A Boeing na parada

Até agora, a Dassault era franca favorita para a licitação FX, de compra e construção de caças de guerra. Os americanos sempre foram considerados carta fora do baralho devido às restrições para a transferência de tecnologia sensível.

Nos últimos meses, no entanto, voltaram com a carga toda. Agora, a Boeing se propõe a produzir os caças no Brasil. Segundo a reportagem da Folha, nem a Dassault nem a Gripen chegaram a tanto.

Na verdade, não é bem isso. Quase certamente a proposta de fabricação aqui estará condicionada ao número de aviões encomendados – e essa lógica será seguida também pelas demais concorrentes.

Da Folha

Boeing propõe à FAB produzir caça supersônico em São Paulo

De caráter sigiloso, a oferta ainda está em negociação e pode abranger uma parceria na construção do cargueiro a jato C-390; FAB vai testar aviões em abril

CLAUDIO DANTAS SEQUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A norte-americana Boeing propôs à FAB construir os caças supersônicos F-18 Super Hornet no Brasil. Segundo a Folha apurou, a linha de montagem do avião de combate seria instalada na fábrica da Embraer no município de Gavião Peixoto, interior de São Paulo.

A oferta sigilosa está em negociação e poderá abranger parceria na construção da fuselagem do cargueiro a jato C-390 -ousado projeto militar da Embraer, que ontem anunciou a demissão de 4,3 mil funcionários. A companhia não comentou a proposta, mas disse que o F-X2 poderá agregar tecnologia à indústria aeronáutica.

A Boeing é a primeira finalista a propor a montagem dos aviões. A francesa Dassault (Rafale) e a sueca Saab (Gripen NG) cogitaram, mas não concretizaram a oferta. A fabricação no Brasil está condicionada ao volume da encomenda. Sem entrar na questão, Chris Chadwick, presidente da Boeing Military Aircraft, disse à Folha que o pacote de “off set” é “robusto e poderá beneficiar até 60 empresas brasileiras”.
A FAB informou à reportagem que a partir do mês abril fará visitas aos concorrentes para testar os caças.

Paralelamente, o governo de Barack Obama entrou na articulação para aumentar as chances da Boeing. Número um para a América Latina no Departamento de Estado, Thomas Shannon defendeu o negócio como ponto de inflexão na cooperação militar.

“É a oportunidade para uma aliança ampla, que garanta a modernização das Forças Armadas brasileiras”, disse à imprensa em reunião organizada pela Boeing. Shannon afirmou que as decisões sobre transferência tecnológica serão tomadas “caso a caso” e não garantiu a abertura dos códigos fontes, exigência da FAB para integrar ao caça mísseis nacionais.

Luis Nassif

36 Comentários

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  1. Nassif,

    o mundo começa a
    Nassif,

    o mundo começa a enxergar o status do Brasil dentro da crise global. Temos muito o que ganhar ou a perder. O que precisamos é ter juízo e, aproveitar as oportunidades únicas que nos aparecem. O que não dá para entender são as atitudes que tomam empresas como a Embraer, tomadoras de empréstimos do BNDES e , nesse momento delicado, gerando demissões em massa e, pior, fomentando o mercado a idéia de crise maior e, podendo arrastar com ela outras grandes empresas.

    Quero aqui registrar meu repúdio à presidência e diretoria da Embraer. Não é momento para egoismos. O Brasil precisa de líderes que olhem para a coletividade e não para o próprio umbigo.

    Com essa noticia da Boeing, seria correto a demissão compulsória do presidente e diretores da Embraer e, trocados por brasileiros cidadãos. Porque eles realmente não demonstram ser.

  2. É inviável comprar um avião
    É inviável comprar um avião sem os códigos-fonte do sistema de integração de armas e de gerenciamento de bordo.

    Sem discussão.

  3. Creio que pelas quantias de
    Creio que pelas quantias de grana envolvidas nesse projeto, será uma òtima oportunidade de desfazer um dos crimes cometidos pelo neoliberal fhc/psdb, e voltar ao controle Estatal dessa Empresa Vendida/doada. Dessa forma, resolveria mais um dos problemas deixados pelo funesto/devastador governo desse cidadão fhc. Tomara que de certo.

