Após dez anos do acidente de Alcântara, projeto espacial brasileiro longe de decolar

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Enviado por Cláudio José

da Carta na Escola

Ainda não decolamos

Uma década após a explosão da base de Alcântara, temos muitas iniciativas em desenvolvimento para nosso progama espacial, mas poucas de sucesso efetivo

Por Luiz de Siqueira Martins Filho
Há dez anos, um acidente durante a montagem e preparação para o lançamento do foguete VLS-1 causou a morte de 21 engenheiros e técnicos brasileiros na base de lançamentos de Alcântara, no Maranhão. Esse trágico acidente mostrou as dificuldades e limitações do País no domínio de tecnologias fundamentais para o projeto, principalmente na construção e lançamentos de foguetes para fins de exploração espacial pacífica. A tragédia provocou ainda o atraso no programa, pela irreparável perda de vidas humanas e consequente descontinuidade no desenvolvimento das atividades, e pelos naturais questionamentos sobre as opções e os rumos adotados na política espacial brasileira. 
O domínio da tecnologia espacial é fundamental na soberania nacional – Foto: Estella Maris
 
O programa espacial brasileiro, conforme definido no Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), na sua versão de 2005, tem como objetivo principal o domínio da tecnologia espacial, buscando a capacitação do chamado ciclo espacial completo, que compreende o estabelecimento de centros de lançamento, o projeto e a construção de ­veículos lançadores, de satélites e de suas cargas úteis. Esse programa destaca o caráter estratégico que essa área tem para o Brasil, tanto em termos de soberania nacional quanto de relevância socioeconômica, pois é fundamental que um país de dimensões continentais tenha domínio independente de tecnologias de telecomunicações, de observação terrestre (monitoramento ambiental, informações agropecuárias etc.), e de previsão meteorológicas. Esse do­cumento PNAE foi revisado em 2012, colocando num horizonte de dez anos algumas novidades em termos de ações do governo federal para aumentar e consolidar investimentos no programa. 
 
As principais novidades são a inclusão das questões espaciais nos Fundos Setoriais, a definição de uma Estratégia Nacional de Defesa, o lançamento do projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), e a inclusão de uma reserva especial no programa Ciência sem Fronteiras para esta área. Houve também uma iniciativa legislativa para a desoneração fiscal do setor. Essas mudanças e inclusões mostram um entendimento que somente com o engajamento de setores industriais e a participação de investimentos privados o País conseguirá superar o atraso tecnológico e a dependência em relação a outros países fornecedores de produtos e serviços. A Agência Espacial Brasileira (AEB) mantém dois programas importantes associados à educação: o programa Uniespaço, para o financiamento de projetos de pesquisa e desenvolvimento em universidades brasileiras, e o programa AEB-Escola, para divulgar as atividades espaciais e estimular em nossas crianças e jovens o interesse pela ciência e pela tecnologia. Esses programas mostram uma preocupação com a disseminação das ciências espaciais e com o estímulo à formação de profissionais especialistas para atuar no setor.
 
Embora haja a novidade do recente aumento da oferta de cursos de Engenharia Aeroespacial e Aeronáutica em universidades nos últimos anos (Federal do ABC, Instituto Tecnológico da Aeronáutica, Federal de Minas Gerais, UNB, USP, Federal de Uberlândia, Federal de Itajubá e de Santa Catarina), as atividades espaciais, pesquisa e projetos, se concentram essencialmente no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e nos institutos do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial do Ministério da Aeronáutica (DCTA). 
 
Os projetos de satélites são desenvolvidos no Inpe, em São José dos Campos, interior paulista. Entre os vários programas, destaca-se o do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS, do nome em inglês China-Brazil Earth-Resources Satellite), que já lançou com sucesso três satélites da série e produziu uma enorme quantidade de imagens da superfície terrestre para diversos fins. Essa cooperação com a China permitiu ter contato com o avançado programa espacial daquele país, e contar com o lançamento dos satélites utilizando um foguete chinês. Outro programa desenvolve uma plataforma base para diferentes missões, denominada Plataforma Multimissão (PMM). Por exemplo, o ­satélite Amazônia-1 baseado na PMM tem ­lançamento previsto para 2015, e deverá monitorar o desmatamento na Região Amazônica. 
 
