Imperdível a entrevista de Silviano Santiago a Ubiratan Brasil, do Caderno 2 do “Estadão”, falando sobre seu último livro, em que compara o pensamento de Sérgio Buarque com o de Otávio Paz. Especialmente no trecho em que mostra como Sérgio analisava a Nova Escola, que pretendia transformar a escola liberal e a competição como alternativa à escola tradicional e às mães severas.
Buarque, segundo Silviano, sustenta que “as boas mães causam, provavelmente, mais estragos que as más, na acepção mais generalizada e popular desses vocábulos”. Defende a palmatória: “A vara tem um efeito que termina em si, ao passo que se forem incentivadas as emulações e as comparações de superioridade, lançar-se-ão, com isso, as bases de um mal permanente, fazendo com que irmãos e irmãs se detestem uns aos outros”.
Defende a educação severa: “A modernidade não estava nos pioneiros da Escola Nova mas passava, antes, pela mãe do aluno e a mão do professor, ambas más”.
Nesses tempos de escolas especializadas em criar monstrinhos sem limites, é interessante notar que os escritos de Sérgio Buarque são de 1932.
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