassif, o seu Zé da Esquina também é filósofo. De botequim, mas é. E, no caso em tela, ficou provado que não haveria diferença significativa entre a filosofia clássica e a “popular”.

  15. Nassif,

    Mas este autor não
    Nassif,

    Mas este autor não fala coisa com coisa. Mais da metade do que escreveu é simples recomendação de livro e ainda termina com uma assertiva pedestre: o livro tal dveria ser publicado urgentemente no Brasil. Mas como sabemos, há urgências mais capitais. …que a própria razão desconhece.
    O que isto quer dizer? Que o governo deveria publicar um livro preferido dele? Se não, a quem ele acusa de não publicar o tal livro?
    Janine ficou maluco em dizer que o cara é inteligente. Tá tudo dominado…

  16. Weden:
    Na meio acadêmico não
    Weden:
    Na meio acadêmico não existe autocrítica! PHDeus não erra! No máximo se engana e, por culpa de alguém! Veja como o Janine posta o artigo: “um autor inteligente …. que recoloca as questões nos seus devidos lugares… Isto em psicanálise se chama mito impugnante, ou seja, o autor é inteligente, portanto se você discordar é burro e, meu título acadêmico me dá a verdade para eu recolocar as coisas nos devidos lugares.
    Nassif: você que gosta do Renato dá para responder se baixou um tanatos nele? Primeiro a pena de morte, a tortura e, agora, mesmo diante do comentário do Aton no outro post ele vem com um outro artigo de outro autor para se defender! Será o gosto pelo suicídio?

  17. Infelizmente (para o Janine e
    Infelizmente (para o Janine e para mim mesmo), acabo, no caso do artigo dele, concordando com a análise que autores “burros” fizeram daquela sua surpreendente manifestação nas páginas da Folha.

  18. Há poucos dias, o jurista
    Há poucos dias, o jurista Miguel Reale Jr. escreveu um artigo na Folha de S. Paulo em que, supostamente, iria se contrapor à anistia do ex-deputado José Dirceu. Lá pelas tantas, porém, o artigo passava a centrar-se no fato de que os apoiadores do ex-deputado pretenderiam obter um milhão e meio de assintaturas para apresentar um projeto popular. E o jurista se indignava com isso, mais que tudo, perguntando por que não apresentar um simples projeto de lei por um deputado dos tantos que apoiam José Dirceu, e, mais preocupado e indignado ainda relcamava que isso atenderia a um desejo de criar um movimento que pusesse o ex-deputado na condição de aspirante à Presidência da República. É claro que essa parte traiu a real intenção do artigo e, mais, mostrou o dedo do ex-presidente FHC por trás daquela nota.
    Há dias, o artigo da profa. Olgária Matos pretendeu explicar o artigo do filósofo Renato Janine Ribeiro, afirmando que tanto quem gostara quando quem desgostara do texto não no havia entendido. E ficou a dúvida sobre se o texto da Professora não seria uma afirmação de que o filósofo Renato Janine Ribeiro não conseguia expressar o próprio pensamento.
    Pois, agora, o mistério acabou: era isso mesmo.
    O próprio professor Renato Janine Ribeiro, ao apresentar texto de colega seu visando a explicar seu texto reconhece que aquele luminar da Academia precisa de seus epígonos para explicar seu pensamento, não acreditando que o possa fazer de pena própria.
    Depois de ler o texto apresentado, porém, fica a certeza de que, mais que a explicação, são as idéias mesmas que não se sustentam,.
    Podemos dizer, então, que já temos uma interpretação oficial e autorizada da sabedoria. Mas, como se aprende em direito, a interpretação dada pelo autor do projeto de lei não é a única nem a melhor interpretação, se não é sistemática e se contém contradições intrínsecas.
    Deve haver muitos filósofos ainda na USP para escrever novas interpretações da filosofia jenineana…