 
Com o projeto CBERS,parceria com a China,três satélites foramlançados e o Brasil tevecontato com a avançadatecnologia chinesa
 
 
O maior desafio atual para o Brasil em termos de satélites é o projeto, construção e colocação em órbita de um satélite geoestacionário de comunicações. ­Atualmente, o País depende de utilização de satélites estrangeiros, que fornecem serviços de telecomunicação através do aluguel de linhas. A perspectiva de alcançar uma independência nesse setor estratégico tornou-se mais viável depois da decisão de o governo federal contratar um consórcio ítalo-francês para o fornecimento e transferência da tecnologia e de uma empresa nacional para a construção do tão desejado satélite geoestacionário, o SGDC. A previsão de colocação em serviço é 2016. 
 
Os lançadores de satélites e foguetes de sondagem são desenvolvidos em São José dos Campos, principalmente no Instituto de Aeronáutica e do Espaço (IAE). O acidente com o Veículo de Lançamento de Satélites (VLS-1) provocou uma descontinuidade com a perda trágica de 21 especialistas. O IAE segue trabalhando no desenvolvimento dos foguetes, como o VSB-30, que realizou diversas missões de sondagem em cooperação com outros países. Em outra frente de busca de acesso ao espaço, o governo consolidou uma cooperação com a Ucrânia, com a criação da empresa binacional Alcântara ­Cyclone ­Space centrada no projeto do foguete Cyclone-4, a ser lançado da Base de Alcântara. Esse empreendimento, depois de fases alternadas de indefinições e retomadas, promete lançamento do primeiro foguete em 2015, e é candidato à principal alternativa de lançadores de satélites brasileiros para o futuro próximo.
 
Pode-se ver que há muitos programas e iniciativas, mas apenas uma parte já chegou com sucesso a resultados efetivos. E por que seria? As razões são várias. Talvez as primeiras delas sejam a limitação e a descontinuidade de investimentos financeiros no setor. Nos períodos de crise econômica, programas considerados de pouco apelo popular apesar da relevância estratégica, como é o caso do programa espacial, são os primeiros alvos de cortes nos orçamentos. Além disso, falta transformar o programa espacial em um programa de Estado, e não de governos, para que não sofra com a alternância de partidos e grupos políticos nos postos de comando do desenvolvimento científico e tecnológico do País. É preciso superar a imagem de supérfluo das atividades espaciais, pois elas representam muito de independência tecnológica e de soberania, e são de grande importância socioeconômica.
 
Outra razão da morosidade com que avançamos nas tecnologias espaciais é o reduzido número de especialistas no mercado de trabalho. Essa carência ­começa a ser combatida com a expansão de oferta de cursos específicos em universidades públicas de primeira linha, mas necessita igualmente da consolidação da perspectiva de uma carreira profissional atraente para estimular nossos estudantes para o ingresso na área. O incentivo às empresas privadas para colocar as tecnologias espaciais entre suas atividades ainda obtém poucos resultados, e as instituições públicas federais Inpe e IAE vêm perdendo seus especialistas por aposentadoria sem reposição de quadros num ritmo adequado. 
 
Dentro da política de estímulo para o setor privado, o plano Inova Aerodefesa, ação conjunta da Financiadora de Estudos e Projetos, do BNDES, do Ministério da Defesa e da Agência Espacial Brasileira pretende estimular empresas brasileiras para que incluam em seus planos de negócios temas comprometidos com a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação das cadeias produtivas desses setores. 
 
Esse apoio se dará por meio de crédito, subvenção econômica e projetos cooperativos entre instituições e empresas, e seu enfoque é a inovação tecnológica e o aumento da competitividade no setor Aeroespacial e de Defesa. Isso é fundamental, pois entre as tecnologias espaciais, são muitas as consideradas sensíveis (de aplicação bélica), que não estão disponíveis para aquisição ou importação.
 
O que todos esperamos é que haja continuidade nos investimentos, incentivos e esforços para que o Brasil avance na intensidade e no ritmo necessários para tornar o setor espacial uma área importante de desenvolvimento socioeconômico. 
E e também uma opção atraente de carreira para profissionais qualificados e motivados. 
 
Ordem de chegada 
da corrida espacial
 
1º URSS (1957)
2º EUA (1958)
3º França (1965)
4º China (1970)
5º Japão (1970)
6º Reino Unido (1971)
7º Índia (1980)
8º Israel (1988)
9º Irã (2009)
10º Coreia do Sul (2009)
 
Ranking de investimento em programas espaciais*
 
1. EUA (0,295%)
2. Índia (0,1%)
3. França (0,0097%)
4. Rússia (0,085%)
5. China (0,069%)
23. Brasil (0,010%)
 


*Verba dos programas dividida pelo PIB
Fontes: Portal da Transparência 
e Official Nasa budget
 
 

Publicado na edição 82, de dezembro de 2013 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

21 Comentários

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      1. E continua sendo ou vc tem

        E continua sendo ou vc tem outra versão ? A da Comissão da Verdade da Camara de Vereadores de SP até agora é ficcional , acertar um motorista em uma rodovia como a Dutra em alta velocidade com um tiro certeiro, nem James Bond, dois carros absolutamente emparelhados sem trepidação e ajustados centimetro a centimetro.

