A história da Companhia Telefônica de Itambacuri

Comentário ao post “A Internet e a neutralidade da rede

Em Itambacuri por iniciativa de frei Cassiano, padre do Rio que conhecia um micro-empresário com negócios em telefonia,  foi criada a Coteli, Companhia Telefônica de Itambacuri – na prática, algo como um PABX com uns 150 a 200 “ramais”.

A gente pegava o telefone e uma moça atendia:

– bom dia, Antonio, para quem você quer ligar?

– Liga pro Joaquim da venda – e ela fazia a ligação e repassava prá gente.

Com aquele sistema qualquer pessoa se aventurava a falar ao telefone, mesmo os que não sabiam ler números, ou mexer com o teclado.

Um funcionário da Coteli foi além: fez um catálogo telefônico só com os apelidos dos moradores que dispunham de telefone para facilitar a vida de quem queria falar e de quem atendia. Na lista apareciam  nomes que a gente conhecia bem: Joaquim da Venda, Sinhá de Juca do Posto, João Cozinheiro, Zé Tudéia, Tião Sapateiro, Dona Salete, Seu Joviano …

Muito tempo depois a Coteli foi incorporada à Telemig, deixando muita gente desgostosa, porque passaram para o sistema de discagem direta, sem intermediação da telefonista.

Luis Nassif

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