  19. Nassif, me veio somente agora
    Nassif, me veio somente agora à cabeça. Sei que sou meio lento, mas não estoupostulando nenhum posto de titular na USP, portanto posso ser.
    Os epígonos do Prof. Janine têm dito que ele apenas expressou seu horror diante da brutalidade, e as dúvidas sobre a validade da pena de morte e da tortura. Pois bem, se ele, um intelectual, não diretamente envolvido no fato e longe do calor do acontecimento, pôde, dias após o crime, sr assaltado por essas dúvidas diante das fortes emoções que o assaltaram, poder-se-ia então considerar que a forte emoção – desculpe o exemplo – de alguém envolvido num acidente de trânsito pudesse ser, à luz daquela argumentação e de seus momentâneos sentimentos, justificativa para que matasse o responsável pelo acidente?

  20. A repercussão/simulacro do
    A repercussão/simulacro do artigo do Janine demonstra como os leitores da Folha estão entre os mais precários do mercado. De fato, lê-se muito mal nos nichos mais insuspeitos (universidade, por exemplo). O leitor é incapaz de elaborar desdobramentos primários, de entrar no jogo de um argumento. O artigo do Janine é um acontecimento no mundo do discurso anti-violência, por sua singularidade e delicadeza.

  21. Gostaria de propor mais uma
    Gostaria de propor mais uma sugestão que uma resposta ao Aton, pois não desejo individualizar a discussão: ela tem endereço a todos.

    Certamente que não é a mesma coisa que ter uma reação violenta em um acidente de trânsito, e de modo algum a reação textual do Janine corresponderia à atitude física de uma agressão de qualquer nível, no trânsito. Justamente por isso a formação dos cidadãos precisa do debate constante, para que sua mente se prepare, experimente diversas possibilidades, e NÃO aja de modo impensado, pela falta de reflexão.

    O que se subentende no texto do Janine? Que vários tempos se reuniram em um só, que vários fatores se reuniram em um só, de modo intolerável, a ponto de transtornar o próprio interlocutor do conhecimento, o filósofo. A ponto de interferir na qualidade real de sua própria produção intelectual.

    Quanta coisa precisou acontecer, para produzir aquela realidade do crime, para criar as condições em se deram aqueles acontecimentos?

  22. Todos sofremos o impacto do
    Todos sofremos o impacto do crime e, no entanto, não passou pela minha cabeça a defesa da pena de morte. E claro que isso não foi “apenas porque acho que é pouco”.

    Se com seu texto Renato Janine Ribeiro fortalece esta idéia macabra da pena de morte, algo que sempre surge em torno de crimes dramáticos, com esta resposta – que parece escrita a quatro mãos, incluindo as dele, Janine – reforça o lugar comum, aquele que diz que a emenda foi pior do que o soneto.

    Quer dizer então que eram apenas divagações comovidas? Ah, bom. Pode até ser, mas as idéias do texto são bem claras. E poucas vezes foi escrito uma proposta de vingança tão explícita.

    Nada contra ler Camus ou Koestler (ao contrário: tudo a favor), mas não precisamos ir tão longe para refutar a pena capital. O escritor norte-americano Scott Turow trata bem do assunto e tem boas referências para isso. Fez parte de uma comissão formada nos estado de Illinois para examinar processos de condenados à morte naqueles estado. A comissão encontrou várias irregularidades. Até mesmo inocentes que já estavam à anos no “corredor da morte”.

    Após participar da comissão, Turow, é claro, tornou-se contrário à pena capital. Um dos problemas mais sérios, segundo ele, é a dificuldade no controle das investigações policiais, que forçam resultados até mesmo com o uso da tortura.

    E vejam que ele está falando dos EUA. Nem pensemos como a coisa seria feita em outros países ou seremos tomados pela comoção.