        A familia Kubtscheck sempre achou que foi acidente.

    1. Revisão Critica

         A  suspeita relativa ao acidente de Alcantara, nunca foi direcionada a alguma atividade americana, mas aos franceses, os maiores interessados no “no show” desta base, pois concorre comercialmente diretamente com a Kourou, e se ainda quiserem pode-se suspeitar que ONGs, financiadas por e com franceses ativistas, estão por trás dos movimentos indigenas, quilombolas e ambientais, que enchem o saco sobre as atividades do CL Alcantara – e como o Brasil é muito legal, e nada foi definitivamente comprovado referente aos gauleses, no ano passado adquirimos da Thales/Omnysis/Optovac, todo um sistema de proteção eletromagnética para o CLA – aquele que alguns desinformados ao terem visto uma rede de bóias maritimas próximas a instalação, acreditaram que eram equipamentos de espionagem,  eram apenas “marcadores” para calibrar este sistema.

          Quanto ao relatório que vc. indica, seria bom deixar claro que o apoio a revisão critica de todo o programa VLS, pós acidente, foi conduzida com apoio ( quase subordinação), com um contrato com o governo russo ( de 2004), pelo qual as empresas KBTM e Makeyev, trabalharam em conjunto com o DCTA/AEB, culminando com este relatório.

           Quanto ao acidente com o Longa Marcha 4B, foi uma fatalidade técnica, aparentemente relativa a ignição precipitada do 3o estágio do lançador, aliás falha muito semelhante a uma acontecida com um LM 3C em 18/08/2011, os lançadores chineses são bastante seguros ( falhas de 7 % historicamente), tanto que o pool de seguradoras irá pagar os prejuizos sino-brasileiros.

            P.S.: Aquele painel recuperado por camponeses chineses, não é parte alguma do satélite, seria um painel do 2o estágio do lançador, o satélite “queimou” inteiro na reentrada, e de acordo com o NORAD ( que monitora todos os satélites e lançamentos espaciais, convenio UIP/ONU), o CBERS 3 reentrou próximo a antartida.

  1. Prezado Nasif
    Depois de 

    Prezado Nasif

    Depois de  quase 20 anos após a queda do muro de Berlin , o Mundo militar geopolítico tende novamente para uma bipolarização .

    1-OTAN , japão , Austrália .

    2-França , Rússia , China e,Venezuela , Bolívia  e Cuba.

    Neste contexto ,a América do Sul (especialmente o Brasil) é campo de batalha entre os blocos geopolíticos acima . Deste modo toda a política de Defesa tem de ser mudada ,frente a este novo cenário “quente” do Mundo do Século 21

    Se o Brasil optar pelo bloco 2, projetos de “autonomia ” de defesa são naturais (prosub nuclear , FX2 como Sukoi, Aramar nriquecendo Uranio a 98%, etc…) e FAs Brasileiras politicamente fortes e com um “Complexo Militar ” Brasileiro(só de montagem) altamente subsidiado pelo governo -Ministério “Bolivariano” de Defesa poderoso..E claro que  governos de viés Bolivarianos serão naturais no Brasil e na Argentina .

    Caso opte pelo Bloco 2 , as FAs Brasileiras exercerão o seu papel de atuar em coligações internacionais das democracias ocidentais .E assim terão acesso a TODA A modernidade militar Ocidental , no campo militar convencional .Claro que esta escolha implica que a entrada do Brasil na OTAN extendida ao Atlântico Sul , para o bem ou para o mal .

    Mas o ponto parece que a segurança militar e geopolítica do bloco 2 está ligada intimamente ao Brasil optar pelo Bloco 2 ……a qualquer custo !.

    1. Bipolarização da China com a

      Bipolarização da China com a Bolivia, França e Russia? A China opera EXCLUSIVAMENTE para seus interesses, não tem nada a ver com a França, pais sede da OTAN, a Russia e a China não tibham convergencia de interesse nem quando as duas eram paises comunistas, imagine hoje. Mas a piada é acha que alguem faz bipolarização coma venezuela, pais completamente falido e caotico, de onde será que saem essas asneiras?

      O mundo é hoje multifacetado, multipolar, não há bipolarização alguma, é cada um por si, os paises potencia operam CASO a CASO.