  4. conheço um brigadeiro da
    conheço um brigadeiro da reserva, daqueles beeeeeeeem estrelados, e ele disse que a simpatia da força aérea é pelo F18 super Hornet.

    mas como todo avião de combate, o que vale mesmo é o armamento e eletrônica que será passado. melhor um velho F5 com eletrônica e sistemas de armas de ponta que um caça zerinho “básico”.

  5. Nassif vc viu o panel do
    Nassif vc viu o panel do leitor da FSP de hoje, com a polêmica da “ditabranda” e o ataque a prof. M. Victoria Benevides e a Dr. Fábio Comparato?

    A esse respeito escrevi para o Ombudsman:

    “Toda vez que eu lhe escrevo juro a mim mesma que será a última, porque escolhi ignorar totalmente o que a FSP publica. Porém, como já disse anteriormente, os absurdos são tamanhos que acabam chamando minha atenção e aí… impossível não me indignar. Como por exemplo, com a polêmica da “ditabranda”, que por si só já é um escárnio, um desrespeito, uma traição aos valores democráticos brutalmente violados no período mais nefasto de nossa história recente, que culminou em décadas de retrocesso e atraso social, econômico e político – e que deixou como herança esse quadro político lamentável – sem falar nas centenas de vítimas de tortura, assassinatos perseguições e exílio!!!!!

    Como se não fosse muito mais do que o suficiente, a nota de redação afirma: “Quanto aos professores Comparato e Benevides, figuras públicas que até hoje não expressaram repúdio a ditaduras de esquerda, como aquela ainda vigente em Cuba, sua “indignação” é obviamente cínica e mentirosa.”

    Com este ataque ofensivo, baixo e agressivo a dois importantes e respeitados intelectuais que “ousaram” discordar da opinião do jornal, a FSP finalmente tirou a sua última máscara e mostrou sua verdadeira e repugnante face.”

    Parece que a FSP atingiu agora o mesmo nível de esgoto da veja. O que você acha?

  6. E quando um amigo europeu
    E quando um amigo europeu dos EUA (cuidado com as Guianas) ou o próprio taxar arbritariamente o Brasil de “eixo do mal” (ou coalisão da ONU) nos ameaçar é só eles não fornecerem as “balas” pros nenéns daqui (Como fizeram com a Venezuela).
    Os norteamericanos reativaram a quarta frota e vieram “passear” por aqui sem avisar, disseram não reconhecer nossas 200 milhas (Petróleo = Iraque), o Brasil está reivindicando alongar essas 200 milhas na ONU e o único que implica são os donos da ONU, os EUA.
    E AINDA É CAPAZ DE QUEREREM NEGOCIAR COM ESSA GENTE.

  7. Já eliminaram da disputa, sem
    Já eliminaram da disputa, sem apresentação de qualquer justificativa, o melhor caça em operação do mundo, agora nossos militares, cujas mentes são previamente moldadas pela doutrina militar de Washington, vigente em nossas academias de formação de oficiais, vão finalmente atender as necessidades do comércio dos EUA e adquirir esse caça F-18 da Boeing, bonzinho, é verdade, mas que além de estar bem próximo de sair de fabricação (lá na matriz agora só compram os modelos mais recentes “stealth” como o F-22 da própria Boeing), de nada servem com as restrições que aquela “nação amiga” sempre impõe.
    Salvo se o lobby dentro das forças, liderado pelo defesanet, que querem nos empurrar o avião sueco (recheado de equipamentos, inclusive a turbina, dos EUA) sair vencedor. De qualquer jeito o vencedor é um só.
    O perdedor já se sabe quem é, é o de sempre..