  23. Prezado Nassif,
    Prezados
    Prezado Nassif,
    Prezados Leitores;

    Lí o texto do Janine (18/2), como também lí o texto do Adrea Lombardi (25/2) – e sendo bem objetivo, sem filosofia ou sociologia, como dizem, no popular, segue minha opinião:

    Sei que Janine deve ter escrito aquilo no calor do fato, ou seja, escreveu com o fígado.
    Deixo aqui claro que o direito humano numero 1, para mim, é o direito à vida. Porém um cara que comete um crime hediondo do naipe daquele que foi cometido contra João Hélio, tem que ser aplicada pena capital, pois não há contradição da prova, o cara foi flagrado no ato da brutalidade que cometeu. Um sujeito desses, não tem recuperação social. Quem fica aqui fazendo “masturbação sociológica” é porque nunca teve alguém da família, vítima de violência. Um cara que mata uma criança, estupra uma criança ou uma mulher, ou seja, praticou um crime hediondo inconteste, não adianta ficar contemporizando a barbárie em nome sei lá do que. Quem contemporiza, repito, nunca viveu o fato, somente ouve falar, o que tem uma diferença muito grande. Portanto não creio que o Janine tenha exagerado, pois já vivi isso na pele, já tive amigos que viveram e realmente é inadimissivel.
    Sou contra a banalização da pena de morte, porém nesses casos, não tenho a menor dúvida, sou a favor.

    Paulo Cavalcanti

  24. Não entendo porque aqui temos
    Não entendo porque aqui temos tanto medo de punir (e de criar leis que punam) criminosos de forma enérgica. Falar em diminuir a idade limite para responsabilização criminal é visto como uma reação “emotiva e insensata”, quando verifica-se que menores de 18 (em geral adolescentes de 16 e 17 anos) matam e estupram sistematicamente e sem medo algum, com a certeza de impunidade. Este país deveria ser o paraíso daqueles que respeitam a lei, e o inferno para quem a descumpre. O que temos, porém, é o inferno para quem cumpre a lei, e o paraíso para os criminosos. Não podemos confundir políticas públicas de curto prazo com as de longo prazo. No longo prazo, investimento total em educação e formação de cidadania. No curto prazo, polícia dura e equipada, e leis fortes que estejam aptas a lidar com a realidade dos crimes e criminosos que aqui atuam. O resto é metafísica.

  25. Já havia me manifestado a
    Já havia me manifestado a favor do filósofo Janine e volto a reinterar minha posição.

    Um jornal como a Folha não precisa de sensacionalismo gratuito. De Janine não se deve esperar o despertar de passionalismos irrefletidos.

    Janine foi o único a ecoar a barbaridade do crime com a intensidade correta.
    Criticas e discordâncias com o texto são desejáveis , mas a pura recriminação do texto é sutilmente desumana .T %!@$&@#de quem se adaptou apenas à experiência virtual do mundo. Estamos diante de uma elite anestesiada que pode se dar ao luxo de processar as convulsões sociais no ritmo que melhor a apeteça

    A PROFUNDA INDIGNAÇÃO DE UM DOS MAIORES PENSADORES BRASILEIROS É TÓPICO PARA LONGA REFLEXÃO.

    O galgar da bárbarie no Brasil está se integrando ao cotidiano brasileiro como qualquer outro bem de consumo. Medidas extremas,como a pena de morte, foram adotadas por países de alto grau civilizatório e seus resultados não podem ser medidos apenas por índices estatísticos. Uma resposta drástica à barbarie é um lembrete subliminar da urgência de uma reforma na educação e nos costumes.