  2. A participação norte

    A participação norte americana no golpe militar de 64 sempre foi tratada como “teoria conspiratória” , por um grupo de brasileiros encarregado de zelar pela imagem do império. Até que , documentos oficiais do governo estadunidense , encerraram o assunto. Há sempre um defensor dos interesses ianques de plantão , pronto para desqualificar qualquer versão que os coloquem no cenário de um ato polêmico , mesmo que isso não contribua para o debate. Alcântara será sempre um mistério para o público , pois as razões da explosão não serão divulgadas sob qualquer pretexto. A conclusão sobre a queda do lançamento sino-brasileiro não foi concluída , mas deverá seguir o caminho de Alcântara , logo …

    1. Meu caro !.
      É o ufanismo

      Meu caro !.

      É o ufanismo exagerado que é a mãede toda a incompetencia das FAs Brasileiras , especialmente da FAB :

      .

      – Foi observada a falta de um gerenciamento de risco, realizado de maneira formal e criteriosa, principalmente na condução das atividades de integração e preparação para o lançamento.

      – As atividades, pelo menos na última semana da Operação, não foram controladas de maneira eficiente, permitindo, por exemplo, que tarefas de risco fossem realizadas juntamente com outras tarefas, como foi o caso da conclusão da descarga das baterias, conduzida concomitantemente com outras tarefas, e a execução de tarefas, após a conexão dos detonadores dos propulsores A e D à “linha de fogo”, que poderiam ter sido realizadas antes.

    2. Que ” documentos oficiais do

      Que ” documentos oficiais do Governo dos UA” encerraram o assunto?

      1.Os EUA apoairam diplomaticamente o Governo militar brasileiro, assim como o Governo brasileiro apoiou novos governos em Angola, Moça,bique, apoiou Zelaya em Honduras, Lugo no Paraguai, Maduro na venezuela, todo Governo o tempo todo apoia ou desapoia outros Governos. Hoje o Governo do Brasil APOIA ideologicamente governos controvertidos na Argentina, Bolivia e Venezuela, qual a novidade?

      2.Alem do apoiou diplomatico, os Estados Unidos não operaram NENHUM apoio ao movimento militar de março/abril de 64, nem armas, nem munição, nem combustivel, nem tropas, NADA, ABSOLUTAMENTE NADA, em que “documento do Governo dos EUA” voce encontrou algum apoio, alem do diplomatico?

       

      1. ” Apoio Diplomático”

        O Motta tá de sacanagem!!, a temivel 4ª frota ancorada em nosso litoral prontinha para intervir  caso houvesse alguma reação e, o cara vem falar de DIPLOMACIA. Os EUA segundo o PRESTIGIADÍSSIMO eRESPEITADÍSSIMO NOAN CHOMSKY  é o grande TERRORISTA do planeta, e nem precisávamos dele para saber disto. Motta vc nasceu cego ou optou por ser, em pleno século 21 e o cara ainda  insiste em lamber o saco deses malditos assassinos. Porque será que o JUlius Assang e Snowden estão ferrados, será que é pq eles mostraram um milionésimo das crimes e terrorismo praticados pelo Tio Sam?? Motta , quando foi que vc  leu o ultimo livro da sua vida, quanto vc ganha para proteger essa corja assassina e maldita que espalha sangue e desgraça  pelo mundo todo, vai dormir ou aprenda a fazer tricô e poupe-nos de tanto absurdo!!!

    1. Prezado Júnior 50 (não é 51?)

      Prezado Júnior 50 (não é 51?) . Um Polo Complexo espacial no Rio grande do Sul ?. Por que os “Gaúchos” não constroem uma fábrica de submarinos nucleares ?. Fácil , Fácil ……Eis a realidade tecnológica nacional ,naquilo que o Brasil tem de decente , que é a construção naval civil e militar (e olha que é de uma mediocridade única , frente ao que se arvoram de construir no futuro …).minuto 1.13.00 do vídeo em anexo .

      http://www.youtube.com/watch?v=Xb7vLgVH96A

      http://www.youtube.com/watch?v=SHaAHVlAYN0

      e a qualidade da guarda da vital Base dos caças f-5 da FAB -Base de Santa Cruz , sob o comando de um Cel Gilson Caputo (descarregado ?).

      http://www.youtube.com/watch?v=AU5c6z7fPQg

      1. CHC Helicopter

          O Caputo está na CHC Helicopter, a maior operadora de helis off-shore do mundo, como chefe de treinamento.