  8. Nassif,

    Os três finalistas
    Nassif,

    Os três finalistas atendem as exigências operacionais da FAB, isso é ponto pacífico. Quando o Sukhoi ainda era concorrente, argumentamos que dar dinheiro para os russos seria criar um concorrente para a Embraer, pois a sukhoi queria fazer aviões regionais. O mesmo argumento, contra o Brasil dessa vez, vale para os caças. Transferir tecnologia significa criar um futuro concorrente. Já demos provas disso com o que aprendemos no projeto AMX, base de todos os jatos regionais da Embraer por dar a empresa o know-how na fabricação de aviões de alto desempenho.
    Além disso, o projeto de integração de sistemas da força aérea é todo amparado em tecnologia israelense (aviônica e mísseis) e Sul-Africana (mísseis BVR), qualquer que seja o vencedor, ele deverá ser integrado ao sistema que já interliga A-29, F-5M, R-99 e futuramente os A-1M, ou seja, uma integração que, embora espere-se que seja aperfeiçoada com o tempo, já temos.
    Assim, não precisamos ter a transferência tecnológica como uma panacéia para um suposto atraso da FAB. Temos que pensar em capacidade de manter autonomamente a frota de caças voando, e isso implica em produção nacional, em custos e em adequação a doutrina de vôo da Força. Cada avião atende de maneira diferente a esses pressupostos. O Rafale é feito por uma companhia que já é acionista da Embraer. O Grippen foi pensado desde seu princípio com a idéia de que a aviônica bem feita seria mais útil do que armamentos, nos anos 1980, quando foi projetado, ele chegava ao extremo de a comunicação por rádio chegar ao fone esquerdo ou direito de acordo com de que lado a aeronave que se comunicava estava. O Super-Hornet, por sua vez, tem a estrutura mais moderna dos três. Por isso, temos que pensar em produção no Brasil, custo operacional e capacidade de integração ao sistema já existente, pois será isso, mais do que a transferência de tecnologiam o que garantirá à FAB a manutenção de sua capacidade operacional.

  9. A respeito de qualidade da
    A respeito de qualidade da Boeing (mas marqueteira do que tudo):

    Na década de 60 do século passado os maiores concorrentes quadrijatos eram o Boeing 707 e o DC-8.

    Foram produzidos em torno de 1000 ou mais Boeings x uns 500 DC-8s.

    Atualmente menos de 100 Boeings ainda voam contra uns 260 DC8s devidamente adaptados para cargueiros.

    Qualidade é isso.

  10. Fazendo uma colagem:

    – a
    Fazendo uma colagem:

    – a Embraer demite 20% dos seus trabalhadores.
    – a Boeing se propõe a produzir os caças da licitação FX no Brasil.
    – a linha de montagem do avião de combate seria instalada na fábrica da Embraer no município de Gavião Peixoto, interior de São Paulo.
    – um brigadeiro da reserva,… … disse que a simpatia da força aérea é pelo F18 super Hornet.

    Será que dá samba?

  11. Ignorando qualquer tolice
    Ignorando qualquer tolice ideológica de esquerda ou de direita e indo para o campo puramente técnico, a proposta da Boeing agora ficou interessante:

    – Não têm coisa melhor do que produzir o equipamento no Brasil, mesmo que as plantas venham de fora. É similar ao que acontece hoje em dia com as montadoras de automóveis, o que dá a oportunidade de ganhar experiência em construir equipamentos de ponta;

    – O F18 é a melhor opção técnica entre as escolhas disponíveis, não há muito o que discutir neste ponto. Foi testado em combate, está à algum tempo voando e já têm portanto a maior parte dos possíveis problemas conhecida e/ou corrigida;

    Fica é claro a questão da transferência de tecnologia (obviamente os militares não podem aceitar um equipamento com “backdoors” que podem ser usados pelo inimigo), mas comparando com as propostas anteriores é uma grande e bem-vinda mudança.

  12. Não se pode mencionar nem
    Não se pode mencionar nem escrever, só imaginar, quem seriam os candidatos a uma pressão, (ou ação?), dissuasória futura de uma força militar brasileira, eis a questão.
    Pessoalmente julgo que é preferível o aprofundamento dos acordos franco-brasileiros, assim como entendo que a parte política da decisão não deve despresar limitações técnicas. Eu, leigo, entendo que o país deve considerar os especialistas afinados com nossa doutrina, seja diplomática ou militar.
    Sobre os códigos fonte e pacotes fechados: não devemos nos esquecer do por quê a Força Aérea Iraquiana, na lª guerra do golfo, não lutar e transferir os caças para bases iranianas(ex-inimigo).