  26. Luiz Horácio, respeito muito
    Luiz Horácio, respeito muito os seus pontos de vista, mas a sua interpretação, com o devido respeito, não considerou a “jurisprudência jornalística”, que, sem dúvida alguma, induz o leitor a aceitar pontos de vista desconsiderando o conjunto dos fatos e das interpretações divergentes sobre a matéria. O post do Nassif (acima), “O Globo e a síndrome do não erramos”, é um exemplo perfeito disso, e o erro não foi reparado. Certamente porque não há nenhum interesse do jornal além o de denegrir a imagem do governo. Não importa o JORNALISMO e o LEITOR, importa a linha que está estendida desde a cabeça do poderoso gerenciador.
    No caso do artigo do professor Janine, sobre o qual pipocaram críticas que foram consistentes, posto que, do contrário, este não se daria ao trabalho de estar presente neste Blog, pode ser também criticado em função do invólucro no qual estava: a Folha.

    O Ed (post abaixo), bem observou que:
    ” …De um professor universitário conceituado esperava-se que usasse a razão que tanto cultivou na sua atividade profissional, inclusive para analisar os impulsos que a emoção pode despertar. Do jeito que ficou, não é nada diferente de qualquer conversa de bar…

    Ao que, Nassif respondeu: “Não foi isso. O jornal queria alguém que escrevesse sobre a pena de morte, à luz da filosofia, e pediu ao professor.”

    E o professor, que é contrário à pena capital, conforme o artigo que nos enviou, ficou lá longe, entre a cruz e a espada:
    Se escrevesse contrariamente aos interesses do jornal, o artigo não seria publicado no caderno em que foi e, muito menos, em harmonia aos demais artigos daquele dia (o do poeta de terceira categoria e o de outros).
    Se escrevesse contra, não seria publicado.
    Ficou do jeito que ficou, com a colocação, do ponto de vista conceitual, de idéias embaralhadas, confusas e transbordantes de emoções descabidas. Conforme o Ed, típicas do Seu Zé da Esquina.

  27. Paulo Cavalcanti: “Quem fica
    Paulo Cavalcanti: “Quem fica aqui fazendo \”masturbação sociológica\” é porque nunca teve alguém da família, vítima de violência.”

    nosso maior problema enquanto país e população é que não sabemos o que é violência de fato. alguns tiros nas ruas, criminalidade descontrolada e insegurança pública viram “guerra”.

    somos um povo que não teve sua têmpera forjada pela barbaridade sem propósito da guerra.

    não temos, tampouco nossos pais, ou avós, assim como nossos bisavós, qualquer convivência com o fedor nauseante de carne queimada; poças de sangue de corpos mutilados; nunca tivemos que empilhar centenas de corpos nas ruas e atear fogo nos cadáveres de nossas mães, de nossos filhos, da mulher que amamos.

    somos daquele tipo de gente que passa mal quando vai doar sangue, ou no parto dos filhos.

    nenhum de nós, pobres e felizardos Brasileiros foi “vítima” de violência. apesar de nosso sofrimento, de toda a humilhação do cotidiano, da brutal criminalidade, não passamos ainda, enquanto coletividade, por uma experiência coletiva de violência real. sofremos sozinhos, mas não em conjunto.

    não tivemos guerras, tampouco catástrofes naturais, para conferir a real dimensão do que é ser “vítima” de violência. por isto somos tão imaturos e levianos.

    ainda não escrevemos nossas “Cartas de Iwo Jima”…

  28. Antes eu achava que o Umberto
    Antes eu achava que o Umberto Eco tinha escrito um bom artigo sobre o assunto – “Diálogo sobre a Pena Capital”.
    Lendo esse FEBEAPA, o artigo do Umberto Eco ficou maravilhoso.

  29. Existe uma elite intelectual
    Existe uma elite intelectual no Brasil que está convencida, inconcientemente, que é suéca e este pais é nórdigo desde criancinha.
    Acreditam que nestes trópicos é possivel a policia investigar sem torturar, que bandido tem cura, que liberdade assistida é assistida, que pena alternativa é alternativa, que medidas sócios educativas são educativas, prisão alberque alberga, que liberdade condicional é condicional, e outras “cositas” dos nossos gêmeos étnicos, nórdigos, desenvolveram e aplicam.
    Pobres. Pensam que somos Lilibeth, que moramos na Vieira Souto mas somos Zéferina e moramos na Pavuna e frequentamos o piscinão de Ramos.
    Acordem imbecís. Caiam na real. Nos estamos mais para o Sudão do que para a Dinamarca. Aqui as soluções, infelismente são outras…….

