Maestro adota vuvuzela em ópera sobre antissemitismo na Hungria

Jornal GGN – Quem gosta de futebol e acompanhou de perto a última Copa do Mundo não se esquece da ruidosa vuvuzela, uma corneta muito popular na África do Sul, que tomou conta das arquibancadas locais – e que irritou muitos torcedores estrangeiros. Três anos após o fim do Mundial de 2010, o instrumento ganhou uma roupagem “erudita” e foi parar em um inusitado concerto de Ópera.

A Orquestra Filarmônica de Berlim já havia promovido um espetáculo com as vuvuzelas em 2010 (veja vídeo abaixo), mas, agora, um maestro húngaro resolveu utilizar as cornetas quando compôs uma ópera sobre antissemitismo em seu país, intitulada “A Novilha Vermelha”. Ivan Fischer também adotou recursos pouco usuais para um concerto desse tipo, como uma vaca vermelha falante, uma apresentação de dança folclórica e uma orquestra de guitarras. Para completar, o repertório levado ao palco incluiu até rap e canções de cabaré, ainda segundo a Reuters.

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Fischer, que é judeu, disse à agência Reuters que, há 25 anos, queria escrever uma ópera sobre o chamado “libelo de sangue”, o assassinato de uma menina de 14 anos, ocorrido em 1883 na aldeia de Tiszaeszlar, situada o nordeste da Hungria. À época, o crime foi atribuído injustamente a judeus locais, acusados de querer extrair o sangue da garota para fazer pão para a Páscoa judaica. Por mais que eles tenham sido absolvidos, a falsa notícia resultou em uma onda de antissemitismo no país.

Com informações da Reuters

Redação

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