  13. Modernização da FAB com F-18?
    Modernização da FAB com F-18? Esse é um projeto antigo, que não agrega mais nada para os americanos, a não ser o dinheiro que podem arrancar de outros países que sejam loucos o suficiente para querer tal aeronave.

    Precisamos de algo bem mais atual.

  14. o brasil é um pais “um ponto
    o brasil é um pais “um ponto zero”, flex fuel.

    então tem que voar mesmo é de tucano. (nada a ver com aquele partido politico)

    para estas armas modernissimas serem efetivas é necessário toda a logistica que acompanha. aviões tanque, por ex.

    para ter tudo isso é preciso imprimir $ dolar.

    o resto é delirio.

  15. O Hornet F-18 é um senhor
    O Hornet F-18 é um senhor avião, se for o de decolagem vertical(foi o que perdeu o contrato para o novo caça americano?). Dispensa pistas de decolagem, o que é uma vantagem enorme, pode operar em qualquer terreno, inclusive embarcado(uma plataforma de petróleo por exemplo), e é supersônico. O tempo que leva para entrar em operação em relação a uma aeronave estacionada em um aeroporto distante representa uma superioridade decisiva. O F5 nunca será páreo, nem chega perto, é outra geração.

    O problema são os americanos. Te vendem o equipamento mas você só compra peças ou armamentos se estiver do lado do ‘bem'(que é estar de acordo com a política e interesses deles). Faz sentido exigir que os programas sejam abertos para que outros armamentos(não americanos) possam ser empregados. Mas aviões desta geração tem programas de controle para apoio ao vôo, se for de decolagem vertical, vai ter um programa de controle específico para esta operação. De todos os sistemas de controle o mais interessante é a navegação por satélite, o GPS.

    O GPS foi desenvolvido pelo departamento de defesa Americano para guiagem precisa de mísseis e aviões, mas tem uma faixa que é aberta para uso civil. Portanto, se o Departamento de Defesa resolver que não vamos receber o sinal de GPS o avião pode ser ainda pilotado empregando outras técnicas, mas acho pouco provável que os mísseis, ou bombas inteligentes funcionem. Portanto, para que vamos comprar um equipamento de defesa tão caro se não temos controle sobre ele? É como comprar um aparelho de televisão de 70″ e instala-lo em um local que não recebe sinal de tv.

    Acho que a prioridade é nos associarmos ao desenvolvimento de um desses programas de geoposicionamento por satélite (UE, Russia, China?) antes de comprarmos estes brinquedinhos caros. Não temos ameaças significativas ou inimigos, acho que o melhor é gastas dinheiro para manter a nossa independência política e tecnológica.

  16. Rafaele; Grippen; F18 super
    Rafaele; Grippen; F18 super Hornet; Todos usam reatores GE. de quem mesmo que a gente precisa se proteger? quem ta de olho no pre sal e na agua? hum o Sukoi foi desqualificado então a 4° Frota ganhou facinho sem dar um tiro.

  17. Quem ainda não tem capacidade
    Quem ainda não tem capacidade tecnológica de fabricar seu próprio armamento (Brasil) não pode ficar na dependência de um único fornecedor, ainda mais que não está garantido acesso aos códigos fonte. [Maquiavel: o príncipe que usa exército mercenário, breve perde seu principado.] Sou a favor de acordo com os Russos (mig).

  18. Boa tarde Luis,

    Acho que o
    Boa tarde Luis,

    Acho que o pessoal está mais perdido que cego em tiroteio. O Rafale VAI ser produzido aqui pela Embraer, o que já mostrou que os franceses estão com a mão na taça. O papo furado dos americanos não cola mais, já que independente de produzir ( o que não acredito), não vão entregar as chaves de código do programa aviônico. E isto é o mais importante…..

  19. Tecnicamente, o Hornet é
    Tecnicamente, o Hornet é superior. Mas não acredito no papo de transferência de tecnologia. A usina vaga-lume Angra I e o Super-Tucano são algumas evidências de acordos mal-sucedidos. Quem reclamaria com os EUA numa eventual quebra de contrato de tecnologia bélica? Afinal, os EUA respondem a alguma instância superior? Caças de 4ª geração são iguais a álcool de milho?

  20. Horacio, por favor, o F18 não
    Horacio, por favor, o F18 não decola nem nunca decolou verticalmente.
    Voce esta confundindo com o Sea-harrier da RAF.