  30. Creio que, considerando a
    Creio que, considerando a crueldade do crime, mas que essa crueldade se manifesta regularmente em certos individuos, trata-se de usar o mesmo metodo para cães com índole ruim em uma ninhada – ou matamos ou pelo menos castramos. Esses assassinos (ou quem decidiu por continuar a fuga) é um cão com má índole e como nao temos rinhas para humanos ele deve sim ser eliminado ou castrado, pois senao encontrará femeas na favela em que mora para reproduzir e passar ua indole e comportamento violento, como os cães. é uma questão natural, acima de moral ou religiosa. Assim é com o Champinha e outros que nos aterrorizam como nos filmes americanos sobre Halloween.

  31. No século 19 o determinismo
    No século 19 o determinismo de Taine, o positivismo de Comte e o decorrente etnocentrismo (uma raça é “melhor” ou “superior” à outra) viraram moda corrente no meio acadêmico. Muitas décadas, muitas guerrras terríveis e a muito estudo antropológico foram necessários para superar esse grande equívoco.

    Os povos são apenas “diferentes” e desenvolvem singularidades culturais, ou semelhanças nas regularidades da sociedade humana. Se o Brasil hoje é rude e violento, amanhã pode não ser, depende de um aprendizado coletivo constante e não de uma índole específica para o bem, para o mal ou para a desordem e os abusos.

    Os nórdicos já foram os mais cruéis saqueadores da Europa, e só se desviaram da barbárie contínua, mesmo entre eles próprios, em guerras e saques intermináveis, aprendendo “conosco”, que temos raízes cristã-católicas e certa tradição das antigas culturas clássicas. Da mesma forma ocorreu com a Inglaterra, que só começou a ter importância e a se organizar e desenvolver depois de conhecer a cultura latina, que é a base européia principal da maior parte da América.

    A maioria das palavras em inglês têm origem latina, e as escolas mais sofisticadas das “lideranças e elites” americanas ensinam o latim. Se hoje “estamos por baixo” é porque desaprendemos, mas é preciso lembrar que em nossas raízes histórico-culturais fomos os maiores mestres da cultura ocidental, resguardando-se o berço grego incorporado pelos romanos.

    Contudo, da mesma forma é preciso não ser arrogante. Essas são apenas nossas “singularidades”, que devemos cultivar, ainda mais no sincretismo brasileiro. Por exemplo, é gigantesca a contribuição da cultura árabe à Península Ibérica e na formação do Brasil. Outro detalhe, a integridade moral das nações indígenas e das culturas africanas era, invariavelmente, infinitamente superior à dos brancos colonizadores. Só não tinha a pretensão e a sofisticação dos “vernizes” culturais e dissimulações do europeu. E assim vai.

    Tudo é uma questão de aprendizado (ou des-aprendizado), e este é um benefício de curtíssimo prazo, que só se multiplica no decorrer do tempo. Quem aprende algo perde a ingenuidade, e nunca mais volta atrás. Já as cultura, essas podem desaprender, mas precisam ser bombardeadas pela desinformação e pela dominação cultural, para começarem a se enfraquecer.