           Quanto ao Polo Gaucho, já está recebendo R$ 43 milhões da Fundep, e com a liderança da AEL (Elbit Brasil) + CIENTEC/RS e as univerisdades de: Federal do RS, Federal de Santa Maria, Unisinos e PUC/RS, já apresentaram o primeiro micro-satélite nacional, previsto para ser lançado até 2015.

            Este projeto, bastante privado, atende ao PESE ( programa estratégico de sistemas espaciais) do MinDefesa, e se livra da tutela dos burocratas e academicos  da AEB/INPE/MCTI, que adoram coisas pesadas e ultrapassadas, querendo reinventar a roda ( sem conseguir).

            A evolução dos microsatélites ou das pequenas plataformas, somente é controlado hj. pelos Estados Unidos, Russia, China, Japão e Israel, já evoluindo para a “constelação ou arquiteturas fracionadas” de sistemas satelitais (varios MMMs que se comunicam e realizam atividades diferentes, mas o “bus” instalado nos softwares de recepção em terra, podem reunir este mosaico de dados para varias aplicações).

             Participantes do Polo:

             AEL ( lider ): sistemas de suprimento de energia

             Digicon de Gravatai: estruturas e integração dos painéis solares

             Yuzhnoye (Ucrania): suporte e consultoria ( lançador Cy4)

              UFRS: analise de radiação dos componentes eletronicos

              PUCRS: radiofrequencias e transponders digitais

              UNISINOS: micoreletronica e os MEMS ( micro-eletronical-mechanical-systems), em colaboração com suiços e coreanos do sul.

              UFSM: estruturas de solo ( hardware e softwares)

              Cientec-RS: ensaios ambientais, testes elétricos (bancadas da AEL)

              Ceitec: semicondutores.

              Atualmente com a evolução dos MEMS e da informática em geral, um MMM-1 com massa de 20 – 30 Kg, pode realizar o que um satélite de 1.000 kg, fazia há 5 anos, em órbitas mais baixas, com custos bem menores de construção, lançamento e manutenção.

  3. Prezado Júnior 50
    Eis o

    Prezado Júnior 50

    Eis o patriotismo dos caçadores da FAB : Em Cel Aviador aposentado , considerado um às da aviação de caça da FAB , COM TODO O CONHECIMENTO ESTRATÉGICO DA FORÇA, “APOSENTA-SE” COM OS PROVENTOS INTEGRAIS AOS 50 ANOS , e vai trabalhar para uma multinacional ……

    http://www.chc.ca/Pages/default.aspx

     

    1. Latta

       O Latta foi para a Azul, voar ATRs, com 49 anos, e se na FAB está assim, na MB é ainda mais grave, pois perder para a iniciativa privada, engenheiros navais ( CFs e CMGs) com anos de carreira, que a ENGEPROM ou a AMAZUL não conseguem segurar, e vão para as BAEs da vida ou para a Sikorsky, Telefonics, Indra etc.., gente que fez MIT. Imagine o que acontece na aeroespacial, pelo menos os israelenses pagam bem ( PJ no inicio), os ingleses e canadenses tambem (comissionam contratos), os americanos oferecem cargos e bons “fringes”, quanto aos franceses, são nogentos, e russos inconfiaveis.

        Vamos esperar os chineses, já estão na Argentina (FDAe), e pagam muito bem – como disse em visita na Ucrania, em 2010, o Chefe de EM do PLP – ” Aposentem-se a China está aberta a suas experiências, e a seu trabalho” – frase proferida em um simpósio na Antonov.

         E meu filho, Caputo, Latta e outros foram “caroneados”, tiveram que sair, foi expulsória.

  4. Já era mais do que hora de

    Já era mais do que hora de deixarmos o ranço ideológico contra os EUA e o acolhermos como parceiro para nosso desenvolvimento desta técnologia . Agora recente perdemos alguns milhões de doláres nesta parceria frustante com a China .  O mal maior do governo ptista é justamente misturar a idelogia com os negócios . Temos que nos juntar aos melhores , Cuba , Venezuela , Coreia e outros pouco tem a oferecer para nossa evolução .

     

    1. Sair da depressão e vontade de fazer

      Não há “ranço ideológico” nenhum. O País tem de aprender a andar com as próprias pernas se quiser se mostrar como Nação rica e desenvolvida.

      Todos que têm programa espacial fizeram-no sozinhos. Pasaram por acidentes, e não desistiram.

      Basta o Brasil tomar duas atitudes: sair da profunda depressão, que já dura 10 anos; e mostrar também vontade de fazer, de desenvolver o seu estratégico programa espacial, sem subir nos ombros de ninguém.

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