    O F18 é um belo avião, porém, é um projeto da DECADA DE 70.
    Isso não seria para renovar?

    Talvez comprar um meia bomba e partir para a próxima geração, pulando uma, fosse o negócio mais adequado, porém, ja decidiram comprar.

    Montar aqui é a última cartada para os EUA pois tecnologia eles não vão transferir mesmo!!!

    O local da montagem deveria ficar em segundo plano, o que vale é transferência de tecnologia.

  21. Está enganado o leitor Carlos
    Está enganado o leitor Carlos que postou as 14:13h, o Rafale não usa turbinas GE, e sim 2 turbinas SNECMA M88 de fabricação francesa.
    Outra questão é sobre a relação custo- benefício de se adquirir qualquer dessas aeronaves ao modesto valor de cerca de R$200 milhões cada unidade.
    Sim, o barato pode sair caro e o país precisa de capacidade de autodefesa, mas não seria melhor empregado o dinheiro em um projeto novo genuinamente brasileiro, talvez menos sofisticado, mas que nos desse desenvolvimento e capacidade de projeto e fabricação e condições de produção numa escala maior?

  22. Nassif, para nós que somos
    Nassif, para nós que somos leigos faça outro post contendo 05 opiniões, lado a lado: Bruno de Abreu, Horácio, Carlos, Claudio Andrade, e Carlitos Chapolin. Um adendo, a matéria publicada hoje (20/02) na Folha sobre a proposta da Boeing é grande, mas a última frase diz mais que toda matéria (a ausência de transferência de tecnologia). Outra matéria da Folha que merece outro post é a capa “Sem provas, PSOL acusa tucanos do sul” (o texto informa que o PSOL teria entregado as provas à Justiça Eleitoral – tá difícil dar credibilidade para a imprensa escrita).

  23. Falando um pouco do F-18 E/F
    Falando um pouco do F-18 E/F Super Hornet, ele é o ultimo de uma linhagem de caças supersônicos que começaram a ser projetados no final dos anos 50, essa linhagem teve alguns que entraram em produção.

    T-38 Talon, primeiro treinador avançado supersônico, amplamente usado pelos EUA e aliados, um treinador com desempenho de caça.

    F-5A/C, caça supersônico de ataque leve, baseado no Talon, mas monoplace, pensado para equipar as forças aéreas ocidentais com pouco orçamento ou infraestrutura, se destacou no Vietnam, a versão F-5B biplace foi utilizada pelo Brasil.

    F-5E/F, versão bastante aperfeiçoada do F-5A, equipada com radar e melhor desempenho em combate aéreo contra outros caças, se destacou muito na guerra Irã-Iraque, tanto que uma versão é produzida no Irã.

    F-20 ou F-5G, versão do F-5 do final dos anos 70 equipada com motor muito mais possante, em alguns aspectos se rivalizava com o F-16A que estava entrando em operação.

    YF-17 Cobra, caça bimotor que concorreu, e perdeu, com o F-16 para a escolha do caça tático padrão da USAF no final dos anos 70.

    F-18 Hornet, versão navalizada do YF-17 Cobra, um avião muito maior e mais pesado, com motores ainda mais possantes, no peso total era cerca de 40% maior, entrou em operação em meados dos anos 80.

    F-18E/F Super Hornet, projeto baseado no Hornet mas com motores ainda mais possantes, peso bruto mais de 30% maior, eletrônica muito mais avançada, incluindo ai radar de varredura eletrônica, esta substituindo todos os caças embarcados da marinha americana, incluindo ai o superfamoso F-14 Tomcat.

    Todos esses aviões são diferentes e o Super Hornet é totalmente diferente de seu antecessor, que começou com um treinador, passou por caças leves, caças multifunção e terminou com um caça pesado.

    O Super Hornet é MUITO mais avançado do que qualquer coisa que tenhamos hoje, pensar em integrar ele com nossa estrutura operacional é um contracenso, temos de adequar nossa operação a capacidade dele, mas isso é necessidade comum com todos os concorrentes finalistas do programa.