  32. Marcelo,
    Antes da gente
    Marcelo,
    Antes da gente começar a liquidar os meliantes em praça pública me responda: quais são os “países de alto grau civilizatório” a que você se refere?
    A alemanha do Hitler, dos campos de concentração e do holocausto?
    Os EUA das bombas de Hiroshima e Nagasaky?
    Seria, talvez, a Itália do Mussuloni e seus camisas pretas? Ou todos estes, mais Inglaterra e França responsáveis por duas guerras mundiais?
    Obrigado

  33. fernando pierry “Acreditam
    fernando pierry “Acreditam que nestes trópicos é possivel a policia investigar sem torturar, que bandido tem cura,”

    a imensa parte desse pessoal defensores da tortura, pena de morte e uma “paga sofrida e demorada” seria capaz de, com as próprias mãos, executar o que propõe ?

    costumam ser daqueles que tem nojo de trocar as fraldas dos filhos; não pisam no barro do chão para não “sujarem” os pés; sequer imaginar limpar uma latrina provoca ânsias de vômito; jamais mataram uma galinha, um coelho…

    como reagiriam ao encarar a vítima nos olhos e, sem misericórdia, desfechar o golpe fatal ? ou lentamente arrancarem unhas, esmagarem testículos, vazarem olhos?

    é bem verdade que da primeira vez é tudo muito mais difícil. depois se pega o jeito pela coisa. e o monstros que habitam nos subterrâneos da alma de cada um de nós estão livres para saciarem sua fúria.

  34. A sociedade precisa parar de
    A sociedade precisa parar de trucidar membros q imaginam carregar suas culpas. A sociedade precisa se olhar, precisa parar de se acostumar com a barbárie. Eu não tenho muitas esperanças nisso.

  35. Marco,

    Execução em praça
    Marco,

    Execução em praça pública com transmissão ao vivo pela TV seria a minha condição ideal ,mas admito que nestes termos sou minoria.
    Há pouco tempo ,em São Paulo, houve o caso de um sequestro onde os bandidos, por engano, pegaram o filho da empregada. Ao descobrirem o engano amarraram pés e mãos da criança e a jogaram no rio Tiête. A criança era pobre e não houve repercussão. Não sou sou a favor da tortura, mas não exitaria em enfiar uma bala na cabeça dos sequestradores caso a lei permitisse.

    Com relação às nações de alto grau civilizatório que aplicam ou já aplicaram pena de morte.
    Alemanha Ocidental aboliu em 1949. Alemanha Oriental aboliu em 1981.
    França aboliu em 1981. Ainda vigora a pena de morte nos EUA, Coréia do Sul e Japão.

  36. só achei estranho que um
    só achei estranho que um filósofo provavelmente já um homem maduro confessasse tais vacilações a respeito do tipo de punição cabível. Será que ele ainda não percebeu que a sociedade como um todo é a responsável pela derrocada atual?Se não sabemos escolher quem nos governa e se quem nos vem governando há tantos anos mostrou desprezo pela nossa educação e pelos princípios morais, não temos como reclamar, e sim que encarar a catástrofe atual e se convencer que pra sair dela será preciso um árduo e bem demorado trabalho de recuperações dos valores morais abandonados e de substituição por outros governantes sábios e esclarecidos. Acendamos a nossa lanterna e saiamos a procura dos homens de bem.

  37. É , de fato. Não é a língua
    É , de fato. Não é a língua mãe que gostaria de castigar.
    Um solecismo imperdoável.
    Onde leu-se exitaria, entenda-se hesitaria.

  38. “Às vezes violência é questão
    “Às vezes violência é questão de sobrevivência”(LULLA, defendendo assassinos). Este é o lado do LULA diante da violência, declaração dada após a morte de João Hélio de 6 anos, morto arrastado por 7 km no RIO DE JANEIRO, símbolo da segurança pública que o PT acha que o povo merece.