    Sobre a questão de “fabricar” o caça aqui, somente uma demanda muito maior do que a anunciada justificaria a fabricação de algumas peças e montagem final aqui a partir de kits fornecidos pelos fabricantes, o maximo que se pode esperar é de um centro de manutenção avançado, algo similar, de acordo com a época é claro, ao fornecido pelos americanos quando da compra dos F-5E e NÃO oferecidos pelos franceses quando da compra dos Mirage IIIE.

    Projetar um caça supersônico é uma tarefa demorada, muito cara e de retorno duvidoso, vide o exemplo do Rafale, um projeto bom que ninguem quer comprar, algo assim custa dezenas de bilhões de dolares e mais de uma década para ficar pronto, para situar, o AMX é conhecido pejorativamente como F-32, custa o mesmo que DOIS F-16 e conseguiu manter boa parte da frota da FAB no chão e desatualizada, hoje cerca de 1/3 dos AMX estão estocados no Brasil e os italianos estão na vespera de serem desativados.

  24. A QUESTÃO DOS AVIÕES
    Acredito
    A QUESTÃO DOS AVIÕES
    Acredito que com a concordata da SAAB anunciada hoje o Gripen, está fora da parada, pois quem garantiria o fornecimento de peças? além disso o Gripen ainda utiliza as asas em delta.o que aumenta a velocidade mas dificulta as manobras, por isso elas foram abandonadas no inicio dos anos 70, quanto ao projeto do Hornet ser dos anos 70, também não vejo problema pois todos eles são projetos dessa época e interessante notar que a Marinha Americana aina usa os F-14 e a USAF os F-15 ambos projetos dos anos 60 e começo de produção em massa a partir de 70.
    Mas como Oficial aposentado do exército, minha especialidade são os blindados. como se sabe o um dos melhores tanques(senão o melhor) 0 A1-M1 Abrams é um projeto da divisão de tanques da Chrysler de 1976, cujas primeiras unidades foram testadas em 1979 e os primeiros 1.600 tanques entraram em serviço no início de 1980, substituindo os M-60(que o Brasil utiliza hoje junto com o Leopard 1 Alemão) tanto o M-60 como o Leopard 1 são projetos do final dos anos 50 e entraram em serviço no inicio dos anos 60 ainda é de se lembrar que o B-52 foi produzido de 1952 a 1961 e estão em serviço até hoje. Mas voltando aos tanques nenhum País vende o que tem de mais atual, vendendo sempre no máximo a geração anterior, caso dos M-60 e Leopard 1(hoje a Alemanha usa o Leopard 2) e os USA o Abrams, que por sinal deveriam ter sidos substituidos no inicio do ano 2000 pelo MBT 80, mas parece que com o fim da guerra fria esse projeto está engavetado.
    Finalizando creio ser mais importante para nossa FAB ter maior quantidade de aviões, ainda que não tão atuais, do que 15 ou 20 mais moderninhos, até porque temos que ver o material usado pelos nossos hermanos, já que dificilmente entrariamos em guerra com os USA ou a Russia.
    Abraço
    Ivo Veiga

  25. A proposito os protótipos do
    A proposito os protótipos do Rafale usaram motores GE, o mesmo que equipa os F/A-18 Hornet por conta das turbinas M88 ainda não estarem prontas, as turbinas M88 se equivalem as F-404 dos Hornet, mas com empuxo menor, estão defasadas em relação as F-414 que equipam os F-18E Super Hornet e irão equipar os Gripen NG.

  26. Já que tocaram no assunto
    Já que tocaram no assunto blindados, o MBT 80 foi um projeto conjunto americano e alemão, devido a divergencias entre os parceiros a Alemanha abandonou o projeto e acabou construindo o Leopard II, chagaram a ser construidos protótipos do MBT 80, mas ele se mostrou muito caro e menos capaz que os Leopard II, então os EUA se aliaram novamente aos alemães e pensaram seriamente em produzir uma versão americana do tanque alemão, aliais essa versão foi de fato produzida em pequena quantidade, é conhecida como Leopard II AV, Austere Version, mas, entre outros motivos, o orgulho americano impediu a adoção do tanque alemão, levando ai a produção do M1 Abrams, que tinha uma propulsão revolucionaria para época, turbinas a gás, e usava blindagem composta de tecnologia inglesa, assim como canhão inglês tambem, anos depois os americanos se renderam a qualidade do tanque alemão e incorporaram o canhão de 120 mm do Leopard II ao Abrams.