    O LULA tem 60 milhões de votos, eleitores que vivem dependurados nos programas sociais, não pagam impostos e usufluindo de serviços públicos bancados pelos contribuintes. Gente que, na maioria, vive: na ociosidade,na informalidade(70% da população economicamente ativa do BRASIL), muitos nas ruas achacando pedestres ou envolvidos na criminalidade, até contrabando(camelôs). A corrupção faz parte desse processo eleitoral. Na nossa DEMOCRACIA, a corrupção elege candidatos, pois vale a opinião da maioria(os 60 milhões). Em consequência, o trabalhador-assalariado paga até 27,5% de IR e a maior carga tributária do mundo de 53% do PIB sustentando essa “democracia”, o mais importante são os 60 milhões, o resto que se dane! O assalariado não muda a situação nem com o voto. Esses 60 milhões vão para o plebiscito votar na 2ª reeleição, pois é tudo que eles mais querem: DESORDEM e BADERNA. Comece dizendo não ao camelô, só dê ajuda financeira em instituições sérias, só compre ou contrate serviços com profissionais de carteira-assinada e , TUDO com NOTA FISCAL. Assim, os “eleitores de LULA” passarão a pagar INSS e impostos para SOBREVIVER,_como, diz o LULA_, despertando a honestidade neles e a sensibilidade de votar em políticos honestos reduzindo a carga tributária. A violência urbana que propicia a BADERNA e DESORDEM consentida poderá ser combatida, pois passará a ser interesse da maioria…

    Chega de cinismo das autoridades de afirmarem que “problemas sociais são causas da violência”. MENTIRA, tudo é DESORDEM e BADERNA, misturados com interesses políticos..

    O BRASIL tem 350.000 condenados à prisão e com mandados de prisão não cumpridos, infernizando a vida da população. O preso custa R$ 1.500,00/mês, ficando ocioso nas cadeias e até usando celular para forjar crimes de sequestro. Enquanto isso, o trabalhador sobrevive com míseros R$ 350,00/mês, enfrentando a bandidagem nas ruas e chuva de bala perdida. O caso do menino de 6 anos, João Vitor, morto por bandidos e tendo o corpo arrastado por 7 km na área urbana e de dia na cidade do RIO DE JANEIRO simboliza a segurança pública que o PT acha que a população merece. LULA, talvez não quisesse contrariar seus 60 milhões de eleitores, ao declarar que esses bandidos fazem isso porque buscam à sobrevivência. Se ao contrário, afirmasse que colocaria polícia aparelhada nas ruas para retirar os bandidos de circulação poderia dar a idéia de acabar com a baderna no RIO DE JANEIRO e poderia contrariar eleitores que vivem da camelotagem de produtos contrabandeados, falsos-mendigos que achacam pedestres nas ruas e pessoas que vivem na ociosidade dependurados em programas sociais que dão dinheiro fácil sem perguntas, todos “sobrevivendo” nas ruas, dá pra imaginar como. Também, em mais de 4 anos LULA só colocou em operação UM ÚNICO presídio federal com 200 vagas e sinal de celular livre, não teve a menor preocupação de aparelhar a polícia para conter a criminalidade, pois contrairia interesses eleitorais…

    Por que o CONGRESSO não aprova projeto para construção de presídios agrícolas? A fim de isolar os criminosos do convívio com a população “sobrevivendo” com assaltos e roubos, matando inocentes como o João Hélio, todos os dias. Implantar PPP’s com administração de presídios e exploração da cana-de-açucar, vegetais para o biodiesel, etc…Produção de alimentos para o fomeZERO com DINHEIROZERODOCONTRIBUINTE, em vez de dar dinheiro para a cachaça, o beneficiado receberia uma cesta de alimentos dos presídios agrícolas. O preso ganharia com a diminuição da pena em troca da produção de alimentos e, logicamente, bom comportamento. Ah! Os petistas vão dizer que a segurança física do preso é responsabilidade do Estado, mas o PT não dá a menor segurança para quem está do lado de fora, milhares de vítimas inocentes nos assaltos, execuções, balas perdidas, etc…Aliás, LULA prometeu 3 refeições diárias para todos os pobres, a bolsa-alimentos pode ajudar LULA na sua campanha do FOMEZERO sem onerar os trabalhadores assalariados e contribuintes que pagam a MAIOR E PIOR CARGA TRIBUTÁRIA DO PLANETA.

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