    Na america do sul o Chile usa Leopard II da versão A4 comprados usados da Alemanha que hoje usa basicamente as versões A5 e A6, que tem blindagem extra na torre e eletrônica aperfeiçoada.

    O Brasil comprou Leopard 1A5, a versão mais moderna do tanque que antecedeu os Leopard II na Alemanha, são tanques com peso em torno de 40 toneladas, bem mais faceis de transportar que os M-60, Leopard II ou Abrams que pesam mais de 55 toneladas e exigem carretas especiais para transportea longas distancias, e esse quesito é importantissimo para o Brasil.

  27. Nassif, link do blog:
    Nassif, link do blog: http://www.aereo.jor.br

    Embraer demite mais de 4 mil no Brasil, mas contratará 570 em Portugal

    Évora, 20 Fev (Lusa) – O presidente da Câmara de Évora, José Ernesto Oliveira, mostrou-se hoje confiante na concretização na cidade do investimento da empresa brasileira de aeronáutica Embraer, considerando que “não há razões para alarme”.

    “Os sinais que temos são de grande entusiasmo e interesse no projecto, que continua a seguir os seus trâmites normais, aproximando-se cada vez mais da concretização”, garantiu hoje o autarca, em declarações à agência Lusa.

    José Ernesto Oliveira reagia ao anúncio de despedimentos na Embraer, que, em comunicado divulgado quinta-feira, revelou a intenção de reduzir em 20 por cento os seus efectivos, mais de 4.000 trabalhadores, devido “à crise sem precedentes que afecta a economia mundial”.

    Manifestando-se optimista no avanço do projecto de construção de duas fábricas em Évora, o presidente do município alentejano recordou que o vice-presidente da Embraer e presidente do grupo na Europa, Luiz Fuchs, esteve “esta semana” em Évora.

    Contudo, o autarca considerou que “a crise internacional que se vive não pode deixar ninguém descansado, isso seria perfeitamente irresponsável”.

    “Este anúncio (de despedimentos) refere-se mais àquela que é a fase difícil que o mercado atravessa, também nesta área, mas mais dirigido para o sector produtivo”, disse.

    José Ernesto Oliveira reiterou que o projecto de Évora é considerado pela Embraer como um “investimento estratégico, que visa aumentar a competitividade da empresa”.

    “Quando a Embraer de Évora estiver a produzir, espero bem que os efeitos da crise já tenham sido atenuados, aliás, é essa a expectativa da empresa, por isso, não há razões para alarme”, afirmou.

    Os investimentos da Embraer em Portugal foram anunciados durante a última cimeira da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), na presença do Presidente do Brasil, Lula da Silva, e do primeiro-ministro, José Sócrates.

    As fábricas da empresa brasileira em Évora, uma de estruturas metálicas para a produção de aeronaves e outra para materiais compósitos, mais leves e mais resistentes, vão ocupar 30 hectares do futuro parque industrial aeronáutico da cidade, devendo as obras arrancar até ao Verão deste ano.

    Os contratos de investimento, aprovados pelo Governo Português em Setembro de 2008, estão avaliados em 170 milhões de euros e projectam a criação de 570 postos de trabalho.

    A Embraer é a segunda maior empresa exportadora do Brasil e, no seu sector de produção, já construiu mais de quatro mil aviões, que operam em cerca de 70 países dos cinco continentes.

    FONTE: JN

  28. Chega a ser absurdo. Para se
    Chega a ser absurdo. Para se chegar a Hornet, F22, Sukoi seus paises de origem investiram bilhões de dólares a fundo perdido em pesquisas e desenvolvimento. A menos que a compra de qualquer um desses itens nos favoreçam em contrapartida de exportação de nossos produtos, compra-los é burrice já que vão vender o que já é obsoleto.
    Para o aeronautas e brigadeiros não nacionalistas aqui de nosso país, agora já devem ser muitos, possuímos condições de fabricar coisa melhor e que atenda as nossas necessidades com geração de emprego que não seja só na construção civil. O ciclo da cana de açúcar acabou pra quem não sabe. Subsidia pesquisas de desenvolvimento com o conhecimento técnico do ITA, da Embraer, da Avibraz e seus mísseis, da Unicamp. Nosso território, as condições da Amazônia pedem caças maiores com grande capacidade de mísseis e de pista curta ou ainda melhor pouso vertical. Os Estados Unidos são o que são hoje porque acreditaram em sua industria de defesa. Se gerar emprego e conseqüente fomento da economia com consumo por si só já estaremos ganhando. Se não for desse jeito é melhor agente não comprar jato, acabar com a aeronáutica e investir mais dinheiro na construção civil que é onde todo mundo vai trabalhar. Entenda-se como construção civil não um desmerecimento, pelo contrário, atividade muito nobre que alias deveria pagar melhor permitindo consumo e conseqüente geração de produção e dinheiro pro estado investir em tecnologia pra que entremos no quarto mundo já que o primeiro, segundo e terceiro já são coisa arcaica e do passado.
    Outra coisa importante, o desenvolvimento de tecnologia de ponta é o que de fato fomenta e motiva o surgimento dos grandes profissionais de engenharia.

  29. Prezado Nassif
    Acreditando
    Prezado Nassif
    Acreditando ser auspicioso a abertura de discussões sobre assuntos de defesa, gostaria de emitir a minha opinião de que o futuro da aviação militar esta na aviação robótica e não-tripulada,especialmente no cenário militar High-Tech Americano-Europeu-Asiático e com aviões –robôs com capacidade de manobras de trinta vezes a aceleração da gravidade !.Esta tendência moderna do engajamento militar aéreo-tático ,fez naturalmente que os Países que detentores da tecnologia de caças ,decidissem pela venda dos seus produtos clássicos (F-18,Rafaeles,Gripens,etc..),e assim abrindo janelas de oportunidades para compra comerciais destes vetores militares clássicos por outros países em desenvolvimento.Neste ponto ´faz-se mandatório observar que a tendência de robotização aéreo-naval militar acima citada necessariamente induzirá toda uma série de contra medidas ,penso que todas elas localizadas no desenvolvimento de mísseis ar-ar e armas high-tec (Laser e armas inteligentes de impacto –especialmente de baixo-custo e do âmbito de uso da infantaria e barcos altamente velozes patrulhas-lembre-se dos mísseis russos SamX aviões u-2,anti-blindados de uso manual-Stings XBlindados Russos no Afeganistão,etc..).Deste modo , a compra dos novos caças modernos deveriam pautar-se unicamente pela doutrina de engajamento/interceptação imediata militar no espaço aéreo brasileiro (incluindo as 200milhas marítimas!), o que naturalmente nos leva a uma compra específica de vetores clássicos de função primordial de interceptação ,e assim dando preponderância para as situações de combate aéreo (dogfight) e reconhecimento.Deste modo , a famosa interface piloto/avião de quinta geração ,rastreamento e engajamento de alvos múltiplos,blindagens modernas,tecnologia de mísseis beyond visual recognizing /BVR and stand off,tornam-se os fatores principais de escolha.É claro que o fator de manutenção ,uma abrangente cessão dos códigos fontes de seus softwares,fornecedores com histórico comprovado de confiabilidade e manutenção e fundamentalmente elevada taxa de sobrevivência de toda a plataforma de combate (mísseis,aviônica,turbinas,logística,etc..)deveria ser também levada em consideração.Entretanto será imprescindível para a FAB, que faça parte do pacote bilionário desta possível compra-caso seja concretizada- que os outro modelos clássicos mais antigos (F-5,F14,SkyHawkins,etc)- sejam vendidos com financiamentos favoráveis a situação financeira do Brasil e envolvendo toda a transferência de tecnologia destes modelos mais antigos para serem modernizados inteiramente no País-mesmo com a participação de empresas estrangeiras .Neste ponto penso que vale a pena ressaltar o programa de Blindados LeopardA5 do Exército Brasileiro.

  30. vamos pegar essa grana,
    vamos pegar essa grana, chamar nossos melhores engenheiros(que estão trabalhando na NASA), e fabricar um caça brasileiro de última geração. Vamos ser independentes.

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